The age between us | L.T.

By marianadhood

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Já alguma vez disseste que nunca te irias apaixonar? Marian já e o futuro reservou-lhe uma bonita surpresa. L... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36

Capítulo 15

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By marianadhood

                  

Anne entra no meu quarto com toda a pressa do mundo e senta-se ponta da minha cama completamente irritada. Giro-me na minha cadeira e encaro a minha amiga, dando um pequeno sorriso amigável e preocupado.

- Não perguntes! – Anne desvia o seu olhar do meu e deixa-se cair para trás, suspirando tão profundamente que quase sinto a sua dor.  – Porque é que eu tenho o pior irmão de sempre?

Não sei qual foi a minha reação ao ouvir tais palavras da Anne, mas eu estava completamente admirada com isto. Anne nunca ficava chateada com o irmão. Não a ponto de vir para minha casa neste estado.

- Anne... - Volto a girar a cadeira, colocando-me assim à frente da secretária onde eu estava no computador. – O que o James fez?

- O estúpido levou para casa a Abigail e tu sabes bem o quanto ela me odeia. – Anne volta-se a sentar na cama e eu fecho o computador, olhando novamente para a minha amiga.

- Anne o teu irmão não o devia ter feito, mas também não podes ficar assim por isso. Porque não a mandas-te embora? – Conseguia ver uma raiva enorme presente em Anne, sei que ela e Abigail nunca se deram, ela sempre tratou Anne do piorio e James sabia disso.

O que mais me admirava no meio desta história era como é que mesmo James sabendo o que a irmã passava nas mãos daquela rapariga, ele a levava para casa deles. Como é que ele tinha coragem de levar para a sua própria casa a rapariga que praticava bullying à irmã.

- E tu não achas que eu o fiz? É obvio que eu expulsei aquela maldita da minha casa, mas o meu irmão começou a bancar o herói da queridinha Abigail e mandou-me à merda.

- E tu vieste para minha casa? – Olho curiosa para ela, que dá por fim uma risada não muito demorada.

- Parva, eu não te estava a chamar merda. – Anne atira-me uma almofada, que por sorte consigo agarrar antes de me acertar em cheio na cara. - Mas de facto tive de vir, eu não queria ficar dentro das mesmas paredes que ela.

- Ignora o teu irmão, tu sabes bem o quanto as raparigas têm efeito nele. Isso passa. – Anne suspira novamente e dá um pequeno sorriso, concordando comigo.

Anne levanta-se da cama e caminha até a meu lado e dobra-se sobre a secretária, abrindo o meu portátil.

- E tu, o que estavas a fazer? – A sua voz chega até mim, sem nunca receber um olhar da mesma, que estava concentrada no meu computador. – Wow, Niall?

Lembro-me logo da conversa aberta com Niall e instantaneamente a minha mão fecha o computador deixando Anne olhar seriamente para mim, como se não acreditasse no que eu tinha realmente acabado de fazer.

- Marian, quem é o Niall? E que raio de reação foi essa? – Anne pega na minha mão e empurra-me até à cama, onde nos sentamos as duas.

Olho para todos os lados, envergonhada, menos para Anne. Como é que eu lhe iria explicar tudo isto? Teria de lhe contar tudo?

- Niall é só um amigo, Anne. E tu sabes quem ele é. – Falo, olhando finalmente para a minha amiga.

- Ai sei?

- O rapaz loiro da festa? – Faço-a relembrar dos anos da sua prima.

- O amigo do Liam? OH MEU DEUS! – Rio-me com a sua reação e ela levanta-se disparada da cama, começando a andar de um lado para o outro. – Tu andas a falar com o amigo do Liam? Como é que isso aconteceu? Marian... - Anne coloca-se à minha frente e olha-me com um olhar esperançoso. – Tens de arranjar forma de eu voltar a ver o Liam, eu preciso imenso de o voltar a ver.

- Eu... Ah... Posso tentar!? – Anne levanta-se e salta imediatamente gritando um pequeno "yey".

- Obrigada, obrigada, obrigada! És a melhor amiga do mundo! – Anne abraça-me, apertando-me e mais uma vez rio-me dela. – Mas mudando de assunto... - Ela volta a sentar-se a meu lado. – Nunca mais me falas-te nada do Louis. Como é que as coisas vão?

- Eu acho que me apaixonei mesmo por ele, Anne... - Suspiro e Anne murmura um "eu já tinha percebido isso". – Não sei, isto é tudo tão difícil. Não queria que nada disto estivesse a acontecer, tu sabes perfeitamente que ele me recusou, que ele disse que eu era demasiado nova para ele.

- Eu sei, e lamento por isso, acho que isso não devia importar.

- É, diz-lhe isso a ele. Eu vi-o no dia da festa, sabias? – Anne acena com a cabeça.

- James contou-me que estavas lá...

- E Louis deu-me boleia até casa... - Anne olha para mim completamente surpreendida.

- Isso não deveria ser algo bom? – Ela sorri.

- Não quando isso requer trazer a ex namorada no carro também. – Suspiro e observo a parede do meu quarto em frente. – Foi horrível. Ela começou a insinuar coisas e a dizer que eles estavam quase a voltar, que se estavam a acertar.

- E o Louis? Ele deixou ela fazer-te isso, mesmo sabendo que tu podes estar a sentir algo por ele?

- Ele não fez nada na altura, o que ele poderia fazer? Ele veio cá no dia a seguir.

- Como assim ele veio cá? – Anne quase que se entala com as minhas palavras e eu rio-me por breves segundos da sua reação.

- Ele veio cá a casa desmentir a conversa dela toda... - Anne murmura um "e?" e continua a encarar-me assustadoramente. – E ao início quase que parecia que ele realmente queria algo, que ele estava disposto a por a nossa diferença de idades de lado e sei lá, talvez lutar por um "nós" futuro, mas depois tudo voltou ao normal e eu não aguentei mais e expulsei-o de minha casa.

- Tu o quê?

- Anne, eu não aguentei mais. Eu não consigo entender-me a mim mesma, eu não consigo entender o que se está a passar comigo, eu sinto-me perdida e confusa e ele não me está a ajudar nada, tanto me dá esperanças, como me afasta. Sabes o quanto isso é difícil?

Anne abraça-me e mesmo eu lutando contra, as lágrimas começam a cair-me dos olhos e escorrendo lentamente pela minha cara. Eu gostava que as coisas fossem sempre fáceis. Gostava que tudo corresse sempre da forma como eu planeava e que nunca existissem contratempos. Tal como me ter apaixonado por um homem que para além de fazer nove anos de diferença comigo, ainda era o homem mais confuso do universo e que eu mal conhecia.

- Meu amor, tem calma. Tu sabes que eu estou aqui, eu vou estar sempre aqui para ti. E que sabe, talvez este Niall decida ocupar o lugar que Louis não quis?

- Eu não quero ter de passar por isso novamente, Anne. Ter-me apaixonado foi um erro. Um erro que eu não devia ter deixado acontecer.

- Para com isso, Marian! Apaixonares-te por alguém não é um erro, não pode ser um erro. Não podes dizer isso apenas porque um rapaz te magoou. Não podes deixar de viver a tua vida por causa daquele estúpido. Se gostas de Louis de verdade? Não desistas. Se queres desistir dele, desiste apenas dele e não do amor. Tu mereces ser feliz.

Encaro o chão e penso se Anne realmente tinha razão. Anne parecia realmente a minha mãe a falar. Elas eram tão iguais quando se tratava deste assunto. Sempre diziam a mesma coisa, sempre me aconselhavam da mesma maneira e eu realmente estava grata por ter conhecido Anne, por a ter deixado entrar na minha vida e por me sentir segura em lhe contar todos os meus segredos, qualquer um que fosse.

- Tudo bem, vamos esquecer isto certo? – Limpo os meus olhos molhados pelas lágrimas e levanto-me mostrando um sorriso. – Vamos fazer alguma coisa de interessante hoje.

Antes que Anne me pudesse responder o seu telemóvel toca e a mesma encaro-o repreensiva.

- Não atendes? – Anne encara-me.

- É o James, estou sem vontade.

- Anne, apesar de tudo ele é teu irmão. Atende.

Anne suspira e por breves segundos ela pensa se deve ou não atender, mas a sua consciência diz-lhe para ela o fazer e a mesma atende a chamada. Como não queria ouvir a sua conversa pego no meu telemóvel para me poder distrair e mando uma mensagem ao Niall, o qual eu deixei de responder na internet.

"Hey, eu tive um pequeno imprevisto, falamos antes por aqui?"

Niall como sempre, responde de seguida e eu sorrio ao ver que o mesmo me dá uma resposta positiva e logo começamos novamente a trocar mensagens.

Anne logo desliga a chamada e eu olho para ela a sorrir.

- Então, correu assim tão mal?

- Não, mas tenho de ir para casa agora. – Ela murmura indignada.

- Não vás, não me deixes sozinha num dia como este! – Coloco-me de joelhos à frente da mesma suplicando na brincadeira para ela não me deixar sozinha.

- Porque não vens comigo e dormes lá? Ao tempo que não fazemos algo assim. – Anne sugere e eu logo me levanto indo em direção ao meu armário.

- Estava a ver que não perguntavas! – Ouço Anne rir-se e enfio um pijama e uma muda de roupa para dentro do meu saco.

Pedir a permissão da minha mãe não custou muito, ela deu logo. A minha mãe e a mãe de Anne conheciam-se muito bem, devido à nossa amizade também, por isso sempre que ía para lá, ou Anne vinha para cá, as nossas mães nunca se opunham.

Chegar a casa de Anne foi o que mais custou, pois tivemos de ir a pé e a casa dela não era propriamente ao pé da minha. Mas felizmente fomos o caminho todo a conversar e foi isso que fez custar menos, porque podemos nos distrair um pouco uma à outra e até nos animar.

Assim que avistamos a casa da minha amiga, ela hesitou um pouco antes de se aproximar e de abrir a porta. Eu sei o quão difícil é estar dentro das mesmas paredes que a pessoa que nos magoou de uma forma imperdoável. Eu sei o quanto isso custa. E sei que Anne não gosta de quando Abigail ainda a tenta incomodar depois de tanto tempo.

- Anda, eu estou aqui! – Falo para a minha amiga que sorri e caminha então até à porta de casa.

Anne coloca a chave na fechadura e roda a mesma para destrancar a porta e entrar em casa. Anne deixa-me entrar primeiro e depois dela também estar dentro ela bate a porta com um pouco de força, provavelmente para dizer que está em casa de uma forma não direta.

Avançamos então as duas até ao seu quarto e eu coloco o meu pequeno saco num canto do seu quarto e retiro as minhas sapatilhas, colocando-me em cima da cama da Anne que se senta na sua cadeira e retira os seus sapatos também.

Não demora muito tempo até que o irmão de Anne abra a porta do quarto de Anne e entre sem pedir autorização.

- Marian? Não sabia que estavas aqui... - James fala surpreso.

- Olá também para ti, James. – Falo sem mostrar qualquer tipo de emoção ao vê-lo. Não suportava ver Anne mal e eu sabia o quanto James a tinha magoado hoje, por isso não, hoje James não merecia alguma atitude simpática de minha parte, pelo menos até ele pedir desculpas à sua própria irmã.

- Ah... Marian...

- Não te preocupes, eu deixo-vos sozinhos. E vê lá se pedes desculpa à tua irmã, James. – Começo a caminhar então em direção à porta.

- Ah... Marian, o Louis...

Antes que James pudesse acabar de falar, a imagem de Louis aparece à minha frente, mal eu abro a porta entreaberta. Engulo em seco e logo sou capaz de ouvir James novamente.

- Está aqui...

Desvio os meus olhos de Louis e viro-me para trás fitando James.

- Fala com a tua irmã.

Fecho rapidamente a porta à minha frente e quando me vejo sozinha no corredor com Louis, apresso-me a fugir para a parte de baixo de casa de Anne e James, para não ter que falar com Louis.

Sento-me no sofá, mal chego à sala e ligo a televisão da mesma que inicia no canal Hollywood.

- Marian... - A sua voz rouca apanha-me de surpresa e eu sinto o meu corpo ficar descontrolado. Olho para trás na espectativa de ele não estar lá, de eu estar apenas tão incomodada com o facto de estar no mesmo local que ele, que eu estava já a imaginar coisas. Mas não, o seu olhar estava penetrado em mim, os seus olhos azuis pediam para que eu nunca parasse de olhar para ele também. – Marian, não são apenas eles que precisam de falar. Nós também precisamos.

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