A mentira está em meu sangue...

By MarliaMendona187

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Capa feita por @Na_nyblack Viper reconhece o fato de não ser confiável, de seu único amigo não acreditar em u... More

Volume 1
PARTE 1 - A mentira nunca soou tão doce
I - Minha doce aranha
II - Cobra de pelúcia
III - Flertar está em seu sangue?
IV - A ausência da serpente
V - Quem fez isso com você?
PARTE 2 - A inocência se desfez
VII - Sempre será sim
VIII - "Qualquer coisa para a minha doce aranha"
IX - Maldito coração
X - Implorar
PARTE 3 - Queimar o mundo por amor
XI - Truque barato
XII - Meu coração em suas mãos
XIII - Guerra entre os céus e os mares
XIV - Proteja a serpente
XV - Completamente arruinado

VI - Qualquer coisa

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By MarliaMendona187

(Capítulo não revisado. Perdão por qualquer erro de ortográfica, precisei escrever pelo celular e talvez o corretor tenha alterado algumas palavras. Caso aconteça, por favor, me avisem nos comentários. Espero que gostem<3)

A porta do quarto foi aberta com violência o suficiente para assustar Basilisco, que se desenrolou de dentro da caixa de papelão para olhar Pierre entrar no quarto com passos pesados e largos. Viper não lhe deu atenção.

Se Peter contou a Pierre sobre Viper estar indo embora, então Viper não precisaria se despedir de Pierre também. Não era como se ele devesse explicações a qualquer um deles, ele tinha total direito de ir embora.

Diferente de Peter, Pierre sempre esteve ciente do perigo que Viper corria e que seria necessário fugir a qualquer momento como um maldito covarde. A única pessoa que Viper contou total a verdade foi Pierre, foi um impulso estúpido e sentimental de um garoto de treze anos, mas, por sorte, Viper confiou seu segredo a pessoa certa.

Sabendo que Pierre sempre soube que esse dia chegaria, Viper não entendeu o motivo de sua raiva explosiva.

- Mas que porra você pensa que está fazendo? - Pierre gritou, completamente alterado.

Viper olhou para sua mochila aberta e as roupas que estava colocando dentro antes de virar a cabeça para olhar Pierre, erguendo uma sobrancelha.

- Eu não sei, Pierre. Que porra parece que estou fazendo? - Viper enfiou as roupas na mochila e fechou o zíper antes de passar as alças pelos ombros.

Viper não sabia quem havia sido o inventor do aplicativo para comprar passagens para ônibus, mas, quem quer que tivesse criado, merecia um prêmio. Seu ônibus iria sair da rodoviária em meia hora, o que pressionava Viper a se apressar e sair o mais rápido possível.

- Então você é a droga de um covarde?!

A coragem surgiu em Pierre como uma chama na fogueira, preparando-se para explodir em fogo. A determinação e a raiva em seus olhos quase foram o suficiente para fazer Viper hesitar, não desistir, mas sua sobrevivência era mais importante do que um amigo. Não importava o que isso dizia sobre ele, se ele era egoísta ou egocêntrico. Viper realmente não se importava ou acreditou que não se importava.

- Qual é o seu problema? - Viper perguntou, dando um último olhar a Basilisco. Ele não confiava em si mesmo para tocá-la, ele temia colocá-la dentro de sua mochila mesmo que não fosse aconselhável. - Você sempre soube que isso aconteceria. De todos, você deveria entender!

Pierre respirou fundo, parecendo profundamente angustiado.

- E-eu... - Pierre procurou palavras, mas acabou ficando sem nada. - Eu não quero perder meu único amigo.

Viper também não.

Se ele fosse sincero, ele admitiria que Pierre foi e provavelmente seria seu único melhor amigo. Que ninguém no mundo seria capaz de aceitar Viper como Pierre aceitou. Existiam tantas coisas que Viper poderia dizer para diminuir a dor que assolava o coração de Pierre, mas ele não era sincero. Ele nunca foi, exceto aos treze anos, porém faziam anos e Viper não era assim.

Ele se perguntou se seria sincero caso fosse Peter ali, implorando para ele algo que não sabia transmitir em palavras, porém que era evidente em seus olhos. A dura resposta de que sim, Viper provavelmente ofereceria toda a verdade e um pouco mais faz com que ele queira fugir mais rápido.

Uma parte dele meio que desejou que Peter estivesse o esperando na porta, implorando para que ele não fosse. Não aconteceria. Peter não era assim.

Os olhos de Pierre perseguiram os ferimentos que cobriam o rosto de Viper, as mãos sofrendo pequenos espasmos nos dedos como se quisesse tocar a pele arruinada, mas estivesse com medo.

- Eles fizeram isso com você? - Pierre perguntou em um mero sussurro que definitivamente teria se perdido se não estivesse somente eles no quarto.

Sem palavras para pronunciar, Viper fez um movimento mecânico com a cabeça para concordar.

- Espero que um dia, você faça eles se arrependerem. - Pierre sussurrou, sorrindo melancolicamente antes de estender a mão e descansar as pontas dos dedos em um corte abaixo do olho direito de Viper. Ele reprimiu a vontade de se escolher com o toque. - Você voltou uma vez. Pode voltar novamente, não é?

Não, ele não podia.

Não era seguro voltar ao mesmo lugar duas vezes. Viper teve sorte de encontrar Pierre novamente em outro país depois de ter o encontrado na França, mas não passou disso: sorte. E Viper desconfiava que toda a sua sorte tenha se esgotado.

Ao invés de admitir a verdade, Viper engoliu em seco e sorriu.

- Claro, eu sempre volto.

Ele soou como seu pai.

Ele soou como um mentiroso.

Suzie teria vergonha dele.

Viper quis se encolher com o pensamento, a mera ideia de decepcionar sua mãe o fez querer desaparecer.

- E-eu preciso ir. - Pela primeira vez, Viper vacilou. Ele hesitou em se mover, desejando muito que a vida fosse diferente e que ele pudesse permanecer ali. - Você cuida de Basilisco para mim?

A mão de Pierre ainda estava em seu rosto ao escorregar para seu ombro, o puxando para um abraço tão forte que Viper quase teve certeza que o ar seria retirado de seus pulmões.

- Vou sentir sua falta. - Viper confessou, porque ele sempre foi sincero e completamente aberto sobre seus sentimentos. Sobre Pierre ser seu melhor amigo.

Viper sabia que precisava dizer, mesmo que Pierre já soubesse, que ele também era seu melhor amigo. Parecia uma coisa necessária, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Ele se contentou em abraçar Pierre de volta.

- Céus, somos dois idiotas. - Pierre bufou, soltando uma risada forçada. Seu esforço para trazer humor para sua voz era evidente, mas Viper preferiu não comentar. - Até parece que você está indo para a morte.

Era exatamente para onde Viper estava indo.

★★★

Loki não gostava muito de qualquer invenção humana.

Desde aviões e trens.

Ele odiava qualquer coisa que precisasse confiar em uma pessoa que não era ele. Para seu total descontentamento, todos os transportes que Viper usava para atravessar o país nos últimos cinco meses precisavam ser conduzidos por uma pessoa que não era Loki. Se existia um medo por trás dessa desconfiança, Loki se recusava admitir, embora Viper desconfiasse que era exatamente o medo que impedia Loki de relaxar ao seu lado no banco do trem.

As árvores eram deixadas para trás em uma velocidade que teria deixado Viper de sete anos enjoado, principalmente se estivesse sentado de costas para o condutor, mas, agora, depois de anos se acostumando a fugir e se adaptar aos transportes humanos, Viper não sentia mais enjoo.

- Eu não entendo qual é a necessidade de continuar neste planeta. - Loki disse pela quinta vez desde que eles entraram no trem.

Viper gostaria de dizer que qualquer outro planeta só faria com que ele se tornasse um alvo mais fácil, porque, diferente da Terra, todos os outros planetas eram habitados por ao menos dois ou três inimigos de Loki. Na Terra, Viper dificultava o acesso deles por causa da SHIELD, que apesar de não saber que está ajudando Viper, tem um sistema de identificação que mostra quando alguém entra no planeta.

- Já falamos sobre isso, pai. - Viper resmungou, afundando mais no banco enquanto enfiava o queixo embaixo da gola da jaqueta.

Ele estava cansado demais por conta da viagem, mas sua desconfiança por um ataque inesperado não permitia que ele dormisse mesmo que Loki estivesse ao seu lado. Sua mãe o ensinou que nunca se deve abaixar a guarda quando se está fugindo, nem mesmo quando considera um lugar seguro, é sempre preciso estar atento ao seu redor. Às vezes ele achava que só era paranoico por culpa de Suzie.

- Tudo bem. - Loki não parecia satisfeito com a resposta, mas também não parecia inclinado a começar uma discussão. Viper considerou isso uma vitória. - Mas por que Nova York?

Era uma boa pergunta.

Pergunta pela qual Viper vem desviado desde que saiu de Nova York e viajou para o Japão, determinado a se esconder em pequeno apartamento de um cômodo com chuveiro embutido em um canto. Sua facilidade para ignorar essa pergunta provavelmente surpreendeu Loki, mas dificilmente o agradou.

Viper esperava pela retomada do assunto em algum momento. Quando compraram passagens de trem para Nova York, quando estavam a uma distância de algumas cidades vizinhas, Viper cometeu o erro de acreditar que havia escapado da pergunta.

- Eu tenho amigos lá.

Loki virou a cabeça para olhar Viper com um olhar que Viper só podia concluir ser uma república do seu. A desconfiança era evidente e havia certa diversão, como se fosse incapaz de acreditar em uma única palavra que saia da boca de Viper.

Sinceramente, Viper também não acreditaria em si mesmo.

- Sua mãe tinha uma regra muito rígida sobre não se apegar aos lugares que moravam. - Não parecia que Loki estava o repreendendo ou exigindo por uma explicação melhor. Ele estava somente... Lembrando. Recordando-se do tempo em que Suzie estava viva e lutava arduamente para proteger Viper. As memórias brilhavam vivas em Loki e Viper percebeu que ele não era o único que sentia saudade de Suzie. - Lembra quando ela não deixou que saíssemos para ir no parque de diversão no seu aniversário de nove anos?

Viper riu, lembrando-se com tanta clareza que ainda podia sentir a frustração de ter ficado sentado no sofá com os braços cruzados em frente ao corpo enquanto Suzie tentava convencê-lo a escolher um filme para assistirem. Loki tentava convencer Suzie a reconsiderar sua decisão, mas ninguém no mundo era capaz de fazer Suzie voltar atrás após uma decisão tomada.

Foi a primeira vez que os poderes de Viper se manifestaram. Ele acabou quebrando a lâmpada da sala e Suzie ficou furiosa enquanto Loki ficava a uma distância segura atrás dela, sorrindo orgulhosamente para Viper.

Viper depois não se importou em ficar em casa, Loki parecia tão orgulhoso dele que Viper passou as últimas horas de seu aniversário tentando convencer Loki a ensiná-lo a fazer alguma coisa sua magia.

- Eu fiquei tão frustrado. - Viper lembrou, sorrindo para suas próprias mãos. - Faltando dez minutos para você ir embora, você me ensinou a como materializar uma caneta. Uma semana depois, eu tinha um estojo cheio de canetas e meus colegas de sala se perguntavam como metade de suas canetas sumiram.

Se fosse Suzie ao seu lado, ela teria o repreendido e o feito se desculpar como se seus colegas estivessem sentados com eles no trem. Porém, era Loki e ele somente sorriu como se lembrasse de sua infância.

Viper bocejou e se encolheu debaixo da jaqueta, tentando se afastar do sono que pesava suas pálpebras.

- Você deveria dormir um pouco. - Loki aconselhou, quase que paternal. - Ainda temos duas horas antes de chegar em Nova York.

Viper considerou as chances de serem atacados enquanto ele dormia, mas, sinceramente, ele confiava em Loki o suficiente para fechar os olhos e descansar um pouco. Ele estava exausto e com fome, mas, por enquanto, somente a exaustão poderia ser resolvida.

Fechando os olhos, Viper deixou a cabeça cair contra o ombro de Loki.

Loki ficou levemente tenso ao seu lado, surpreso com o movimento inesperado, porém, quando se acostumou, ele relaxou. Viper contraiu os lábios para evitar que um sorriso se espalhasse por eles.

Apesar das circunstâncias, os últimos cinco meses foram os melhores de sua vida.

Pela primeira vez, Viper passou mais de um dia com Loki. Eles moraram juntos cinco meses, porque Loki não queria deixar Viper sozinho novamente e aguentou meses na Terra, vivendo com os humanos. Para Loki, aquilo deve ter sido uma tortura.

Foi o sono mais curto da vida de Viper, porém conseguiu ser o melhor sono de sua vida.

★★★

Estar de volta a Nova York não significava muito para Viper.

De todas as cidades em que ele já esteve, Nova York está entre as menos interessantes. Também é uma das cidades mais perigosas para alguém como ele viver, reúne uma grande quantidade de heróis que não são muito fãs de seu pai e, ele concluiu, consequentemente também não gostavam dele.

Para o azar de Viper, as únicas pessoas com quem ele se importava moravam em Nova York. Havia seu pai e seu tio, mas Thor morava em Asgard e Viper nem Loki eram bem-vindos lá. E Loki tinha um alvo nas costas, o que fazia com que ele sempre precisasse vagar entre planetas.

Loki deixou Viper na estação antes de ir embora. Ele não ficaria muito tempo na Terra, Viper sabia disso, ele não se arriscaria dessa forma depois de ter passado cinco meses em um único lugar.

Ainda cansado apesar de ter dormido, Viper suspirou ao descer do ônibus e caminhar pela rua. Voltar para o Queens era... Aconchegante, na verdade. Ele não esperava que fosse, mas era. Ele conhecia tudo, os comércios, a escola e até mesmo algumas pessoas. Era estranho como tudo era familiar.

Pierre já esperava por sua presença no apartamento, ele mandou uma foto de Basilisco enrolada nas roupas que sobraram de Viper em cima da cama e enviou uma mensagem dizendo que Basilisco estava com saudade. Um minuto depois, Pierre mandou que também sentia saudade.

Viper não precisava da mensagem para saber que Pierre sentia sua falta, mas era bom saber.

Durante cinco meses, Viper tentou mandar mensagem para Peter. Não houve uma resposta. Peter parecia determinado a ignorar a existência de Viper, o evitando a todo custo, mas não o bloqueando. Era todo o sinal que Viper precisava.

Ao chegar no prédio, Viper tentou não subir as escadas correndo para não parecer desesperado, não sabendo quem exatamente ele queria enganar. Quando chegou no segundo lance de escada, ele começou a subir os degraus mais rapidamente.

Ele evitou sorrir ao olhar para o corredor, reconhecendo cada rachadura na parede. Era ridículo, mas ele ficou feliz em ver que tudo parecia o mesmo. Pelos céus, ele ficou somente cinco meses longe e já se tornou sentimental.

Ao invés de ir direto para seu apartamento, Viper parou na frente da porta de Peter e fez um suave movimento com os dedos, destrancando a porta com um silencioso clique antes de olhar para dentro. A sala estava vazia.

Quando Peter o encontrou no corredor há alguns meses atrás, Viper não quis admitir que estava no corredor só porque queria vê-lo, parecia estúpido demais para ele querer admitir em voz alta. Ele já estava zombando de si mesmo na sua cabeça, não precisava que Peter também fizesse.

Silenciosamente, Viper entrou no apartamento e sorriu para o porta-retratos que tinha a fotografia de Peter criança. Era adorável. Não era muito diferente de hoje em vida. Peter continuou adorável.

Viper não previu as teias que prenderam seus tornozelos juntos.

Ele tentou dar um passo, apenas para descobrir que não tinha equilíbrio antes de cair no chão. A dor correu por seu corpo e Viper resmungou de dor, girando o corpo para ficar de costas, olhando para o teto.

Peter estava olhando para ele.

- Olá para você também, minha doce aranha.

Não houve uma resposta. Peter ainda parecia frustrado por Viper ter escondido quem era seu pai.

Olhando para os tornozelos presos, Viper olhou de volta para Peter.

- Acho que você tem um fetiche.

Viper não podia evitar, ele precisava flertar por tudo que era mais importante nessa vida. Ele precisava ver as bochechas de Peter ficarem vermelhas, os olhos incapazes de sustentar seu olhar. Exceto, que isso não aconteceu.

Oh...

O coração de Viper apertou em seu peito.

Com as mãos livres, Viper alcançou a adaga que guardava na sua bota e começou a cortar as teias. Ele tentou reprimir o sentimento desconfortável que se instalou em seu peito.

- Você sentiu saudades? - Viper perguntou, quebrando o silêncio.

Ele odiava o silêncio.

Deixava ele livre para vagar por pensamentos que não o agradavam.

Peter aterrissou silenciosamente em sua frente, quando Viper estava enfiando a adaga de volta na bota.

- O que você está fazendo aqui? - A rispidez na voz de Peter fez Viper querer se encolher.

Ao invés de admitir sua fraqueza, Viper levantou-se e sorriu.

- Vim passar para dar um oi. Dizer que eu voltei.

- O que aconteceu com as pessoas que estavam tentando te matar?

- Ah, vamos dizer que eles... Receberam o que mereciam. - Era uma péssima mentira, talvez tenha sido isso que tenha inflamado a raiva de Peter.

Peter não parecia feliz, não parecia exatamente com raiva, embora existisse raiva, ele só parecia... Vazio. Como se estivesse fazendo um grande esforço para não deixar a verdade transparecer.

Viper nunca desejou tanto a verdade.

- Céus, você não precisa ficar tão feliz em me ver. - O sarcasmo escorreu por suas palavras enquanto Viper arrumava a mochila nas costas, tentando encontrar a facilidade que ele tinha com Peter. - Eu vou guardar minhas coisas e avisar para Pierre que estou de volta. Volto daqui a meia hora. Tem comida, né?

Dessa vez, a raiva definitivamente consumiu os olhos de Peter com nada além de um remorso guardado durante cinco meses. Parecia que Viper o tinha abandonado, o que não fazia nenhum sentido, mas aparentemente era isso que aconteceu para Peter.

Ele estava furioso.

- Você não pode fazer isso. - Peter disse, engolindo em seco algum sentimento que ele não queria transparecer. - Você não pode desaparecer por cinco meses e depois voltar como se nada tivesse acontecido. Você não tem esse poder sobre a minha vida!

Peter apontou o dedo contra o peito de Viper, explodindo de raiva. Ninguém deveria ter uma aparência tão bonita quando ficava com raiva, porém Peter era uma exceção. Era claro que ele ia ficar bonito estando com raiva, prestes a bater em Viper. Sinceramente, Viper desconfiava que nem se importaria se Peter desse um soco nele.

Ainda confiante, Viper deu um passo em frente, o dedo de Peter pressionando com mais força o seu peito.

- Mas eu poderia ter esse poder? - Viper perguntou. - Eu imagino que primeiro preciso me desculpar com você. Me diga o que quer. Diga-me o que quer e terá.

Viper realmente estava disposto a fazer qualquer coisa por Peter para conseguir seu perdão, para conseguir ter a relação que eles tinham antes. Viper não se referia apenas a Pierre em relação aos seus amigos de Nova York, ele também contava com Peter.

Peter permaneceu com raiva, com uma veia visível em sua testa e o maxilar cerrado como se não pudesse acreditar em uma única palavra que Viper dizia.

- Para você é simples, não é? Só se redimir e tudo bem. - Peter zombou amargamente. Viper gostou tanto dessa versão dele, sarcástica e amarga pela raiva. - Ajoelha.

A sobrancelha de Viper arqueou para cima. De todas as coisas que esperava, ele não imaginou que Peter pediria isso.

- Qualquer coisa? - Peter desafiou. Se Viper prestasse bastante atenção, ele ainda podia encontrar a versão inocente e doce de Peter guardada dentro de seus olhos. - Você sempre pareceu querer que as pessoas se ajoelhassem para você como se fossem seus súditos. Então ajoelha. Talvez você entenda o quão humilhante isso é.

Viper temeu acabar gemendo com as palavras de Peter.

Em silêncio, tomando o cuidado com qualquer som que pudesse escapar de seus lábios, Viper retirou a mochila das costas e a jogou no sofá. Cada movimento era acompanhado pelos olhos de Peter.

Viper primeiro colocou um joelho no chão, apoiando a mão na coxa da outra perna. Ao erguer a cabeça, Viper olhou nos olhos de Peter e colocou o outro joelho no chão.

De joelhos para Peter.

Não era exatamente assim que Viper imaginou que seria sua primeira vez ficando de joelhos na frente de Peter, mas ele não estava reclamando.

Peter procurou por vergonha ou humilhação no rosto de Viper. Ele não encontrou nenhuma dessas coisas.

- Para mim, não é humilhante me ajoelhar diante de você. - Viper confessou, não desviando os olhos ao inclinar a cabeça mais para cima para conseguir olhar Peter de pé. A diferença de altura era excitante. - Eu faço qualquer coisa por você, minha doce aranha.

Viper abaixou a cabeça, quase que fazendo uma reverência para Peter.

Peter engasgou com o ar e Viper viu quando suas mãos se moveram para cima, provavelmente cobrindo sua boca.

- Você é impossível. - a voz de Peter soou fraca, baixa demais. - Meu Deus, Viper.

Viper ergueu a cabeça, permanecendo de joelhos.

- Quando eu governar Asgard, e eu vou governar, farei com que todos ajoelhem perante você.

As bochechas de Peter ficaram docemente vermelhas, os lábios firmemente fechados como se quisesse conter palavras.

- V-Viper...

Um sorriso perigoso trilhou os lábios de Viper.

- Eu ouviria você dizendo meu nome para sempre, especialmente se gemer.

O rosto de Peter estava definitivamente vermelho de vergonha.

Viper sabia que conseguiu o que queria.

Ele tinha a relação de Peter de volta.

Olá, leitores.

Eu gosto muito, muito mesmo, desse capítulo.

Só para saber, vocês tem alguma preferência quanto a relação de sexo desses dois? Tipo, Peter é ativo ou passivo - eu normalmente leio fanfics em inglês e o termo não é o mesmo, então me corrijam se estiver errada - ou da mesma forma para Viper.

Eu quero tornar essa fanfic o mais interessante e agradável para todos, então a opinião de vocês é totalmente levada em consideração<3

Obrigada por lerem e até o próximo capítulo<3

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