august (larry's version)

By kitty_y

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recortes dos finais de semana que Harry e Louis passaram juntos, na casa do lago, no meio da floresta, cresce... More

the 1
1 - culto demoníaco
2 - sanduíches
3 - ferrugem na sua porta
4 - closet (vol.1)
5 - cozinha não é um bom lugar para se guardar a identidade
6 - piratas
7 - você é a pior pessoa que eu já conheci em toda minha vida
8 - Duncan careca
9 - closet (vol. 2)
10 - seven
11 - fusca azul
12 - lua cheia
13 - dia de dar! (no escuro)
14 - se a vida te dá um pneu...
15 - casa abandonada
16 - closet (vol.3)
17 - banheiro
18 - anjo caído
19 - boop!
20 - filme de terror (part.1)
21 - filme de terror (part.2)
22 - despedidas
23 - fantasma
24
25 - Harry
26 - odeio você
27 - telefonema maldito
28 - festa e Ziggy Stardust
29 - reunião de família
30 - Príncipe Encantado e o Psicopata
31 - chat
32 - ☆
33 - Tomlinson, venha pegar minha bola!
34 - The end
35 - Next Chapter
36 - eu não esqueci de nada
37 - Elton John pela Garota Bonita
38 - camiseta
39 - shrek saradão
40 - por que ainda me chama?
41 - Com amor, Louis
42 - James Dean
43 - você sabe o que há de errado
44 - "idiota"
45 - exílio
46 - dromedário de 20.000
47 - acampamento
48 - peace
49 - E & W
50 - estrelas
51 - the lakes
52 - eles podiam ter ficado juntos no final
53 - home
54 - melancia
55 - Julia e Johnny
56 - meias
58 - queimadura de sol
59 - sanguessuga
60 - satélites
61 - the "I remember what you said last night" chapter
62 - don't read the last page

57 - bolas e línguas

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By kitty_y

Fazia calor, muito calor. E todos os jovens que moravam naquelas enormes casas ao redor dos lagos e perto da cidade e da costa decidiram se reunir, como de costume, no extenso gramado perto da estrada que levava ao centro.

Diferente de coisas muito óbvias como Beverly Hills ou Malibu, aquele aglomerado de pedras na ponta da Inglaterra era bem mais que isso. Muitas famílias ricas tinham casas de veraneio ali, muitos velhos também, e já que as únicas atrações eram lagos e mais lagos de água doce, uma praia extensa e um centro que cercava a bahia com meia dúzia de lojinhas de suvenir e restaurantes muito bons, era meio que inevitável que todos os jovens herdeiros se encontrassem no mesmo local.

Já passava das quatro da tarde. O sol ainda estava forte. Alguns adolescentes estavam sentados ao redor do campo, embaixo dos salgueiros e suas sombras enormes, a maioria vestida em roupas de banho, enquanto outros jogavam futebol.

Suor escorria por suas costas por debaixo da camiseta de um time qualquer que achou no armário, e Harry não aguentava mais. Nunca foi o melhor jogando futebol, mas foi obrigado a aprender alguma coisa para não ser o alvo nas aulas de educação física da sua antiga escola.

Antigamente, apenas Louis ia para aquele tipo de evento (sim, era um evento, para todos aqueles jovens qualquer coisa que os tirassem de seus quartos abafados era um evento), ele e Louise, que conseguia ser pior que o irmão quando se tratava de futebol. Mas, depois de passarem um dia inteiro mal se falando (por precaução) Harry nem pestanejou quando Louis surgiu usando chuteiras e uma camiseta da seleção da Inglaterra.

Àquela altura, já estavam há tempo demais jogando. Harry era competitivo, então só isso o movia agora. Haviam muitos jovens jogando, muitos palavrões soando em sotaques diferentes e embolados, muito suor, muitas trombadas, muita terra em sua bermuda, muito sol.

Sua intenção era ficar a sós com Louis por pelo menos alguns segundos para que pudessem trocar meia dúzia de palavras, tinha ido ali só para isso, afinal. Só não esperava que teria que correr atrás de uma bola junto com adolescentes seminus ao invés disso.

— Harry!!!! — Ele escutou Louise cantarolar quando um garoto trombou consigo e o derrubou no chão. — Cair não faz parte do jogo!!! Aiai, esses novatos...

Harry ergueu uma mão e levantou o dedo do meio para ela, respirando com dificuldade, vendo as canelas de Louis se aproximando e sentindo sua mão sendo envolvida por outra antes de ser puxado para cima.

— Você está bem? — Louis perguntou, segurando-o bem próximo, quase colando seus peitorais.

— Uhum. — murmurou de volta, sem nem olhá-lo direito, a garganta seca, emburrado porque só queria fazer um gol!

Ele pediu para o juiz (um homem de cerca de 40 anos que via algum divertimento em tudo aquilo) para beber água, e seguiu até a casa mais próxima, a dos Bakers, se ele se lembrava bem. A parte boa de estar em uma cidade pequena com um número reduzido de pessoas, onde todos se conhecem, era exatamente aquela: A sra. Baker sempre deixava sua cozinha à mercê dos adolescentes enquanto seus filhos estavam jogando.

Harry encheu um copo d'água, controlando a respiração afobada, escutando passos familiares se aproximando atrás de si.

— Não sabia que você jogava futebol. — A voz de Louis soou, e ele se virou, encostando-se na pia e se permitindo olhar em seus olhos de verdade pela primeira vez naquele dia (era difícil fazer isso no meio do jogo).

— Eu não jogo. — resfolegou, sentindo a água gelada lhe sarar os lábios partidos de sol. — O pouco que fiz até agora foi sorte de principiante. — e deu de ombros, descendo os olhos pelas coxas torneadas marcadas pela bermuda branca.

— Ah, você nem foi tão mal... — Louis dizia enquanto se aproximava, o topete desarrumado por ter corrido e alguns fios úmidos presos a testa. — Só infringiu quase todas as regras

— Eu não tirei a camisa! — Harry se defendeu, sorrindo com timidez, apoiando o copo na pia atrás de si quando Louis deu mais um passo em sua direção.

— Ah, sim... isso você não fez... uma pena mesmo. — lamentou, apoiando as mãos na bancada de madeira, uma de cada lado, o quadril dele no meio dos seus braços.

Harry revirou os olhos e lhe deu língua. E talvez tenha sido a adrenalina, talvez tenha sido o desejo que só crescia dentro de si, talvez tenha sido o calor ou a forma que as orbes verdes sumiram por um instante, talvez tenha sido o longo tempo que ficaram sem se encostar (menos de 24 horas), que fez Louis beijar, não Harry, não sua boca, não seu rosto, mas sim a sua língua.

Foi um impulso, um rompante, uma vontade tão voraz que fez Louis se mover sem nem pensar. Ele beijou sua língua, a carne quente, áspera e vermelha, sentindo Harry ficar imóvel, a respiração pausando, e em seguida a estendendo mais para fora.

Louis riu, fazendo o interior de Harry tremer, e beijou sua língua de novo. Os olhos azuis acharam os verdes lustrosos, suas mãos caminharam para mais perto do corpo do cacheado até que ambas se encontrassem atrás de seu quadril, os polegares se esticando para baixo, entre a parte metálica da pia e a bunda de Harry, colando seus corpos um no outro.

Louis suspirou, sentindo o cheiro dele, e colocou a própria língua para fora, a arrastando por toda a extensão da de Harry, até que chegou em seu lábio superior, o chupou, e desceu novamente para a língua, sugando a ponta, assistindo a vermelhidão tomar conta da parte de cima da sua boca, sentindo Harry ficar duro contra si e automaticamente o deixando duro também.

Suas mãos passaram por debaixo da camiseta de time, chegaram a pele quente e molhada de suor e apertaram a cintura, e foi o suficiente para que Harry movesse sua língua para dentro da boca de Louis, veloz e sedenta, enquanto enfiava os dedos nos cabelos lisos e úmidos. Louis abaixou as mãos de novo, apertando a carne macia de sua bunda, colando mais seus corpos e pressionando o membro dele contra o seu, ambos rígidos, ambos implorando por mais, mais, mais, mais, e eles gemeram um na boca do outro.

Louis o ergueu, sentando-o na bancada, beijando sua boca com selvageria enquanto os dedos de Harry puxavam seu cabelo e o levavam à loucura. Seus dedos encontraram o elástico da bermuda e da cueca e fizeram menção de puxá-los de uma vez, mas Harry o interrompeu.

— Não estamos na cozinha de casa. — disse, resfolegando, ávido, a testa encostada na de Louis.

— Está dizendo que podemos fazer isso na cozinha de casa? — Louis provocou, e Harry sorriu, juntando suas bocas novamente.

— Estou dizendo que podemos fazer isso em qualquer lugar onde ninguém possa nos ver.

— Ninguém está nos vendo agora... — Louis insistiu, mas seus dedos deslizaram por dentro do cós como num carinho e logo depois subiram para sua cintura.

— Nós não vamos transar na cozinha dos Bakers. — Harry suspirou, penteando o topete de Louis de volta para o lugar com uma das mãos.

— É claro que não! — Louis esbravejou, baixo, com drama. — Transar? Quem falou em transar?

Harry revirou os olhos novamente, pulando do balcão, escondendo o sorriso tímido.

— Styles, não faça isso de novo. — Louis falou atrás dele, o tom sério dessa vez.

— Ah, qual é, Tomlinson, nós dormimos na mesma cama. — foi o que Harry falou, a voz nem um pouco alterada, antes de sair pela porta.

Mas, horas e horas depois, quando Louis saiu do banho, Harry já estava deitado na sua cama, debaixo do edredom porque chovia do outro lado da janela, no escuro quase que completo se não fosse pela brecha que ele tinha deixado aberta na porta do banheiro e pela baixa luminosidade vinda da Tv.

Louis encostou a porta silenciosamente, seguindo para a outra porta do quarto só para conferir se estava trancada, ciente de que a do outro quarto já estava trancada há alguns dias. Ele olhou para cama, para o garoto deitado nela, com olhos fechados, e sorriu ao notar que ele usava o seu travesseiro, de novo.

Louis cruzou o quarto com passos leves, subindo na cama e se aninhando debaixo do edredom cuidadosamente, e se virou para o lado, achando seu rosto no escuro, sereno, os cachos comportados sobre o travesseiro.

— Eu sei o que você está fazendo. — Louis sussurrou para ele, deitando-se mais próximo, sem realmente acreditar que Harry o escutava.

— Dormindo. — Harry resmungou, sem abrir os olhos.

— Não vou mais cair nos seus joguinhos, okay? — chiou, irritadiço.

Os lábios de Harry se entortaram para formar um sorriso, e ele tentou escondê-lo contra o travesseiro, mas não funcionou.

— Okay. — respondeu, solene, se arrumando mais um pouco como se fosse dormir agora, e Louis acreditou. — Nem sei do que você está falando...

— Sabe sim!! — Louis chiou de novo. — Não se faça de bobinho. Se você quiser jogar, eu também posso jogar. — arengou, afofando o travesseiro e chegando mais perto de Harry.

— Não estou jogando com você.

— Está sim!!

— Como tem tanta certeza disso?

— Porque eu te conheço e sei das suas táticas. Eu também sei jogar, também tenho táticas, e você não vai poder reclamar no final.

— Eu acho que você é doido.

Louis se emputeceu, balançando os lençóis com raiva ao se virar para cima, bufando para o teto, decidido a se calar até o dia seguinte, mas não se conteve:

— Você está pelado?! — ele não se atreveu a olhar para Harry.

— Sim. — Harry murmurou, um tanto tímido. — De todas as camas que já deitei pelado, a sua é a minha favorita.

— Ah, é? — Louis se ergueu no cotovelo, virando-se para o lado, o rosto franzido em irritação. — Ótima infor- — Ele viu o sorriso de Harry surgir novamente, e bufou, puto. Harry estava fazendo de novo! — Não acredito que fez isso. — falou, mais baixo, sério e emburrado.

— Mas é verdade! — Harry disse, a voz ficando rouca quando riu. — Entre as camas de hotel, a do meu quarto daqui e da minha casa, a sua é a minha favorita.

Louis engoliu em seco por razão nenhuma, sentindo-se bobo por ter caído de novo, e virou o rosto para Harry, encontrando os olhos verdes pesados de sono.

— Nunca dormiu pelado na cama de outra pessoa? — Louis perguntou, baixo, querendo puxar as palavras de volta para si logo depois.

— Não. — Harry respondeu, olhando em seus olhos, e eles se encararam por longos minutos.

— Eu também não. — Louis disse, por fim, se ajeitando embaixo dos lençóis e esticando os pés na direção de onde as pernas de Harry deveriam estar.

— Eu duvido. — Harry deu um sorriso pequeno.

— É verdade. — Louis sentiu pés calçados em meias subindo por suas pernas, e disse: — Achei que você estivesse pelado.

— As meias não contam, não consigo dormir com o pé descoberto. Sabe... eu acho que você deveria tentar, dormir pelado — Harry deu de ombros. —, é a sua própria cama.

Louis estava ciente que dormir pelado na mesma cama que Harry era a mesma coisa que pegar seu autocontrole e jogar pela janela.

— Não, obrigado, por enquanto é melhor não. — disse, cuidadoso, e os dois ficaram em silêncio por um tempo, até que Louis escutou a respiração de Harry pesando, desacelerando, e tirou um momento para se perguntar onde estava ele, durante todo aquele tempo, quando poderia estar ao lado de Harry, escutando-o respirar.

— Você dorme de meias porque tem medo de alguém puxar seu pé? — implicou, olhando-o de rabo de olho.

— Louieeeeee. — Harry resmungou, esticando um braço e circundando seu rosto para alcançar a orelha do outro lado. — Durma.

— Você me diz que está pelado na minha cama e depois me manda dormir?! — Louis exclamou com certo drama, a voz baixa pois se recusava a espantar a expressão de sono que tomava conta de Harry.

— Okay. — Harry suspirou, se arrumando embaixo do lençol, descendo o corpo o suficiente para que sua cabeça estivesse na altura do peito de Louis. — Da próxima vez eu deixo você descobrir sozinho.

— Harry! — Louis chiou.

— Boa noite. — Harry murmurou, beijando sua boca antes de encaixar a cabeça na curva de seu pescoço, passando um braço por debaixo do dele e o abraçando.

— Boa noite. — Louis sussurrou de volta, o abraçando de volta, fungando o cheiro doce de seus cabelos, e sorrindo no escuro. Ele viu palavras aparecendo em sua mente, a caminho de sua língua e então para fora de sua boca, palavras as quais não deveriam ser ditas agora, mas que nunca perderiam sua veracidade. Então Louis as juntou e as guardou no mesmo lugar de sempre, dedicado apenas a Harry, no fundo de seu coração.

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