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Cinco dias...
Tinham se passado cinco dias inteiros.
Cassandra nunca achou que pudesse sentir algo como o vazio que sentia há dias.
Ela tinha se levantando e caminhado pelo quarto, para tentar aliviar sua mente, que parecia um turbilhão.
Mas estava reprimindo o luto e sabia disso.
Ela não podia acreditar que ele estava morto.
Ela não queria acreditar.
Então empurrou aquela dor para o fundo de sua mente.
Talvez tudo não tivesse passado de um truque, para ferir Aleksander ou...
Talvez ele estivesse vivo.
Sua mente insistia em repetir isso para ela, mesmo que as vezes ela duvidasse disso.
Mesmo que fosse impossível acreditar, ela não podia...
Não quando ele morreu em sua frente, não quando ela segurou seu corpo sem vida.
Mas a ideia de Kieran estar morto era algo que ela não conseguia entender.
Aquilo simplesmente não parecia ser real.
Há dias ela dizia pra si mesma que ele estava vivo e que logo estariam juntos novamente.
Pouco a pouco, conforme o tempo foi passando, Cassandra sentiu uma tristeza sem fim tomar seu coração despedaçado.
Ela não comia nada.
Ela não fazia nada além de encarar o céu da sua corte, que não parecia tão belo quanto antes.
Estava escuro e ela encarava agora o céu estrelado, seus olhos fixos naquela imensidão brilhante.
Se sentia fraca.
Sem forças para nada além de ficar ali.
Queria dormir até que aquele pesadelo acabasse.
Porque não podia ser mais que um pesadelo.
A realidade é que quando se perde alguém, a ideia de que nunca mais vai ver aquela pessoa, nunca mais vai toca-la, sentir seu cheiro...parece irreal.
Nestha entrou no quarto, tinha feito isso durante os dias em que Cassandra passou ali.
E a cada dia que via sua filha com um olhar vazio, sem nem mesmo encarar ela, seu coração se partia e a preocupação tomava a fêmea.
Cassian também tinha ido, mas Cassandra não tinha reagido a ele também.
Nestha entrou na sacada, tentando mais uma vez fazer ela reagir.
- Cassandra...eu...por que não desce pra jantar? - ela questiona baixinho.
Cassandra não responde, mesmo que Nestha a encare.
Olhos vazios e com olheiras.
Expressão vazia.
Estava mais magra e pálida por não se alimentar.
Os lábios estavam ressecados.
Sua filha parecia um cadáver.
E Nestha não conseguia mais vê-la naquele estado.
Ela saiu do quarto de Cassandra, passando por Cassian que a esperava no andar de baixo.
Seus ombros baixaram e seu rosto desanimou ao ver a expressão de Nestha.
- Nada? - ela nega.
- Não consigo mais vê-la assim, precisamos dar um jeito - ela diz, decidida.
- Ness...- Cassian fala, tentando fazê-la entender.
- Nossa filha parece um cadáver - sua voz embarga e ele passa os braços ao redor dela, fechando os olhos ao pensar na filha.
- Amélia não está diferente - ele diz baixinho.
- Ela atacou Rhysand para descobrir onde Aleksander estava, óbvio que ela não está bem - Nestha murmura, lágrimas manchando seu rosto - estão quebradas.
- Amélia também não come há dias, ela nem mesmo fala mais com Rhys ou Feyre, o que faremos? - questiona.
Nestha o encara.
- Cometemos um erro, Cassian e precisamos consertar antes que seja tarde - ela diz.
Ele a encara, assentindo, sabendo que ela estava certa.
Todos tinham cometido um erro ao concordar com o plano para deter Aleksander.
{...}
Amélia usava uma camisola roxa, estava em sua cama, sentada e abraçando os próprios joelhos enquanto encarava a cama fixamente.
Cinco dias.
Passaram cinco dias desde que ela viu Aleksander pela última vez.
Cinco dias em que ele passou sofrendo, sentindo dor e fragilizado.
E ela sequer conseguia ajudar ele, isso a corroía por dentro.
Se sentia cansada a todo instante por não conseguir dormir direito a noite.
Sempre que tentava, a imagem dele preso àquela parede, com as asas pregadas na parede, vinham em sua mente.
Ela tinha acabado de acordar de um pesadelo, embora sua mente esteja em completo silêncio, Amélia sentia a ansiedade crescer dentro dela há cada dia que de passava.
Não viu sua prima mais, não viu seus tios ou qualquer pessoa além de Rhys e Feyre.
Nuala e Cerridwen vinham ao seu quarto, mas Amélia não reagia nem mesmo a elas, passou tanto tempo sem vê-las que sequer se lembrava de distinguir as fêmeas.
Ela não se importava mais de qualquer maneira.
Um suspiro saiu dos seus lábios e ela saiu lentamente da cama, sentindo sua visão turva quando se levantou.
Resultado de dias sem comer.
Sempre que tentava, ela se lembrava de Aleksander preso, de Kieran morto.
Seu estômago embrulhava na hora e se não corresse para o banheiro vomitaria em si mesma.
Seus pais tentaram diversas vezes falar com ela, mas Amélia sequer tinha forças para gritar com eles, ela não tinha mais desejo de falar nada.
Não depois de tudo o que tentou dizer e eles ignoraram.
A fêmea parou em frente ao espelho e observou seu reflexo.
Estava horrível.
Além de olheiras em baixo dos olhos, Amélia também tinha uma expressão cansada, resultado de noites mal dormidas, seus cabelos estavam bagunçados.
A fêmea os prendeu em um coque frouxo e fez menção de ir ao banheiro para se banhar, quando a porta se abriu.
Nestha a encarou quando fechou a porta atrás de si e não disse nada antes de passar os braços ao redor de Amélia, que fechou os olhos com o contato, se sentindo melhor pela primeira vez em muitos dias.
Nestha ia ajuda-la, Amélia sabia que sim.
Mas por alguma razão a enganaram, talvez também não confiassem nela.
Quando a feérica se afastou e a encarou, Amélia não conseguiu segurar as lágrimas que banharam seu rosto.
- Prenderam ele - sussurrou, incapaz de falar mais alto.
Tristeza tomou os olhos de Nestha, que franziu o cenho para ela.
- Me desculpe por não conseguir fazer nada para impedir - Nestha pediu.
- Por que fizeram isso com ele? O prenderam como um animal - Amélia soluçou - Eles mataram Kieran.
- Eles estão cegos, aquela besta os cegou - Nestha rosna.
Amélia franze o cenho, seu choro diminuindo por um segundo.
- Como Amren fez isso?
Nestha segurou a mão de Amélia, levando-a até a cama e fazendo a fêmea se sentar.
- Não Amren, aquele monstro, ele vem fazendo algo para que seus pais ataquem Aleksander dessa forma, eu não sei que tipo de manipulação ele usa, mas Rhysand e Feyre caíram direitinho - Nestha rosna baixinho.
- Que monstro? - Amélia questiona, mais confusa do que antes.
Nestha suspira.
- Ouça, o que Rhys e Feyre fizeram não foi de forma alguma inocente, eles queriam prender Aleksander desde o início, mas... há algumas semanas, eles tem se comunicado com alguém.
- Quem? - Amélia murmura, sua expressão não mudou, mas interesse brilha em seus olhos.
- Só o vi uma vez, ele entregou algo para seus pais, depois disso não consegui descobrir mais nada sobre o plano de atacar Aleksander - sua tia explica.
- Ninguém os obrigou a isso - Amélia nega com a cabeça.
- Claro que não, eles queriam prender Aleksander, mas esse ser, de alguma forma, influenciou isso - Nestha encara um ponto fixo no chão - Amren é quem se comunica com ele.
Amélia suspira, pensando no que ela disse e em quem seria esse monstro.
- Eu só... preciso ajudar ele - ela disse por fim, não conseguiria pensar em nada além de Aleksander.
Mesmo que sua mente voltasse para as palavras de Nestha, ela só conseguia pensar que seu parceiro estava sofrendo.
Nestha suspirou, mordendo o lábio inferior com força enquanto encarava Amélia, confusa sobre o que faria, se aquilo seria certo.
- Eu e Cassian ajudaremos você, mas...quero que nos garanta que Aleksander não vai fazer nada com velaris, não depois de saber que keiran morreu - ela arqueou uma sobrancelha.
Amélia baixou os olhos, suspirando derrotada.
- Não posso garantir isso.
- Porque?
- Eu...sabia sobre o ataque e nem consegui impedir ele, quando Aleksander souber, pode me culpar - Amélia murmurou baixinho.
- Ele não vai te culpar se disser que estava tentando ajudá-lo - Nestha rebate.
- Você acha? - Amélia estava insegura quanto a isso, ela não sabia o que pensar.
- Eu tenho certeza, mesmo que não possa garantir...eu só...preciso que Cassandra melhore - ela fala baixinho.
- Está tão ruim assim? - tristeza toma os olhos violetas.
- Ela parece um... cadáver , não come, não fala, não sai do quarto mesmo que agora não haja feitiços, ela se recusa a viver o luto e não posso vê-la assim - Nestha diz - eu e Cassian não podemos.
- Ele era parceiro dela...- Nestha congela.
- O quê? - Puro choque toma seu rosto, mas um brilho raivoso toma seus olhos quando questiona - Rhys e Feyre...sabiam?
Amélia nega.
- Não, ninguém além de nós - Amélia se refere a ela, Aleksander e Horus - Entende?
Nestha assente lentamente.
- Perder o parceiro é a pior dor que alguém pode sentir, quando quase perdi Cassian eu...fui tomada pelo desespero e nem sabia que éramos parceiros - ela se refere à guerra contra Hybern quando Cassian foi gravemente ferido.
- Ele morreu na frente dela, Cassandra ainda não consegue acreditar que ele está morto, quando a realidade cair sobre ela...
- Eu sei - Nestha murmura baixinho - Por isso Aleksander precisa trazer ele de volta.
- Eu sei, ele vai fazer isso, tenho certeza que sim.
- Eu e Cassian não vamos conseguir tirar Aleksander de lá, ninguém além de você vai, por isso precisa buscar sua magia de volta - Nestha incentiva.
Amélia nega com a cabeça.
- Não consigo, aquele pó...
- Já se passaram dias demais, Amélia, a cada dia que passa, você tem mais chances de trazer sua magia de volta, só precisa tentar - ela diz.
- Tia... - os olhos dela se enchem de lágrimas.
- Eles irão joga-lo no mar - Nestha revela por fim.
Amélia congela, arregalando os olhos e sendo tomada pela surpresa.
- O quê?
Nestha assente.
- Cassian confrontou Rhys, a decisão foi dos outros grão-senhores - Nestha fala.
- Não podem fazer isso! - Amélia fica de pé em um rompante, sua respiração acelerada.
Sua visão fica turva por um momento e a fêmea se apoia na cama, para que não caia.
Nestha se levanta, ajudando-a a se sentar de novo.
- Por isso precisa comer e se fortalecer para que possa usar sua magia, eles farão isso em dois dias, o prenderam em um caixão de ferro e jogarão ele no mar para que ninguém o encontre - Nestha revela.
- Céus...- Amélia arfa baixinho, fechando os olhos, indignada com a decisão que tomaram - não podem fazer isso.
Nestha segura seu rosto.
- Faça o que eu disse, Aleksander é o único que pode consertar essa bagunça que os grão-senhores fizeram.
Amélia assente.
- Preciso tomar um banho - ela diz.
Nestha se levanta.
- Se não conseguir colocar juizo na cabeça de Rhys e Feyre, aja por contra própria - é a última coisa que diz, antes de sair do quarto.
Deixando Amélia para trás, pensando no que ouviu.
Joga-lo no mar...
Irão prende-lo para que passe a eternidade sofrendo, em agonia.
Isso é um destino pior do que a morte.
E sua família faria isso com seu parceiro.
Ela não deixaria, nem que pra isso tivesse que lutar contra eles.
Durante os dois dias que se seguiram, Amélia se alimentou e passou a caminhar pelo quarto.
Ela tentava constantemente puxar sua magia de volta.
Mas não obtinha sucesso algum.
Ela não tinha tempo, por isso precisava forçar aquele poder com todas as forças que tinha.
Então a fêmea buscou aquela magia dentro de si, não se importando que o risco de puxar a magia de Aleksander junto fosse grande.
Ela não tinha tempo para receio.
Se jogassem ele no mar, talvez Amélia nunca mais conseguisse achar Aleksander.
Não com o laço oculto.
Fariam isso em algumas horas, então Amélia precisava agir.
Ela não conseguiu acessar sua magia.
A fêmea vestiu couro illyriano e prendeu os cabelos em uma trança.
Nestha a visitou nesses dois dias e trouxe informações a Amélia.
Ela ajudaria libertando Horus e Reina, que estavam presos na cidade escavada, nas masmorras.
Amélia só precisava falar com seus pais, para tentar resolver aquilo de forma tranquila.
Só não sabia se eles tinham a mesma ideia ou se não tinha mais volta.
Ela não bateu na porta do escritório antes de entrar, Rhys ergueu a cabeça, surpreso ao vê-la ali e... parecendo melhor do que antes.
- Amélia? - ele questionou.
- Vão jogar ele no mar?! - ela rosnou, marchando em direção a ele.
Rhys se ergueu, a expressão endurecida.
- Não foi uma decisão nossa.
- Ele é meu parceiro! - ela grunhe, encarando-o com raiva - não tem o direito de fazer isso.
- Ele vai nos matar se conseguir se libertar! - Rhys também rosna, sua paciência se esgotando.
- E ainda sim farão isso? Acha que ele merece isso? - ela questiona.
Rhys franze o cenho.
- Tem noção do quando está ridícula defendendo ele?
- Não me importo com o que pensa, se prosseguir com isso, eu juro que serei inimiga de vocês a partir de agora - ela o encara.
O Grão-senhor a encara incrédulo, mas sua expressão lentamente volta a endurecer.
- Se acha que com essa chantagem vai conseguir mudar uma decisão que não foi minha, está enganada - ele volta a se sentar.
- Acha que isso é chantagem? Mostrarei a você que ninguém vai tocar em um fio de cabelo dele a partir de agora - A fêmea diz.
- Não diga coisas que não poderá cumprir - Rhys rebate.
- Veremos se não posso - Amélia ergue o queixo, saindo daquele escritório, sentindo a raiva crescer ainda mais em seu peito.
Ela não tinha conseguido puxar sua magia de volta, nem mesmo suas asas.
Então precisa de um empurrão para isso.
A casa do vento definitivamente era o melhor lugar para isso, mas Amélia não conseguiria subir sozinha rapidamente.
Por outro lado seus tios não a ajudariam.
A fêmea rosnou, saindo de casa e caminhando em direção aquelas escadas.
As ruas da cidade estavam parcialmente vazias, ela não sabia se era por causa do que iriam fazer ou se as pessoas só não quisessem aproveitar o dia ao ar livre.
Mas acenou para os moradores que encontrou em seu caminho, até que estava frente a frente com aqueles degraus.
Dez mil degraus.
Ela iria demorar para subir.
Por isso, antes que se arrependesse, a fêmea começou sua subida.
{...}
Cassandra encarou a magia rodeando seus dedos.
Sua magia.
Tinha voltado a dois dias, a fêmea não sabia dizer o motivo de ainda estar ali sentada, ao invés de destruir tudo que encontrava pela frente.
Ela teve vontade de fazer isso inúmeras vezes, mas há dias atrás.
Agora, mesmo com seu poder de volta, Cassandra não sabia o que fazer com ele.
Não adiantaria.
Sua magia matava, não o contrário.
Ela não poderia trazer Kieran de volta.
O único que podia era Aleksander e ela nem sabe onde ele está.
"Aleksander será jogado ao mar"
Cassandra não olhou Nestha quando ela disse isso, no dia anterior.
Mas seus olhos se arregalaram com surpresa.
Amélia deveria saber e conhecendo sua prima, provavelmente estava tentando impedir isso.
Mas Cassandra...
Ela não tinha mais vontade de tentar lutar, mesmo sabendo que não conseguiria.
Ela não ia conseguir ajudar Aleksander.
Não quando ele ainda estava na prisão, com tantos feitiços o prendendo que até Amélia precisaria de tempo para quebrar.
A fêmea suspirou, encarando o céu além da sacada.
Estava cedo, ainda era de manhã e mesmo que tivesse dormido o dia anterior quase todo, mesmo que tivesse dormido a noite toda, ela se sentia cansada.
Como se não dormisse a dias.
O peso em seu peito crescia a cada segundo e ela sabia que uma hora aquilo a sufocaria.
Cassandra sentia suas esperanças irem embora pouco a pouco.
Se jogassem Aleksander ao mar... Kieran nunca mais voltaria.
Amélia ficaria destruída.
E ela... talvez já estivesse.
A fêmea tinha acabado de tomar banho, depois de muita insistência da casa, que piscava as luzes do banheiro repetidamente.
Cassandra teve vontade de brincar e perguntar a casa se seu cheiro estava tão insuportável assim, mas não parecia algo engraçado.
Porque a casa não iria rir daquilo.
Não iria rebater e fingir tapar o nariz para irritar ela.
Nem iria rir da expressão ofendida de Cassandra.
Não como Kieran faria.
Ela sentia falta dele.
Passou dias reprimindo aquilo, aquela dor.
Na esperança de que talvez tivesse uma chance dele voltar.
Sua porta foi aberta em um rompante e a imagem de Amélia levemente descabelada e com a respiração acelerada fez Cassandra se surpreender, após dias sem qualquer reação.
Amélia respirou algumas vezes, vestia couro illyriano e tinha os olhos fechados.
Cassandra a encarou, parada em pé na frente da cama.
E quando Amélia a encarou.
Quando viu a expressão abatida de sua prima, os olhos vazios e a pele pálida.
Ela não teve outra reação a não ser andar em direção a ela.
E agarrar a prima em um abraço apertado, ouvindo um suspiro aliviado de Cassandra, que lentamente a abraçou de volta.
Cassandra não disse nada, não soluçou, não riu, ou falou nada.
Mas Amélia sentiu lágrimas molharem seu pescoço, sua prima chorava silenciosamente.
E elas não precisavam de palavras para se comunicarem.
Ela sabia que a perda de Kieran se tornava mais real a cada dia que se passava.
Que Cassandra perdia as esperanças a cada dia.
E que o luto pouco a pouco a atingia.
Mas ainda tinham esperanças.
- Preciso salvar ele - Amélia disse, se afastando de Cassandra.
Ela não iria perguntar como a prima estava, porque dava pra ver que ela não estava bem.
Cassandra agradeceu mentalmente por Amélia não tratar ela como coitada, por fazer perguntas que sabia a resposta.
- E eu preciso de sua ajuda - foi o que Amélia disse.
- Não posso...- Foi a resposta baixa.
Amélia segurou o rosto dela.
- Ainda estou sem magia, não sei se é por causa do pó azul ou se foi Aleksander que prendeu há dias atrás, mas não consigo ajudar ele assim - ela explicou, os olhos desesperados.
- Não consigo ajudar ele - Cassandra murmurou, lágrimas ainda banhavam seu rosto - Assim como não consegui ajudar Kieran.
Falar o nome dele após dias, fez o coração de Cassandra se partir.
- Há esperança, Aleksander pode trazer ele de volta - Amélia sorriu minimamente, os olhos brilhando com lágrimas que ela não permitiu que caíssem.
Cassandra a encarou, esperança brilhando em seus olhos.
- Ele não tem a magia ainda - ela nega com a cabeça.
- Arranjaremos um jeito de passar a magia pra ele, até lá, há esperança de trazê-lo de volta - diz.
- Jura? - Cassandra sussurra, olhando esperançosa para a prima.
Se houvesse uma chance dele voltar.
Se tivessem uma mínima chance, Cassandra faria de tudo por ela, mesmo que fosse em vão.
Amélia assentiu.
- Eu juro.
Um pequeno sorriso se abriu nos lábios de Cassandra, que assentiu.
- Tia Nestha e os outros estão no acampamento? - ela questiona.
- Eles farão lá - Cassandra informa.
- Por que? - Amy questiona.
- O caixão foi feito em illyria, os illyrianos querem vê-lo sendo preso, foi a única exigência deles - a resposta de Cassandra deixou Amélia furiosa.
- Farão disso um show de horrores? - ela rosnou baixinho, suspirando - Precisamos ir.
- Eu só preciso me trocar - ela diz.
Amélia assente.
- Obrigado, Cassy - é a resposta de Amélia.
Cassandra toca seu ombro, encarando a prima.
- Mesmo que não consiga trazer ele de volta, ao menos terá seu parceiro - ela abre um sorriso triste, antes de ir em direção ao banheiro.
Amélia encara a prima, apesar de mais magra, Cassandra ainda estava linda e ela sabia que se Kieran não voltasse, se ela não conseguisse ajudar, sua prima se destruiria dia após dia.
Feéricos já enlouqueceram pela perda de um parceiro.
Amélia teme que algo parecido possa acontecer com sua prima.
Por isso ela jurou que ajudaria a trazer Kieran de volta.
Mas agora precisavam ajudar Aleksander.
E fariam isso lutando, com magia ou não.
* Tô com pena de Cassy, ela não merece isso.
Logo logo Aleksander descobre que Amélia sabia sobre o plano, mas como eu já disse, alguém vai distorcer os fatos e se aproveitar disso.
Em alguns momentos, enquanto conversava com seus pais sobre o plano de atacar Aleksander ou até em outros momentos, Amélia se sentia observada.
Sim, tinha alguém ouvindo a conversa deles e observando o IC.
Tô só imaginando quando Aleksander souber que mataram Kieran.
Próximo cap, trarei um pouco de Aleksander, pensamentos e tals.
Obs: Alek ainda não sabe que Kieran está morto...
Mesmo não gostando de Aleksander, Cassian vai ajudar porque o amor dele por Cassy é maior do que a raiva dele por Alek.
E Nestha, ela sentiu a dor da quase perda de um parceiro, ela se coloca no lugar da Cassy.
Eles fazendo mais do que o resto da família>>
Já foram ver o Tik tok da autora?
Vão lá 😉.
Detalhe: Os dois videos que postei, um do momento que Kieran morre e outro de Aleksander, são com duas músicas que amo.
In the stars e Daylight...
Olhem os dois, são os primeiros do perfil.
Estarei trabalhando nesse fim de semana, mas vou tentar escrever pra atualizar o mais rápido possível.
Espero que gostem.
Bjs.