— Eu sei. – Falou Derech chegando no local. – O mestre está te guiando para seu destino e de quebra querendo se livrar daqueles que podem estragar tudo.
— Você é o escolhido? – Falou Amack ficando ao lado de Derech – Interessante. Que bom que eu não te matei.
— Viemos buscá-lo. – Falou Derech.
Os demais integrantes da seita, os mesmo que estavam com Derech na outra praia, apareceram de repente.
— Matem todos. – Falou Derech – Até mesmo o Traidor do meu irmão. Quero todos mortos, exceto o nosso precioso Gabriel.
— Você não chegara perto dele. – Falou Gabriel tomando a frente de henry.
Derech olhou para ele com desdém. Amack se aproximou.
— E o que o bebe pensa em fazer? – Falou ela.
— Vocês não iriam querer me enfrentar? Iriam? – Falou Gabriel.
— Consequentemente teriam que me enfrentar também. – Falou Henry – E sabemos que eu e ele, juntos, ninguém é páreo.
— A momentos atrás vocês estavam quase se matando, agora estão se amando novamente? – Perguntou Amack.
— Se tem alguém que eu amarei até o momento do meu último suspiro, esse alguém é o Henry. – Falou Gabriel.
— Igualmente. – Completou Henry,
— Pena que um, morrerá hoje. – Falou Derech aparecendo atrás de Henry e o lançando para frente.
Henry foi arremessado metros à frente. Caiu direto na água. Gabriel tentou avançar contra Derech, mas foi impedido por Amack. Ela estava com um olhar penetrante. Porém não era um olhar de fúria, nem de vingança por Gabriel ter destruído o navio dela. Os lobos e os restante dos bruxos e anjos foram golpeados pelos restantes da seita, mas logo em seguida se levantaram e reagiram. Foram em direção a luta.
— Henry – gritou Mike se esquivando de um dos conjuradores das trevas e pegando uma das mochilas no chão – Pega isso, acho que vai gostar do que tem dentro.
Depois de se levantar do arremesso, Henry correu até onde a mochila estava, abriu ela rapidamente e de dentro dela retirou o seu brinquedo predileto, o Arco e flecha. Henry colocou todas as flechas atrás de suas costas e posicionou o arco. Derech o olhou atenciosamente.
— Você verá agora de tudo que sou capaz. – Falou Derech.
— Não precisa pegar leve. – Falou Henry.
Enquanto isso, Amack e Gabriel travavam uma luta entre magia natural e magia negra. Gabriel sentia o quão forte ela era, mas ele sabia que se lutasse mais um pouco, poderia derrotá-la, o problema era que ele teria que se transformar em um Gabriel diferente e descontrolado, o que poderia agravar a situação. Ele poderia machucar alguém.
— O que vamos fazer? – Perguntou Pietro para Maicon.
— Você vai se esconder, enquanto eu cuido de ajudar todos eles. – Falou Maicon.
— Não vou deixar você sozinho. – Falou Pietro.
Maicon pegou com as mãos no rosto de Pietro e deu-lhe um beijo. Em seguida foi até a barriga dele e deu-lhe um beijo, imediatamente Pietro sentiu um movimento. O bebe estava reconhecendo o pai.
— Vai ser menino. – Falou Maicon – Eu sinto que vai ser menino.
— Não, você não sente. – Falou Pietro sorrindo – Vai ser um menino, eu já sei disso.
— Como?
— Agora não tenho como te explicar, estamos sem tempo. – Falou Pietro.
Maicon voltou até o rosto de Pietro e o beijou novamente.
— Você precisa se camuflar, precisa se proteger e proteger nosso pequeno Yan. – Falou Maicon.
— Como se atreve a mudar o nome dele? – Já tínhamos escolhido.
— Não vamos discutir sobre isso agora. Vai.
Pietro seguiu um pouco mais para o interior das arvores, onde estava conversando com Maicon, e de repente desapareceu, mas Maicon sabia que ele estava ali, somente estava quase invisível.
Maicon rapidamente saiu de perto das arvores e virou o lobo, logo que saiu foi de boca no pescoço de um dos conjuradores que não teve tempo de desviar do golpe. Maicon apertava os dentes enquanto o conjurador tentava se soltar sem muito sucesso.
Katherine comandava sua matilha que lutava cada um com um conjurador. A batalha estava equilibrada o bastante. Tirando o fato de alguns terem sidos abatido já no começo. Ethan tinha sido capturado por dois dos discípulos do irmão dele, que não estavam conseguindo efetuar um feitiço que mataria o garoto.
Devido não ter nenhum poder, Vicky foi amarrada em um tronco de arvore. Mike lançava bolas de magia contra dois conjuradores enquanto Thomas com seu bastão se defendia das bolas de magia lançadas pelos conjuradores. Ryan e Léo ao lado do John estavam batalhando contra alguns dos anjos renegados.
Henry tinha conseguido acertar algumas flechas no Derech, que parecia não sentir muita dor.
— É somente isso que você é capaz? – Perguntou Derech.
Henry rapidamente armou novamente o arco, mas com um pouco de azar ela emperrou na hora do tiro, foi o momento propício para Derech acertar Henry com uma grande quantidade de poder. Henry foi levantado do chão e atirado a metros e metros dali. Foi nesse momento que Gabriel se distraiu ao tentar correr para ajudar Henry e ele foi capturado por 4 conjuradores das trevas. Apesar de ser 4, eles estavam com bastantes dificuldades de o segurarem.
Derech caminhou vagarosamente para onde Henry tinha caído, ele foi pegando pelo caminho todas as flechas que Henry deixou cair com o impacto. Chagando ao local onde Henry estava, Derech retirou o arco da mão dele. Henry parecia estar meio zonzo, não conseguia se concentrar no que precisava fazer. Todos viram o momento em que Derech armou o arco, colocou um dos pés no peito de Henry com a intenção de segurá-lo.
— Pensei que você fosse um pouco mais valente. – Falou Derech com desdém.
— Para. Por favor. – Falou Gabriel para Derech – Me leva, mas deixa ele viver.
Derech olhou para Gabriel.
— Minha missão de hoje não é te levar, mas sim, matar esse garoto aqui. Não queremos ele vivo. – Falou Derech.
Todos pararam, apreensivos. Assustados. Algo tinha acontecido com Henry, ele parecia estar desligado desse mundo, parecia estar fora de sintonia. Ele apenas conseguia segurar o pé de Derech que apertava cada vez mais o corpo dele contra o chão.
— Acho que está na hora de você partir dessa para melhor. – Falou Derech – Ou quem sabe uma melhor. – Ele falou e disparou.
— Não! – Gritou Gabriel.
Henry fechou os olhos e a flecha parou cerca de 5 centímetros antes de penetrar a testa dele. Ela estava levitando no ar, como se alguém tivesse parado o tempo. Mas olhando ao redor, o tempo não tinha parado, apenas a flecha. Segundos depois ela caiu no chão ao lado de Henry. Rapidamente Derech tentou retirar uma outra flecha, mas percebeu que tanto as flechas quanto o arco não estavam mais ao poder dele. Estavam a alguns metros de distância dele.
De repente saiu um rasgo do céu em direção ao chão, como se fosse um raio. Atingiu o chão com um barulho surdo. Apenas o som da areia sendo atingida por algo. Derech foi arremessado um pouco para longe, caindo próximo a Amack. Ao se levantar ele, e todos, viram a figura de três pessoas paradas ao lado de Henry, que ainda continuava fora de sintonia, meio sonolento. As pessoas estavam com um sobretudo branco e capuz branco, o sobretudo cobria toda a extensão do corpo e arrastava pelo chão como se fosse a calda de um vestido de noiva. Não dava para ver quem era, não dava para identificar se era homem ou mulher, ou se era homens e mulheres.
— Inde pulsus es hic mitto ego te ad locum tuum!
Foi o que se ouviu sair da boca desses seres, era vozes de diferentes tons, não parecia vozes apenas de três pessoas, parecia uma multidão de pessoas falando. Após essas palavras serem pronunciadas, Amack e Derech foram levantados do chão, os corpos deles levitaram. Eles começaram a gritar como se estivessem sofrendo algum tipo de dor. E quando menos se esperava, eles desapareceram numa nuvem de fumaça branca.
Ao ver o que tinha acontecido, os seguidores de Derech desapareceram na nuvem de fumaça preta que tinham aparecido. Todos os restantes que ficaram, Gabriel e sua turma, olharam para aqueles seres, eles não disseram nenhuma palavra. Apenas, de repente, os sobretudos que eles estavam usando, caíram no chão, como se não tivesse corpo algum para ser vestido. Gabriel pode então correr até Henry, que voltou ao normal assim que os sobretudos caíram ao seu lado.
— Quem era eles? – Perguntou Henry assustado.
— Não faço a mínima ideia. – Respondeu Gabriel o abraçando.