Família (Nada) Perfeita

Galing kay NyxiaBooks_

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Todo mundo tem problemas, e todos sabemos disso. Então por que é difícil lidar com eles? Porque somos humanos... Higit pa

Chapter. 01
Chapter. 02
Chapter. 03
Chapter. 04
Chapter. 05
Chapter. 06
Chapter. 07
Chapter. 08
Chapter. 09
Chapter. 10
Chapter. 11
Chapter. 12
Chapter. 13
Chapter. 14
Chapter. 15
Chapter. 16
Chapter. 17
Chapter. 18
Chapter. 19
Chapter. 20
Chapter. 21
Chapter. 22
Chapter. 23
Chapter. 24
Chapter. 25
Chapter. 26
Chapter. 27
Chapter. 28
Chapter. 29
Chapter. 30
Chapter. 31
Chapter. 32
Chapter. 33
Chapter. 34
Chapter. 35
Chapter. 36
Chapter. 37
Chapter. 39
Chapter. 40
Chapter. 41
Chapter. 42
Chapter. 43
Chapter. 44
Chapter. 45
Chapter. 46
Chapter. 47
Chapter. 48
Chapter. 49
Epílogo

Chapter. 38

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O resto do dia das pessoas que estavam naquela cabana, foi basicamente só preparativos.
Preparativos para se aprontarem para a virada de ano, que aconteceria... Adivinha? A meia-noite.

Todos estavam meio cansados mentalmente falando, até porque foram muitas emoções para um dia só.
Zoe perdida.
Crises de quase pânico.
"Recaída" de sentimentos.
Reencontros familiares.

Por isso, é compreensível que a maioria aproveitou para descansar, para depois se arrumar.
No planejamento turístico de Lake District, estava informado que iria ter uma chuva de fogos de artifício, para a virada de ano.

E só de imaginar a explosão de cores, num céu tão estrelado como aquele, que não tinha as luzes da cidade para atrapalhar a visão surreal das estrelas, fazia qualquer coração bater mais forte de ansiedade.

As paisagens de Lake District também não ajudavam na ansiedade. Todos ali queriam passear pelas cidadezinhas, andar entre as inúmeras árvores, molhar os pés nos rios, e olha que só tinham chegado a pouco tempo.

Mas é o que dizem: uma experiência não precisa ser longa para ser marcante (não sei se alguém diz isso, mas eu disse agora).

[...]

— Ori... Eiii... — Zoe chama o garoto, ajoelhada na frente da cama, observando bem de perto o rosto dele.

Ele estava dormindo fazia umas duas horas. E isso não é anormal, considerando o cansaço que estava.
Mas Zoe não quer que ele durma. Ela quer que ele aproveite essa experiência.
Quer que ele aproveite com ela essa experiência.

A garota, com um sorrisinho maléfico, começa a cutucar a bochecha dele, e puxar levemente seu cabelo, fazendo tudo para acorda-lo.
Então, ela lembra do ponto sensível dele, e passa o dedo lentamente pela borda da orelha dele.

Devagar, Orion se encolhe, incomodado com o toque em sua orelha.
Ele abre os olhos sem pressa, e faz um biquinho emburrado ao notar o rosto de Zoe perto do seu, pois ele já sabia que foi ela que o acordou.

— Você parece um defunto dormindo. — Ela provoca, e ele solta um grunhido baixo, ainda reclamando por ter sido acordado.

Ela ri da careta dele, e até acha fofo a manha que o menino faz.
Então ela se senta na beirada da beliche, ao lado de um Orion ainda de manha e com os olhos fechados.

— Ei! Não vai dormir de novo não! — Ela fala, começando um ataque de cócegas.

Ele se encolhe e se debate nas mãos dela, rindo desesperado, tentando se livrar das cócegas.

— Para Zoe! Já tô acordado, eu me rendo! — Ele fala, e ela continua, só de pirraça.

Claramente desesperado, ele segura as mãos dela, tentando respirar por ter rido demais.
Zoe sorri, e tira o cabelo dos olhos dele, admirando o quanto ele ficava lindo acabando de acordar de um "soninho da tarde".

— Por que me acordou? — Ele pergunta, colocando uma mão atrás da cabeça, enquanto ainda está deitado.

— Porque sim — A resposta dela faz Orion torcer o rosto numa careta, que a faz rir. — E você me convida para uma viagem e fica dormindo? Que tipo de amigo é você?

Nem preciso dizer que ela está brincando, afinal percebeu o quanto Orion estava exausto.
Principalmente mentalmente.

Ele também sabe, por isso solta uma risada nasalada, e se espreguiça, fechando os olhos.

— Desculpa... Eu, fiquei cansado da viagem... — Ele diz, ainda de olhos fechados.

— Eu sei... Só estou brincando... — Ela diz, e se deita ao lado dele, com a mão apoiando a cabeça, e o cotovelo no travesseiro. — Me desculpa por ter te preocupado...

Ele abre os olhos lentamente, e se vira, para ficar de frente para ela. Ele está mais baixo que ela, pois ela está apoiada na mão, e ele deitado no travesseiro.

— Eu já disse, Zoe. Eu me preocupo, porque gosto de você — Ele fala, e inclina o olhar pra ela. — Você quase me fez ter uma crise, eu mereço um mimozinho, não acha...?

Ele faz um beicinho, e Zoe ri, achando a versão "Orion carente" uma gracinha.
Então, ela aninha a cabeça dele no ombro dela.

— O que a gente é, Zoe? — Ele pergunta, a abraçando pela cintura, e deitando a cabeça abaixo do pescoço dela.

— Precisamos mesmo de rótulo? — A pergunta faz ele rir, e ela começa um cafuné no cabelo dele.

— Não, mas...

— Vou te dar sua resposta hoje, perto da virada — Isso faz ele suspender a cabeça, e ela sorri fofa. — Mas acho que você já imagina qual vai ser...

Ele cora e sorri levemente, apertando mais o abraço, e escondendo o rosto.
A garota ri da vergonha dele, e continua o cafuné em seu cabelo.

— Eu vou dormir de novo, desse jeito. — Ele diz, já fechando os olhos.

— Pode dormir, eu te acordo quando for a hora de nos arrumarmos. — Zoe fala, e Orion suspira, mais para sentir o cheiro dela do que por outro motivo.

— Certeza...? Se quiser a gente pode ficar conversando... — Ele olha pra garota, que sorri e belisca o nariz dele com os dedos.

— Dorme logo, você merece. — Isso faz ele rir, e num gesto fofo, ele dá um delicado beijo na bochecha dela, fechando os olhos em seguida.

Com certeza "só amigos" eles não são mais, e Orion sabe que provavelmente a resposta dela será positiva.
Porém não quer criar expectativas, e ao mesmo tempo a ansiedade e o coração estão a mil.

[...]

Algumas horas depois.

Zoe disse que iria acordar Orion, quando fosse a hora de se arrumarem, porém, ela não contava que iria acabar dormindo também.

Os outros já estavam praticamente prontos, só ajeitando uma coisinha ou outra.
Cada um usava algo que condizia com seu estilo.

Larry usava uma blusa branca, com uma jaqueta meio havaiana que ia até metade do braço, e uma calça jeans branca também.
Seu cabelo agora estava solto, e o cumprimento ia até um pouco abaixo do ombro.

Scott está com uma blusa social vermelha, que ia até metade do antebraço, e também com uma calça jeans branca.

Não tinha falado com Faith depois do que houve em seu quarto, e sinceramente, estava nervoso por ter de encara-la.
Sabia que ela não iria desistir enquanto não arrancasse alguma coisa dele.

Thomas estava também com uma blusa branca genérica, porém usando um blazer preto de sobreposição, e uma calça jeans preta.
Ele bate na porta do quarto onde os adolescentes estão, e quando não recebe resposta, ele a abre.

— Estou entrando! Se estiverem... Bem... Estou entrando! — Ele diz, e adentra o quarto, meio receoso, mas ao ver ambos dormindo abraçados, sorri.

Thomas vai até perto da cama, e sacode levemente a garota, já que se fosse pra acordar Orion primeiro teria de derruba-lo da cama.

— Zoe... Já está na hora de se arrumar... — A voz dele é delicada, para que não acorde a garota de forma brusca.

Lentamente, Zoe abre os olhos, e se espreguiça um pouco.
Ao se mexer, por algum motivo, o subconsciente de Orion parece ter entendido que ela iria se levantar, e o garoto ainda dormindo, abraça a cintura dela com mais força.

— Acho que ele não quer que você levante. — Thomas diz rindo da reação do filho, e fazendo Zoe rir também.

— Obrigada por me acorda, Sr. Garred. Pode deixar que eu acordo ele. — Ela diz, e Thomas assente, se afastando em direção a porta.

Quando ele sai, e fecha a porta, Zoe olha para o garoto em seu colo, e seu coração se aquece de uma forma boa.
Orion é o tipo de garoto que, ela acredita, todas as outras garotas deveriam ter perto de si.

Ele é fofo.
Carinhoso (com quem ele quer).
Atencioso.
E chato. Sim, pra ela isso pode ser bom as vezes.
Ele sempre conseguia arrancar alguma risada dela.

A garota mexe mais uma vez na orelha de Orion, e bem devagar ele acorda. E ao despertar, Zoe ouve mais grunhidos de reclamação, que a fazem rir levemente.

— Eu disse que ia te acordar, para de ser manhoso. — Ela diz, dando um puxão de brincadeira no cabelo dele.

— Só mais um pouquinho... — A voz dele é pura manha, e ele esconde o rosto na dobra do pescoço de Zoe.

— Não sabia que você agia como uma criança quando acordava. — Ela diz, ainda sorrindo.

— Não quando eu acordo. Quando me acordam. — Ele diz, e finge mágoa na voz, fazendo a garota soltar uma risada sincera.

— Vamos crianção, precisamos nos arrumar. Esqueceu que a gente vai até aquela cidade perto daqui da cabana? — Ela fala, e começa a tirar Orion de cima dela, para se levantar.

Um grunhido preguiçoso é ouvido de Orion que enterra a cabeça no travesseiro, morrendo de preguiça de tomar banho, se arrumar e ter de andar até a cidadezinha.
Certo, era literalmente só descer a trilha.
Mas ele acabou de acordar, e só queria voltar a dormir. Não julgo.

[...]

O Miss Preguiça já tinha tomado banho, e agora está vendo como fica melhor a blusa que está vestindo.
Ele optou por vestir uma malha branca, como um suéter, com uma calça jeans clara.

Ele está na dúvida se dobra a manga, deixando na metade do braço, ou se deixa até o pulso.
Então alguém bate na porta.
Ele imagina que seja Zoe, já que ela tinha ido tomar banho, e iria se arrumar no banheiro.

Mas quando ele diz para a pessoa entrar, é Faith que ele vê passando pela porta.
Ela está usando um vestido nude, com mangas compridas e um rasgo na lateral da perna. E um salto branco para combinar.

— Ah... Oi... Achei que fosse a Zoe... — Ele diz, olhando para Faith e voltando o olhar para o espelho do guarda roupa.

— Desculpe decepcionar. — Ela fala, sorrindo levemente.

— Não... Imagina... Eu só...

— Eu sei — A mulher se aproxima do garoto, olhando o dilema dele com a manga da blusa. — O que foi?

— Eu não sei como ficaria melhor. Assim... — Ele dobra uma manga. — Ou assim... — Ele mostra o outro braço, em que a manga está normal.

Faith analisa, e sem pedir permissão, dobra as duas mangas da blusa de Orion, e se afasta para ver melhor.

— Assim está ótimo — Um sorriso pode ser visto no rosto da mulher, e então ela parece perceber que o garoto não pediu ajuda. — Desculpe, você não pediu minha opinião, pode colocar como quiser...

— Não tudo bem, eu também gostei mais assim — Ele diz esticando os braços e olhando no espelho. — Obrigado, Faith.

Os dois sorriem, e uma sensação calorosa se espalha em ambos os corações.
Faith pensa em seu bebê, e em como ele estaria hoje em dia. Talvez ele também pedisse ajuda com as roupas, e fosse tão bonito quanto Orion é.

Orion pensa também, em como seria ter uma figura materna em sua vida. Alguém para dar conselhos, para deitar no ombro e chorar quando algo estivesse incomodando.
Alguém que o amasse de maneira incondicional.

Zoe entra no quarto, sem bater, afinal a porta estava encostada, e arregala os olhos em exagero ao ver o look de Faith.

— Que coisa mais maravilhosa! — A menina exclama, e segura uma mão de Faith, dando uma voltinha nela.

A mulher ri da reação da menina, e também observa o quão linda e delicada Zoe está.
Ela está usando um vestido azul longo e bem justo até o tornozelo, com manguinhas curtas nos ombros.

O vestido tem um decote bem suave, sem detalhes, o que torna o visual minimalista e delicado.
Nos pés, uma sandália preta, com a fivela brilhante.

— Você também está lindíssima, Zoe! — A mulher diz com admiração sincera na voz.

— É... Lindíssima... — Orion diz, com a voz baixa, como se estivesse hipnotizado.

Aquele vestido era longo e comportado, e seu estilo combinava perfeitamente com a garota.
A forma como ele cabia perfeitamente nas curvas dela, fazia com que Orion não conseguisse tirar os olhos da mesma.

— Orion, esse suéter é lindo... — Zoe diz, meio tímida pelo olhar penetrante do garoto nela.

Faith percebe que está sobrando, e com um sorrisinho, sai do quarto, dizendo antes que daqui a pouco todos iriam sair.

Zoe se aproxima de Orion, e a medida que ela anda, Orion precisa desviar o olhar para outro ponto, pois até a forma como o vestido mexia no corpo dela o admirava.

Ela abre o outro guarda-roupa, que contém as roupas e outras coisas que ela trouxe para a cabana.
Orion também abre o seu guarda-roupa, e pega seu perfume que sempre usa para ocasiões especiais.
O perfume que Scott deu para ele.

A garota pega um elástico de cabelo, e pensa em como iria fazer algo diferente no cabelo.
Ela ama seu cabelo curto, porém tem uma certa inveja de quem tem os cabelos longos e pode fazer diversos tipos de penteados.

Orion olha para a garota, e percebe o olhar dela para o elástico em sua mão.
Então, ele se aproxima.

— Que foi? — Ele pergunta, olhando para ela.

— Nada... Só não sei como prender o cabelo... Não tem tantas opções sabe... — Ela diz e suspira.

Orion percebe o que ela quer dizer e pega o elástico da mão dela.
Zoe o olha, estranhando a ação dele, e a estranheza só aumenta quando ele guarda o elástico no guarda-roupa dela, e fecha a porta.

— Zoe, seu cabelo é lindo assim, solto. Não precisa de penteado nenhum. — Orion fala, e Zoe franze as sobrancelhas.

— Orion, eu agradeço mas... Você só tá falando isso porque gosta de mim. — A menina fala, e é a vez de Orion franzir as sobrancelhas.

— O que isso tem a ver?

— Isso interfere no seu julgamento... Essas meninas de cabelo grande, fazem penteados tão lindos... Sinto falta de quando meu cabelo era grande... — Zoe fala, e suspira cruzando os braços.

Orion, ainda com o rosto franzido, se aproxima e coloca ambas as mãos nos braços de Zoe.

— Zoh, o fato de eu gostar de você só deixa mais claro o que eu vejo — Orion diz, e Zoe arrisca olhar para os olhos esmeralda. — E eu vejo uma garota simplesmente linda, delicada, e... Que deixa meu coração acelerado simplesmente por respirar perto de mim.

Zoe ri com a última parte. Já até tinha se acostumado com o fato de Orion dizer o que sente tão abertamente.
É legal que depois de tanto tempo guardando, ele esteja se sentindo confortável em demonstrar.
E para terminar, Orion fala:

— Se você quer deixar seu cabelo crescer, tenho certeza que ficaria linda também...

— Eu cortei porque minha mãe tinha o cabelo curto. E eu admirava tanto ela, que pedi um corte igual... E até hoje eu uso esse corte... — Ela fala, e Orion acaricia os braços dela delicadamente.

A menina suspira e sente o cheiro da fragrância que Orion tinha passado.
Então, ela o abraça, só para sentir o perfume.
Sim, Zoe aos poucos começava a perder a vergonha na cara.
Não estou julgando.

Orion sorri, e retribui o abraço.
Depois, a afasta levemente, só para ver seu rosto (claro que seus olhos teimosos insistiram em descer um pouco, mas sem querer parecer um sem vergonha, ele volta o olhar novamente para os olhos dela).

— Eu amo esse perfume. — Zoe diz, e Orion solta uma risadinha nasalada.

— Você já tá pronta? Porque a gente deveria ir para a sala. — Orion pergunta, e Zoe morde o lábio, meio insegura.

— Eu... Só ia passar um pouco de maquiagem...

— Zoe! Porque você tá tão vaidosa ultimamente? Você é perfeita garota! — Orion fala, fingindo estar bravo.

— Porque... Deixa pra lá... — Ela esconde o rosto no peito dele.

— Não me diga que é pelas redes sociais? Porque se for, eu desinstalo seus aplicativos escondido. — Isso faz ela rir, imaginando realmente Orion pegando seu celular e apagando tudo.

— Não é que... Inconscientemente eu queria... — Ela suspira, e olha para os olhos dele. — Eu queria te impressionar...

Orion levanta as sobrancelhas, surpreso. Zoe nunca foi de querer agradar as pessoas. Para ela, ser do jeito que é era o suficiente.
Então, ser o motivo da mudança dela, faz ele se sentir bem e péssimo ao mesmo tempo.

— Ah Zoh... Você... Eu nem sei o que dizer... — Ele a puxa para a abraçar de novo, e delicadamente, beija o lado de seu pescoço. — Você já me impressiona, só por existir.

[...]

— Boa noite! Entrem.

— Boa noite, Ophelia! Você está linda! — Amélia cumprimenta, sorrindo para a "cunhada".

— Boa noite, tia! — Ethan cumprimenta, e entra na casa, indo em direção a escada.

— Eu trouxe a champanhe. — Amélia fala, e caminha em direção ao balcão da cozinha.

— Bom, acho melhor arrumarmos a mesa para já deixar tudo pronto, do jeito que os gêmeos são, não vão querer esperar depois. — Ophelia diz, e Amélia assente.

Enquanto as duas preparam a mesa, para quando a meia-noite chegar, Ethan sobe até o quarto do irmão, para vê-lo.
Elijah ouve as batidas na porta, e já sabe quem é, pois ouviu as vozes quando eles chegaram.

— Entra, Ethan. — O moreno diz, deitado na cama, enquanto está jogando no celular.

O irmão entra e torce o nariz ao ver o que o outro está fazendo.
Ele por outro lado, apenas ignora a careta de Ethan, e se concentra em passar de fase.

— Por que não está lá embaixo? É um dia para a gente passar com os que a gente ama. — Ethan diz, em tom de repreensão, e Elijah revira os olhos.

— Eu vou descer, ok? Para de ser chato.

Ethan revira os olhos, e se senta na beira da cama do irmão.
Agora que seu pai não estava mais morando com Elijah, o irmão até percebia o quanto Elijah parecia melhor.

Estava mais relaxado, e sem novos hematomas. É triste falar assim, mas Elijah estava bem melhor sem seu pai.

Em um momento, o moreno tira o olho do celular, para olhar para seu irmão.
Ele percebe que Ethan está meio cabisbaixo, e provavelmente quer conversar, mas não sabe por onde começar.

— Sou todo ouvidos. — Ele fala, colocando o celular na mesinha ao lado da cama.

O irmão sorri, um pouco feliz pelo fato de ser tão bem conhecido por Elijah.
É bom quando não precisamos pedir para alguém nos ouvir.
As vezes essa é a parte mais difícil.

— Eu... — Ethan começa, parecendo nervoso em dizer isso. — Pretendo contar para a mamãe e para a tia Ophelia sobre... Mim.

As sobrancelhas de Elijah quase encontram seus cabelos, do tanto que ele as levantou.
Certo, Ethan já tinha assumido para ele, mas sua mãe e sua tia nem desconfiavam.
E com certeza, Elijah sabe o quanto o irmão tinha medo do dia em que teria que assumir para as duas pessoas mais importantes para os dois.

— Você tem certeza que se sente bem pra isso? — O moreno pergunta num tom de preocupação.

— Eu acho que... Eu não posso ficar adiando... — Ethan fala, e suspira.

Elijah se aproxima, e coloca uma mão no ombro de Ethan.
Ele olha para seu irmão, com um olhar que já diz tudo.
"Estou aqui".
Ethan sabe que ele sempre estará aqui.
Elijah sabe que quando ele precisar, Ethan também vai estar aqui.
Porque eles são irmãos, e sempre vão estar aqui, um para o outro.

[...]

— Que coisa linda! — Zoe exclama, olhando ao redor do "vilarejo".

— Me sinto num filme de época antiga, que coisa maravilhosa! — Thomas fala no mesmo nível de animação de Zoe, fazendo Scott suspirar, pela simples existência de Thomas.

— Minha nossa! Aquilo é Pudim de Yorkshire? — Larry pergunta, com o nível de animação igual a dos outros dois.

— Se quiser pode ir degustar tio, o senhor merece, estaremos por aí. — Faith diz, olhando com um sorrisinho para o olhar animado do tio.

Thommy? — O senhor pergunta para o moreno, que sorri de forma cúmplice.

— Bora. — O moreno fala, e ambos batem as mãos.

— "Thommy"? Sério isso? — Scott questiona, olhando para os dois com sobrancelhas franzidas.

— É o apelido dele para mim, viramos muito amigos, sabe? Meu apelido para ele é Lalah — O moreno fala, passando o braço no ombro de Larry, que ri do apelido. — Tá com ciuminho, Scottinho?

O amigo responde com um dedo do meio, que faz todos rirem.
Então Thomas e Larry vão em direção a algumas mesas de comida.
Enquanto os outros continuam andando por aí.

Zoe anda puxando Orion pela mão, e cumprimentando todos que vê com a mão livre.
Orion por outro lado, começa a se contagiar pela energia dela, e a ideia de estar aqui ao invés de estar dormindo, começa a ser melhor na visão dele.

— Ei! Não vão muito longe! — Scott exclama para os adolescentes que se afastam cada vez mais entre as pessoas que passam por todos os lados.

Faith ri e o homem a encara com a sobrancelha arqueada.

— Sua preocupação é muito fofa. — Ela explica, e ele até sorri levemente.

— Fazer o quê? Eu gosto daquele fedelho... E a Zoe é uma boa garota. — Scott diz, olhando na direção que ambos foram.

Os dois ficam quietos, enquanto continuam andando.
Eles queriam falar sobre o ocorrido.
Mas tinham medo de acabarem discutindo.
Em nenhum momento, no relacionamento antigo deles, alguma briga se iniciou.
Eles sempre foram respeitosos um com o outro, e sempre resolviam qualquer conflito conversando.

Então, a possível chance de agora, uma discussão se iniciar, não agradava nenhum dos dois.
Por isso eles decidem acabar com isso de uma vez por todas.

— Precisamos conversar. — Eles falam em uníssono, e se assustam por falarem ao mesmo tempo.

— Pode falar... — Scott diz, e para a surpresa dele, Faith realmente começa a falar primeiro.

— Bem... — Ela pega a mão dele, e o leva até um local mais afastado e isolado, para terem mais privacidade para a conversa que se iniciará. — O senhor tem muito o que me dizer.

Um suspiro sai das narinas dele, e sua cabeça já começava a latejar por ter que entrar nesse assunto de novo.

Faith os levou até a frente de uma casa, numa esquina que poucas pessoas passavam.
Ela está com as costas apoiadas na parede da casa, e Scott em sua frente, de braços cruzados.

— Faith... Eu já disse...

— Disse nada Scott! Pelo amor de Deus, para de desviar do assunto! — Ela levanta a voz, fazendo ele fechar os olhos, odiando o rumo dessa conversa.

— O que você quer que eu diga?! — A exaltação de Scott faz Faith se inflar mais ainda, por saber que ele está escondendo algo.
Algo importante.

— Que você está escondendo algo! Que você está sendo ameaçado! Que tudo é culpa minha! — Faith fala, cada vez mais elevando a voz. Com certeza essa está sendo a discussão mais complicada que eles já tiveram em todo o tempo juntos.

Scott se vira, de costas para ela, e coloca ambas as mãos na cintura.
Sua cabeça pende para baixo, e ele respira fundo diversas vezes.

Faith também precisa se acalmar, então uma de suas mãos vai para sua testa, como se tentando aliviar uma enxaqueca.
Eles precisam resolver isso como adultos.
Mesmo que os sentimentos sejam os mesmos (ou até mais fortes) de quando eram adolescentes, não tinham mais essa idade.

Scott se vira lentamente para Faith, e se aproxima.
Ela não sabe o que pensar.
Claro, ela não tem medo dele, e sabe que ele nunca a faria mal, mesmo que estivesse na mais completa fúria.
Então, ele coloca ambas as mãos em cada lado da cabeça dela, a prendendo entre elas.

A mulher arregala os olhos, e eles permanecem arregalados quando a boca de Scott vai de encontro a sua, de uma forma completamente desesperada.
Nem preciso dizer que ela retribui, e o puxa pela gola da camisa.
Parece o final de uma discussão totalmente previsível, e Faith por um instante até esquece o motivo de estarem discutindo.

Aí ela percebe.
É esse o plano dele.
Fazer ela esquecer do assunto, e assim poderiam seguir. Com segredos, mas seguir.
Não. Se for para seguir, que seja de maneira sincera.

Ela, com muita dificuldade pois não queria fazer isso, afasta seus lábios dos dele, e o mesmo franze a testa.
E quando ele tenta tomar sua boca de novo, ela abaixa a cabeça, e ele entende que não vai conseguir nada assim.

— É sério? Você tentou me fazer esquecer com beijos? — Ela questiona, e ele umedece os lábios, suspirando em seguida. — Scott... Por favor... Eu te imploro, me conte o que está acontecendo...

Embora ela tenha o direito de saber, algo em seu peito diz que ela também precisa contar algo a ele.
Que ele é pai, ou pelo menos seria, se seu bebê tivesse sobrevivido.
Mas isso não é assunto para agora.

O homem suspira pela centésima vez, e puxa Faith pela cintura, para um abraço.
A mulher devolve o abraço, apesar de só querer que ele explique.

— É tão delicado Faith... Tão... Complicado... — A voz dele é sensível, e ela odeia isso. Odeia ver ele mal.

— Me ajude a descomplicar então... Você sabe que juntos...

— Faith... É complicado porque... É sua mãe que está me ameaçando...

E nesse momento, quando ele fala isso, no ouvido dela, querendo minimizar ao máximo o impacto, o estrago foi feito.
Faith quase desmaia ali mesmo. Aquilo só podia ser uma brincadeira de mal gosto.
Mas não era.

E quando Scott conta, depois que ela se acalmou mais, toda a história de quando Audrey o obrigou a se afastar dela, a anos atrás, Faith quase não acredita.
Quase.

[...]

A meia-noite se aproximava cada vez mais, e a família dos gêmeos está agora sentada na frente da casa, nos degraus em que normalmente Riley ficava para fumar.

Já conversaram sobre muita coisa, e as duas adultas já estão um pouco animadas demais por conta do vinho.

Por isso, Elijah olha para seu irmão, e assente com a cabeça, o encorajando a contar.
Ethan entende o recado, e suspira, sentindo os nervos a flor da pele.

— Mãe... Tia... Já que vamos iniciar um novo ano, eu quero contar uma coisa... Importante para mim... — Ele começa, parecendo estar uma pilha de nervos. E realmente está.

As mulheres prestam atenção no garoto. Embora estivessem mais alegres por conta da bebida, ainda estavam sóbrias o suficiente para entender que aquilo parecia ser importante.
É importante.

— Não sei se já perceberam... Mas... Eu sou um pouco... Diferente dos outros garotos... — Elijah balança a cabeça negativamente, odiando a forma como Ethan está iniciando isso.

Por isso, ele se levanta, e fica do lado do irmão.
Precisava impedir que ele estragasse sua chance de finalmente tirar as amarras.

— Uma coisa todos nós sabemos... O Ethan é um garoto incrível, gentil, que sempre tenta ajudar a todos... — Elijah toma a palavra, e as mulheres assentem para cada palavra do moreno. — Ele é o melhor irmão gêmeo que eu poderia querer, e espero que quando ele revelar o que quer dizer a seguir, lembrem de todas essas qualidades dele, e não julguem algo que nem deveria ser julgado.

De repente, o clima ficou mais tenso, pois as duas começaram a teorizar o que seria.
E após Elijah se sentar no degrau de novo, Ethan respira fundo e finalmente revela:

— Eu... Não gosto de garotas... — Ele diz, mais baixo do que pretendia, e tem medo de elas não terem escutado.

Mas elas escutaram, e o observam com olhares distintos.
Ophelia, com um olhar de: "era só isso"?
E Amélia com um olhar aliviado, pois pelo discurso de Elijah, pensou que Ethan tinha entrado no mundo das drogas.

Mas agora, falando sério, as duas se olharam, e se levantaram ao mesmo tempo.
E ao se aproximar de Ethan, o garoto temia algum discurso envolvendo: "o que eu fiz para merecer isso?" Ou "onde foi que eu errei?" Mas ao invés disso, recebeu um abraço de ambas. Que ele retribuiu na hora.

— Filho... Que mãe eu seria se me importasse com isso, ao invés de como você é? Seu jeito correto e atencioso me orgulha. Você por inteiro me orgulha. — Amélia fala, e Ethan tem de se segurar para não chorar.

— Eu digo o mesmo que sua mãe. Tem coisas muito mais urgentes para se preocupar, e nos ofende você pensar que iríamos te julgar por isso. — A tia fala, e Ethan definitivamente está segurando para não chorar.

— Abraço em família! — Elijah invade, e agora, definitivamente, Ethan está chorando.
Mas é de felicidade.

[...]

— Que lago esplêndido... — Zoe diz, admirando as águas que tremulavam pela brisa fresca da noite.

— É... Esplêndido... — Poderia ser do lago que Orion estava falando, mas seu olhar estava em Zoe quando disse isso.

Os dois andaram bastante pela cidade, observavam alguns pontos, falaram com moradores, experimentaram comidas, e riram bastante.

Até que Zoe avistou uma espécie de pier, onde alguns pescadores pegavam seus barquinhos e iam para o meio do lago pescar.
E óbvio que ela teve que arrastar Orion até lá, pois não perderia essa chance de testemunhar algo tão belo com ele.

A pequena fresta da lua brilha sobre o lago, dando um certo encanto para a cena que já era linda.
O lago era imenso, e em volta, assim como na maioria desse lugar, árvores rodeavam tudo.
Qualquer um se sentiria conectado com a natureza num local tão esplêndido como esse.

Orion tira os olhos de Zoe, e estende a cabeça para o céu.
Para suas amigas.
As estrelas.
Com certeza, aqui, em Lake District, as estrelas pareciam brilhar muito mais que em Londres.

Apesar da beleza de Londres ser de tirar o fôlego, suas luzes tornavam difícil ver direito as estrelas no céu.
Por isso, em um lugar mais afastado como aquele, elas brilhavam com a intensidade de algo maior.

Zoe tira os olhos da vista do lago, e leva seu olhar para Orion.
A forma como o garoto olhava para as estrelas, fazia ela sorrir.
Sorrir por admirar o quanto ele admira o céu.
Como se fosse algo vivo.

Ele sente o olhar dela, e cora levemente. Então, com uma risadinha, Zoe segura suas duas mãos, trazendo o olhar dele para ela.
A garota dá um sorrisinho, que faz o coração de Orion errar uma batida.

— Eu disse que daria sua resposta na virada, não é...? — Ela começa a falar, e Orion pensa se não vai desmaiar agora. — Mas acho que não vou conseguir esperar até lá.

Automaticamente, Orion se aproxima ainda segurando as duas mãos dela.
E ela, da mesma forma, chega perto.

— Tem tantas coisas que eu admiro em você Orion... Mas acho que a melhor é a forma intensa que você olha, ama e sente as coisas... — Enquanto Zoe fala, Orion só consegue prestar atenção em como as palavras dela acariciam seus ouvidos. Como uma melodia maravilhosa. — Você olha para o céu com tanta paixão, você se dedica a quem gosta de uma forma tão linda, e você sente tudo tão completamente...

Ela morde o lábio, tomando coragem para continuar falando. Não podia amarelar agora, tinha de revelar como se sentia, assim como ele fez.
Da forma perfeita que ele fez.
Então ela continua:

— O jeito que você cuida de mim, se preocupa comigo, e faz de tudo para que eu dê um mínimo sorriso, me faz sentir tão incrível... E não é só por isso, Ori... Eu... Quero sim ser a Sophie do seu Howl... — Essa última frase faz Orion sair um pouco de seu transe, e rir. Zoe também dá risada, aliviando um pouco o nervosismo.

Sem esperar muito, Orion em dois passos diminui a distância entre eles, e a puxa, tomando seus lábios para si.
E dessa vez, não tinha nada de selinho naquele beijo.
Pois era um beijo cheio de sentimentos que finalmente sincronizaram um com o outro.

Lentamente, ela acaricia os cabelos dele, enquanto ele faz o mesmo em suas costas.
Como Zoe queria, foi perfeito.
A resposta dela foi perfeita.

Quando sentem que não podem mais ficar com os lábios juntos, se não iriam desmaiar por falta de ar, eles se separam.
Ambos ainda estão de olhos fechados, como se tivessem medo de abri-los, e descobrir que tudo não passou de um sonho.

Orion é o primeiro a arriscar, e lentamente seus olhos abrem, dando a visão do rosto de Zoe próximo ao seu.
Ele acaricia a bochecha da garota, e seu dedo desce até a mandíbula, traçando pequenos círculos.

Zoe também decide arriscar, e ao ver Orion com um sorriso bobo no rosto, esse mesmo sorriso contagia ela.
Ela rouba outro beijinho dele, e isso o faz rir.

— Você é minha pessoa favorita, sabia? — Ele diz, alisando o braço da garota.

Sabia... — Os dois riem, e ela coloca ambas as mãos no rosto dele. — Você também é minha pessoa favorita.

E mais um beijo acontece, transformando aquela noite de virada de ano, na noite mais perfeita para os dois.
Para Zoe, era a noite em que não precisava mais esconder ou reprimir o que sentia.
Para Orion, era a noite em que agora, poderia demonstrar de verdade o sentimento verdadeiro de carinho e afeto que sentia por aquela garota.
A noite perfeita.
Pelo menos para eles.


[...]

Lopez está dirigindo.
Isso não seria um problema, afinal, dirigir é normal.
Mas é um problema, pelo fato de que ele está dirigindo de uma forma extremamente dispersa.

Passou no sinal vermelho, não deu seta, não diminuiu a velocidade.
E isso tudo tem um motivo.
Ele simplesmente está desesperado, confuso, furioso, e o pior de tudo, se sentindo traído.

Ele foi até a casa do médico.
James Yulks.
E no começo, o médico não queria atendê-lo, com a desculpa que era Ano Novo, e assuntos desse tipo não o interessavam.

Óbvio que isso foi depois de ele dizer que era Lopez Campbell, marido de Audrey Campbell.
Quando ouviu o nome de Audrey, se lembrou do trabalho sujo que ela o passou a anos atrás.
A 16 anos atrás.

E claro, Lopez teve de ralar muito para fazer ele se sentir a vontade em falar com ele.
E eu entendo se você estiver se perguntando: como ele conseguiu isso? O segredo do médico de ter sido pago para fazer um parto secreto, e em seguida matar o bebê, não era tipo, super ultra confidencial?

Sim, era.
Mas o médico percebeu outra coisa naquele olhar azul.
Uma coisa que o amoleceu, assim como o bebê fez com ele.
Preocupação genuína.

Aquele homem se preocupava com sua família.
Com sua filha.
E só queria entender o passado, para poder viver no presente. O que ele não esperava, era que o passado fosse mais sombrio do que imaginava.

Então, James Yulks decidiu.
Decidiu, pela primeira vez em 16 anos, contar para alguém.
Para a pessoa que mais do que ninguém, merecia saber o que houve com sua própria filha.
E ele contou.

E por ele ter contado, que agora Lopez dirigia como se não houvesse amanhã.
Como se tudo o que importasse fosse chegar em casa, e confrontar sua esposa.
Tinha que ter uma explicação.
Ele não queria acreditar que Audrey faria algo assim.

As lágrimas nos olhos do senhor, dificultam sua visão, e as mãos tremiam no volante, como se a temperatura estivesse dez graus abaixo de zero.
Sua filha estava grávida.
Sua filha tinha tido um bebê.
Ele teria sido avô.
Ele é avô.
E em nenhum momento soube disso.

E acrescentando o fato de que sua filha não contou nada para ele, fazia o coração de Lopez quase sangrar.

Se ele estivesse um pouco melhor, mentalmente falando, ele teria notado um carro estranho atrás dele.
E seria bem melhor se ele tivesse notado a tempo.
Teria evitado a cena a seguir:

O carro bate na traseira do carro de Lopez, e o senhor toma um susto com o impacto, e tenta virar o volante, e se livrar do domínio do outro carro.
Mas não dá tempo.
Foi tudo rápido demais.
Tudo rápido demais.

O carro de Lopez derrapa pela pista, enquanto o que estava atrás dele continua acelerando.
Então, o veículo de Lopez gira numa espécie de drift, porém isso só piora tudo, pois o carro que o estava perseguindo bate na lateral dele.
E o transporte de Lopez capota até o um prédio ali perto, se chocando contra ele.

Após seu trabalho estar feito, o carro responsável acelera, antes da polícia chegar, sumindo da vista de qualquer pessoa que pudesse deduzir que viu esse acidente terrível.

E tudo fica escuro. Menos o céu, pois os fogos de artifício iluminam Londres, e ao mesmo tempo, um pouco distante dali, Lake District.
Feliz Ano Novo.

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