O Vilão

Door FeyreArcheron15

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Amélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um pod... Meer

Avisos!
Cast!
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Leiam por favor!
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Aviso!!!
Capítulo 41
Respondam por favor!!!
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Link do vídeo do tik tok!
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Aparência do Horus!!!
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Instagram!!!
Capítulo 66
Horus e Reina!!!
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Leiam por favor!
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Aviso!
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Próxima fic!!!
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95

Capítulo 62

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Door FeyreArcheron15

Autora on:

Amélia suspirou enquanto tomava mais um gole de vinho.

Estava sentada no balcão da cozinha com duas garrafas de vinho vazias do lado e uma pela metade nas mãos.

Lágrimas banhavam seu rosto, enquanto ela sentia a culpa se alastrar por seu corpo.

Culpa.

Era isso que ela tava sentindo.

Aleksander não tinha saído do quarto desde então, provavelmente para não esbarrar com ela.

Cassandra não estava lá e Amélia não tinha com quem conversar.

Ela não estava bêbada, tinha uma boa resistência a bebida, mas não iria sair daquele jeito, ela tinha chorado por um bom tempo.

Então atravessou para o quarto, onde tomou um banho e vestiu uma calça preta, uma regata de cor roxa e botas.

Ela amarrou os cabelos em um rabo de cavalo e saiu do quarto, parando em frente a porta de Aleksander.

Ela ergueu a mão, pronta para bater na porta, mas travou.

Ela não queria sair sem avisar, mas Aleksander provavelmente não queria falar com ela.

Então a fêmea se afastou e com receio atravessou.

A caverna estava em sua frente, Amélia não atravessou diretamente para dentro, estava há alguns metros dela e conseguia sentir a magia que rodeava o lugar.

Magia de Horus.

- Horus - Amélia chamou e em um segundo ele se materializou em sua frente, fazendo uma reverência.

- Senhora - ele cumprimentou.

- Ela já acordou? - questionou e Horus assentiu.

- Sim, acordou há algumas horas - ele respondeu e Amélia assentiu.

- Falarei com ela - Amélia deu um passo , mas Horus se prostrou em sua frente, impedindo que a fêmea continuasse.

Ele hesitou.
- Senhora...

- Não vou matar ela, por que acha isso? - questionou e ele negou.

- Nada, não é nada - respondeu.

- Horus...o que há com você? - ela estreitou os olhos e Horus não respondeu - Tem sentimentos por ela?

- Não, eu não sinto esse tipo de coisa - respondeu.

Mas Amélia franziu o cenho.
- Por que não?

- Sou uma criatura, não um Feérico - foi o que ele respondeu.

Amélia o encarou incrédula.
- Você não é um monstro, sabe disso não é?

Ele assentiu.

- Irei ver ela, não vou matar Reina.

Horus assente e sai da frente.

Amélia segue para a caverna, Horus faz com que sua magia recue e uma Reina desconfiada sai de lá.

Ela dá um passo para trás assim que vê Amélia, os olhos arregalados.

Amélia a encara séria.
- Oi de novo.

- O que faz aqui? - Reina dispara, seu coração acelerado.

Ela iria mata-la?

- Não vim matar você - Amélia diz, ouvindo os pensamentos que a fêmea dispara.

Reina percebe isso e rapidamente ergue suas barreiras mentais, Amélia as derrubaria, mas não faria isso a menos que fosse necessário algum dia.

- Veio me levar para Aleksander? - questiona.

- Se ele soubesse que está aqui, a mataria ou prenderia pelo resto de sua vida na prisão - A resposta de Amélia fez um arrepio subir pelo pescoço de Reina.

Ambas estavam há poucos metros de distância.

- Você me odeia, por que não me mata? - questiona.

- Não odeio você, apenas não gosto - Amélia corrige.

- Deveria odiar, praticamente destruí seu relacionamento - ela dá de ombros.

- É, se eu encontrasse você em outras circunstâncias eu a mataria - Amélia diz.

- Eu não entendo, não fizeram isso ainda mesmo depois o que fiz, mesmo sabendo que eu poderia tentar mais alguma coisa - Reina responde.

Amélia encara Horus, que estava em silêncio ao seu lado.

- Nos deixe a sós, por favor - pede e a criatura assente, ele demora um segundo a mais para atravessar, deixando Amélia confusa.

Amélia ergue um escudo ao redor de ambas e Reina dá mais um passo para trás.

Amélia suspira, finalmente fazendo a pergunta que queria.

- Por que fez aquilo? - ela se refere ao episódio com Aleksander.

- Eu recebi pra isso e quando vi ele, senti um desejo imenso de tê-lo pra mim - ela é sincera.

Amélia estreita os olhos.
- Um desejo? De repente assim?

Reina dá de ombros.
- Ele é lindo - responde.

- Você o ama?

- Não, não é isso - Reina responde - Eu não consigo explicar, foi algo... momentâneo.

- Não se sente um desejo extremo assim de repente - Amélia diz.

- Por que está me fazendo essas perguntas, eu fiz por que sou ruim e não pensei em ninguém além de mim - ela diz, sem entender por que não a tinham punido ainda.

- Eu tive uma crise, sabia? - Amélia diz, encarando a fêmea.

Reina engole em seco.

- Eu fiquei bem mal e o odiei - ela continua - mesmo ele falando que não tinha feito aquilo, por sua causa Aleksander recebeu meu ódio, não se sente mal por isso?

Reina a encara, os segundos se passando enquanto a fêmea procura uma resposta.

- Não.

- Certeza? Você não parece certa da sua resposta - Amélia arqueia uma sobrancelha.

- Eu não me senti mal na hora, eu fiquei feliz, estava com raiva por que ele não tinha me desejado e por que me desprezou por você, então tive raiva de você e me diverti com sua dor - ela revela.

- E agora? - questiona.

- Agora eu não sei o que sentir, mas não consigo entender por que ele me salvou e por que continua me salvando - Reina aponta para fora, se referindo a Horus.

- Horus não é esse tipo de ser, ele não é cruel como os outros e mesmo que eu não entenda o motivo dele tê-la salvado, ele o fez e não vou mata-la por que além de não odiar você o suficiente pra isso, Horus pediu para que eu não fizesse isso - ela diz.

- Obrigado - é a resposta de Reina.

Amélia acena, dando as costas e saindo do escudo que as rodeava, então sem esperar a fêmea atravessa.

Reina solta uma respiração pesada, então encara Horus que se materializa para dentro da caverna.

Ele não diz nada quando ergue a mão, sombras rodeando suas coisas e fazendo tudo sumir.

- Irá para uma casa, é protegida com magia - ele fala.

- Certo - ela diz, as palavras de Amélia ainda estavam em sua mente.

Horus se aproximou e ergueu uma mão feita de sombras, Reina segurou e então sombras envolverem ambos, ela fechou os olhos e quando os abriu, estava em uma sala de estar média.

A decoração era rústica e de aparência confortável.

- Você tem bom gosto - é o que ela diz.

Horus apenas assente e se afasta, mas ela segura sua mão.

- Ela me disse que pediu para que não me matasse - a fêmea inicia - eu não sei por que fez isso, mas obrigado.

- Não tem que agradecer a mim - ele responde.

- Você me salvou, então sim, tenho que agradecer - é a resposta dela, um sorriso pequeno nos lábios, Reina se afasta - Bom, vou conhecer a casa.

Ela se afasta, indo em direção ao corredor da casa onde encontraria os quartos.

Horus apenas observa.

{...}

Cassandra observa Kieran que se mantém em silêncio desde que ambos saíram da casa do Belel.

Ele estava silencioso demais, pensativo demais e isso a incomodava.

As palavras do Belel também estavam gravadas em sua mente, se repetindo diversas vezes.

A fêmea não entendia como as coisas podiam se complicar mais do que já estavam.

Ele disse que mesmo que ela afundasse no luto, mesmo que ela estivesse triste, não deveria deixá-lo sozinho.

Estava falando de Aleksander?

E por que Cassandra ficaria no luto?

- Acha que Amélia vai morrer? - ela questiona, Kieran a encara, os olhos estavam indecifráveis.

- Eu não sei se ela vai morrer, Aleksander vai fazer de tudo para impedir isso, mas não sei o que vai acontecer - a voz baixa dele soou.

- Merda, as coisas se complicam cada vez mais, ele disse que algo terrível vai acontecer, e se for isso? - ela continuou.

- Então devemos rezar para que Aleksander suporte esse tipo de dor - Kieran também tinha medo.

Mesmo que escondesse, ela sabia que ele temia pelo que iria acontecer.

Ela temia.

Se sua prima morresse...

Ela não queria nem pensar nisso.

O silêncio voltou a reinar e ambos caminharam durante as próximas horas, não trocando muitas palavras, ambos ainda pensativos demais.

Eles pararam para descansar e se alimentar, mas não demoraram em continuar, tinham que sair dali o mais rápido possível.

- Acha que estamos perto de sair daqui? - ela questionou.

- Acho, estamos andando mais rápido, provavelmente sairemos ao anoitecer - ele diz.

- Bom, por que eu não aguentaria dormir em uma arvore agora - ela sorri.

Um sorrisinho se abre no rosto dele.
- Gostou da missão?

Ela bufa.
- Adorei, foi produtiva - o sarcasmo em sua voz o fez arquear uma sobrancelha.

- Você só dormiu um dia em uma árvore, tem missões que duram semanas, algum dia participará de uma - ele diz e ela nega com a cabeça.

- Nem que me paguem, é horrível - a fêmea resmunga, o encarando - Lembra quando nos atacaram?

- Lembro, não foi nada legal - ele toca o próprio pescoço, onde o dardo o atingiu.

- Aleksander não descobriu quem foi? - questiona e ele nega.

- Não, quem quer que seja não deixou rastros, mas pode voltar e usaremos isso ao nosso favor - ele diz.

- Mais um dia normal para nós agora, uma desgraça atrás da outra - a fêmea comenta, mas um sorriso se abre em seu rosto assim que olha para a frente.

- Fim dessa floresta sombria - ela diz, aumentando a velocidade dos passo, mas então encara Kieran - Por que demoramos mais para ir do que para voltar?

- Demoramos quase o mesmo tempo, a diferença é que agora não estamos nos arrumando para acampar, já está anoitecendo - ela diz e Cassandra assente.

- Precisamos achar uma cidade, preciso comprar um presente para Amélia.

- Por que? - ele questiona.

- A queda das estrelas é... amanhã, também é aniversário dela - Cassandra responde.

- Entendo - É tudo o que ele diz.

Então seguem para fora daquela floresta.

{...}

Aleksander estava na cozinha quando Amélia chegou, ele preparava um café.

A fêmea hesitou, mas decidiu que não fugiria dele e se aproximou.

- Aleksander...- ela começou mas ele a interrompeu.

- Já arrumou suas roupas? - questionou ainda de costas para ela, a voz baixa.

- Não vou passar a queda das estrelas lá.

- Então vai passar sozinha? - ele questiona, tomando um gole do seu café.

Amélia se aproxima.
- Vai evitar olhar pra mim agora também?

Ele ri baixinho.
- Difícil encarar sua parceira que não pretendia contar que era sua parceira por um motivo desconhecido - sua voz estava amarga.

Amélia ficou em silêncio, ela não tinha o que dizer, sabia que nenhuma palavra apagaria o que ela fez.

Amélia não lidava com isso da melhor forma, ela não sabia o que Aleksander pensava, por isso disse o que sentia.

- Não tratei isso como deveria ter sido tratado, mas...eu não ia rejeitar você, eu juro - a fêmea começou, a voz baixa - não vou dizer que estava certa, eu só...queria fazer algo especial.

Ele ficou em silêncio, ainda sem encarar ela, então Amélia suspirou.

- Como quiser, irei para a casa dos meus pais hoje, não se preocupe - ela disse, antes de caminhar em direção as escadas.

Aleksander encarou suas costas, enquanto a fêmea se afastava.

Ele apertou a xícara de café em suas mãos sem nem mesmo perceber e só notou o que fazia quando a xícara estourou.

- Merda - ele xingou baixo, antes de recolher os cacos e lavar a mão na pia.

O macho baixou a cabeça, por alguma razão seu coração batia em um ritmo acelerado em seu peito.

E por mais que tentasse, ele não conseguia parar de pensar nela.

E se a magia dela se descontrolar?

E se voltarem a seguir ela?

E se a família dela...

Ele grunhiu baixo, agarrando as beiradas da pia, antes de suspirar, os olhos fechados e sua mente trabalhando.

Ela não disse que era sua parceira.

Talvez fosse rejeitar o laço, ou...

"Eu te amo, Aleksander"

A voz dela voltou a sua mente.

Aquela besta demoníaca do círculo de palhaços do grão-senhor devia estar sorrindo agora, ela conseguiu o que queria.

E ele foi um total idiota.

O macho foi para o próprio quarto, onde abriu a gaveta de sua cômoda e pegou a caixinha de veludo com os anéis.

Um para ele e outro para ela.

Ele bateu na porta, ouvindo os passos lá dentro e quando Amélia abriu, viu a surpresa tomar conta dela.

- Aconteceu algo? - questionou.

- Posso entrar? - ele pede e ela engole em seco, se afastando e dando espaço.

- O que foi? Veio passar mais alguma coisa na minha cara? - ela questionou.

- Amélia...eu deixei que isso me confundisse - ele começa.

- E como - ela diz amarga.

Ele se aproxima, apoiando a mão livre na cintura dela e olhando a fêmea nos olhos.

- Desculpe por ter ficado irritado com você, achei que fosse me rejeitar - ele diz baixo.

- Eu não faria isso - ela responde, franzindo o cenho.

- Eu sei, mas demorei um pouco para perceber isso e fui um idiota, não quero desperdiçar um dia tão especial que escolheu passar comigo, eu acredito em você - fala, a voz baixa - eu só... não sabia o que pensar.

Os olhos dela brilhavam quando sorriu levemente.

- Me perdoa por ter escondido de você, eu... não sabia como contar, queria que fosse especial e planejava contar na queda das estrelas - ela fala.

- Eu sei, amor, parceria é algo que eu nunca achei que teria e saber que você é minha parceira é...algo inestimável para mim - diz baixo, segurando o rosto dela.

- Eu não soube como reagir, tive uma crise, como você sabe já que me ajudou, eu deveria odiar você e isso me confundiu naquele momento - Amélia o encarou - não era pra você saber assim, mas agora que sabe, quero dizer algo para você.

Aleksander a encarou, esperando, seu coração batendo descontroladamente em seu peito.

- Eu aceito a...

- O que é isso? - ele a interrompeu quando seus olhos miraram a mancha roxa no colo dos seios dela.

Aleksander franziu o cenho, encarando Amélia que arregalou os olhos.

Ela olhou para a marca e se afastou, sua respiração acelerada.

- O que é isso, eu...fiz isso? - ele questionou, os olhos arregalados.

- Claro que não - a fêmea o encarou como se ele tivesse falado algo absurdo.

- Alguém machucou você? - a voz dele saiu baixa.

Amélia suspirou, decidindo contar aquilo.

- Essas marcas apareceram há pouco tempo, não sei o que significam - ela revela.

Ele se aproximou.
- Tem mais? - Amélia assente e puxa a barra da regata, tirando-a e ficando apenas de sutiã.

Então revela as marcas.

A marca em seu ombro e a marca em seu abdômen, além da marca no colo dos seios, todas medias e arredondadas.

Ele tocou a marca no abdômen dela, um toque delicado.

- Dói? - questionou e ela negou - Por que não disse antes?

- Você iria achar que alguém me machucou e eu esperava descobrir se era sério antes de falar pra você - ela respondeu.

- Isso pode ser algo relacionado com a minha magia - ele disse baixo, preocupado.

- Acha que pode ser isso? - ela questiona, seu coração acelerado.

Ele assente.
- Preciso falar com alguém que vai me confirmar isso - ele disse e segurou o rosto dela - eu tenho que achar o Belel, mas não posso te deixar aqui por que a magia...

- Irei com você - ela diz.

- Amy...- Ele tenta mas a fêmea nega.

- Sei me defender.

- Eu sei que sabe - ele diz com um suspiro e assente - vista seu couro, precisamos ir rápido.

Ele cola seus lábios em um beijo profundo.

- Se for minha magia, daremos um jeito - ele diz e ela assente.

Aleksander sai do quarto, mais rápido do que nunca, provavelmente indo pegar suprimentos para eles.

Ele não se arriscaria assim se não tivesse jeito, ele sabe que sua magia ainda pode estar instável e Amélia também, mas era um risco que correriam.

Cassandra e Kieran não voltariam antes do amanhecer provavelmente.

Então eles iriam.

{...}

Aleksander já estava vestido com couro, a parte da frente dos seus cabelos estavam presos e ele prendia uma espada de lâmina curvada na cintura quando sentiu a presença diferente ali, não no seu quarto, mas...rodeando a casa.

O macho foi até a sacada, usando magia para rodear o quarto de Amélia antes que ele atravessasse para baixo.

A floresta estava silenciosa e ele olhou ao redor.

- Sinto sua presença, saia agora antes que morra - ele fala alto.

Um farfalhar de folhas.

- Peço perdão, meu mestre - um ser feito de sombras sai das árvores.

Aleksander franze o cenho.
- Você é o Belel.

Ele assente, fazendo uma reverência.

- É um prazer, Grande Elohim - a criatura diz.

- O que faz aqui? Cassandra e Kieran foram até você - o macho diz.

- E eu já lhes dei as respostas que precisavam - ele responde.

- E então? - Aleksander arqueia uma sobrancelha - Por que veio agora? Por que não antes?

- Não poderia correr o risco de alterar o curso das coisas, vim até aqui por que se fossem até lá, talvez as coisas piorassem - ele responde.

Aleksander se aproxima.
- Vai responder o que quero saber? - ele questiona.

O Belel assente.
- Sobre as marcas? Sim, são sua magia meu senhor.

Aleksander franze o cenho.
- Mas...por que? Depois de tantos anos, por que despertar agora? - questiona.

- Por causa do senhor - ele diz.

- De mim? - Aleksander arregala levemente os olhos.

- A magia está reconhecendo o senhor, ela quer voltar para o seu portador e sua proximidade é como um ímã para ela - ele responde.

- Então quanto mais perto eu ficar de Amélia, mais risco ela corre? - a voz baixa dele foi pensativa.

O Belel assentiu.
- A menos que consiga controlar sua magia que está nela, então poderá prender a magia de Amélia - ele revela.

- Tem alguma forma? - questiona e o Belel assente.

- Sim, mas ela também não vai conseguir acessar a própria magia e se despertar a magia por acidente ela morre, é um risco a se correr - o Belel responde.

- Se eu me afastar...- ele não termina.

- A magia se acalmará - o Belel continua.

- Vai me dizer o que falou para Cassandra e Kieran?

O Belel negou.
- Não posso, meu senhor.

Aleksander assente, ele entendia que se o Belel revelasse, as coisas poderiam sair do controle.
- O que quer em troca?

A criatura nega, fazendo outra reverência.

- Nunca ousaria cobrar nada do criador - ele responde.

- Obrigado - é o que Aleksander diz, a criatura faz outra reverência e some.

Aleksander suspira.

{...}

Aleksander ainda usava o couro negro quando Amélia o encontrou.

Ele estava pensativo, o cenho franzido e os braços cruzados, parado no corredor.

- O que aconteceu? Vamos? - ela chamou.

Ele a olhou.
- Não vamos precisar ir até o Belel - diz.

- Por que?

- Por que ele veio até mim, quase agora - responde, massageando as têmporas - ele me disse o que está causando essas manchas em você.

Ela arregalou os olhos, se aproximando.
- É mesmo sua magia? - questionou e ele assentiu - por que?

- Eis a grande revelação, o problema sou eu, quanto mais perto de você estiver, mais risco você corre - ele ri amargo.

- Como assim?

- Minha magia é atraída para mim, é por isso que ela está despertando, ele disse que se eu estiver perto, você corre o risco - o macho suspira - então é isso.

- Droga - ela xinga.

- Era só o que nos faltava - ele murmura, raiva nos olhos vermelhos.

Amélia apoia as costas na parede ao lado dele, os braços cruzados enquanto pensa no que poderiam fazer.

Mas só tem uma solução.

- Vou ter que me afastar de você - ele fala.

- Tem que ter outro jeito - ela diz.

- Amy...

- Não, não podemos fazer isso - ela responde, ele se coloca em sua frente, segurando o rosto da fêmea com as mãos.

- É só enquanto não achamos outro jeito - ele fala.

- E se durar meses? Se nunca acharmos um jeito? - questiona baixo.

- Vai ter, eu vou encontrar um jeito, não importa o tempo que leve, mas não posso arriscar a sua vida por causa do meu egoísmo - ele nega com a cabeça.

- Não quero ficar longe - ela franze o cenho, tristeza nublando seus olhos.

- Eu sei, mas é só por um tempo - ele diz e ela bufa.

- Você parece calmo com isso - diz.

- Esperei milênios para conhecer você, posso esperar mais um pouco se isso salvar a sua vida - sorri, mas seu coração estava acelerado.

Ela funga.
- Pare de me falar coisas bonitas, não sei responder.

Ele ri baixo.
- Não precisa, gosto de te ver com vergonha.

Amélia ri e segura sua nuca, puxando-o para perto.

Aleksander coloca as mãos em sua cintura e cola seus lábios, iniciando um beijo lento que arranca suspiros da fêmea.

Ele a prensa contra a parede e suspira, beijando-a mais profundamente.

Ele enfia as mãos nos cabelos dela, que geme ao sentir os dentes dele cravados em seu lábio inferior, puxando levemente enquanto a mão dele em seus cabelos inclina sua cabeça mais para cima, aprofundando o beijo.

Eles se separam quando a falta de ar chega e ambos colam suas testas.

- Irei para a casa dos meus pais hoje - ela diz e ele assente, lembrando da caixa de veludo, mas decide guarda-la para quando conseguisse controlar a própria magia.

Ele ainda ia dizer pra ela, mas era arriscado...

Por mais que ele quisesse, teriam que se separar, cada minuto que passava perto era perigoso.

Ele não arriscaria a vida dela por nada.

Amélia se inclinou, colando seus lábios novamente, antes de se afastar.

- Tentarei achar algo que possa ajudar também - ela diz e ele assente.

- Até breve, amor - diz.

Ela sorri.
- Até muito breve, Alek.

E então atravessa.

{...}

Kieran e Cassandra tinham encontrado uma cidade há poucas horas, onde compraram algumas coisas.

Eles não demoraram lá, decidiram atravessar de volta para casa assim que terminaram.

Aleksander estava descendo as escadas assim que chegaram.

Ele estava pensativo, usando uma calça moletom e uma camiseta branca.

Cassandra o olhou.
- É prima, te entendo - ela disse baixo, dando de ombros.

- E então? - ele questionou assim que ambos se aproximaram da bancada - voltaram cedo.

- Temos notícias - Kieran fala.

- O Belel veio aqui hoje, ele também me deu notícias - ele diz amargo.

- Dúvido que seja pior que a nossa - Cassandra fala, se sentando, suas pernas estavam doloridas de tanto andar.

- Manchas roxas tem aparecido no corpo de Amélia, o Belel disse que isso é minha magia despertando por causa da minha proximidade - ele diz, servindo um copo de whisky para si.

- O que farão? - Kieran questiona.

- Ficarei longe, obviamente, não podemos arriscar a vida dela - ele responde, o cenho franzido - O que ele disse?

Cassandra e Kieran se entreolham.

A fêmea começa.
- Não há jeito de ajuda-la, Amélia precisa morrer para que recupere sua magia - ela responde.

Aleksander fica tenso, arregalando os olhos minimamente, sentindo como se um peso fosse colocado em seus ombros, seu coração gelando na mera possibilidade disso acontecer.

- Merda - ele xinga, apertando o copo na mão.

- Ele também disse outras coisas - Kieran diz.

- Mais? - ele questiona, parecia cansado de notícias ruins.

- Ele também falou algumas coisas que deram a entender que... Amélia irá morrer - Cassandra responde.

Kieran encara Aleksander.
- As coisas podem não terminar da forma que esperamos - ele diz baixo.

- Ela não vai morrer - Aleksander garante.

- Aleksander...- Kieran tenta.

Ele nega com a cabeça.
- Amélia não vai morrer, tem que ter outro jeito - ele diz.

- O único jeito é ficar longe dela - Kieran diz.

- Se eu fizer isso, ela vai vencer - ele responde, raiva em suas palavras.

- Não é sobre a mãe, é sobre a vida de Amélia - Cassandra diz.

- Isso tudo é sobre a mãe, ela é a culpada de tudo isso, ela colocou essa maldição, ela me usou, ela me prendeu, ela usou Amélia para portar um poder que o corpo dela não aguenta, ela quem incita os feéricos a me odiarem, ela quem os incitou a me transformarem no vilão! - ele rosna.

- E você decide se deixa ela vencer ou não, quer matar Amélia? - kieran questiona.

- E o que faço? Nunca mais me aproximo dela? Ou mato ela? Não Kieran - ele negou repetidamente com a cabeça.

- Aleksander...- Cassandra chama mas ele deixa copo em cima do balcão.

- Não.

É sua resposta rude, antes que ele dê as costas e se afaste, subindo as escadas.

Kieran encarou Cassandra.
- Se ela morrer, ele...

Ela assente.
- Eu sei.

Aleksander ficará destruído.

As palavras do Belel fazem cada vez mais sentido.

Kieran se levanta.
- Irei encontrar o Horus, descanse, você merece - ele diz, se aproximando dela.

- Vai dormir comigo hoje? - ela questiona.

Ele ri, colando seus lábios em um selinho casto.
- Só se não roncar hoje.

Ele se afasta quando ela o olha indignada.

- Eu não ronco! - diz quando ele se afasta.

Ele sorri para ela antes de atravessar.

{...}

Horus atravessou assim que ouviu a voz de Kieran, ele tinha esse dom.

Ele sabia quando alguém o chamava, era um dos seus poderes.

Então garantindo que a casa estava protegida ele atravessou para onde Kieran estava.

Uma floresta nos arredores de sob a montanha.

- Temos notícias - ele fala.

- Quais são? - Horus questiona.

A expressão de Kieran era séria.

- A única forma de Aleksander recuperar a magia é matando Amélia e o Belel deu a entender que ela morrerá de um jeito ou de outro - ele diz.

- Droga, não há nenhum jeito? - Kieran nega.

Horus abaixa a cabeça, ele é leal a Amélia, daria a sua vida pela dela porque ela é sua rainha e ele tentaria achar uma forma de ajudá-la.

- Ele também falou de você - informa.

Horus o encara atentamente.
- De mim?

Kieran assente.
- Ele disse para ir vê-lo, ele disse que pode mostrar sua verdadeira forma, que você esqueceu há milênios.

Horus congela.
- Minha... verdadeira forma? - Kieran assente.

Ele não lembrava mais de sua verdadeira forma, estava em sua forma bestial desde que foi preso.

Passou tanto tempo naquela forma que esqueceu seu verdadeiro rosto.

- Obrigado - é o que Horus fala antes de atravessar de volta para casa.

Ele visitaria o Belel em breve.



















































* Amélia provando que é perfeita e meio que perdoando Reina.

Vocês captaram minha indireta quando Reina falou sobre o desejo que sentiu? De repente?

É estranho ela ter sentido um desejo tão intenso por Aleksander do nada né? Ela desejou ele de início, mas daquele jeito?

Amélia e Aleksander se resolveram rápido porque além dele ser louco por ela, ele confia nela e mesmo que tenha ficado com dúvidas e triste ele entendeu que ela não o rejeitaria.

Ele ficou triste por que achou que ela ia rejeitar ele.

Ele ia dar um anel a ela mas a notícia ruim interrompeu 💔

Mds ela ia aceitar a parceria 😩💔

O que o Belel disse é verdade, infelizmente, agora Aleksander e Amélia precisarão se afastar.

Não quis fazer um carnaval pra eles se separarem pq ambos sabem a gravidade da situação.

Embora possam pular essa regra em breve.

E Horus ein? Preocupadinho com Reina? Ihhh rapaz...

Bichinho acha que não pode sentir nada por ninguém por que segundo ele, é só uma "criatura".

Horus nois te ama!

Aleksander indignado com a mãe e com razão né? Desgraçada.

Logo Horus vai ter sua verdadeira forma, em brevee.

Amanhã não posto porque vou trabalhar o dia todo, talvez segunda tenha capítulos novos, dependendo da minha criatividade hehehehehe.

Espero que gostem.

Bjs.





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