Os Novos Estrangeiros

By BrunoASanches

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Rachel Aroeut não é apenas uma adolescente rica, órfã, depressiva, que fala com os mortos e é apaixonada por... More

Parte I: Os nativos e suas dores - Capítulo 1 - Quem você mataria?
Capítulo 2 - Fantasmas de Beverly Hills.
Capítulo 3 - Conversando com os mortos.
Capítulo 4 - __Essa é a nossa primeira sessão?
Capítulo 5 - Acompanhamento Terapêutico.
Capítulo 6 - Para qualquer lugar?
Capítulo 7 - A Espera.
Capítulo 8 - Os céus da França.
Capítulo 9 - Os Corredores da grande prisão
Capítulo 10 - Fantasmas de Québec.
Capítulo 11 - Não fizeram isso com a Dolly?
Capítulo 12 - Os mortos na sala de jantar.
Parte 2: Os Estrangeiros. - Capítulo 13 - __Pai, você bebeu?
Capítulo 14 - Seria uma boa vingança...
Capítulo 15 - __Houston, nós temos um problema!
Capítulo 16 - Não há nenhuma fraude...
Capítulo 17 - __Vocês invadiram o espaço aéreo dos EUA...
Capítulo 18 - Um enigma nos polos.
Capítulo 19 - Um incêndio em Zaragoza.
Capítulo 20 - Um problema na Dutra.
Capítulo 21 - __Apenas 50.
Capítulo 22 - Algo realmente intrigante.
Capítulo 23 - Um vídeo estranho.
Capítulo 24 - Os Estrangeiros.
Capítulo 25 - Uma questão legal
Capítulo 26 - Et Pluribus Unum
Capítulo 27 - O "sim" da Grécia
Capítulo 28 - Qual é o seu desejo
Capítulo 29 - Dois mundos
Capítulo 30 - Gandhi II
Capítulo 31 - Eles estão no meio de nós.
Capítulo 32 - Uma esquina qualquer.
Capítulo 33 - A morte da França.
Capítulo 34 - "__Eles são ingênuos."
Capítulo 35 - Os estrangeiros e duas humanidades.
Parte III - Os Novos Estrangeiros - Capítulo 36 - "__Fale mais sobre isso."
Capítulo 37 - Mil lutos
Capítulo 38 - Henri.
Capítulo 39 - "__Olhe para os pássaros no céu..."
Capítulo 40 - O Green Card.
Capítulo 41 - "__Nossas ações valem mais do que nossas ideias."
Capítulo 42 - Um escudo ao chão.
Capítulo 43 - O sepultamento da França.
Capítulo 44 - "__Dissolvê-la."
Capítulo 45 - Um bife e muitos esqueletos.
Capítulo 46 - Uma estranha em seu próprio planeta.
Capítulo 47 - Apenas a própria dor.
Capítulo 48 - Ambedkar II.
Capítulo 49 - Um corpo, dois espíritos.
Capítulo 50 - Linhas tortas?
Capítulo 51 - "__Vocês mataram a França!"
Capítulo 52 - Um café.
Capítulo 53 - O contato.
Capítulo 54 - Além do amor
Capítulo 55 - Uma decisão difícil
Capítulo 56 - Entre dois mundos
Capítulo 57 - O peso da paz.
Capítulo 58 - Ameaça invisível
Capítulo 59 - A busca pela felicidade.
Capítulo 60 - "__Você pode sair de cima de mim?"
Capítulo 61 - A Grande Rede.
Capítulo 62 - "__Vamos para Caiena."
Capítulo 63 - O mundo inteiro é um palco.
Capítulo 64 - Uma ligação inesperada.
Capítulo 65 - O encontro na selva.
Capítulo 66 - A morte e o peso da liberdade.
Capítulo 67 - A aldeia.
Capítulo 68 - O peso dos lutos.
Capítulo 69 - Psicodrama
Capítulo 70 - Timidez
Capítulo 71 - Brincadeira cara.
Capítulo 72 - Marionetes verdes
Capítulo 73 - Uma causa perdida?
Capítulo 74 - O bilhete.
Capítulo 75 - A fênix.
Capítulo 76 - A felicidade espontânea.
Capítulo 78 - Um mundo novo

Capítulo 79 - FINAL - Além de todos os sentidos.

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By BrunoASanches

Henri continuava diante de olhares múltiplos e pensativos:

__Não morremos porque nos transformamos no novo. Pois de cada átomo que hoje compõe o nosso corpo surgirá um modo diferente de existir, uma nova perspectiva. Não morremos porque novos caminhos surgem não apenas de nossos átomos, mas também de cada ação e pensamento. Não deixamos de existir porque estamos além de um só corpo, de uma só história de vida. Somos muitos e continuaremos sendo. Somos multiplicidade.

E olhando para a fogueira e depois percebendo os olhares atentos que lhe eram dedicados, Henri prosseguiu:

__Rachel pediu para que encontrássemos um sentido para a vida além da morte. Mas hoje percebi que não deve haver um sentido para a vida e tampouco há sentido em se buscar um sentido para tal, como propunha Sartre. Não deve haver um sentido porque cada perspectiva é única e não há uma hierarquia verdadeira entre elas. O final de algo não é mais importante que o começo e nem o justifica ou é justificado por ele. Um sentido limita o existir, gera uma finalidade, um fim. Subordina um conjunto riquíssimo de olhares e pontos de vista a um único, a um propósito limitado. Poderíamos pensar em várias maneiras de nos condenar, de nos aprisionar e nenhuma delas seria mais estúpida do que essa: "do que a de dedicarmos nossa vida a buscar uma justificativa que atuaria somente de modo a banalizar tudo que existe além de suas fronteiras."

Fez uma breve pausa e finalizou:

__Os Estrangeiros atribuíram o sentido de suas vidas no ato de perseguir um universo sem dor. Sem perceber eles banalizaram todo o resto que existe além dessa busca e caso um dia consigam, de fato, atingir seu objetivo; perceberão que o próprio sentido para o universo que tanto almejaram deixará de existir e eles ficarão caminhando no vazio. Reitero que todo propósito se dissolve em si próprio, nossas metas desaparecem quando as alcançamos e os alpinistas descem do topo das montanhas após atingi-los. Mas quando nada buscamos e apenas paramos para contemplar e sermos contemplados pelo universo, achamos muitas coisas, coisas que não se dissolvem após serem encontradas. Mas sim, coisas que se multiplicam, uma vez que as enriquecemos com novas perspectivas e somos enriquecidos por elas.

Os presentes aplaudiram as palavras de Henri e seguiram narrando suas visões sobre a realidade.

Fim.

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