august (larry's version)

By kitty_y

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recortes dos finais de semana que Harry e Louis passaram juntos, na casa do lago, no meio da floresta, cresce... More

the 1
1 - culto demoníaco
2 - sanduíches
3 - ferrugem na sua porta
4 - closet (vol.1)
5 - cozinha não é um bom lugar para se guardar a identidade
6 - piratas
7 - você é a pior pessoa que eu já conheci em toda minha vida
8 - Duncan careca
9 - closet (vol. 2)
10 - seven
11 - fusca azul
12 - lua cheia
13 - dia de dar! (no escuro)
14 - se a vida te dá um pneu...
15 - casa abandonada
16 - closet (vol.3)
17 - banheiro
18 - anjo caído
20 - filme de terror (part.1)
21 - filme de terror (part.2)
22 - despedidas
23 - fantasma
24
25 - Harry
26 - odeio você
27 - telefonema maldito
28 - festa e Ziggy Stardust
29 - reunião de família
30 - Príncipe Encantado e o Psicopata
31 - chat
32 - ☆
33 - Tomlinson, venha pegar minha bola!
34 - The end
35 - Next Chapter
36 - eu não esqueci de nada
37 - Elton John pela Garota Bonita
38 - camiseta
39 - shrek saradão
40 - por que ainda me chama?
41 - Com amor, Louis
42 - James Dean
43 - você sabe o que há de errado
44 - "idiota"
45 - exílio
46 - dromedário de 20.000
47 - acampamento
48 - peace
49 - E & W
50 - estrelas
51 - the lakes
52 - eles podiam ter ficado juntos no final
53 - home
54 - melancia
55 - Julia e Johnny
56 - meias
57 - bolas e línguas
58 - queimadura de sol
59 - sanguessuga
60 - satélites
61 - the "I remember what you said last night" chapter
62 - don't read the last page

19 - boop!

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By kitty_y

— ... e aí ela tava muito louca e, sinceramente, eu até gostei dela assim. — Lee, um dos amigos idiotas de Louis, narrava da forma mais porca possível algo que tinha feito com uma garota chamada Tina. Harry, infelizmente, estava na cozinha na hora, preparando seu almoço atrasado já que tinha acordado há pouco. — Não faço ideia do que ela tenha tomado naquela noite, mas ela estava em outro mundo, tudo bem que eu também não estava nem um pouquinho sóbrio, mas, cara, — ele colocou uma mão no ombro de Louis, que o olhava com deboche, para dar ênfase. — você tinha que ver o que ela fez comigo... Nunca pensei que ela seria daquela forma, sabe... Ela estava louca, desesperada, com mais tesão por mim do que eu já senti por qualquer outra mulher...

Harry enrugou o nariz, desconfortável com as besteiras que Lee dizia há mais de uma hora. Na verdade, Lee tinha passado o dia inteiro falando besteira, já que era só isso que ele sabia falar, e o garoto já estava de saco cheio daquilo, mas, digamos que tinha outras coisas para se preocupar-

Boop.

Harry deu um pequeno salto ao escutar o som de notificação do seu celular. Ele paralisou por um segundo, parando de bater os ovos que ia usar para a omelete, pensando em ver de quem era a mensagem, mas desistindo da ideia pois já sabia de quem era e sobre o que era.

Aquele som infernal o perseguiu o dia inteiro. Tinha dormido até tarde porque não dormia bem há séculos e porque dormir significava não ler mensagens ou escutar boop. Ele nunca pensou que aquele som adorável de uma bolha de sabão estourando, que tinha colocado no seu celular por achar engraçado, viraria seu pior pesadelo.

Harry ignorou, voltando-se para os ovos e tempero na bacia em mãos e se concentrando na história que Lee voltou a contar, não porque estava interessado, não porque queria saber (na verdade, Harry gostaria de uma medida protetiva para ficar bem longe de Lee eternamente), só porque escutar aquele monte de merda era melhor que-

Boop.

— Ah, Lee! Cala a boca! — Louis esbravejou, e Harry não precisava virar-se e olhá-lo para saber que ele estava irritado. — Guarde essas coisas para você e seu cobertor.

— É, cara, — Liam concordou, e talvez, só talvez, Harry tenha se sentido mais confortável ao se lembrar que Liam também estava ali. Ainda não conseguia acreditar que um garoto tão legal quanto Liam tinha virado amigo de alguém como Louis e Lee. — não é legal contar essas coisas, sabe...

— Ah, qual é? Todos vocês já quiseram pegar a Tina e agora estão se mordendo de inveja porque eu consegui.

Boop.

— Claro que não, cara! Nós só não queremos saber dos detalhes sórdidos dos seus rolos, tá? — Louis cuspiu, seu sotaque se intensificando pois estava puto.

Boop.

— Vocês pediram para que eu contasse. — Lee disse, prepotente.

Boop.

Boop.

— Não, não pedimos. — Liam falou, calmo e sensato como sempre. — Quando você perguntou se queríamos saber, dissemos "não".

— Okay, okay. — Lee entoou com descaso. — Vocês até podem estar desinteressados e com inveja, mas aposto que Harold estava adorando minha história, não é, Harold? — e Harry virou-se rapidamente para trás, onde eles estavam, dando um pequeno pulo ao ouvir um:

Boop.

— O quê- — Ele iria dizer, atordoado, quando Louis falou ao mesmo tempo:

— O nome dele é Harry, não Harold. — Por alguma razão, Louis ainda tinha o cenho franzido, o rosto fechado e um tom rude na voz. Harry não sabia porquê.

— Mas você o chama de Harold às vezes. — Lee argumentou, e o cacheado olhou para Liam por um instante antes de olhar para os dois novamente.

— É. — Louis concordou, seco, os olhos fixos em Lee. — Eu chamo.

Boop.

E Harry voltou-se novamente para a bancada, percebendo que suas mãos estavam um tanto trêmulas ao pegar a frigideira e colocá-la no fogão. Ele estava começando a achar que estava doente ou algo assim; aquelas tremedeiras apareciam do nada, geralmente quando sentia uma leve dificuldade em respirar, mas não achava que elas tinham algo a ver com a sua asma.

— O que você está fazendo? — Louis perguntou para um dos garotos, mas Harry não prestou atenção na resposta.

Boop.

Harry despejou os ovos na frigideira e pegou uma espátula, franzindo o cenho como se aquilo fosse uma missão importantíssima, tentando se concentrar no fato de que precisava deixar todo o lado inferior cozinhar antes de virá-lo ou tudo despencaria e muitas coisas já estavam despencando ultimamente e se mais uma despencasse Harry acharia que havia algo de errado consigo, embora já pensasse assim, já que tudo estava desmoronando consigo-

Boop.

— O que está fazendo? — Louis surgiu do seu lado, o tom de voz ainda rude, os gestos prepotentes, e a espátula em sua mão esquerda tremeu um pouco. Harry pensou que, talvez, Louis estivesse irritado com ele.

Boop.

— O-omelete. — respondeu, a espátula ainda erguida feito uma espada, os olhos fixos nas bolhas que cresciam e diminuíam na frigideira.

— Por que?

Boop.

— Não almocei ainda. — falou, olhando para Louis por um segundo antes de se virar para o fogão e passar a espátula pelas laterais da omelete, checando a consistência, refletindo sobre o maxilar travado de Louis, sobre a frieza em suas orbes, repassando o dia inteiro em sua mente e perguntando-se se tinha feito algo que o tinha aborrecido, pensando se fez mal em apenas entrar na cozinha e aprontar seu almoço enquanto os amigos de Louis estavam lá, pensando se tinha dito algo... qualquer coisa errada.

Boop.

— São cinco da tarde.

— Eu sei.

— Está almoçando às cinco da tarde?

— Sim.

— Por que?

Boop.

— Não acordei a tempo do almoço. Quer di-dizer... — Harry virou a omelete quando achou que deveria fazer isso. — eu acordei depois do almoço e tomei café da manhã tarde e só senti fome agora...

— O que tomou no café da manhã?

— Café.

Boop.

café? — O que havia de errado? Por acaso ele tinha tomado o café de Louis? Ou tomar café naquele dia específico era errado? Harry não conseguia entender porque as feições de Louis estavam fechadas feito um céu nublado. Eles nem discutiram naquele dia, primeiro porque Harry dormiu a maior parte do tempo e segundo porque Louis passou o dia inteiro com seus amigos. — Você nem gosta de café.

— Gosto sim, err... um pouco.

— E agora está com fome?

— Sim.

Boop.

— E o que vai comer?

— Omelete. — e indicou a frigideira.

— Só?

Boop.

O lábio inferior de Harry tremeu, minimamente, mas tremeu. Ele olhou para Louis, olhou para sua frigideira e a omelete pronta, desligou o fogo, olhou para o seu telefone, olhou para a frigideira novamente e o vapor que saía dela e respirou fundo.

Boop.

Boop.

Boop.

Boop.

Boop.

Harry olhou de escanteio para o celular, sentindo a presença de Louis o esmagando.

— Só. — respondeu, os olhos ainda fixos no ecrã.

— É pouco.

— Não estou com fome.

— Foda-se- (Boop) — E Harry estremeu com um susto, embora o tom de Louis não tivesse mudado; assustado pelo palavrão, pelo som, pela luz que surgiu na tela do telefone; ele não sabia.

Louis parecia ter engolido suas próprias palavras, e Harry rezava para que seu susto não tivesse sido tão óbvio e estúpido.

— Uma omelete em um dia é pouco, — Louis continuou, o tom ainda sério demais, mas hesitante. — tem comida do almoço ainda, você deveria comer aquilo e a sua omelete-

Boop.

— Argh! — Louis esbravejou, batendo um pé no chão e cruzando os braços. — Quem é esse filho da puta que tá te mandando mensagem sem parar?! Silencia essa porra, pelo amor de Deus! — pediu, extremamente irritado.

— Aposto que é alguém, né Harold? — Lee brincou, e Harry lembrou-se que eles ainda estavam ali. — Alguém bem desesperado, pelo que parece...

— Foda-se se é alguém ou não, desesperado ou não. Só tira o som! — Louis mandou, emburrado.

Harry pegou o celular da bancada e o apertou entre as mãos para que elas parassem de tremer. — E-eu não sei silenciar. — sussurrou, olhando para o chão. Em questões tecnológicas, o garoto sabia menos que sua própria avó.

— Me dá, eu silencio pra você. — Louis falou, fazendo menção de pegar seu celular, mas Harry se afastou.

— Não, não precisa, eu vou dar um jeito...

Boop.

— Me dá logo, Harry. Você tem que comer, larga esse troço, aposto que essa pessoa nem é tão importante assim. — e Harry se perguntou novamente o quê, em tudo aquilo, deixava Louis tão irritado.

— Não! — Harry falou, se esquivando novamente, botando seu omelete num prato e apanhando talheres. — Tá tudo bem, vou comer lá fora, você nem vai mais escutar.

Boop.

Boop.

Harry caminhou até a porta de vidro da cozinha, o celular firme na mão e o prato com a omelete também. Ele deu um sorriso nitidamente forçado antes de dizer:

— Sabe como é... — deu de ombros, olhando para Lee porque sabia que ele seria sua deixa. — Elas sempre querem mais que apenas uma noite. — e fechou a porta de vidro, sentindo vergonha de si mesmo por ter dito aquilo, caminhando até a mesa de madeira na varanda com as bochechas fortemente vermelhas.

Harry olhou de esguelha para a cozinha, vendo Lee falando algo empolgadamente para Liam, sabendo que os tinha convencido. Ele só não se atreveu a olhar para quem sabia que ele tinha mentido.

por favor, n odeiem o Louis, eu juro q ele ainda vai pagar muito pelos seus pegados !!

e MUITO OBRIGADA pelos 2k de viewsssssssss. Minha vida ta muito corrida com os vestibulares chegando e só tenho entrado aqui pra atualizar a fic, mas ver esse tipo de retorno fez a minha semana 🥹🫶
ps: mais tarde tem mais...

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