— Tenho nojo de ter o mesmo sangue que você !!! - Disse Lucas sendo colocado no chão e depois levantado - Eu te odeio !!.
Olavo virava pra ele, fazia um sinal e os soldados paravam
— Você tem nojo ? Eu que tenho nojo de você. Como pode ? Eu ter um neto tão fraco e sem ambição quanto você. - Disse ele colocando sua bengala no queixo do Lucas e levantando fazendo com que o Lucas o encarasse por baixo - Não estou feliz em ter que matar alguém do meu sangue, bem... - Ele sorria - Não é a primeira vez que faço isso, não é mesmo ? - Ele gargalhava. Ele virava o rosto pra esquerda e via Margot e ia até ela.
— Estou decepcionado com você. Pensei que fosse grata por mim.
— Eu era grata. Mas depois que eu vi tudo que você é capaz de fazer. Até mesmo de fazer uma explosão com aquela, naquele dia, você foi o responsável por tudo que estamos enfrentando a anos. Pra quê ? Por dinheiro ? Poder ? Fama ?
Olavo a encarava com um olhar de superior e fazia um sorriso malicioso.
— Vou quere o que mais ? Isso é tudo que toda pessoa deseja pra viver bem.
— Você é um monstro.
— Você não falava isso naqueles momentos. - Ele gargalhava de rir. Margot olhava pro lado com uma expressão de nojo e também de vergonha.
Carla olhava e escutava tudo aquilo sem falar pois a sua visão ia sempre na câmara onde estava o Dante.
— O que iram fazer com ele ?.
Olavo a olhava e logo pro Dante.
— Ele é algo que ainda está nos meus planos.
— Você consegue enxergar alguém sem ser como produto ?.
— Tudo é um produto. Dante é algo muito especial, irmão do Zero. Não é pra qualquer um ter esse titulo.
— O que exatamente você está falando ?.
Olavo sorria.
— Ele será o novo Zero. Ele está em processo.
— O que você...
— Eu sei de tudo que está acontecendo com o Zero. Ele está morrendo, aos poucos. As experiências que fizemos com ele está agindo. Aquilo que era pra o deixar mais forte , agora está o matando. Quanto mais ele usa, mais o mata. Dante será melhor que ele, não terá falhas, não terá medo...
Carla serrava os dentes de raiva.
— Ele será um soldado muito obediente. Não importa o que o Zero falou com ele, não importa o quão o Zero seja importante pra ele, ele ainda é o que é.
— Que seria ?
— Uma arma.
Carla se soltava, batia com o cotovelo na cara de um soldado e pegava a arma dele e o segurava apontando a arma na cara do próprio.
Olavo não expressou nada e só levantou a mão. Todos os outros apontavam suas armas pras cabeças de Margot e Lucas. Ele sorria.
— Isso é tudo que o Zero ensinou ? Não estou impressionado.
— Eu... Eu...
— Pode matar, não ligo. Ele é só mais um.
— É ??? - Disse ela apontando agora pra câmara onde estava o Dante - E ele ? É importante ?.
Olavo sorria. Ele tirava do bolso um controle.
— O que é isso ? Quer ver um ultimo programa de TV ?
— Se for pra ameaçar alguém, saiba todas as cartadas dela, minha criança.
Margot apresentava um olhar de medo.
— ABAIXA A ARMA CARLA !!!!
— Como é esperta.
— O que é isso ?
— Se eu apertar esse botão - Disse ele colocando seu dedo em cima dele levemente - Toda a ilha irá explodir.
— Está blefando.
— Pergunte a ela - Disse ele olhando pra Margot. Carla a olhava e via na expressão dela que aquilo era real.
— Se eu não posso controlar a porcaria desse mundo. Então ninguém dessa ilha maldita irá sobreviver. Quando eu aposto, é tudo ou nada, minha criança inocente.
Pela primeira vez na vida Carla sentia o peso de está segurando uma arma. Ela olhava pro Dante depois pra Lucas e Margot e por ultimo o controle que o Olavo estava segurando.
Ela conseguiria atirar naquele controle ? Carla pensava em todas as vezes que ela atirou em coisas mais pequenas e bem mais longe que aquele objeto. Mas porque a arma estava tão pesada ? Porque o mundo estava girando ? Porque ela não consegue atirar ? Porque ? Porque ?
— Você não tem coragem pra isso - Disse ele andando até a Carla - Você não tem coragem pra isso, porque você tem o que perder, você tem sentimentos por todos aqueles que estão aqui. Enquanto a mim - Disse ele pegando a arma da mão dela - Eu não me importo com nada - Ele pegava a arma.
Carla caia no chão sem ar e sem qualquer tipo de força. Olavo estava com aquele olhar de vencedor que o Lucas se acostumou a ver quando era criança, ele odiava aquela expressão mais que tudo naquela vida, ele fazia uma reação de fazer algo mas o Olavo o encarou e com a mão no controle fez ele hesitar.
— Chega de conversas.
Olavo se virava e estava entrando na porta mas o Lucas gritou pela ultima vez.
— Deixe-me ver minhas filhas, pela ultima vez. - Ele se levantava mesmo tendo as armas apontadas na sua cabeça. Olavo nem se virou, se via apenas uma respiração funda.
— Pode vim - Lucas o seguia com 5 soldados e dois ficaram com as outras. Ele se virava e encarava as duas. Sendo que com a Carla ele piscava o olho. Ela sabia o que aquilo era.
Ele estava contando com ela pra resolver aquilo.
— Você sempre deixa as coisas mais divertidas para mim bonitão. Por isso gostei de você desde o inicio - Disse ela sussurrando enquanto era levada pra fora. No ultimo minuto ela olhava pro Dante - Irei te soltar dai, pode esperar.
Ramon e Zeke.
Eles chegavam na área que foi resignada pro grupo deles e lá eles reencontraram alguns rostos familiares.
— Meninos ? O que estão fazendo aqui - Dizia Samantha.
— Precisamos conversar. É algo serio - Dizia Ramon.
— Venham.
Eles entravam em um quarto, e logo viram Sang e Amanda.
— O que vocês querem ? - Disse Sang se levantando.
— Pegaram a Leticia e a Sofia e... Eles querem fazer uma cura com o DNA da Sofia ou com o sangue ou com a medula. Eles pegaram ela e vão matar ela pra ter essa maldita cura.
Os três se encaram.
— ...
— O Lucas quer que todos fiquem juntos para ajudar quando o momento chegar.
— ...
Ramon via aquela cena e não estava acreditando no que estava vendo.
— Que merda é essa ? Vocês estão hesitando ? - Disse Ramon dando um soco na mesa - Eu quero que todos saibam, chame a todos pra se reunir lá fora. - Ele ainda via que ainda estavam - AGORA !!!!
Amanda e Samantha saíram e foram reunir a todos. Ramon se via no espelho e via no seu reflexo, seu rosto e sua postura e via o seu pai. Jacob, ele se arrepiava e respirava fundo.
— Eu estou dentro. Vou ajudar - Falava Sang - Eu devo ao Lucas a minha vida e também ao Steve, eu tenho certeza que ele não pensaria duas vezes em querer ajudar - Ele serravas as mãos e ficava com expressão de nojo - Me desculpe por hesitar, Steve com certeza estaria com nojo de mim. - Ele se levanta - Estou preparado pra matar qualquer um pelo Lucas. Mas Ramon ainda estava se vendo no espelho e via o Jacob rindo dele.
— Ramon ? - Falava Zeke.
— Oi - Ele parava de olhar e encarava o Sang - Que bom, que pensou melhor.
Amanda chegava no quarto e encarava Ramon com medo mas depois balançava a cabeça e falava :
— Todos estão reunidos. - Ramon saia ainda muito distraído mas via todos do grupo juntos e esperando o porque estavam ali. Zoe aparecia e Zeke a encarava e via ela sorrindo.
— Tem muita merda, né ? - Falava ela.
— Como...
— Estou atenta em tudo desde que cheguei aqui. Estou dentro, Sofia é muito gente boa, ela não pode morrer pra fazer uma cura idiota - Respondia ela
Eles andavam um pouco e via-se todos eles reunidos.
— Eu venho falar aqui... - Ramon gaguejava e ainda estava na sua mente a imagem do Jacob - Pegaram a Sofia, eles... eles... Vão matar ela. - Podia-se ouvir sussurros e alguns risadas - Eles querem fazer uma possível cura e pra isso... Vão matar ela.
— ...
Ramon estava com uma raiva que não cabia em seu peito mas sempre vinha a imagem do Jacob.
— Lucas mandou... Todos se reunir para ajudar ele a resgatar ela. Precisamos ficar juntos e ... e.... Esperar um sinal pra..
— Atacar ? - Gritava uma voz. - Estamos em paz depois de muito tempo. Lucas fez a gente entrar em muitas guerras que ele mesmo criou - A multidão gritava de um sinal que estava apoiando a mulher - Porque o Lucas não resolve as suas próprias guerras ? Sem meter a gente no meio ? Eu perdi meu esposo por conta da ultima guerra dele. Não somos soldados.
— SEU INGRATOS !!! - Gritava Ramon.
— Somos ? Espera ai... - Disse a mulher - Você não é o filho do Jacob ?.
Ramon dava um passo pra trás.
— Deve ser mentira, esse lugar é do avô do Lucas. Porque iriam pegar a filha dele ? Esse garoto está inventando alguma coisa !! Ele tem o mesmo sangue que aquele monstro ! É igual a ele.
Ramon iria falar mas algo veio a sua mente. A Maria, sobre uma conversa que eles tiveram a algum tempo.
" Você não é igual a ele, nem deve ser. Você é você , apenas isso. E eu sei que você , Ramon , é uma boa pessoa. Não é atoa que minha filha gosta de você. Não tenha medo de ser quem você é e nem tenha medo do que os outros podem pensar ou falar sobre o seu pai. Você não é ele. Nunca se esqueça disso " Ele se acalmava e esquecia sobre o Jacob ou sobre qualquer coisa. A única coisa que ele pensava era em Sofia.
— Sim, eu sou filho do Jacob. Não nego e nem irei esquecer disso jamais. Mas o que estou falando agora - Disse ele indo até a mulher - Não é sobre mim, não é sobre você, não é sobre meu pai. É sobre a Sofia e sobre o Lucas. Aquele homem que ajudou vocês durante esse apocalipse todo. Eu estou pedindo que ajudem ele só essa vez, ele está contando com vocês pra isso - Disse ele abrindo os braços e olhando pra todos - Eu sei que todos perderam alguém durante as batalhas mas a Sofia tem culpa disso ? O Lucas tem culpa disso ? Me respondam.
— ....
— Lucas faria qualquer coisa pra salvar qualquer um de vocês. Ele fez isso com a Clara e a Ana. Ele salvou as mulheres do renascimento sem ao menos saber quem eram. Ele salvou o Sang contra o Dante. Ele salvou pelo menos uma vez cada um de vocês durante esses anos isso eu garanto. Hoje, Lucas precisa da nossa ajuda mais uma vez que é pra ajudar a salvar as filhas dele. Por favor, ele precisa da nossa ajuda, quem vai ajudar ?
— ...
— Eu - Falava um homem e aos poucos todos aqueles que estavam presentes estavam dispostos a ajudar até a mulher. Ele olhava pro Zeke e pros outros com olhar de esperança. Até que...
Os moradores do complexo que estavam antes deles chegaram e ouviram o discurso do Ramon.
— Também iremos ajudar.
— Porque ?.
— Estamos aqui a muito tempo garoto. Sabemos de tudo desse lugar, querem a ajuda ?.
Ramon sorria.
— Vamos esperar o sinal.
Carla e Margot.
Levou alguns minutos e eles chegaram no lado de fora do complexo. Os soldados levaram as duas perto da arvore onde ambos estavam escondidos. Eles viram que não tinha ninguém vindo e ajoelharam ambas viradas de costas.
— Ultimas palavras ? - Perguntou um dos soldados rindo.
— Que tal você dizer ? - Disse Carla esticando sua perna direita pra trás e dando uma rasteira no soldado e o fazendo cair. Ela deu um pulo pra trás e ficando em cima dele e afundando os seus dedos polegares nos olhos dele o fazendo gritar.
— Parada - Gritava o outro mas com um segundo de desatenção a Margot deu uma cotovelada na costela o fazendo perder o equilíbrio. Mas em questão de segundos mais 5 soldados apareceram e ao redor delas. Carla olhava eles todos e terminava o serviço dela. O soldado já estava morto com seus olhos esmagador e língua arrancada. As suas se levantaram e erguiam as mãos.
— E agora ? - Perguntava Margot.
— Um milagre ?
— Atir... - Antes do soldado falar ouvia uma explosão atrás dele. O muro que fazia a divisa entre a "praia" que tinha na ilha e aonde era o complexo em si estava caindo uma parte dela. A fumaça era muito grande e vários sons de bala e de gente gritando. Soldados tentando fugir e sendo atingidos por balas bem no meio da cabeça, no meio da fumaça via um esboço de uma pessoa.
— Finalmente, o milagre chegou - Disse Carla sorrindo.
A fumaça sumia e via ele. Com um olhar de puro ódio e podia ver em sua expressão de que vai matar qualquer um que estiver em sua frente.
— Onde - Disse ele pegando um soldado e pegando a sua própria arma e colocando na boca do homem e atirando - Onde... Está... O meu irmão !!!
— Demorou muito, capitão - Disse Carla sorrindo e olhando pro Zero.