Para o Amor e a Fé - JIKOOK [...

By camppz

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• CONCLUÍDA • JIKOOK Um romance leve e sensível para aqueles que ainda acreditam no amor. Para os que acredi... More

Informações [REPOST]
Para você.
Prólogo - Quando seus dois pés não encostam na terra.
Capítulo 1 - Quando seu coração te subestimar.
Capítulo 3 - Para você, que me viu maior do que o meu pequeno eu.
Capítulo 4 - Quando seus sonhos te engolem.
Capítulo 5 - Quando você sente que não é você.
Capítulo 6 - Não é fácil se soltar. Não é fácil estar livre.
Capítulo 7 - Em todos esses momentos.
Capítulo 8 - Quando floresce, é como uma rosa.
Capítulo 9 - Quando se espalha, é como flor de cerejeira.
Capítulo 10 - Quando murcha, é como ipomeia.
Capítulo 11 - Tu és nédio, um remédio.
Capitulo 12 - E você será feliz.
Capítulo Extra - Souvenirs
Epílogo - Como aquele lindo momento.
Para o Coração.

Capítulo 2 - Bendito seja os olhares trocados e as palavras não ditas.

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By camppz


Bendito seja os olhares trocados e as palavras não ditas.


Jungkook.

Paixão é um sentimento humano intenso e profundo, marcado pelo grande interesse e atração da pessoa apaixonada por algo ou alguém. A paixão é capaz de alterar aspectos do comportamento e pensamento da pessoa que passa a demonstrar um excesso de admiração por aquilo que lhe causa paixão.

Segundo o Google, meu tio Jin e Kim Namjoonie estavam muito apaixonados.

Eu tenho sérios problemas quando se trata de alguns assuntos e quando esse me interessa muito, eu me torno um fissurado em saber de tudo sobre aquilo, até cansar e depois precisar criar um tipo de exercício mental para tentar esquecer.

Aconteceu primeiro com os porquinhos da índia, eu fiquei tão curioso e devoto sobre os animais, que durante a terapia foi preciso desses exercícios para que eu não pensasse tanto nisso. Pensei em como cuidar, como alimentar, como eram seus órgãos internos já que seu corpo é tão pequeno, como eles sabem o que é de ingerir e o que não é, como eles não passam mal com algo que lhes fez mal, como eles sabem quem eu sou e me reconhecem pelo cheiro, como... Céus, eu pesquisei e pensei em tudo, mas não porque queria e sim porque a minha mente me sabotava.

E aconteceu agora com a paixão, ou melhor estar apaixonado.

Eu já tinha uma breve noção sobre esse fato, mas ver meu tio falando tão abertamente sobre o assunto me deixou intrigado. Não só sobre paixão, mas sobre amor também. Mas por que isso me deixou tão curioso?

Certo, devo dizer que quando ele declarou que iria se casar com Namjoonie, primeiro eu fiquei surpreso, depois fiquei feliz, em seguida quis chorar e depois eu automaticamente trouxe toda aquela situação para mim. É impossível meu corpo não reagir a essas palavras olhando e pensando nele. Eu passei a noite toda do jantar pensando nisso tudo, tentando entender por que eu me sinto tão assim, tão... não sei dizer. E durante algumas pesquisas á noite, descobri que com a paixão e o amor vem o ciúmes.

Sentimento negativo provocado por receio ou suspeita de que a pessoa amada dedique seu interesse e/ou afeto a outrem.

Sim. Eu podia concordar com isso facilmente, eu realmente senti ciúmes dele. A questão é que independentemente de todos esses sentimentos, sendo eles bons, existe a parte ruim e dolorosa que é saber que tudo isso não é recíproco. Descobri que é impossível amar sem ser amado. Até é possível, mas é doloroso demais.

— Você acha que vai doer para mim, Fé? — perguntei para a minha velha porquinha que ao me aproximar do cercadinho na varanda dos fundos de casa, veio até mim devagarinho tropeçando algumas vezes.

— Eu acho que sim, ele é todo difícil, intruso, fala alto e ri demais. E eu sou tão estranho, não consigo nem mesmo pensar em algo sem surtar internamente. — digo suspirando.

Peguei Fé no colo e depois de alimentar os demais porquinhos, a levei para a sala. Deitei no sofá grande e coloquei ela na minha barriga, a porquinha se encolheu e fechou os olhinhos respirando profundamente.

— Preciso apagar algumas coisas da minha memória do dia de hoje, Fé. Não posso pensar ou me aproximar dele assim novamente, não vai me fazer bem. Eu sei que não vai. — Ela abriu os olhinhos e subiu um pouco até chegar na curva do meu pescoço e ali ficou.

Depois da adolescência, especificamente na universidade, eu aprendi que certas situações na vida nós podemos evitar e isso era de fato algo que eu queria evitar. Conheço ele há anos e nunca nos afastamos, mesmo com as frequentes brigas que tínhamos na época da infância que se estendeu até a adolescência. Nós nunca brincamos, mas ele sempre tentou e sempre tentava conversar. E era pior na fase inicial do meu tratamento, pois eu mudava sempre de medicações e não conseguia interagir tanto quanto o necessário. No entanto, eu sempre tentei dar um jeito que ele soubesse que eu estava lá, mesmo não brincando ou conversando. Eu pensava nele, olhava para ele e agora... céus, agora eu queria ele. Contudo, eu aprendi que isso eu não posso querer, não posso pensar nisso.

Ele definitivamente precisa sair dos meus planos. Não por que eu sou alguém ruim ou ele não é uma pessoa boa. Eu apenas sou difícil de lidar, ainda tenho picos altos do TEA e sempre vou ter, é algo que ainda não tem cura. Às vezes eu tenho crises, as quais não são fáceis de lidar. Tenho costumes que são impossíveis de serem mudados, tenho a minha vida, a minha casa, meu jeito, tudo. Tenho hipersensibilidade e isso me faz pensar em: como alguém se apaixonaria sem o toque? E outra pessoa tentaria mudar as coisas em mim. É o que os apaixonados fazem não é? E eu não estou disposto a mudar coisas em mim, o que na verdade é impossível.

— Então é isso, Fé. Eu não posso querer aquele bochechudo. Não mesmo. — Suspiro olhando para o teto. — Em pensar que você tem filhotes com o Amor...

Eu sei que sou impossibilitado de muitas coisas, mas eu só não quero tornar tudo isso mais pesado e difícil, mas também me lembro do que Yoongi Hyung sempre me disse nas terapias: Não veja seu TEA como algo impossível de lidar, algo que vai te impossibilitar de conquistar seus sonhos e realizar suas vontades e desejos. E também não tenha pensamentos negativos sobre ele, pense apenas como um desafio diário e supere ele todos os dias. Eu acho que ele deixaria tudo pesado e confuso pra mim. E eu nesse momento escolho não dificultar as coisas.

— Fé, eu estou tão confuso. — Encosto minha bochecha na pelugem quentinha da porquinha que ainda dorme calmamente. — E eu estou passando por tudo isso sozinho, aliás não é como se ele sentisse algo por mim.

Isso também me faz lembrar do seu abraço hoje mais cedo. De como meu corpo reagiu perfeitamente bem, como se eu não tivesse negação a contato físico demais.

— O que ele quis dizer sobre o meu jeito? — Aguardo sua resposta, mas ouvi apenas um ronquinho baixinho. — Eu vou ficar louco, Fé.

Olho ao redor da minha casa e meus olhos repousam na pequena caixa em cima da mesa. É a mesma caixa que Namjoonie deu para Jimin como presente de padrinho. Seguro minha porquinha com cuidado em meu ombro para não acordá-la e pego a caixa com a outra mão desocupada. Desamarro o laço e abro vendo um pequeno papel cartão escrito os nomes de Seokjin e Namjoon.

Kim Seokjin e Kim Namjoon tem a honra de tê-lo como padrinho de seu casamento.

A união une forças e o amor é a base de tudo isso.

No cartão continha mais algumas informações sobre local e horário da cerimônia. E debaixo do cartão tinha outro, mas esse todo escrito que identifiquei como...

— Uma passagem de avião?

Olhei melhor e li, uma passagem de avião para Miami - EUA, daqui a quase três meses. Embaixo tinha outro papel bem colorido, escrito algumas coisas como: convite para a minha despedida de solteiro.

— Os Hyungs realmente pensaram em tudo.

Eu amava viajar, conhecer lugares novos me deixa eufórico. Com toda certeza eu iria para essa despedida e aproveitaria para conhecer Miami inteiramente.

[...]

— Bom dia, Senhor Jeon. Senhor Kim Woonsung, seu fornecedor está aqui.

— Mande-o subir, por favor.

O dia estava sendo corrido e agitado, eu me sentia cansado e meus olhos doíam. Depois de ter visto o convite do tio Jin, fiquei até quase o amanhecer de hoje olhando fotos e pontos turísticos de Miami. Gravei na minha cabeça todos os locais aos quais quero visitar. Também fiz uma pesquisa para me hospedar em lugares tranquilos, longe de barulhos e muita movimentação, fiz todo um planejamento dos dias e se possível, mesmo depois que eles voltarem para Seoul, decidi que talvez ficaria mais tempo por lá. Eu dificilmente viajo a passeios, o último foi aos 20 anos para a Tailândia. Adiantaria todo o meu trabalho aqui para poder aproveitar o máximo lá.

Ouço batidas na porta e libero a entrada com o controle debaixo da minha mesa.

— Bom dia, Jeon.

— Bom dia, senhor Kim. — me levanto apenas para dar-lhe um breve cumprimento e ele faz o mesmo, aponto para a cadeira a minha frente e ele se senta. — Como tem passado?

— Vou bem, apesar de tudo. — Sua esposa havia falecido há meses em um acidente na estrada. O senhor Kim havia sofrido muito e quase perdeu tudo durante o luto. Ajudei ele a se reerguer, investi no projeto dele e hoje continua sendo o meu melhor fornecedor. — Ontem foi o seu aniversário e você não me contou, feliz aniversário.

— Eu não o vi ontem, senhor Kim. Agradeço suas felicitações. — puxo lentamente os fios de cabelo da minha nuca, essa sensação de se sentir invadido somente com algumas perguntas simples me sufocava.

— Certo, certo. Mas vamos lá, tenho aqueles novos produtos que você me pediu. Eu trouxe o contrato para você dar uma olhada na qualidade e nos valores. Dessa vez não foi eu quem produziu essas porcentagens aí, então recomendo que você confira tudo antes, sim? Você é muito bom com essas coisas.

— Claro, irei conferir e-...

Batidas leves de cinco toques são dadas na porta. Estranho, primeiro que ninguém me informou que alguém estaria subindo e segundo que ninguém bate assim nessa sequência, usando a leveza e a quantidade exata de batidas. Libero a entrada pelo botão e aguardo a pessoa entrar.

— Oi, neném.

Meu corpo automaticamente reage ao ver ele à minha frente, todo vermelho e ofegante como se tivesse corrido uma maratona. Ele para na frente da porta sem entrar definitivamente e segura as mãos em frente ao tronco.

Limpo a garganta ao lembrar de seu apelido que eu tanto odeio. Deus, eu odeio esse garoto.

— Senhor Kim, esse é Park Jimin. Afilhado de Kim Namjoon. — apresento-lhes.

Jimin sorri gracioso para o homem à minha frente e o mesmo lhe devolveu um sorriso ridículo na mesma intensidade.

— Não sabia que o Nam tinha um afilhado, nem mesmo que ele era tão bonito.

Certo, aquela mesma sensação da noite anterior me incomodou e muito. Puxo meus cabelos da nuca para tentar afastar a mínima sensação de ansiedade que quer me dominar.

— É. Jimin, por favor aguarde um pouco que eu já atendo você. — Falo por fim encerrando todo aquele cumprimento cheio de sorrisos dos dois.

Jimin sai da sala acenando e eu respiro fundo. Parece que o ar tinha saído dos meus pulmões.

— Huh, nunca vi você com ninguém, Jeon. Estou surpreso, mas ele é lindo. Muito lindo mesmo, você tem sorte.

— Senhor Kim, por favor, não faça esses tipos de comentários, estamos aqui a trabalho. — E eu odeio dar satisfações da minha vida para quem não merece saber dela.

Ele me observa com um sorriso sarcástico, mas dá de ombros se conformando.

— Certo. Vamos continuar.

Não tocamos mais no assunto e continuamos conversando sobre o produto novo e os valores. Prometi ao senhor Kim que em alguns dias iria ler e analisar a proposta do novo investimento e quando tivesse a decisão, marcaria uma reunião e finalizaria aquele contrato. Antes que Kim saísse, eu o acompanhei até a porta e o mesmo novamente me desejou felicitações e eu apenas sorri rapidamente. Eu não queria, mas Kim Woonsung entrou na minha lista de pessoas que preciso manter longe quando ele estiver perto.

— Pode entrar agora, Park. — O garoto que esperava sentadinho na poltrona apenas afirmou e me acompanhou para dentro da sala.

— Ontem não tivemos a oportunidade de conversar sobre quando eu iria iniciar, então tomei a iniciativa de vir até aqui para falarmos sobre isso.

— Ok. Sente-se, por favor. — digo caminhando até minha mesa.

Antes de me sentar, tiro meu blazer preto, coloco atrás da minha cadeira e tiro a gravata que estava me sufocando, abro os dois primeiros botões da minha camisa social preta e por fim me sento.

Olho para Jimin que estava com as bochechas grandes e vermelhas novamente.

— Você, por acaso, está bem? Suas bochechas estão muito vermelhas desde que chegou. — pergunto apontando com a caneta para seu rosto.

— Ah, isso? — sorri sem graça e coça a bochecha lentamente. — Eu estou bem, só... apenas estou... cansado.

— Hum... ok. Vamos começar.

Jimin realmente estava bonito hoje, suas roupas simples, mas formais o suficiente para o ambiente e a pouquíssima maquiagem em seu rosto lhe deixavam mais... mais atraente ainda.

— Como eu disse, você pode estagiar aqui como meu secretário. Tomei essa decisão porque eu não tenho um secretário e não vejo a necessidade de um, porém como não tenho outro setor em que você possa estagiar, vou mantê-lo aqui pelo período que você precisar, ou seja, um ano. Período padrão de um estágio, estou certo?

— Huh, você realmente criou essa função só para me ajudar, neném? — sorriu e meu coração iniciou uma maratona estranha e bombeou muito sangue sem necessidade. — E sobre a duração de um ano, está perfeito!

— Eu não criei uma função exclusiva para você, queria ajudá-lo, apenas isso. Não complique as coisas.

— Certo, neném.

— Bom, vou lhe pagar uma bolsa de estágio também e dependendo do seu desenvolvimento vou aumentando. Você ficará responsável pelas seguintes funções, por favor, anote. — Entrego-lhe papel e caneta.

— Você é tão... tão diferente no trabalho. — Jimin comenta sem me olhar, segura os materiais na mão e posiciona-os na mesa, pronto para começar a anotar. E claro, sorrindo.

— Você irá ler todos os contratos dos novos fornecedores e também os arquivos de novas propostas.

— Certo. — anotou no papel e me olhou.

— É apenas isso. — digo, encarando-o.

— Como? — Ele me olha assustado. — Narigudo, isso é muito pouco. E os orçamentos, planilhas, sua agenda, crescimento e rendimento, a sua filial com o Jin e também...

— Eu consigo fazer tudo sozinho, Jimin.

— Céus, impossível! São tantos números que-...

Coço a nuca e puxo alguns fios, odeio insistência e tudo piora quando se refere ao meu trabalho. Eu sei de tudo isso, sei como levar tudo sozinho, se eu colocar mais alguém vai acabar atrapalhando tudo e isso com certeza me causará uma crise insuportável.

Odeio coisas fora do meu controle.

— Jimin, se você quer trabalhar aqui, vou lhe dar algumas regras. Por favor, anote. Primeiro, não me questione sobre nada referente ao meu trabalho, eu sei o que eu estou fazendo. Eu estudei muito para não cometer erros e para poder me virar sozinho. Segundo, você tem total liberdade aqui, pode ir onde quiser, mas nada de interferir nas minhas coisas, isso me deixa desconfortável. Terceiro, odeio atrasos, você precisa chegar e sair no seu horário sempre...

— Está bem. Desculpe, Jungkook. — falou com sua cabeça baixa olhando para o papel, sem anotar nada.

— Jimin, olhe para mim. — peço e ele olha sem nenhuma expressão no rosto. — Eu sou difícil e complicado, eu... você sabe como eu sou e aqui no trabalho não é diferente, ao contrário talvez um pouco pior. Então por favor, tome a sua decisão agora. É isso o que você quer? Você tem liberdade aqui, pode ir e vir, pode aprender o que quer aprender, aproveitar o tempo para estudar aqui, usar meus materiais como base para os seus trabalhos... você pode, mas quanto a mim, você não terá nada, Jimin.

Jimin sorriu fraco e apenas assentiu.

Eu senti a necessidade de dizer tudo aquilo a ele e achava que o peso que eu sentia e aquelas sensações sairiam de mim, mas parece que só piorou.

— Você é realmente diferente aqui no trabalho. Eu aceito o contrato, Jungkook. — Ele diz sério.

Aceno e engulo em seco. Eu odiava muitas coisas, até mesmo ele, mas vê-lo tão sério e talvez magoado me deixava magoado também.

— Amanhã seu contrato estará pronto. Você entrará às 07h e sairá às 12h.

— Ok. Obrigado pela oportunidade, Senhor Jeon.

Senhor Jeon?

[...]

— Ele me chamou de senhor Jeon...

— Huh, isso é realmente estranho. Ele sempre te chama de neném ou narigudo. — Ouço através da chamada sons de panelas e vidros. — Talvez ele só quisesse ser formal com você.

— E quando ele é formal comigo? Se nem de hyung ele me chama. Aliás eu odeio esses apelidos, mas também não gosto como o senhor Jeon soa quando ele fala.

Jung, o que você fez?

— Eu não fiz nada, só disse a ele as funções dele. — dou de ombros e mexo no bloquinho de notas em cima da mesa.

Certo. Quer que eu fale com ele?

— Não! Por favor, não fale.

Hm, amanhã ele vai trabalhar, aproveita e tenta entender o que aconteceu para ele tratar você assim.

— Certo, eu vou tentar...

Me ligue novamente depois, vou querer saber no que deu e se vocês se entenderam, ok?

— Ok...

Antes de desligar, você viu o convite de padrinho? O que achou?

— Huh, tio Jin, eu amei, amei muito. Eu estou ansioso para viver isso com vocês e para que você se case com Namjoonie.

Obrigado, Jun. Obrigado por nos apoiar. Você não tem noção de como é importante saber que você nos ama e nos apoia.

— Por que não apoiaria? Namjoonie é tão... ele é muito bonito, tio Jin. E também é uma pessoa muito inteligente e boa. Você é igual a ele, é calmo, bonito, inteligente e bom.

Quantos elogios, estou me sentindo o homem em primeiro lugar no ranking de homens mais bonito do mundo. — riu. — Mas saiba que nós não somos iguais, somos o oposto.

— Oposto?

Sim, meu amor. Nam e eu já brigamos e discutimos muito, às vezes ainda brigamos, ele tem o jeito dele e eu tenho o meu. Tenho as minhas inseguranças e ele tem as dele. No começo do nosso relacionamento, eu achei que não daríamos certo por não sermos parecidos em nada, mas a gente combinava em uma coisa. A gente se amava e também estávamos dispostos a se encaixar um no outro e hoje fazem 14 anos que estamos juntos e meu Deus, eu vou me casar. Inacreditável.

Ouço a risada animada do outro lado da linha.

— Tem razão...

Não tenha medo de se relacionar, Gu. Pense nisso, ok? Se quiser algum dia conversar sobre algo do tipo pode me ligar.

— Pode deixar, tio Jin. Obrigado por tudo e por todos esses anos.

Ei, não começa. Não estamos nos despedindo e eu já quero começar a chorar.

 Eu também quero, somos uma família de chorões.

Somos, meu amor. E sobre Jimin, não se preocupe tanto, aquele loiro tem tanto a dizer quanto você.

Conversamos mais um pouco e então precisei desligar para começar a revisar todo o contrato de Kim Woonsung. Depois que Jimin foi embora de manhã ocupei minha mente com tudo, menos o fato dele ter me chamado de senhor Jeon.

A empresa é um prédio de 10 andares, sendo 8 andares todos industriais para desenvolvimento dos produtos e os outros dois últimos andares somente financeiro e administrativo. Tendo uma recepção criativa no hall de entrada e elevadores de fácil acesso.

Minha sala é grande e como não optei por ter secretários, preferi uma sala bem espaçosa com um sofá grande de couro preto, uma mesa de centro, uma mini adega de canto no qual eu não uso, pois dificilmente tomo bebidas alcoólicas, um cercadinho pequeno onde às vezes deixo Fé para me fazer companhia e um outro cômodo que seria um banheiro. Como não havia espaço do lado de fora da sala, pois nela havia apenas algumas poltronas à espera, optei por deixar Jimin dentro da minha sala. Solicitei que providenciassem uma mesa de tamanho médio, uma cadeira confortável, computador e outros objetos necessários para seu período de estágio aqui.

Coloquei no canto da sala e um pouco distante, onde eu tinha uma visão da mesa dele de frente, assim, poderia orientá-lo melhor.

E também vê-lo melhor.

[...]

— Boa noite, meu bem! — Mamãe diz ao me ver entrar em sua casa.

— Boa noite, omma.

— Você está bem? Parece cansado. — comenta vindo até mim, me ajudar a tirar o sobretudo e o blazer também para pendurá-los no suporte.

— Estou bem, mas estou cansado.

— Acredito que agora que vai contratar Jiminie as coisas vão desafogar um pouco, né?

— É.

Caminho junto de minha mãe até a sala de estar que estava aquecida e com a ilustre presença de Kim Taehyung. O mesmo estava sentado no sofá de pernas cruzadas enquanto olha para o celular sorrindo.

— Boa noite, Hyung.

— Boa noite, kookie. — ele me olhou no mesmo instante e guardou o celular no bolso.

Nós brigamos muito, mas na mesma proporção nós gostávamos muito um do outro.  Eu entendia e entendo tudo o que o Kim passou, nunca tive ciúmes dele com a Omma e muito menos com meu tio. Eu sabia que ele precisava de atenção e de carinho também. Mas não sei, sobre certas coisas nós realmente não nos damos bem.

— Filho, seus presentes estão aqui na mesa da cozinha. — mamãe me informa um pouco alto demais.

Caminnho até lá e olho para a mesa com alguns pequenos presentes.

— Eu sou um adulto que ainda adora receber presentes. — comento sorrindo, me sentando em uma das cadeiras.

— Quer dizer que adultos não podem gostar de receber presentes?

— Não é isso, é que...

— Eu sei, meu bem. Eu sei. Você sempre diz isso. — sorri singela e se senta ao meu lado. — Vamos lá, abra logo que eu estou curiosa para saber o que tem nessas embalagens.

— Eu também estou, abre logo kookie. — Taehyung chega e se senta na cadeira de frente para mim.

Começo a abrir e o primeiro foi de Namjoonie Hyung. Um enorme quebra cabeça de 1500 peças da obra de arte de Van Gogh, Noite Estrelada. Meus olhos brilham, eu amo quebra-cabeça e Van Gogh é meu artista preferido.

— Gostou, querido? Pelo seu sorriso acredito que sim.

— Sim, eu amei. Vou montar tudo essa noite mesmo. — falo animado demais.

— Meu Deus, Jungkook. — Taehyung e Omma dão risada.

Abro em seguida o presente de Min Yoongi, era um relógio em números romanos no estilo antigo na cor preta fosca, acompanhado de um pequeno bilhete.

"Jungkook, você é tão fácil de agradar que eu me sinto em um grande dilema de te dar o melhor presente de todos. Então decidi te dar esse relógio que tem algo significativo, sobre uma das nossas conversas na nossa terapia. Espero que você se lembre e o guarde,  use bem esse pequeno presente.

De terapeuta e amigo, Min Yoongi."

Meus olhos já estavam cheios de lágrimas.  É claro que eu me lembrava dessa conversa. Meu Deus, como eu era um chorão.

Pego o próximo presente que era de Seokjin. Em uma caixa continha algumas revistas recentes do mundo animal e as novas tendências. Você pode estar se perguntar quem ainda lê revistas, pois eu tenho uma coleção delas em casa. E tinha também alguns acessórios para a Fé e os outros porquinhos. Mexo mais um pouco na caixa e deixo cair um papel na mesa.

Olho e vejo dois convites para o novo grande aquário que acabara de abrir na cidade de Busan.

— Meu Deus, como o tio Jin conseguiu esses convites? — pergunto olhando os dois papéis na minha mão ainda sem acreditar.

— Eles são especiais, Gu? — Omma pergunta curiosa com os olhos em cima da minha mão.

— Sim. São convites exclusivos da inauguração do novo aquário de Busan. Nem acredito que o tio Jin fez isso por mim. — As lágrimas já escorriam em meu rosto e eu não conseguia parar de sorrir.

— Você é um chorão mesmo kookie. — Tae diz rindo, apoiando a mão na bochecha e me olhando curioso. — São dois convites, quem você vai levar?

— O tio Jin é claro. Quem mais eu levaria? — guardo os convites dentro da minha carteira com muito cuidado e comeco a desembrulhar o outro presente que agora era de Hoseok.

— Hum... — Ele resmungou apenas.

Abro o presente do meu amigo e fico surpreso ao ver que era uma jaqueta de couro legítimo na cor preta. Eu havia comentado com ele semanas atrás ao passar em frente a uma loja, eu disse que gostaria de uma jaqueta daquela, ele realmente me ouviu e comprou.

— Eu amo tanto esse Hyung. — choro um pouco mais por saber que meu amigo me ouviu, mesmo tendo sido um comentário tão bobo.

— É linda, meu filho. Vai caber em você perfeitamente. — Omma diz segurando como se estivesse medindo.

Abri os demais presentes e agora só faltava o de Jimin. Meu coração acelerou em expectativas em saber que ele pensou em mim para escolher algo que talvez me agrade, mesmo não me conhecendo muito bem.

— E você, Hyung? Não vai me dá presente? — perguntei a Tae, esse que me olhou sapeca.

— Vou sim, seu presente eu darei quando você tiver um dia livre à noite. Depois te explico melhor.

Vindo de Taehyung eu espero todo tipo de coisa, mas prefiro não comentar, não na frente da Omma.

Abri então o presente de Jimin, era uma pequena caixa amarela e nela tinha vários cartões em tamanho médio, atrás desses papéis continham pequenas frases como: "Para quando estiver feliz", "Para quando estiver triste", "Para quando estiver com saudades", "Para quando se sentir arrependido", "Para quando estiver amando", dentre outras.

Eram vários cartões e na frente dos mesmos havia um pequeno QR code. Pego meu celular e escaneio o QR Code e uma música específica aparece, escaneio outros dois cartões e cada um redireciona para uma música diferente. Ou seja, cada situação, uma música diferente. Ele mesmo fez aquilo e escolheu as músicas?

Mexo mais um pouco dentro da caixinha e vejo um pequeno bilhete escrito à mão.

"Oi, neném. Eu fiz esse presente pensando em você, todas essas músicas me fazem lembrar você. Não nos damos nada bem, né? Mas eu gosto assim, gosto como levamos a vida e a pequena relação difícil que temos. Gosto porque você nunca deixou de me ajudar, nunca se desfez de mim e quando eu chorei você me deu seu porquinho da índia. Eu queria te agradecer por tudo o que você já fez por mim, tudo mesmo. No entanto, não há palavras e muito menos coisas nessa terra que me façam demonstrar minha total gratidão. Então em forma disso eu pensei em você, todos esses dias, pensei muito em você. Quero que ouça essas músicas em todos esses momentos descritos. Eu te desejo toda felicidade do mundo, você merece ser feliz para sempre."

De: Park Jimin.

Para: Neném.

Meus olhos derramavam tantas lágrimas que minha visão estava embaçada. Meu estômago revirou terrivelmente, minha pele se arrepiou tanto que achei que estava com febre de 40°, meu coração bombeou todos os litros possíveis de sangue do meu corpo em poucos segundos. E tudo isso porque ele disse que pensou em mim.

Limpo meus olhos e olho para dentro da caixinha novamente e vejo que tem uma Polaroid. Pego em minhas mãos e vejo que é uma foto que eu nem sequer me lembrava, mas ao olhar, meu coração acelerou de novo e todo aquele enjoo voltou com força. Meu sorriso não cabia no meu rosto e minhas bochechas doíam.

Era uma foto minha e dele de quando éramos pequenos, Jimin com sua chupeta amarela na boca sorrindo e seus olhos bem fechadinhos, com uma mão segurando Amor e a outra pra cima. Eu estava sentado bem ao seu lado segurando a e com um sorriso enorme na cara. Tio Jin e Namjoonie Hyung também estavam na foto.

— Meu filho, que lindo... — Omma também estava chorando. — Jimin é tão especial, não é?

— Sim, Omma. — suspiro olhando para a foto com um bico nos lábios querendo chorar novamente. — Nessa foto a Fé ficou prenha pela primeira vez, eu e Jimin ficamos muito felizes quando tio Jin disse que viria a primeira ninhada. Nesse dia, Jimin chorou porque não queria ir embora achando que iria nascer naquele mesmo dia. Eu gritei com ele também e nós dois choramos juntos. — Sorriu com a lembrança. Nós chorávamos muito.

— Vocês dois tem uma história e tanto, não é? — Taehyung pergunta sorrindo de canto.

— É... — limpo as lágrimas e guardo tudo na caixinha com muito cuidado. — Bom, está tarde e eu preciso ir cuidar da minha porquinha e dos outros porquinhos. Então, estou indo.

Me levanto e minha mãe e Taehyung me acompanham, me ajudando a organizar tudo na mesa e jogar as embalagens fora.

— Filho, tenho um presente para você também. Vem aqui com a mamãe. — Omma me chama e caminhamos escada acima indo em direção ao seu quarto. — Me desculpe por entregar e falar isso só agora, espero que me entenda. — Ela pega um caderno preto grosso da gaveta, senta na cama e dá batidinhas na mesma ao seu lado.

Me sento e espero que ela começasse.

— Esse aqui é como um diário do seu pai, Jung. Seu pai faleceu quando você tinha acabado de nascer. Bem, você sabe de toda a história, não é?.

Apenas concordo, falar do meu pai nunca foi uma tarefa fácil para Omma.

— Pois bem, tem algo que eu não contei a você, meu filho. Seu pai ele... — Seus olhos derramam mais  lágrimas e um pequeno sorriso ilumina seu rosto. — Seu pai ele tinha TEA, Jungkook. Seu pai também tinha autismo.

Pisco algumas vezes tentando entender e arquivar aquilo na minha memória.

— Meu pai tinha autismo? — cruzo os braços totalmente confuso. Coço a nuca e puxo alguns fios.

— Sim. Ele tinha, mas o grau dele era um pouco avançado e às vezes nem os medicamentos faziam efeitos. Ele morreu por causa daquele horrível câncer. — Ela não consegue segurar e solta o choro todo de uma vez. — Eu cuidei do seu pai kookie, cuidei dele e o amei tanto, tanto que não cabia dentro de mim. Eu não consigo amar outra pessoa como amei seu pai.

— Mãe... — respirei fundo três vezes tento controlar minha ansiedade. — Por que nunca me contou isso?

— Eu não sei, eu... eu só queria que você lidasse primeiro com o seu transtorno, meu bem. Eu queria que você estivesse bem o suficiente para saber disso. — Passa a mão no rosto tentando limpar as lágrimas. — O tempo foi passando e a sua adolescência não foi fácil, você às vezes negava seu TEA, mas com a terapia mudou muito seu jeito de pensar e então entrou na faculdade, a qual você fez duas de uma só vez, Gu. Você não faz ideia de como eu me orgulho de você, poxa mesmo com todas as adversidades você se esforçou tanto... e eu não queria pesar sua mente com isso e então você se formou e começou a trabalhar na empresa e quando eu vi o tempo já tinha passado. Mas eu vejo você hoje, você era como seu pai. Você luta todos os dias e sempre batalha pelos seus sonhos. Você é igual a ele, meu amor. Por isso eu sou grata por você ser tão forte assim, mesmo sendo tão difícil. Desculpa a mamãe por ter escondido essa verdade para você, me perdoe e...

— Mãe, eu... eu te entendo, ok? E também entendo melhor agora como você soube lidar bem comigo depois que descobrimos o TEA. Eu não posso reclamar ou deixar de te perdoar por que você, independente de qualquer coisa, sempre cuidou e trabalhou muito para me manter bem e saudável. Você teve paciência comigo todos esses anos. Eu sei que você teve seus motivos por ter escondido isso de mim, não irei lhe questionar.

Olho para ela que chora como uma bebê que era. Ela sorria e chorava, assim nessa sequência. Eu também chorei. Chorei por me sentir em casa totalmente, por saber que eu não sou o único, que alguém também viveu e passou pelo o que eu passo todos os dias.  Chorei por saber que ele me entende. Chorei por que minha mãe amou incondicionalmente meu pai, mesmo ele sendo como eu, e ela me amou também.

Embora eu não o conheça, Omma sempre falou dele. Sempre dizendo que foi a melhor pessoa que ela conheceu, que deseja que em outras vidas ela possa encontrar ele novamente. Sempre dizia também que papai foi único para ela, ninguém conseguiria substituí-lo, muito menos fazê-la esquecer o que ela sentia por ele. E que ele me amou sem me conhecer, falou que eu seria quem eu gostaria de ser, assim como ele também foi.

— Você está bem, filho? Eu realmente não escondi por maldade, mas queria te dizer no momento certo. — disse tentando sorrir e tirando o rastro de lágrimas da bochecha.

— Mãe, está tudo bem, eu entendi. É uma novidade, eu estou sentindo uma coisa no meu peito, uma sensação estranha de... conforto? Mas também tem outra coisa, a parte complicada de mim, a parte que me sabota. — Olho para ela que tem um bico nos lábios tentando segurar o choro. — Eu só preciso pensar melhor em tudo isso, e eu preciso ler esse diário e talvez eu entenda algumas coisas.

— Certo. Eu amo tanto você, Jun. Te dizer isso do seu pai foi uma decisão difícil, tive medo de que você não me perdoasse.

— Está tudo bem agora, Omma. Eu não estou chateado, como te disse, eu sei que você teve seus motivos e eles foram por total preocupação a mim. A senhora sempre cuidou e me protegeu, ser quem eu sou hoje é mérito seu e do tio Jin. Em nenhum momento, mesmo às vezes tão limitados de informações, vocês dois nunca me limitaram, nunca fizeram de mim uma pessoa que se resumia ao transtorno. Ao contrário de tudo isso, vocês dois me fizeram entender que está tudo bem ter algumas diferenças e limites, mas que isso não era eu e que eu não deveria parar por ali, não se resumia a mim. A nossa dor é o que nos torna únicos, é o que vocês sempre diziam, e hoje em meio a dor eu me sinto... eu mesmo. Me sinto Jungkook, e não o Jungkook com transtorno de Espectro Autista, entende mamãe? Então não se sinta presa a esse sentimento de arrependimento, sinta-se confortável e feliz sabendo que você fez o que tinha que ser feito.

[...]

Depois de tudo Omma chorou muito até soluçar, disse que me ama um montão de vezes e continuamos a conversar por um longo tempo. Saber disso tudo, sobre meu pai e o transtorno, ainda me deixou pensativo. Mas eu me sintia bem.

Mamãe e Taehyung me ajudaram a levar minhas coisas para dentro do carro, nos despedimos e meu irmão me lembrou da promessa de sairmos em um dia de folga. Em casa eu alimentei os porquinhos e me sentei no chão de frente a eles que brincavam entre si, enquanto apenas dormia. Lembrei de todos os presentes que recebi, um por um e a vontade de chorar veio novamente.

Céus... eu ganhei tanta coisa boa.

Pra mim receber presentes é como um sinal de "eu lembrei de você, então comprei isso." E eu gosto disso, gosto da minha família e dos meus poucos amigos e gosto ainda mais de saber que eles tiraram um tempinho do dia deles para pensarem no que comprar. Eu me agrado facilmente, não ligo para valores nem coisas exuberantes, então só de saber que foi dado de coração eu me sinto feliz.

Estava com o presente de Jimin nas mãos e meu celular em outra. Eu amo música, mas por conta de alguns ruídos e som alto demais, eu ouço em volume baixo e dependendo do gênero eu não consigo escutar por muito tempo. Então geralmente eu leio a letra, procuro a melodia e aprendo a escala de notas dela também.

Abro a caixinha amarela e tem tantos cartões que eu leio só alguns e aquele para quando sentir saudades estava ali. O primeiro. Pego e escaneio o QR code e a música "When you're gone" aparece.

Ele realmente pensou em mim ao escolher essas músicas. Por Deus, Jimin. Você ainda vai me deixar louco.

Entro no aplicativo de mensagens do meu celular enquanto a música toca bem baixinho e procuro a conversa com Jimin e entro.

Ele nem está por perto, mas sinto todos aqueles efeitos somente com essa mensagem, puxo um pouquinho meus cabelos da nuca antes de responder e sorrio.


Esse bochechudo ainda me deixaria careca.

Não queria, mas sinto um alívio e ansiedade para que o amanhã chegue logo.

Eu pude imaginar o sorriso dele, seus olhinhos fechando e suas bochechas vermelhas.  E também ele me chamando de senhor Jeon, como pode estar me chamando de neném agora como se nada tivesse acontecido? E por que eu estou sorrindo tanto como se não estivesse ficado louco o dia todo pensando nele? Por que ele fazia aquilo comigo, por que ele tem tanto poder sobre mim?

Eu gostaria de ser imune a Park Jimin.

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