Mas no fim, acho que é normal que isso se torne normal agora.
Ainda voltando pra casa eu não conseguia parar de pensar no fato da minha mãe ter traído o meu pai. Lógico que se ele perdoou quem sou eu para julgá-la? Mas isso de certa forma me decepcionou um pouco.
Hidan - No que está pensando?
S/n - Sobre a minha mãe. Sobre meu pai não ser meu pai de verdade.
Hidan - Ele é seu pai de verdade, meu pecado. Foi ele quem criou você e mesmo sabendo que não era a filha de sangue dele, ele te criou como se fosse e nunca deve ter tocado no assunto porque isso não fazia a menor diferença pra ele.
S/n - Tem razão.
Hidan - O que vai fazer agora?
S/n - Eu quero ir até a prisão, preciso falar cara a cara com ele. E depois...
Hidan - Depois?
S/n - Vou entregar esse presentinho ao Yoto. -ergui a cabeça a Yushi
Hidan - Eu acho melhor você inverter a ordem dessas tarefas. Se demorar muito, essa cabeça vai começar a feder em questão de poucos dias.
S/n - Eu tinha me esquecido desse detalhe. Mas você está certo, eu só preciso arranjar um jeito de entrar em contato com Yoto para ele me encontrar.
Hidan - E como vai fazer isso?
Na verdade eu pensei em QUEM poderia me ajudar com com isso.
S/n - Vou dar um jeito. -sorri
Voltamos pra casa, chegando minutos antes da meia-noite. Antes de subir, fui até a cozinha pegar um saco preto de lixo para colocar a cabeça.
Subimos e deixei ela bem no cantinho do quarto.
S/n - Preciso limpar esse sangue de mim, estou começando a feder.
Hidan - Acho uma ótima ideia. -trancou a porta do quarto
Comecei a tirar a roupa, colocando todas as peças sujas num cesto separado das demais. Quando me dei conta vi que Hidan estava me observando como se eu estivesse fazendo um strip.
Ignorei a suas olhadas e entrei no banheiro, deixando a porta aberta intencionalmente.
Segundos depois eu senti a sua presença atrás de mim, sem poder abrir os olhos com a água escorrendo em meu rosto eu dei um passo para trás batendo minhas costas em seu peitoral e sentindo minha bunda esfregar em seu pau.
Hidan - Opa. -riu
S/n - Desculpa, foi sem querer moço. -fiz uma voz de puta safada
Hidan - Imagina moça, acontece. É que aqui é meio apertado né. -entrou na onda da brincadeira
S/n - Sim, muito apertado. Mas eu vou ficar quietinha aqui, sem te incomodar. -comecei a mexer o quadril me esfregando nele, estimulando seu pau até ele se erguer
Hidan - Quietinha o caralho. -agarrou a minha nuca tal qual se agarra um filhote pela pele do pescoço, me virou para ele e me puxou para um beijo profundo e lento
Sua outra mão desceu até a minha cintura me puxando para mais perto de si, intencionalmente encaixando seu pau entre as minhas pernas esfregando a sua glande babada na minha buceta.
Agarrei minhas unhas na sua lombar deixando extensas marcas avermelhadas e desci um pouco mais me aproveitando para apertar sua bunda.
Seus lábios devoravam os meus como se fosse arrancar um pedaço da minha boca, Hidan agarrou suas mãos no meu rosto me trazendo de cara para seu peitoral me dando um "singelo" sinal do que queria que eu fizesse.
Levei meus lábios entre seu peito, descendo aos poucos os beijos por todo seu abdômen que estava escorregadio pela água que caia sobre ele.
Hidan enrolou meus cabelos em uma de suas mãos enquanto eu ajoelhava no chão. Apoiei uma de minhas mãos em sua coxa e segurei seu pau com a outra, colocando ele de uma só vez na minha boca.
Ele suspirou soltando um ar pesado e levou a outra mão na minha nuca, se apoderando dos meus movimentos, empurrando minha cabeça contra ele conforme estava ficando mais excitado.
Olhei para cima tendo a privilegiada visão do seu rosto avermelhado voltado para baixo, da sua boca semi aberta que ofegava de forma densa enquanto a água desarrumava aquele maldito penteado, deixando alguns fios de cabelo grudados pelo seu rosto e pescoço.
Ele fechou os olhos por poucos segundos soltando um gemido rouco e logo em seguida abriu os olhos sorrindo pra mim.
Mesmo que eu pudesse mostrar uma mera foto ilustrativa, ela seria estupidamente descartável por não retratar devidamente cada traço do deslumbre que ele exercia naquele momento.
Enquanto me olhava, ele segurou mais forte meus cabelos, empurrando grosseiramente minha cabeça contra seu pau.
Senti sua glande bater na minha garganta, causando uma leve sensação incontrolável de ânsia pela volatilidade que ele exerceu. Mas como uma lady, eu suspirei fundo pelo nariz e dispersei a sensação, como se nada tivesse acontecido.
Hidan - Cuidado pra não se engasgar, meu pecado. -me alertou com um leve tom de deboche ao escutar meu engasgo
Que cara ridículo. Ridiculamente gostoso.
Continuei chupando Hidan enquanto ele olhava fixamente em meus olhos, quase sem piscar.
Sua feição estava mais séria, a pele de seu rosto estava mais avermelhada, podia jurar que ele estava começando a suar mesmo embaixo d'água.
Seu pau estava mais rígido do que quando comecei, agora dando pequenos espamos dentro da minha boca, liberando uma prévia do seu gozo expandindo o sabor levemente salgado na minha língua.
Hidan - Não para... -fechou os olhos comprimindo suas pálpebras
Intencionalmente eu diminuí a velocidade com que investia, mexendo lentamente meus lábios para frente e para trás. Achei que seu orgasmo em potencial pararia, mas foi o que fez ele abrir os olhos e assistir sua porra invadir a minha boca, escorrendo pelos cantos.
Ainda com seu pau na minha boca, engoli tudo, deixando perceptível os movimentos da minha garganta engolindo cada ml.
Ele sorriu aprovando o que estava vendo e gentilmente esticou a mão para me ajudar a levantar. Um gentleman.
Passei uma água em meus lábios para limpar a baba que havia ficado.
Hidan - Estava gostoso? -riu
Não. Gosto ruim do caralho.
S/n - Quentinho e saboro. -sorri fazendo ele sorrir de volta
Ele segurou meu rosto, nos aproximando em um beijo calmo e lento, deixando a água escorrer entre nossos corpos.
Sorte minha que não pago a conta da água.
Por fim, de banho tomado, saímos do chuveiro e fomos pro quarto. Coloquei uma camiseta larga e me deitei na cama ao seu lado, descansando minha cabeça em seu peito.
Hidan - Eu não sei se estarei em casa nos próximos dias, pode ser que tenha alguma missão pra mim. Mas se precisar que eu vá com você até Yoto, eu mando a Konan e o Pain pro inferno.
S/n - Não, tudo bem. Eu dou conta do Yoto, não precisa se preocupar. E também não podemos deixar Pain e Konan desconfiados.
Hidan - Tem razão.
Comecei a bocejar várias vezes, sentindo o cansaço me consumir aos poucos. E pra ajudar, senti sua mão afagar meus cabelos, me deixando entregue ao sono.
Na manhã seguinte acordei primeiro do que Hidan, que estava dormindo feito uma pedra. Mesmo com algumas batidas na porta ao lado de fora, ele não acordou.
Me levantei para ver quem era e abri a porta devagar para que não fizesse barulho.
Kakuzu - Eu e o Hidan temos que sair.
S/n - Ata... -parei o encarando por alguns segundos até meu cérebro fazer download e eu conseguir raciocinar -Espera... Como sabia que ele estava aqui?
Kakuzu - E isso era algum segredo?
S/n - Sim...Pera, não...Eu acho. Bom, agora estamos juntos realmente, então eu acho que n-
Kakuzu - Dá pra você acordar ele? -me interrompeu
S/n - Claro. -fechei a porta
Caminhei até Hidan e comecei a sacudi-lo até que acordasse.
S/n - Levanta Hidan.
Hidan - O que foi? -balburdiou meio sonolento
S/n - Você tem coisa pra fazer.
Hidan - Você me acordou só pra eu te comer?
S/n - Cala a boca idiota. Não sou eu, é o Kakuzu.
Hidan - Quer que eu coma o Kakuzu? -escondeu seu rosto debaixo do travesseiro
S/n - O que?
Hidan - Que? -se levantou sentando na cama
S/n - O kakuzu acabou de bater aqui dizendo que vocês tem que sair.
Hidan - Ah que merda. Eu tinha esperanças de ter uma folguinha.
Hidan se levantou colocando uma toalha em volta da sua cintura, já que havia dormido nu e veio até mim selando um beijo em minha testa.
Hidan - Eu vejo você depois, ok? Não faça nenhuma besteira.
S/n - Relaxa.
Ele apenas saiu para se trocar e depois voltou para me dizer que ficaria uns quatro dias fora. Estranhamente ele me detalhou fielmente onde iria e o que iriam fazer.
Saí do meu quarto e desci as escadas, procurando pela suposta alma bondosa que me ajudaria a entrar em contato com Yoto, mas ele não estava nos cômodos em comuns da casa, então tive que ir até seu quarto e bater na porta.
Eu bati três vezes até Itachi finalmente abrir.
Seus olhos pareciam cansados como se tivesse passado a noite em claro. Usava apenas um moletom, deixando sua parte superior despida.
S/n - Não achei que ainda estivesse dormindo, posso voltar mais tarde.
Itachi - Fala logo o que você quer.
S/n - Eu queria a sua ajuda pra uma coisa, mas é sério, eu posso voltar mais tarde.
Itachi - Entra e fecha a porta. -entrou sem nem esperar que eu respondesse alguma coisa
Bom, já que eu havia o incomodado de qualquer forma, era melhor dizer logo o que eu queria.
Entrei e fiquei de certa forma constrangida por estar no seu quarto, sozinha com ele sendo um abiente tão íntimo dele. Estava bem escuro por causa das luzes apagadas, a única breve iluminação era das pequenas intromissões de raios que se infiltravam pelas frestas da janela.
Mesmo com a pouca iluminação, dava para enxergar o quão organizado e limpo era seu quarto, uma decoração minimalista que não entregavam emoção alguma, assim como ele.
Itachi - Vai ficar aí parada ou vai me dizer alguma coisa? -se deitou na cama apoaindo suas mãos sobre seu rosto como se sentisse uma dor de cabeça
S/n - Bom, eu preciso fazer contato com alguém para que essa pessoa me encontre e sei que só você consegue fazer isso.
Itachi virou levemente o rosto na minha direção, tirando alguns dedos de cima do seu olho enquanto me encarava.
S/n - Ok, eu não devia ter te incomodado com isso. -me virei para sair
Itachi - Eu neguei alguma coisa a você?
S/n - Vai me ajudar? -me virei para ele novamente
Itachi - Você é muito precipitada. Eu só preciso dormir mais um pouco e depois eu ajudo você.
S/n - Sério? Obrigada. Mas...Porque vai me ajudar? Nem sabe sobre o que se trata.
Itachi deu apenas um mínimo sorriso de canto, voltando a cobrir seus olhos totalmente.
Entendi como um sinal, para que eu saísse de seu quarto e assim o fiz.
Saí do quarto de Itachi para que ele voltasse a dormir mais um pouco e aguardei na sala até que ele acordasse.
Fiquei algumas horas na sala, esperando enquanto assistia tv. Até sentir a presença de Itachi entrando.
Itachi - E então?
Me levantei rapidamente levando um leve susto com a sua chegada.
Itachi - Quem você está querendo contatar?
S/n - Uma pessoa de Konoha, o nome dele é Yoto.
Itachi - E você quer marcar um encontro com ele?
S/n - Sim...
Itachi - Eu devo supor que ele é o motivo de você estar aqui?
S/n - Sim...
Itachi - Você não vai se meter em encrenca, vai?!
S/n - Não senhor...
Itachi - O problema é que você é um imã de problemas.
S/n - Não estou entendendo. Você vai me ajudar ou não?
Itachi - Vou. Só me descreva como ele é.
S/n - Alto, muito magro, cabelos vermelhos, olhos amarelados e uma carinha de filho da puta.
Itachi - Certo.
S/n - E como vai fazer isso?
Itachi - Vou usar um corvo.
S/n - Um corvo? Como assim?
Itachi - Eu te mantenho informada. -se virou sem responder minhas perguntas
S/n - Ok...
Eu continuei ali na sala, apenas esperando alguma notícia de Yoto, estava tão ansiosa, que não conseguia pensar em fazer mais nada, apenas criava cenas na minha cabeça imaginando em como seria nosso encontro.
Mil possibilidades se passavam na minha cabeça, inclusive que seria a oportunidade perfeita para matar Yoto.
Duas cabeças como prêmio.
Cerca de uma hora depois, Itachi voltou até a sala, trazendo notícias.
S/n - Mas já?
Itachi - Ele disse que quer te encontrar hoje mesmo, à tarde.
S/n - Ele disse onde?
Itachi - Ele mencionou um "teatro", disse que eram proibidos de ir lá.
Com certeza era o teatro onde ele me manteve em cativeiro com o carcereiro que agora é meu namorado.
S/n - Ele mencionou a hora?
Itachi - As cinco da tarde.
S/n - Preciso chegar antes dele.
Itachi - Por que?
S/n - Conhecendo Yoto, é melhor eu chegar antes para evitar que ele faça alguma gracinha e também...Eu tenho um presente pra ele.
Itachi - Que horas nós vamos?
S/n - Nós? Como assim?
Itachi - Eu vou com você.
S/n - Eu agradeço a ajuda, mas isso é assunto meu.
Itachi - Eu não gostei da arrogância com que ele me respondeu, acho que não vai estar sozinho.
S/n - Mas eu consigo dar conta se fore-
Itachi - Se alguma coisa acontecer com você, pode trazer problemas pra Akatsuki.
S/n - Hmmm. Tudo bem então. -estranhei -Acho que é melhor sairmos agora, vou lá em cima pegar uma coisa.
Subi as escadas e fui até meu quarto pegar o saco que eu havia guardado a cabeça do pai de Yoto e a minha bolsinha de armas. E voltei.
Itachi - Isso fede. O que tem aí?
S/n - Eu achei que demoraria um pouco mais até começar a feder.
Itachi - Tem algum ser humano aí dentro?
S/n - Bom, não ele todo. Vamos?
Saímos de casa e começamos a trilhar uma longa caminhada até o teatro, o qual eu nunca mais esqueci e nunca esqueceria.
Eu havia esquecido em como essas longas trajetórias eram bem quietas quando a pessoa que estava comigo era o Itachi e não, eu nunca desistia de tentar puxar assunto com ele.
S/n - Você não odeia caminhar tanto assim? Eu odeio, sou uma pessoa muito cansada.
Itachi - Se você se exercitar mais, pode se acostumar.
S/n - Não seria muito mais fácil se a gente pudesse se teletransportar? Seria um poder que eu adoraria ter.
Itachi não me respondeu, apenas me olhou de canto me ignorando novamente.
S/n - Se você pudesse ter um super poder, o que escolheria?
Itachi - Um poder que me isolasse do resto do planeta.
Porra...
S/n - Nossa...Eu amo conversar com você, sabia?! -ironizei
Itachi parou de caminhar se virando pra mim, com um disfarçado sorriso de canto.
Itachi - Você fala tanto. Eu fico imaginando como deve ser desorganizada a sua mente.
S/n - Você está me insultando?
Itachi - Na verdade não. Quando você tem a mente tão bagunçada assim, não tem tempo para focar nos piores acontecimentos. Isso é bom de certa forma. -voltando a caminhar
S/n - Hmmmm... -parei refletindo sobre sua fala -Ainda me pareceu um insulto. -segui atrás dele
Itachi - Como quiser. Mas não foi.
Depois de uma longa caminhada, chegamos na parte da Vila onde éramos probidos de ir, estava tudo pior, parecia que aquele lugar estava abandonado, não havia quase ninguém nas ruas a não ser uma umas cinco crianças vestidas com maltrapilhos.
Guiei Itachi até o teatro, talvez se eu realmente tivesse escutados meus pais quando diziam que não era para vir aqui, nada disso teria acontecido.
Chegando no teatro, pedi a Itachi que não ficasse ali comigo mas que se mantesse por perto. Coloquei o saco preto bem na borda do palco e peguei um cadeira que estava ali jogada e me sentei, aguardando que ele chegasse.
Minhas mãos estavam suando frio e meu corpo estava tenso, mas tentei controlar a ansiedade ao máximo que pude. E finalmente, uma hora depois, o vi entrar, descendos as escadas da platéia com um sorriso em seu rosto.
Yoto - Fiquei surpreso quando entrou em contato comigo. Bateu saudades s/n?
Continuei em silêncio esperando ele se aproximar.
Yoto - Eu fico impressionado com a sua capacidade de burrice. Não tem medo de estar aqui sozinha comigo? -parando a frente do palco
Continuei em silêncio.
Yoto - O que foi? Ficou tímida agora?
S/n - Abre a sacola.
Yoto - Hã?
S/n - O saco preto que está a sua frente. Abra.
Yoto olhou desconfiado mas se aproximou e desamarrou o saco.
Quando ele desembrulhou, seus olhos arregalaram, seus lábios se desprenderam ficando boquiaberto. Sua face transparecia uma mistura de nojo, surpresa e horror. Eu faria um quadro com a sua imagem naquele momento e penduraria no meu quarto para admirar todos os dias em que eu acordasse.
Ele olhava fixamente para a cabeça de seu pai enquanto ofegava, parecendo estar em pânico.
S/n - Tá... Eu achei que você tivesse o estômago mais forte do que isso.
Yoto - Eu vou matar voc-
S/n - Shiiii.... -o silenciei -Eu quero que você escute bem o que eu tenho a dizer.
Yoto - Eu não quero ouvir nada da sua boca. Acho que a gente pode resolver todos os nossos problemas hoje e por um fim nisso tudo. -esbravejou -Você vai pagar pelo o que fez com meu pai.
S/n - Seu pai? Não. Eu matei o MEU pai.
Yoto - Cheirou crack s/n?
S/n - Crack não se cheira...
Yoto - Você me entendeu.
S/n - Yushi nunca foi seu pai, mas sim o meu.
Yoto - Estou começando a ficar preocupado com a sua saúde mental. Está criando coisas na sua cabeça...
S/n - Vou ser breve. Seu pai e minha mãe tinham um caso, fora do casamento deles, minha mãe engravidou de Yushi mas não quis ficar com ele. Meu pai, Hidori, soube de tudo e mesmo assim continou com a gente. Sua mãe não podia engravidar, então ela te achou direto do lixão e criaram você como se fosse seu próprio filho.
Yoto - Isso é mentira...
S/n - Não é, infelizmente. Seu pai nunca esqueceu minha mãe, esse foi um dos motivos de ele ser seu cúmplice na morte dela.
Yoto - Eu não acredito em você e não tem como eu perguntar ao meu pai a verdade.
S/n - Quem queria manter isso em segredo era seu pai, quem sabe agora que está morto, sua mãe diga a verdade.
Yoto - Nem fodendo...
S/n - Como se sente em saber que eu sou o sangue dele e você não?
Yoto - Cala a boca...
S/n - Sabe, o único motivo para ele ter continuado com vocês foi porque a minha mãe o rejeitou diversas vezes. Porque se por um acaso, ela decidisse mudar de ideia, ele teria largado vocês na mesma hora. Uma esposa infértil e um filho bastardado. -sorri
Yoto - EU MANDEI VOCÊ CALAR A SUA BOCA, SUA PUTA.
S/n - E lá vamos nós...-revirei os olhos. -Não precisa se preocupar Yoto, pode ficar com o título de filho do Yushi. Apesar de vocês não terem o mesmo sangue, vocês são igualmente filhos da puta. Eu não tenho nada a ver com o caráter dele. Meu pai vai ser sempre o Hidori, ele quem me criou e me deu tudo que eu precisava.
Yoto - Eu cansei de você.
S/n - Eu também me cansei de você.
Yoto - Acho que só temos uma coisa a fazer...
Coloquei a mão por dentro da minha bolsinha da armas ninjas, procurando por uma kunai.
Yoto levou uma de suas mãos nas costas; soube que era um sinal quando entraram cinco ninjas com as bandanas de Konoha.
S/n - Você não se garante sozinho? -me aproximei da borda do palco
Yoto - Nós vamos desmebrar você viva, até você implorar pra que eu te mate.
S/n - Você tem medo de mim? Ou acha que eu sou mais forte que você? Se não, não precisaria de ajuda.
Yoto - Não seja ridícula. Eu contei para o Hokage sobre o seu contato, ele mandou essa equipe junto comigo, ele quer você viva, mas eu vou te matar e meus colegas aqui vão confirmar que você resistiu e eu não tive escolha. Não é mesmo rapazes?
-Sim senhor. -responderam se juntando ao lado de Yoto
S/n - Eu juro por tudo que é mais sagrado, que eu vou capturar você e te torturar.
Yoto - Vamos lá pessoal, não fiquem parados.
S/n - Eu não subiria aqui se fosse vocês.
Concentrei todo meu chakra em minhas mãos, pronta para fazê-los se voltarem contra Yoto. Assim que se aproximaram mais, imediatamente recuaram para trás ficando um pouco depois de Yoto.
Yoto - O que estão fazendo, seus idiotas?
-Chefe...-apontou na minha direção
Estranhei seus comportamentos e na mesma hora olhei para trás enxergando o vermelho dos sharingans enquanto Itachi se aproximava de mim.
Yoto - Qual o problema? Estão com medinho desse cara.
-Esse cara é só o Itachi Uchiha -disse um deles
Yoto - E daí?
-Você não faz ideia de com quem está mexendo.
-Vamos embora!
Todos eles saíram correndo, largando Yoto para trás.
Yoto - Malditos...
Itachi - Acho que vocês podem se resolver depois.
Yoto - Quem é você afinal?
Itachi - Só um amigo da s/n.
Yoto - Tanto faz. Isso ainda não acabou s/n... -se virando para ir embora
S/n - Espera.
Peguei a kunai e cortei a minha mão, deixando meu sangue escorrer por ela e logo em seguida segurei um pedaço da minha camisa a cortando. Esfreguei o pedaço do tecido em meu sangue e joguei aos pés de Yoto.
Yoto - Que porra é essa?
S/n - Uma prova irrefutável sobre o que eu te contei, faça o teste, aproveita e leva essa merda com você. -chutei a cabeça de seu pai
Ele se abaixou levando o pano e a cabeça, puto da vida por ter sido interrompido.
Itachi - Podemos ir embora agora? -desativou seu sharingan
S/n - Você pode voltar, eu tenho mais uma coisa pra fazer.
Itachi - Dado que você quase foi encurralada, eu acho melhor ir com você.
S/n - Agradeço toda a sua ajuda, mas eu não sou incapaz de me defender.
Itachi - Não, não é incapaz. Mas até eu preciso de ajuda as vezes. Quem dirá você. -deu as costas indo em direção a saída.
S/n - Hmmm ok...-raciocinei direito -Como assim "quem dirá você"? Você gosta de alfinetar, né?! -o segui
Enquanto íamos embora, expliquei a Itachi exatamente onde queria ir. Ele não me fez perguntas sobre e apenas seguimos caminho até a prisão máxima.
Já era de noite quando chegamos, dessa vez sem chamar nenhuma atenção, já que Itachi colocou todos os guardas pra dormir em um genjutsu.
Como eu já sabia onde ficava a cela de meu pai, fui direto até ela.
Ele estava sentado ao chão olhando para parede como se estivesse conversando sozinho.
S/n - Pai? -o chamei
Hidori - S/n? -olhou para trás e se levantou vindo até mim -O que está fazendo aqui?
S/n - Eu precisava ver você. Como está?
Hidori - Eu estou bem, você não precisa se preocupar comigo. Tem que seguir a sua vida.
S/n - Eu não tenho como seguir a minha vida se a minha mente está o tempo todo aqui com você. Eu te prometi que ia tirar você daqui e é o que eu vou fazer.
Hidori - Eu já disse que não quero que faça isso se for por meios errados.
S/n - Eu sei disso. E acho que tem um jeito de você sair inocentado.
Hidori - Como assim?
S/n - Em uma das missões na Akatsuki eu achei uns documentos que diziam que o Yushi havia subornado o chefe da nossa vila e algumas pessoas da polícia para te manter preso aqui, porque o laudo das provas que acharam em casa aquele dia, não tinham digitais suas, eram todas do Yoto.
Hidori - O que? Aquele filho da puta do Yushi.... Como achou esses documentos?
S/n - Bom, não vem ao caso...
Hidori - S/n...
S/n - Não importa...
Hidori - S/n...
S/n - O que importa é que estão comigo...
Hidori - S/n!
S/n - Foi em um roubo.
Hidori - Mas que...
S/n - Eu sei que você odeia o fato de eu ter me juntado a eles, mas foi graças ao fato de eu estar na organização, que eu achei essas provas, então releva um pouco.
Hidori - Eu só não quero você faça coisa pior do que roubar...
Tarde demais.
Hidori - O que vai fazer com essas provas?
S/n - Eu não sei ainda. Não sei em quem confiar, a policia é comprada e agora que o líder da Vila e o Yushi estão mortos, eles ainda sim vão manter segredo pra não perderem seus empregos.
Hidori - O que? Yushi está morto?
S/n - Está...
Hidori - Como isso aconteceu?
S/n - Eu não sei... -menti -Mas falando nele....
Hidoro - O que tem ele?
S/n - Eu acabei encontrando ele, antes que morresse e...
Hidori - O que foi?
S/n - Ele me disse que era meu pai.
Ele ficou em silêncio, surpreso, mas não pelo fato de Yushi ser meu pai, parecia surpreso por eu ter descoberto, talvez nunca tivesse passado pela sua cabeça que eu descobriria. E a sua surpresa era a prova que tudo era verdade.
S/n - Eu queria ouvir da sua boca. Mas não acho que ele estava mentindo.
Hidori - Não, ele não mentiu. Me desculpa por nunca ter te contado que eu não era seu pai, mas eu não via o porquê contar se eu sentia que você era minha filha.
S/n - Por que ela fez isso com você? Por que você perdoou ela?
Hidori - As coisas as vezes não são tão simples. Eu achei que nunca perdoaria uma traição, mas a sua mãe era o amor da minha vida. Quando ela me disse que estava grávida dele, meu mundo desmoronou porque eu queria tanto um bebê com ela.
S/n - E o que aconteceu?
Hidori - Eu perdoei mas a gente brigava muito, eu não conseguia pensar no fato de que o bebê não era meu.
Meus olhos começaram a lacrimejar.
Hidori - Você nasceu prematura por causa de uma das brigas que tivemos e acabou gerando um estresse pra ela. Eu jurava que iria embora depois dela ter o bebê. Mas quando eu vi você nos braços dela, os seus olhinhos fechadinhos. Eu peguei no colo e você sorriu pra mim. E ali eu prometi que você seria minha.
S/n - Mas eu tenho o sangue daquele maldito crápula. -limpei algumas lágrimas que haviam escorrido -E se eu acabar ficando que nem ele?!
Hidori - S/n, você não é nem um pouco parecida com ele, nem mesmo fisicamente. Eu sei que as coisas não tem sido fáceis e seja lá o que você esteja fazendo dentro da Akatsuki, eu sei você jamais vai se tornar nem um terço daquele homem, porque mesmo fazendo essas coisas você tem a consciência de que é errado. Pro Yushi, não existe certo nem errado, ele não vê diferença porque ele era desprezível.
Suspirei fundo ainda olhando pra ele.
Hidori - Não importa se vocês tem o mesmo sangue, eu daria o meu por você. Eu daria o mundo pra você. Eu dei tudo o que pude. Te dei aquela boneca que cantava, lembra? Ela veio com defeito e parou de cantar um dia depois, eu voltei na loja e esfreguei na cara do vendedor porque você passou a noite chorando por causa dela. E ver você chorando partiu meu coração só de ver que aquilo te deixou triste. Eu destruiria o mundo se ele tivesse tentando te destruir.
S/n - Eu... Eu estou com raiva dela e me sinto culpada, porque eu não posso simplesmente ir confrontar ela sobre isso. -não consegui conter o choro -Eu queria brigar com ela, queria gritar com ela, mas ela está morta e isso faz eu me sentir horrível porque eu estou com tanta saudade dela que isso dói. Dói tanto...
Hidori - Eu sei...
S/n - Eu queria poder discutir isso como uma família normal, a gente ia brigar e no fim ia passar porque estaríamos juntos. Mas eu nunca mais vou ver ela e...
Hidori - Eu entendo que você esteja com raiva, não tenho como impedir que sinta isso dela. Entendo porque também senti, mas as coisas acontecem como tem que acontecer. Não estou justificando as atitudes dela, mas talvez, só talvez, se ela não tivesse feito isso, se eu e ela tivéssemos um filho, talvez esse bebê não seria você s/n. Você pode ter nascido de um erro mas você foi o maior acerto de nossas vidas. Sua mãe sempre teve orgulho de você, em tudo. E eu também. E se eu pudesse voltar atrás deixaria acontecer do jeito que aconteceu, só por saber que minha filha seria você. Eu amo você. Sua mãe, onde quer que ela esteja, ama você. Então quando estiver mais calma, perdoe ela, como eu perdoei.
S/n - Eu também amo vocês... -me aproximei da grade encostando a cabeça no ferro, enquanto ele encostava seus lábios no topo da minha cabeça
Hidori - Você é muito mais minha do que dele, as vezes acho que sua mãe me traiu com ele e traiu ele comigo também e no fim você é meu sangue, de tão parecida que é comigo em personalidade. Você não tem um fio de cabelo dele e se tivesse, eu rasparia sua cabeça. -riu me fazendo rir junto em meio as lágrimas
Me afastei secando o rosto e suspirei fundo.
S/n - Eu preciso ir agora.
Hidori - Vai ficar bem?
S/n - Vou sim.
Itachi deu um leve pigarro para chamar a atenção já que não notamos que ele havia se aproximado.
Itachi - Já está tarde. Temos que ir s/n.
Hidori - E quem é você? -arqueou uma das sobrancelhas desconfiado
S/n - Esse é o Itachi.
Itachi - Boa noite, tudo bem? Eu não queria interromper vocês, mas preciso levar a s/n de volta pra casa. -falou de forma sutil
Hidori - Está aqui pra protegê-la dos guardas?
S/n - Pai....
Itachi - Na verdade é mais pra proteger ela de si mesma.
Meu pai sorriu.
Hidori - Vocês estão juntos?
S/n - "Paiêê"!
Itachi - Não faço muito o estilo da sua filha, acho que ela curte mais os...
Hidori - Os babacas.
S/n - Nós temos que ir né. Pode ir na frente Itachi... Agora!
Itachi se virou me esperando na ponta das escadas
S/n - Eu juro que vou tirar você daqui, da forma mais correta possível. Eu te amo, eu volto quando puder.
Hidori - Eu também amo você. E pro seu bem... Fica com ele, ele é educado e atencioso.
S/n - Paraaa... -sussurrei
Itachi - Até mais senhor. -se despediu descendo as escadas
Hidori - Tchau Itachi. Que rapaz educado, mais educado que aquele imbecil que você estava.
S/n - TCHAU PAI. Tchau.
Hidori - Pensa bem s/n, ele é uma graça. -gritou ao fundo quando já estávamos metade da escadaria
Itachi virou seu rosto pra mim com uma feição levemente arrogante, como se estivesse curtindo meu constrangimento.
S/n - Nem um piu.
Itachi - Mas não é você quem gosta de conversar?
S/n - Não gosto mais.
Seguimos o caminho em silêncio. A certa altura a vergonha já havia passado, eu só pensava sobre em como eu estava me sentindo em relação a minha mãe e em como deveria me sentir a partir de agora.
Itachi - Você me perguntou mais cedo porque eu estava te ajudando. -me tirou de meus pensamentos
S/n - Sim. O que tem?
Itachi - Antes de você bater na minha porta, mais cedo, Hidan bateu no meu quarto querendo falar comigo. Eu estranhei já que a gente não se dá muito bem.
S/n - E?
Itachi - Ele previu que você viria pedir a minha ajuda. Eu não ia te ajudar na verdade, ele sabia disso. Não quero me meter nos seus assuntos e não farei mais isso, mas fiz porque ele pediu.
S/n - Me ajudou só porque ele pediu?
Itachi - Eu fiquei curioso. Raras vezes fizemos missões juntos, ele é um porre. Me odeia ao tanto que eu o desprezo. Então, a que ponto ele gosta mesmo de você pra vir me pedir pra te ajudar? Eu fiquei surpreso e decidi ceder como um favor a ele.
S/n - Eu não sei o que responder.
Itachi - Não precisa. Só achei interessante que você soubesse.
De primeira, eu não soube o que pensar sobre isso. Mas depois eu me senti levemente alegre de certa forma. Se Hidan não tivesse pedido, Itachi não teria me ajudado a contatar Yoto. E ele não tentou me impedir ou ir contra, apenas facilitou um caminho que sabia que eu ia percorrer de qualquer forma.
Idiota. Sorri.
Oi xuxus. Demorou mas chegou. Espero que gostem, e já aviso que cou dar início ao rumo final da fic, então estejam preparados. Obrigada pela paciência mais uma vez. Vcs são demais 💖