Um castelo de presente

By CeciAmaral

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Mariella não esperava herdar um castelo medieval italiano da noite para o dia. Ela estava ocupada demais tent... More

apresentação
personagens
um
dois
três
quatro
cinco
seis
sete
oito
nove
dez
doze
treze
quatorze
quinze
dezesseis
dezessete (final)

onze

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By CeciAmaral

Riccardo só atendeu ao último toque.

- Nico? - ele falou, a voz rouca de sono. Ele bocejou alto. - Cara, eu estava no meio da soneca mais gostosa do mundo. Espero que seja importante.

- Riccardo, eu preciso que você venha pra Montefiori.

-Por quê? Aconteceu alguma coisa? Você tá bem? - Nico ouviu o barulho das cobertas e lençóis quando Riccardo pareceu se levantar depressa. O primo já estava pegando as chaves do carro quando Nico falou outra vez.

- Eu tô legal. Não é nada importante. Quer dizer, mais ou menos. - Ele suspirou e deitou a cabeça no espaldar da cadeira do escritório. - O meu pai me ligou.

- O tio Lorenzo ligou para você? - tudo ficou em silêncio do outro lado da linha, como se Riccardo tivesse congelado no lugar. - Tem certeza?

Nico riu baixinho, embora o som não tivesse humor nenhum.

- Eu sei. É inacreditável que o meu próprio pai tenha decidido falar comigo depois de meses, não é?

- O que ele quer?

Nico massageou a ponte do nariz. A dor de cabeça tinha começado no momento em que ouviu a primeira palavra do pai ao telefone quarenta minutos antes.

É claro que o homem tinha que aparecer justo agora. Depois do melhor dia da sua vida em muito tempo.

Nico estava feliz depois de ter conseguido levar e trazer Alonso da pescaria em segurança, por ter confessado que não parava de pensar em Mari desde que a tinha conhecido e a ter beijado até esquecer o próprio nome em um dos cômodos da casa. Ela tinha acabado de voltar para o castelo com o irmão quando Nico subiu para o escritório com um sorriso de orelha a orelha, se sentindo o cara mais sortudo da face da terra, e se deparou com as ligações perdidas do pai.

- Ele disse que quer me ver - Nico contou para o primo. -Sugeriu um jantar na sexta-feira.

- O seu pai? Jantar com você? - Houve um barulho abafado. Riccardo parecia ter se jogado de volta no colchão. - Olha, Nico, não me leva a mal, mas ele deve estar querendo alguma coisa.

- Você acha? - ele disse, a voz carregada de sarcasmo.

Todos os encontros entre Nico e o pai tinham sido desastrosos desde o acidente. No início o homem mais velho até tentou se mostrar solicito e preocupado com o bem-estar dele, mas Nico não era idiota. Antes mesmo que Lorenzo verbalizasse a sua frustração pelo fato do filho não poder mais pintar meses depois, Nico já tinha entendido que o pai não estava apenas de luto pela morte da esposa, mas também pelo artista renomado que o filho agora nunca poderia se tornar.

Lorenzo era um homem fraco. E naqueles primeiros dias, depois de Nico acordar no hospital e perceber que a sua mãe estava morta e que o mundo tinha desaparecido porque seus olhos ficaram tão destroçados que não havia nem como salvá-los, Nico não sentiu pena de si mesmo nem se curvou diante da dor que só atingiria seu ápice depois. Ele ficou com raiva. Com tanta raiva que quando todos aqueles fios e tubos foram retirados dele e os anestésicos que o mantinham em um estado de semiconsciência suspensos, a primeira coisa que fez foi deixar claro para o pai que a culpa de tudo aquilo era dele.

Ele era o culpado pela morte da mãe.

E também era culpa dele que a última coisa que Nico viu na vida foi o rosto assustado dela quando aquele caminhão deslizou na pista congelada e veio na direção deles.

Lorenzo não soube lidar com as palavras do filho. Ele se recusou a enfrentar aquilo. A lidar com a bagunça. Então passou a casa para o nome de Nico, transferiu dinheiro o suficiente para que ele não precisasse trabalhar por um bom tempo para a sua conta e foi embora na primeira oportunidade.

Depois disso, que porra de direito ele tinha de ligar e pedir por um jantar?

- O que você disse para ele? Sobre o jantar? - Riccardo perguntou ao telefone. Nico engoliu em seco e tentou voltar ao presente.

- Eu concordei.

- Por quê?

- Porque não quero que ele pense que estou com medo que me veja - Nico soltou. - Meu pai deve pensar que eu vivo em um estado lamentável ou algo assim. Quero provar para ele que consegui me virar muito bem nesses últimos dois anos. Só porque não posso pintar uns quadros idiotas não significa que a minha deficiência me impediu de construir uma vida decente.

- Nico, você é um babaca orgulhoso. E devia saber que não precisa provar nada para ninguém. Muito menos para ele. - Riccardo suspirou do outro lado da linha. - Bom, você faz da sua vida o que quiser. Só quero saber o que eu tenho a ver com isso.

- Você sabe que a possibilidade desse jantar acabar em confusão é de 99%. Eu não quero que chegue a esse ponto. Preciso de alguém para intermediar.

- Isso soa como se eu estivesse sendo jogado em meio a um território disputado por dois exércitos. Eu não gosto da ideia. Prefiro manter o meu pescoço no lugar.

- Riccardo, eu não consigo ficar sozinho com o meu pai - Nico confessou, não se importando se a frase o fazia parecia um covarde. - Eu preciso preservar o que resta da minha saúde mental.

- Você devia ter pensado nisso antes de aceitar a proposta do tio Lorenzo.

- Riccardo.

- Tá bom! Eu vou. Que merda. - Ele xingou mais um pouco antes de continuar. - Se vocês começarem a fazer barraco, eu juro que me levanto e dou o fora. Não quero ficar no meio dessa treta familiar.

- Não vai ter barraco nenhum.

- E não fica paranóico com isso. Do jeito que você é, vai começar a arrumar a casa hoje até sexta-feira. Só para impressionar o seu pai.

- Eu não quero impressionar o meu pai - Nico disse, cheio de desprezo.

- Continua mentindo para si mesmo. Tenho certeza que uma hora ou outra você se convence disso. Agora, se me der licença, eu vou voltar a dormir. Até mais, primo.

E Riccardo encerrou a ligação.

Nico praguejou baixinho e conseguiu se manter estático na cadeira por alguns segundos. Então chamou Bidu com um assobio e foi procurar Iolanda para discutir o que eles fariam de comida para sexta-feira.

Mari encontrou Nico recostado no tronco de uma árvore perto da casa dele. Estava jogando uma bolinha de plástico amarela para Bidu, que parecia nunca se cansar de ir atrás dela e trazê-la de volta para o dono.

Ela tentou se aproximar de mansinho. Queria surpreendê-lo com um abraço e talvez um beijinho roubado, mas antes que chegasse a dez passos de distância, Nico disse:

- Você vai precisar fazer melhor que isso se quiser me pegar desprevenido.

Ela soltou a respiração em um suspiro derrotado.

- Como sabia que eu estava aqui?

- Você faz muito barulho quando anda, mesmo quando está tentando ser furtiva. E apesar de eu ter dito que o meu olfato não é muito bom, isso não inclui esse seu perfume gostoso.

Mari sorriu e se aproximou mais.

- Você gosta do perfume?

- Bastante.

- Legal. Porque ele é caro e eu só uso quando venho te ver.

Nico encontrou a mão de Mari e a puxou para o seu colo. Bidu veio correndo e entregou a bolinha babada para ela, a língua para fora como se a estivesse cumprimentado com um sorriso.

Mari fez carinho nele e jogou a bolinha longe, observando o labrador cor de chocolate ir caçá-la feliz da vida.

Ela tinha mandado uma mensagem para Nico antes, perguntando se ele queria se encontrar com ela. Ele respondeu menos de dois minutos depois, dizendo que a esperaria do lado de fora da mansão.

Mari fez carinho no rosto dele e aguardou, a expectativa a deixando elétrica.

Nico deve ter notado a ansiedade nela, porque sorriu e a puxou devagar e provocando até que seus lábios se encontrassem.

- Fiquei com saudades disso - ele falou, a mão já brincando com a ponta do cabelo dela.

Mari sorriu.

- Só se passaram dois dias.

- A culpa é sua por ser tão viciante.

Ela mordeu o lábio e estava prestes a beijá-lo de novo quando viu a tela do seu celular jogado na grama.

- Você estava ouvindo o audiobook do meu livro!

- Eu não te contei? Já estou na metade. - Nico pegou o aparelho e mostrou para ela. - É muito bom! Fico ouvindo o tempo todo.

Mari viu a capa de Te vejo à meia-noite na tela do celular dele. Era um dos seus livros mais recentes. Uma releitura de Cinderela às avessas, em que o cara é um pobre coitado cheio de dívidas tentando ganhar dinheiro em um ringue de luta clandestino por influência do padrasto, enquanto a mocinha é a herdeira de um dos homens poderosos para quem ele deve.

Era um romance com algumas cenas um pouco mais violentas que fizeram o livro ter uma classificação indicativa superior aos outros que Mari já tinha publicado.

- Você tá gostando? - ela perguntou, tentando disfarçar a insegurança na voz. - Mesmo?

- Sim. É viciante. Mas você é muito má com o coitado do Hugo. O cara sofre o tempo todo! Quando algo começa a dar certo na vida dele, aparece alguma desgraça pra acabar com tudo. E a Elena... Eu gosto dela. Entendo que seja apaixonante e tudo mais, mas a garota vive numa bolha. Ela não percebe que tá colocando a vida do cara em perigo.

Nico estava gesticulando conforme falava, obviamente envolvido com a história. Mari não conseguiu segurar. Ela o abraçou com força e escondeu o rosto no seu ombro.

- Significa muito para mim que você esteja lendo mesmo.

Nico pareceu surpreso por um instante, mas então a abraçou de volta.

- Mari, é claro que eu leria. E é sensacional. Quero ler todos eles. Você é uma excelente escritora.

Ela sorriu, o coração doendo de felicidade.

- Essa é uma parte minha que eu geralmente escondo dos caras. Eu te contei aquele dia que muitos não consideram a escrita um trabalho. O meu ex-namorado era particularmente babaca em relação a isso. Ele nunca contou para a família que eu era escritora e uma vez, quando eu ainda estava muito apaixonada para perceber o quão tóxico ele era, ele começou a ler as sinopses dos meus livros em voz alta quando estávamos sozinhos no apartamento e fazer piadinhas sobre os enredos. Eu ri junto, mas a verdade é que estava me sentindo um lixo por dentro.

Nico escutou tudo em silêncio, quando ela terminou, suas sobrancelhas estavam franzidas e o maxilar tensionado.

- Eu aposto que ele se sentia muito inseguro por estar com você - ele disse, mas a sua voz era baixa e fria. Mari nunca o tinha visto com raiva daquele jeito. - O filho da puta devia ser incapaz de escrever duas frases consecutivas que fizessem sentido. Era a forma dele de te colocar para baixo.

- Hoje eu vejo isso. Mas na época foi difícil. - Mari sorriu e passou o dedo pelas linhas que tinham se formado na testa dele. - Agora, relaxa. Não te contei isso para você ficar assim todo nervoso.

- Eu queria muito me encontrar com esse cara.

- Do mesmo jeito que eu quero me encontrar com o seu pai para acabar com ele?

Mari riu de si mesma, mas Nico não.

Ele virou a cabeça e massageou o pescoço.

- O que foi? - ela perguntou. - Eu falei alguma coisa?

- Não. Mas sobre o meu pai... Ele me ligou.

- Te ligou?

- É?

Mari franziu o cenho.

- E eu suponho que isso não seja comum?

Nico riu baixinho.

- Nem um pouco. Mais incomum que isso só ele estar vindo na sexta-feira para um jantar.

Mari saiu do colo de Nico para se sentar na grama ao lado dele.

- É sério?

Nico assentiu.

- Infelizmente.

- Faz muito tempo que seu pai não vem aqui?

- Desde alguns meses depois do acidente. A nossa última conversa cara a cara não foi muito agradável, por assim dizer. - Nico coçou a nuca e soltou um suspiro exasperado. - Eu pedi para o Riccardo vir também. Não me sinto confortável estando sozinho com ele.

- Foi uma boa ideia.

- É. Pois é.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Nico arrancando grama do chão em um gesto ansioso e Mari olhando para ele sem nem piscar. Até Bidu pareceu notar a tensão ali, porque derrubou a bolinha na grama e se deitou perto da árvore.

- Você não quer vir também? - Nico finalmente perguntou.

- Você acha que é uma boa?

- A sua presença vai fazer com que eu me esforce ao máximo para me comportar - Nico disse, parecendo bem sincero. Mari tentou não rir daquilo. Era inacreditável. - Com você aqui, talvez a gente não crie uma cena.

- Eu venho - Mari decidiu de súbito. - Mas eu não gosto do seu pai. Talvez eu crie uma cena.

Nico riu e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.

- Seria interessante. Aposto que você acabaria com ele.

- Eu tenho certeza disso.

Nico a beijou, os lábios macios agora familiares contra os dela.

- Além disso, vai ser legal ter uma garota bonita ao meu lado - ele disse, travesso. - Vou poder esfregar na cara do meu pai que o ceguinho aqui superou as expectativas e conseguiu um partidão.

Mari riu e o empurrou.

- Seu bobo. Você nem sabe se eu sou bonita.

- Eu já disse que sei, sim.

Nico deitou Mari na grama com delicadeza. O brilho dourado do sol refletia nas lentes dos seus óculos escuros. Mari se viu neles, o cabelo acobreado espalhado ao redor da sua cabeça.

- Você quer que eu te conte? - ela perguntou, a mão entrelaçada na de Nico, enquanto a outra estava pousada sobre seu peito. - Eu andei pesquisando, sabe? E sei que a autodescrição é importante para pessoas cegas.

Nico sorriu de leve.

- Agora estou imaginando você debruçada sobre o computador, pesquisando tudo que pode sobre a vivência de pessoas cegas.

Mari sentiu o rosto esquentar. Ela meio que vinha fazendo isso mesmo.

- É algo ruim? - perguntou.

- Não. Só mostra que você se importa.

Ele tocou o rosto dela de leve.

- Eu gostaria de saber. Se você quiser me contar.

Ela beijou a mão dele e deixou com que explorasse seu rosto, todos os traços e imperfeições, tudo dela.

- Meu cabelo é castanho avermelhado. Algumas pessoas me chamam de ruiva, mas eu acho que não é para tanto. A cor é bem mais fechada e modesta. - Nico passou os dedos pelos fios dela. Sentiu a textura e o peso, tudo com cuidado para não machucar. - Os meus olhos são castanhos claros. Bem normais. Eu sou branca. Meu nariz não é delicadinho, como você pode notar. - Ela riu quando ele passou o dedo pelo nariz dela, inclusive pela parte onde o osso era mais levantado, como em tantas pessoas. Nico sorriu e deu um beijo no lugar. - Eu tenho muitos piercings nas orelhas, nem sei quantos. São todos dourados. Sempre gostei muito de brincos. - Ele voltou para as bochechas dela, explorando, sentindo. - Eu tenho uma covinha na bochecha esquerda e algumas marquinhas de acne da adolescência que escondo com maquiagem. Tenho 1,63 de altura. Meu quadril é largo e sou cheia de roxos nas pernas de ficar batendo por aí com a minha constante falta de jeito. Acho que é isso.

Nico parou a inspeção. Ele estava sobre ela, segurando o peso do corpo nos antebraços para não esmagá-la.

- Você é perfeita.

Mari sorriu e balançou a cabeça.

- Eu estou longe de ser perfeita.

- Mariella, você seria perfeita em qualquer corpo.

Ela segurou o rosto dele com as duas mãos.

Queria provar para Nico que ela pensava o mesmo sobre ele. Queria que ele tirasse os óculos e que ela pudesse beijar cada uma das suas cicatrizes.

Mas Mari não pediu por nada daquilo. Não daquela vez.

- Espero que saiba que você também é absurdamente lindo - ela disse.

- É claro que eu sei. Na verdade, fiquei cego depois de ver meu reflexo no espelho. Era demais para qualquer mortal.

Mari riu, se perguntando se aquele cara era mesmo de verdade. Se ela não o tinha inventado como um dos personagens dos seus livros.

- Nico, eu também tenho uma proposta para você - ela disse, se lembrando do motivo pelo qual tinha ido se encontrar com ele em primeiro lugar.

- Se essa proposta envolver beijos seus, saiba que aceito.

- Talvez você ganhe alguns beijos, se aceitar.

Nico sorriu.

- Sou todo ouvidos.

- No domingo, o Alonso, Vitória e eu programamos uma viagem para Sirmione. Você conhece, né? A cidade com aquele castelo lindo no lago de Garda. Eu queria saber se você topa vir junto.

Nico ficou sério de repente. Ele se sentou de volta na grama. Mari também se levantou e ficou de frente para ele.

- Eu não sei se é uma boa ideia, Mari - ele disse.

- Nico, é claro que é uma boa ideia! Seria só por um dia e eu já planejei todos os detalhes para a viagem ser perfeita. Além disso, eu prometo ficar ao seu lado o tempo todo. Nada vai acontecer.

- É justamente isso que eu não quero - ele falou. - Não quero que você precise cuidar de mim.

- Não foi isso o que eu quis dizer - Mari disse, tentando não demonstrar a magoa na voz.

Nico ficou em silêncio. Ele baixou a cabeça, os cachos caindo no seu rosto.

- Aqui, eu me acostumei a não depender de ninguém - ele disse, a voz baixa. - Mas eu sei que assim que a gente for para um lugar novo, eu não vou poder me dar esse luxo. Sei que é orgulhoso da minha parte. Mas só há dois anos eu não precisava de ninguém e não parava quieto. Sei que é até difícil acreditar. - Ele sorriu de uma maneira triste. - Em Sirmione, só o Bidu e a minha bengala não vão ser o suficiente. Eu não conheço o lugar. Vou precisar de ajuda.

- E você não gosta da ideia de ser ajudado por mim?

- Não por você, em específico. - Ele escondeu o rosto nas mãos e soltou um resmungo exasperado. - Me desculpa se não consigo explicar. Eu só queria...

Mari tocou a perna dele com carinho e afastou as mãos do seu rosto.

- Eu entendi, Nico - ela disse. Percebeu que dizer em voz alta, pelo menos naquele momento, só tornaria tudo pior. - Olha, se você não se sente confortável com a ideia, eu não vou insistir. Eu quero que seja um passeio legal, não algo que você concorde só para me agradar.

- Eu gosto de te agradar - ele revelou com um sorrisinho. Mari riu e revirou os olhos.

- E também gosta da ideia de passear comigo e com a minha família maluca?

Ele hesitou, mas foi só por um segundo. Nico concordou com a cabeça.

- Gosto. Gosto muito.

Ela se jogou nos braços dele, fazendo com que rolassem na grama. Bidu latiu e pulou em cima deles, pensando que era uma brincadeira.

- A viagem vai ser a nossa recompensa pelo jantar de sexta - Mari disse, sorrindo e dando beijinhos nas bochechas dele. - Depois de aturar seu pai, a gente dá o fora. E eu não vou dizer que vai ser tudo perfeito, Nico, mas vai ser especial só por estarmos juntos. Eu sei disso.

Ele assentiu de leve e sorriu, os braços envoltos na sua cintura.

- Eu tô tão louco por você - ele admitiu, fazendo com que borboletas voassem no estômago dela.

- Que bom. Porque eu também sou louca por você. E é bom não estar apaixonada sozinha.

E naquele instante, tudo estava bem.

Independente do que acontecesse depois, a parte de todos os medos e preocupações, quando Nico a beijou, Mari não temeu mais nada.

Se uma tempestade se aproximava, ela era incapaz de ouvir o barulho dos trovões.

____________________♥️____________________

Oii, gente!!! Mais um capítulo para vocês <3

E venho com uma notícia boa: pretendo postar mais vezes durante a semana que vem, então fiquem ligados e confiram as notificações. Devo publicar novamente na terça <3 (prontos para uma reunião de família?).

me contem o que acharam desse capítulo! tô doida para saber!

vejo vocês muito em breve

um beijo,

ceci.

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