No Coração de Sofia - PARADO

By camila-teixeira

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Desde muito nova Sofia decidiu que iria esperar o tempo de Deus para namorar, só não sabia como fazer isso se... More

Leia! É importante!
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 01 (nova versão)
Capítulo 02 (nova versão)
Capítulo 04 (nova versão)
Capítulo 05 (nova versão)
Capítulo 06 (nova versão)
Conversas (nova versão)
Capítulo 07 (nova versão)
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Grupo no Whatsapp
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Entrevista
Capítulo 50
Capítulo 51
Suurper Novidade! ♥
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Palavras da autora
Outros livros da autora ♥

Capítulo 03 (nova versão)

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By camila-teixeira

"Você anda longe
Anda triste
Tão sozinho
Na verdade, tu não passas de um menino
Perdido querendo se encontrar"

De Deus - Daniela Araújo

   O dia amanhece e parece que a voz de Malu ainda acoa em minha cabeça. É como se ela ainda estivesse aqui, em minha frente, falando sobre a importância de manter um relacionamento íntimo com Deus. Isso é primordial na vida de um cristão, ela disse um dia desses. Em uma de nossas conversas, Malu me perguntou como posso amar alguém verdadeiramente sem conhecê-lo de fato. Essa pergunta me impactou. Eu não sabia a resposta.

     Certo, eu sei a resposta, mas não posso admiti-la. Isso seria como dizer que não amo a Deus e, caramba, eu o amo mais que tudo... embora não tenha me relacionado tanto com Ele ultimamente.

     Ou toda a minha vida.

     Droga, Malu está certa! Mais uma vez, pra variar...

     Já aconteceu de você saber o que precisa fazer, mas, ainda assim, não faz? Os motivos que te levam a não fazer são vários, mas certamente nenhum deles é um bom motivo. Um motivo realmente plausível.

     Admito que o meu não é. Aliás, ele é vergonhoso!

     Depois de refletir sobre as palavras de Malu, cheguei a conclusão de que eu preciso desenvolver o meu relacionamento com Deus. Eu já tinha me programado para isso, mas, bem... alguns imprevistos acabaram surgindo. Não é incrível como tudo resolve acontecer quando decidimos dedicar um pouco do nosso tempo para Deus? Parece que o mundo vai acabar e tudo resolve acontecer em um único dia!

     Por que tem que ser tão difícil assim? Para algumas pessoas, como Malu, parece tão fácil, mas por que para mim é sempre tão difícil?

     Eu já tinha me programado para esse momento; primeiro começaria indo para a consagração – que é outra coisa da qual preciso melhorar minha frequência –, depois almoçaria com minha mãe, ajudaria na faxina da casa, então iria ter meu momento com Deus e, para finalizar o dia com chave de ouro, iria para o culto jovem.

     Já estava tudo certo. Calculei mais ou menos os horários, organizei cada tarefa e até estava ansiosa para colocar em prática. Sério! Na teoria tudo seria muito lindo e produtivo. Já estava com orgulho de mim mesmo antes de começar a fazer, afinal, tomar a iniciativa já tem seus meritos.

     Mas...

     Olha aí o mas novamente para acabar com toda a minha alegria.

     Pois é, minha programação teria dado certo se eu não tivesse desligado o despertador e voltado a dormir, se a faxina não tivesse demorasse tanto tempo quanto demorou e, principalmente, se eu não tivesse pegado no sono quando me permiti descansar uns minutinhos no sofá. Não sei da onde saiu tanto sono, só sei que acordei justamente quando mamãe estava assistindo o filme Diário de uma Paixão e, bem... acabei me rendendo, tendo em vista que já havia fracassado em tudo. Mas, como se as coisas não pudessem piorar, acabei perdendo a noção do tempo e por pouco não me atrasei para o ensaio, antes do culto.

     Nem me fale nada. Eu sou uma vergonha. Isso tudo é frustrante demais.

***

     Minhas mãos estão suando e o frio em minha barriga parece não ter fim. Esses são sintomas tão comuns, mas que ainda me deixam angustiada.

     O motivo disso? Jonathan, meu líder, não designou as funções de cada um para o culto.

     O que isso significa? Ah, senhoras e senhores, significa que ele dará as oportunidades sem prévio aviso!

     Consegue entender o quanto isso me deixa nervosa?

     Só de ouvi-lo explicar isso no ensaio senti meu estômago revirar em uma velocidade anormal. Algo me dizia que eu seria uma das escolhidas para ter oportunidade, não é á toa que agora estou sofrendo por antecipação. Eu sei que não posso recusar mais uma vez e só de pensar nisso meu estômago dá outra cambalhota.

     Isso definitivamente não ajuda muito.

     Droga! Eu preciso enfrentar meus medos e vencer os desafios. Preciso parar de ser prisioneira desses sentimentos ridículos que só me fazem mal. Que não me permite ser quem eu sou, muito menos sair dessa mesmice. Malu sempre diz que eu não posso fugir para sempre e ela tem razão. Uma hora vou ter que enfrentar meus medos e inseguranças para ser alguém melhor. Para ter a liberdade de ser e fazer o que Deus que eu faça.

     E por que não agora?

     Esse é um bom dia, certo?

     Dessa vez não posso deixar para depois, até porque, como dizem por aí, não devemos deixar para depois o que podemos fazer hoje. E hoje, definitivamente, eu acordei inspirada. Tudo bem que o plano de dedicar um tempo para Deus não deu certo, mas agora não há nada que me impeça, não é mesmo?

     Quer dizer, o único problema é que eu não me preparei para subir no altar e encarar as pessoas enquanto digo alguma coisa sobre algum versículo. Por isso, caso eu realmente tenha oportunidade, dar uma palavra está fora de cogitação, tendo em vista que nem a bíblia eu leio direito – ainda, ok?! Tudo que me resta, então, é cantar. Tudo bem que ainda corro o risco de gaguejar no meio da música, esquecer a letra, errar a entrada, olhar para a igreja e travar e etc., mas ainda existem duas alternativas que podem me ser útil, e uma delas é cantar de olhos fechados.

     Você há de convir comigo que esse é o tipo de técnica que muitas pessoas usam. Não necessariamente porque estão com vergonha, eu sei. Mas quem vai saber que eu estou?

     Se bem que mesmo de olhos fechados minha mente traiçoeira pode me lembrar que sou alvo de vários pares de olhos e eu não posso arriscar, por isso a segunda opção me parece mais apropriada por ora.

     — Malu — ajoelho ao seu lado e sussurro próximo ao seu ouvido. Ela levanta a cabeça e fixa seus olhos  em mim. — Se eu tiver oportunidade, você canta comigo?

     Esse é o plano: dividir a atenção com alguém. De preferência alguém que não tenha vergonha disso e que você tenha certeza de que vai segurar sua peteca caso a deixe cair. Essa é uma tática velha e que não costuma falhar.

     — Claro, amiga! — ela parece meio confusa agora. Feliz pela minha iniciativa, claro, mas provavelmente se perguntando o que aconteceu para tomá-la. Eu até a explicaria, mas não é certo ficar conversando no meio da oração. — Qual música você quer cantar?

     — Não sei ainda — suspiro, analisando minhas opções. — Tem que ser uma música conhecida, assim a igreja canta junto e, quem sabe, não presta tanta atenção em mim. Também tem que ser fácil e, de preferência, bem curta. Nada de introdução longa também, pelo amor de Deus! — dou uma pausa para pensar em mais algum quesito importante, então volto a falar: — É, acho que é só isso mesmo. Alguma sugestão?

     Malu arqueia as sobrancelhas e comprime os lábios, pensativa.

     — Hmm... Acho que só os hinos da harpa mesmo.

     — É sério, Malu — sussurro mais alto, cutucando-a. Isso acaba chamando a atenção de Leonardo, que levanta ligeiramente a cabeça para nos encarar. Sorrio para ele, como um pedido de desculpa.

     — Todas essas regras limita um pouco, não acha? — ela cochicha de volta, se aproximando mais de mim.

     Eu apenas dou de ombros. Malu me analisa por um breve momento. Sua voz fica mais suave agora:

     — Escuta, Sofia, você não pode fazer uma tempestade no copo d'água toda vez que tiver uma oportunidade. Se quiser realmente cantar, então escolha uma música que você goste. A adoração tem que ser verdadeira, não mecânica como você está querendo fazer.

     Eu até concordo com minha amiga, mas se Malu soubesse o quanto isso é difícil para mim, certamente me entenderia melhor. Tudo tem que ser bem pensado e organizado para que eu possa me sentir um pouco mais segura. Caso contrário, minha mente lista uma porção de coisas que podem dar errado, além de me lembrar que todos estarão me olhando quando isso acontecer.

     — Tudo bem, então pode ser a música Alfa e Ômega da Marini Friezen?

     — Por mim tudo bem — ela assente, sorrindo. — Estou feliz por você, amiga. E não precisa ficar nervosa, vai dar tudo certo.

     Ok. Eu posso fazer isso.

     O lance de não ficar nervosa é praticamente impossível, mas a escolha da música foi de coração.

     Assim que o culto começa, Jonathan me pede para ficar na portaria com Amanda, recepcionando e anotando os nomes dos visitantes. Meu nervosismo aumenta a medida que o igreja vai enchendo. Minha mente voa longe, imaginando milhares de coisas que podem acontecer enquanto canto; uma delas é desafinar. Isso seria terrivelmente vergonhoso.

     Eu não disse que minha mente é traiçoeira?

     Balanço a cabeça, expulsando os pensamentos ruins. Volto a manter minha atenção no culto e percebo que Letícia acabou de trazer a leitura devocional. Sinto meu estômago gelar quando Jonathan pega o microfone novamente, pronto para dar a próxima oportunidade.

     Leonardo foi chamado. Ufa!

     Ele começa a dar uma breve reflexão sobre o versículo que acaba de ler. Minha amiga não desgruda os olhos dele e um sorriso discreto estampa seu rosto. Não importa quantos anos eles estejam juntos, ou quantas vezes ela o viu falando sobre a palavra de Deus, Malu sempre o olha com os olhos cheios de ternura e admiração. Eu odeio ter que segurar vela, mas admito que é lindo de se ver. O respeito e a admiração de um para o outro é realmente admirável. Aliás, a história de amor dos dois é linda. Eu suspiro toda vez que Malu me conta.

     É um tipo de amor assim que quero viver. Ter alguém que me olhe desse jeito e me ame independente das lutas ou circunstâncias.

     Será que é pedir demais?

     — A paz do Senhor. Seja bem-vindo!

     — Obrigado — a voz rouca chega até meus ouvidos, fazendo meu corpo enrijecer.

     Ouvi essa voz apenas um dia, mas é impossível não reconhecê-la. Por isso esse frio na boca do meu estômago, porque eu sei exatamente quem está atrás de mim.

     Olho por cima dos ombros e como previ, é ele. É Miguel! Seus lábios se curvam ligeiramente para cima quando nossos olhos se encontram.

     Prendo minha respiração.

     Droga! Eu não estava contando com isso.

     — Tudo bem, Sofia? — ele pergunta, quebrando o silêncio.

     — Sim — respondo de imediato, aliviada por minha voz não transmitir as emoções que Miguel acaba de me provocar. — Tudo ótimo.

     Ter Miguel me olhando enquanto eu canto não estava nos meus planos. Isso torna as coisas ainda mais difíceis. Enquanto o vejo sentar, me pergunto se ainda vou conseguir e chego a conclusão de que é melhor passar para o plano B.

***

     Que foi? Queria saber qual era o meu plano B?

     Sem problemas, eu te conto. Mas já adianto que não é nada legal!

     O plano B é simplesmente fugir. Não necessariamente fugir para minha casa e me esconder debaixo do meu edredom – o que, confesso, tenho vontade de fazer às vezes. Eu me escondi na igreja mesmo.

     Como? Te explico também, mas, por favor, não faça isso. Esse não é um exemplo que eu me orgulho em contar e que, principalmente, não deve ser seguido. Ok?

     Como estava dizendo, o plano B consistia em fugir; toda vez que Jonathan pegava o microfone eu ia ao banheiro, beber água, na cantina e até mesmo na salinha das crianças eu fiz uma breve visita. Só consegui parar agora, na hora da palavra.

     Eu sei, eu sei... eu disse que não deixaria para depois e blá-blá-blá, mas você precisa entender que as coisas novamente saíram do meu controle. Eu tinha um plano e novamente ele foi por água a baixo.

     Isso não é certo e também não é nada legal. EU SEI!

     Você acha que minha consciência não me falou isso todo o tempo que passei andando de um lado para o outro igual uma criancinha que não sabe enfrentar seus próprios problemas? Meu coração está apertado até agora!

     Que droga!

     Sei que pareço fazer de propósito, mas a verdade é que eu ainda não sei lidar com isso. É como se eu entrasse em um conflito interno, às vezes.

     E isso me faz mais mal do que você pode imaginar.

***

     Final de culto é sempre a mesma coisa; a galera fica papeando do lado de fora da igreja até fechá-la, ou até alguém ter a brilhante ideia de sair para comer. Geralmente a última alternativa é a mais comum por aqui. No final das contas tudo termina em pizza. Literalmente.

     Hoje não foi diferente e dessa vez quem teve a brilhante ideia foi Malu. A verdade é que tudo já estava meio que combinado, mas a princípio a ideia era nos juntarmos na casa da própria Malu para a despedida de Letícia.

     Eu não contei que ela vai fazer uma viajem missionária? Não? Me perdoe, minha memória não é muito boa.

     Letícia estava se programando há alguns meses para essa viajem. Desde que ela se converteu, esse é um dos seus maiores sonhos. Quando a oportunidade apareceu ela não hesitou em aceitar. Eu estou feliz por ela, mas não tanto quanto Malu. A amizade das duas existe muito antes delas se converterem. Ambas se conheceram na adolescência e juntas viveram muitas experiências. Foi Malu, que logo após sua conversão, começou a falar de Jesus para Letícia, até que ela o reconheceu como seu único Salvador.

     Você deve entender agora o quanto Malu está eufórica com essa viajem missionária, né?

     A despedida é apenas para os amigos mais íntimos e antes que você pergunte o que Miguel está fazendo aqui, entre nós, eu te digo que ele também é um amigo íntimo do grupo.

     Curioso, não?

     Eu também achei estranho. Principalmente o fato de Leonardo o conhecer muito antes de encontrar Malu. O mais engraçado disso tudo é que durante esses anos que conheço os três, não lembro ter visto Miguel nenhuma vez. No carro de Leonardo, enquanto estávamos seguindo para a pizzaria, Malu me contou que Miguel passou muito tempo viajando, seja a trabalho ou visitando seus pais que moram em outro estado. Provavelmente esse seja o motivo de tantos desencontros, mas não é exatamente isso que tem tomado meus pensamentos agora e sim o rumo que a conversa em nossa mesa tomou.

     — Lembro que eu tinha medo de Deus me rejeitar por tudo que eu fiz, principalmente com a Malu — Letícia toma a palavra dessa vez e todos voltam sua atenção para ela. — Mas depois que ela se converteu e foi me falando sobre Deus e sua infinita misericórdia, eu sintia em meu coração como se uma pequena chama fosse acessa e ela crescia a cada passo que eu dava espiritualmente — Letícia apoia os cotovelos sobre a mesa, gesticulando com as mãos. — E a medida que descobria essa paz, esse mundo completamente diferente do que eu vivia, eu queria que outras pessoas sentissem o que eu estava sentindo. Momentos assim são indescritíveis, só vivenciando para saber como é maravilhoso.

     — É por isso que digo que todo mundo deve ter experiências com Deus, principalmente nós, cristãos — Miguel diz e se a atenção de todos está nele eu não sei, mas com certeza ele tem toda a minha... embora essa conversa me deixe meio tensa. — É triste ver que as pessoas se contentam apenas com o que escutam falar dEle.

     — É exatamente isso que eu penso, Miguel. Depois que conheci a Deus e comecei a ter minhas experiências, a única coisa que eu queria era mais — os olhos de Malu brilham e ela sorri, parecendo alheia a suas lembranças. — Já não me bastava mais apenas o que as pessoas me diziam, eu queria conhecê-lo por mim mesma porque sabia que nada que me dissessem poderia se comparar a sensação de ter minhas próprias experiências com Deus.

     Aposto que você está esperando que eu diga algo, né? Pois é exatamente isso que estou evitando fazer.

     Por quê? Porque eu mal leio a bíblia e oro, o que dirá ter experiências assim.

     E agora você deve estar pensando: então por que não passa a ler e orar mais?, e eu te digo: porque isso não é algo tão simples assim. É uma batalha da qual, confesso, tenho perdido todos esses anos. Isso é vergonhoso para uma "cristã de berço", por isso preferi me calar desde que entramos nesse assunto.

     — Eu acompanhei toda essa evolução e posso dizer que experiências são realmente importantes — Leonardo diz, enquanto eu já estou indo para o meu sexto copo de refrigerante. Mais alguns minutos nessa conversa e vamos precisar pedir mais uma garrafa de três litros. — Malu já estava aceitando o amor de Deus, mas a sua experiência enquanto estava em coma foi o que a fez ser quem ela é hoje.

     Antes que mais alguém exponha sua opinião, o par de olhos azuis pousa sob mim. Meu coração acelera com a ideia de que Malu queria me incluir no assunto. Não sabe ela que me deixar quietinha é a melhor opção.

     Desvio meu olhar para meu prato, mas sei que ela ainda está me observando.

     — Está tão calada, Sofi — engulo a seco. Agora todos os olhares da mesa estão sob mim também. Droga! — Não vai dizer o que pensa?

     O que eu realmente penso é que preciso ficar calada. Lembra quando disse que não sou de expor meus pensamentos tão facilmente? 

     Caramba, eu já pensei mil vezes antes de tentar falar algo e a única conclusão que cheguei é que me manter calada é o melhor a se fazer. Embora eu seja cristã desde que me entendo por gente, não tenho algo relevante ou surpreendente para falar, como Malu que quando esteve em coma...

     — Sofia? — Letícia toca meu braço, trazendo-me a conversa. Só então percebo que estou furando a pizza com o garfo, enquanto todos continuam me olhando, esperando minha resposta.

     — Eu... hã... — pigarreio, soltando o garfo no prato. — Concordo com o que vocês disseram. Embora eu não tenha tido esse prazer de ter uma experiência com Deus, eu concordo que é importante — sorrio, nervosa, desviando minha atenção deles para meu copo de refrigerante. — Deve ser realmente maravilhoso — levo o copo a boca e dou um grande e demorado gole.

     A pizza de chocolate chega e, para minha sorte, atrai a atenção de todos. Só então respiro aliviada.

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Meu coração está apertadinho como o da Sofi. Quem é/era tímido sabe o que ela está passando. Mas me diz aí o que você tem achado disso tudo e se você já precisou seguir o plano B da Sofia haha

Não esqueçam da estrelinha, hein. É muito importante ❤

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