A Esperança - Peeta Mellark

By NicolyFaustino

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Esta é uma fanfiction do livro "A esperança", pela perspectiva do personagem Peeta Mellark. More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo

Capítulo 40

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By NicolyFaustino

Nem sei dizer como consigo chegar até o hospital. Apenas sei que estou lá, e está tudo muito tumultuado. Pessoas feridas, médicos, enfermeiras correndo para todos os lados... Eu me sinto amedrontado por andar entre eles, sem nenhuma espécie de disfarce, mas se alguém tentar me matar, ao menos já estarei num hospital para ser atendido. De alguma forma, Haymitch se junta a mim e Johanna, e começamos nossa busca frenética por informações do paradeiro de Annie.

- Mas o que aconteceu para trazerem ela às pressas, assim? – pergunto, com uma calma forçada.

- Eu não sei – Johanna responde. – Assim que você saiu correndo, depois que Katniss matou a velha, ela começou a gritar, e agarrar os cabelos, e desmaiou.

- Será que ela reagiu assim por eu ter saído correndo daquele jeito?

- Não seja bobo, Peeta. Todos sabemos que Annie não é totalmente sã, todos esses últimos acontecimentos serviram para ela ficar ainda mais debilitada – Haymitch me tranquiliza.

- Aqui! – Johanna grita, enquanto espia por um vidro. A porta está aberta, entre Peeta.

Dou alguns passos com receio, mas por fim, me espremo pelo vão da porta semiaberta e me deparo com Annie, deitada de olhos fechados, e uma série de tubos saindo de seu braço. Me aproximo e seguro sua mão, que está gelada como mármore.

- Hey Annie – sussurro.

Seu corpo treme ligeiramente e então ela abre os olhos, assustada. Quando me vê, sinto seus músculos relaxando, e ela me lança um meio sorriso.

- Me desculpe – ela murmura.

- Está tudo bem – digo, e pego uma mecha de seus longos cabelos. – Mas me diz, o que aconteceu?

Ela se encolhe, e aperta ainda mais minha mão.

- Eu não sei... Eu fiquei apavorada, aquela mulher... Os gritos... Eu abri os olhos, e vi a mulher caindo... Katniss matou ela? – ela diz, sua voz embargando. Não tenho como mentir.

- Sim – digo, e espero ela digerir tal informação.

- Mas, porque? – ela pergunta após fazer uma careta.

- Eu não sei... Mas eu vou descobrir... Agora você tem que ficar boa logo... – paro no meio da frase, pois eu ia dizer que ela tinha que ficar boa para voltar para casa. Mas, que casa? Suspiro.

- Vão matar ela, não vão? – Annie pergunta, de repente. Não sei de quem ela esta falando, mas imagino que seus temores sejam os mesmos que os meus.

- De quem você está falando? – sussurro.

- Katniss – ela murmura, e olha para os lados, como se alguém pudesse estar escutando nossa conversa. – Ela matou aquela mulher, a Coin. Agora vão matar ela.

- Não vão, não...

- Claro que vão – ela grita.

Olho para ela, assustado e preocupado ao mesmo tempo.

- Ela é uma boa pessoa – ela diz, seu lábio inferior tremendo. Finn gostava dela. Eu não quero que matem ela.

- Eu também não – digo, e me pego mordendo o lábio afim de não chorar.

- Vai... Você tem que ajudar ela. Você ama ela, não ama?

Olho para a linda Annie e me pergunto se ela é mesmo louca. Porque ás vezes, é como se ela fosse a pessoa mais lúcida e perceptível que já conheci.

- Amo sim, Annie. Mas eu não posso ajuda-la agora, e preciso cuidar de você.

Ela sorri para mim, e solta minha mão.

- Finn já está cuidando de mim. Vá... eu vou ficar bem.

Como numa despedida, ela roça os dedos nas cicatrizes do meu rosto, e eu beijo o topo de sua cabeça.

- Fique bem, por favor – sussurro antes de sair.

Johanna e Haymitch me esperam do lado de fora, eles conversam entre si, mas param assim que me aproximo.

- Bom, conseguimos falar com um desses médicos inúteis – Johanna grita e olha ao redor, afim de ver se alguém captou a opinião dela sobre os médicos daqui, e sorri, quando vê que muita gente a escutou. – Por sorte, era o médico que atendeu Annie. Ele disse que ela teve um ataque de pânico, algo assim, mas vai ficar bem.

- Ótimo – digo, e me viro para Haymitch que parece estar ansioso para dizer alguma coisa.

- Hum... É sobre Katniss – ele começa.

- Diga logo – grito, quando ele para de falar, parecendo estar procurando as palavras certas.

- Descobri que ela foi levada provavelmente para a mansão, e ficara mantida em algum lugar lá, até...

- Mantida? – questiono. – Você quer dizer que ela ficara presa. Mas até o que, até quando?

- Garoto, ela vai ser julgada, por assassinato – ele diz por fim. – Não tenha tantas esperanças sobre a pena dela. Ela certamente será condenada á...

- Morte – Johanna completa, visto que Haymitch parece enjoado demais para pronunciar essa palavra.

Mas, como pessoas que nem a conheciam, nem sabem por tudo o que ela passou, podem ter o direito de decidir tirar ou não a sua vida? Ando de um lado para o outro, no corredor do branco hospital, e seguindo essa linha de raciocínio, uma ideia me acomete.

- Haymitch, reúna todos que você conseguir que tenham tido algum convívio com Katniss. Cressida, Pollux, Delly, Carolynn também pode ser útil, Johanna é claro... Hum... Gale... Pense, quem mais, e reúna essas pessoas.

- Mas, aonde? Estamos em plena Capital, num total caos, nós sequer temos moradias aqui – Haymitch diz, e eu sei que ele está certo.

- Carolynn – me lembro. – Ela nos dirá onde iremos nos reunir.

- O que é isso, uma missão para salvar o tordo? – Johanna pergunta, com uma expressão divertida.

- É exatamente isso – digo. – Não sobrevivemos a tudo isso para ela morrer no final. Eu não vou permitir.

De volta a mansão que agora não é nem de Snow, que foi encontrado morto, e pisoteado, nem de Coin, que também está morta, tento dormir, o que se prova inútil quando eu sei que Katniss está em algum lugar por aqui, mas não sei o que estão fazendo com ela.

É bem cedo, quando decido me levantar e vaguear a procura de Haymitch. Bato em portas fechadas sem obter respostas. No fundo uma esperança paira que em um desses cômodos eu encontrarei Katniss. Mas ela deve estar muito bem escondida. E vigiada. Após alguns minutos, obtenho um grunhido por detrás de uma das portas, e quando a abro, me deparo com um quarto em total decadência, e bagunça, mas Haymitch parece bem desperto, e sóbrio.

- E então – pergunto.

- Falei com todos os que consegui. Carolynn deu as coordenadas do local. Johanna foi no hospital verificar o estado de Annie para você e seguira para lá também. Vamos? – ele dispara.

Fico surpreso com a eficiência de Haymitch e pelo fato de ele não estar bêbado. Percebo que estou faminto, e que nem me lembro qual foi a última vez que comi. Haymitch parece ouvir o lamentar de meu estomago por comida.

- Vamos achar alguma comida primeiro – ele diz. Eu o acompanho e com facilidade encontramos uma despensa. Mas não é como a despensa das outras casas que encontramos. Aqui, há um pouco de todas as melhores coisas que podem existir no mundo. Me esbaldo num punhado de pães molhando-os numa lata de um molho delicioso. Biscoitos doces e salgados, recheados complementam minha refeição. Haymitch após desaparecer, volta com uma garrafa de café, e ambos bebemos bastante afim de despertar o sono que paira sobre nós agora. Enchemos uma mochila cada um, com tudo o que conseguimos, e partimos para o local em que todos estarão nos esperando. Saímos da mansão despercebidos. Agora não há mais pacificadores, portanto a vigilância está precária. As ruas ainda estão tumultuadas pois muitas pessoas perderam suas casas. Sou eu quem começo o assunto.

- Haymitch, porque você acha que Katniss matou Coin? – pergunto.

- Olha... Eu não posso dizer que sei, mas desconfio de algo...

- Não seja tão vago, eu preciso saber o que levou ela á fazer isso.

- Certo. Você sabe, as bombas que explodiram que resultou na morte de Prim e atingiram você e Katniss vieram por paraquedas que um aerodeslizador da Capital soltou para as crianças da barricada – ele começa.

- Mas não faz sentido – sussurro.

- Espere, garoto, que vai fazer menos sentido ainda. Aquelas bombas foram criadas por Beetee e Gale no distrito 13.

O silencio entre nós é cortante. Sei que ao menos uma vez, Haymitch divide a mesma opinião que a minha.

- A questão é, não há dúvidas que messe ataque veio de Coin. Podem ter pego o aerodeslizador após combate em algum distrito, e jogado as bombas contra as crianças da Capital para acharem que Snow fez isso. Mas quem seria burro o bastante para acreditar que Snow mataria aquelas crianças sem nenhum propósito? E Coin não estava ciente de que seus médicos estariam lá? E porque diabos Prim, que era apenas uma criança, foi enviada para cá? E céus, será que Gale sabia disso, ou é só mais uma vítima?

- Você quer saber mesmo o que eu penso? – Haymitch pergunta, hesitante.

- Eu preciso saber – respondo.

- Tenho certeza que Gale não sabia que suas ótimas invenções teriam esse propósito. E para mim, Alma Coin chegava a ser pior que Snow. Eis o que eu penso. Era um fato constatado que Katniss não gostava dela. E as pessoas apoiariam como governante de Panem, quem Katniss apoiasse. Pois Katniss é a droga do Tordo. Então...

- Não Haymirch, não é possível que alguém possa ser tão malévolo assim, além de Snow – digo. E Thread, tenho vontade de acrescentar. – Você acha que ela mandou Prim para os braços da morte para enlouquecer Katniss e impedir que ela fosse contra a presidência dela?

- Ela matou dois coelhos de uma vez, Peeta. Katniss está praticamente louca. Snow está morto...

- O que ela não previu, é que ela estaria morta também. Que desgraçada.

Começo a sentir o amargor familiar subindo pela minha garganta. Cerro os pulsos. Não vou deixar que tamanha maldade faça o que há de ruim em mim, crescer também. Eu quero ser bom. Eu sou uma pessoa boa, não?

- É aqui – Haymirch diz, e bate na porta.

Eu reconheço vagamente o lugar. É para onde Carolynn me levou quando me capturou. Parece que faz tanto tempo que isso aconteceu. Cressida abre a porta para nós, e antes que eu perceba ela está me abraçando.

- Bom ver você – ela diz, e me solta, ligeiramente envergonhada.

- Não podem se livrar tão fácil de mim – brinco. Percebo ela olhando para meu rosto, de forma inquisidora, mas não digo nada. Olho ao redor, e vejo Gale num canto, Carolynn bem próxima a ele, falando algo em seu ouvido, vejo Delly que me lança um sorriso, Johanna tirando o que parece ser sujeira de debaixo das unhas, Pollux arrumando o que parece ser material de filmagem, Haymitch ao meu lado e Cressida ainda me observando.

- Eu preciso da ajuda de vocês – começo. – Para salvar Katniss. Se alguém não quiser ajudar, eu entenderei, mas preciso mesmo de vocês nesse momento...

- Ah cale a boca Peeta – Johanna esbraveja. – Diga logo o que você quer. Todos aqui estamos com você, e com aquela doida da Katniss, até o fim.

Sorrio. Penso no massacre, onde vidas foram sacrificadas para que Katniss e eu ficássemos vivos. Faço uma lista, de todos que morreram pela causa, por nós... A lista é enorme. E é finalizada pela doce Prim. Agora Katniss tem que viver, por eles, por todos aqueles que já se foram. E eu farei o impossível se preciso para me certificar que isso aconteça.

- Então, o plano é o seguinte....

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