SUA ALTEZA REAL - Freenbecky

By xfreenbecky

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Rebecca Armstrong está vivendo o que parece um sonho com a garota por quem é apaixonada, até que ela dá um pé... More

Dúvida.
She's back.
Decisão.
Escolha.
Carta.
Sem chance.
A Realeza.
Gregorstoun.
Colega de quarto.
Damas de Gregorstoun.
Bem recebida.
Promessa.
Meninas Malvadas.
Sexta-feira.
PUB.
TMZ.
Majestade.
Corrida.
Perdedoras.
Crown Town.
O Desafio.
Rio.
Frio.
Socorro.
Forbes.
Um novo começo.
Lavanderia.
Coração Valente.
Prattle.
Skye.
Quem é ela?
Jantar.
Valsa.
Old Man of Storr.
Mudanças.
Revista.
Ação de Graças.
People.
Momento certo.
Apaixonada.
Amuleto.
Crush.
People.
Discussão.
Coração partido.
De volta.

The end.

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By xfreenbecky

Eu nunca matei aula nem um dia na minha vida. Eu também nunca saí sem avisar, ou peguei um carro "emprestado" ou menti para um adulto, mas, nesta manhã, estou fazendo todas essas coisas de uma tacada só.

Falo tudo isso para Nam, que se revira no assento do passageiro do carro que Troye está dirigindo, sua testa franzindo.

— Mas você está fazendo tudo isso por um bom motivo! — ela diz, então segura a mão de Troye, um sorriso iluminando seu lindo rosto. — Amor verdadeiro.

Amor verdadeiro. Certo.

Mas aquele pensamento só faz meu estômago se retorcer também.

Freen.

Eu verei Freen e direi a ela como me sinto.

Verdade, é muito mais assustador do que a ideia de ser pega com o carro do jardineiro.

Quando Troye disse que tinha um jeito de nos levar até Edimburgo, eu esperava um plano elaborado envolvendo trem e ônibus, mas, quando ele chegou com o antigo Land Rover pela parte de trás do colégio, onde eu e Nam esperávamos, foi um leve choque. Troye jurou que o sr. McGregor tinha falado que ele poderia usar o carro quando quisesse, mas não sei se algo que foi dito depois de quatro cervejas tem validade.

Então aqui estou eu agora, no banco detrás de um carro-emprestado-mas-também-talvez-roubado e, meu Deus do Céu, isso é insano.

— Talvez fosse interessante falar sobre como exatamente eu vou encontrar a Freen? — pergunto.

O tecido do assento do carro está rasgado e as placas metálicas do chão estão enferrujadas. Será que vamos conseguir chegar inteiros em Edimburgo?

Nam acena com a mão mostrando suas elegantes unhas feitas.

— Tudo sob controle, querida. Esqueceu que eu sou filha de um duque? Isso vale alguma coisa. Eu vou me apresentar no palácio, com você e Troye como meus convidados — ela fala enquanto desliza a tela em seu celular —, e vou dizer... Ai, saco!

— O.k., mas estou certa de que mencionar testículos não vai nos levar muito longe no palácio — digo, mas

Nam nega com a cabeça e sua expressão está arrasada.

— Não! Saco porque a família real não está no palácio hoje. Tem alguma exposição no museu sobre os casamentos reais escoceses, e eles estão indo pra lá esta manhã, então haverá um cortejo pela rua Mile. Droga! Eu sabia que deveria ter olhado a agenda deles, mas eu estava um tanto quanto — outro aceno com a mão — envolvida nisso tudo, eu acho.

— Que alegria saber que minha vida amorosa é tão envolvente — resmungo, me inclinando para a frente para pegar o celular de Nam da sua mão.

E lá está o anúncio sobre a exposição, completo, com o nome de Freen em negrito.

— Estamos a meio caminho de lá — Troye diz, olhando de relance para Nam. — Mas também podemos ir pra Edimburgo e esperar um pouco.

Eles vão ter que voltar para o palácio em algum momento.

Sim, eles vão voltar, tenho certeza, e isso é um grande plano, comer alguma coisa lá na cidade e esperar.

Ou...

Engolindo em seco, eu devolvo o celular para Nam.

— Na hora que a gente chegar, o cortejo vai estar começando — digo. — A gente pode ir pra lá.

Nam se vira no assento para me encarar, seus olhos escuros arregalados.

— Rebecca Armstrong — ela exala. — Você está me dizendo...

Eu balanço a cabeça.

— Estou.

Soltando um grito agudo, Nam bate palmas e Troye olha para o lado, claramente confuso, os nós dos dedos no volante.

— O quê?

— Um grande gesto romântico! — Nam exclama. — Becky vai declarar seu amor em público! Ai, meu Deus, eu acho que vou chorar.

— E eu acho que estou prestes a vomitar, então, por favor, não — digo, me acomodando no banco detrás, uma revoada inteira de borboletas dentro do peito.

Talvez seja isso que faz essa viagem parecer muito mais rápida do que imaginei, porque, antes que me dê conta, estamos chegando à cidade.

Enquanto estaciona o carro, Troye gesticula para que eu saia.

— A parada está descendo a rua Mile — ele diz —, então tudo que você precisa fazer é chegar ao começo dela, esperar Freen, e dizer que a ama.

Eu o encaro e percebo o contato das palmas das minhas mãos suadas com o trinco da porta.

— Certo — digo, mas a voz sai entrecortada, então eu limpo a garganta e falo mais uma vez. — Certo.

— Moleza! — Nam diz, e então, graças a Deus, ela abre a porta. — Mas eu vou com você, só pra garantir.

— Bom, eu não vou perder isso — Troye diz, desligando o carro, e sorrio para os dois, me sentindo emocionada de repente.

— Vocês são bons amigos de verdade, sabia? — digo, e eles sorriem.

— Claro que sabemos — Nam responde, e então estamos a caminho de uma das pequenas ruas laterais que dão na rua Mile.

O caminho está cheio de bloqueios, e uma multidão já se reuniu ao redor deles no frio ar de outono.

Estamos na parte detrás, mas consigo ouvir autistas e percussionistas, e quando fico na ponta dos pés vejo a família real fazendo seu caminho em direção a St. Giles.

Freen está com o cabelo preso para trás e avança entre seus irmãos pela multidão. Ela está sorrindo e cumprimentando as pessoas, aceita um buquê de flores e agradece antes de entregá-lo a um homem de terno preto.

Só de olhar para ela meu peito já dói. Ela é boa demais nisso, mesmo que ela diga que não é. Mas eu posso ver o modo como as pessoas olham para ela, posso dizer por causa do seu sorriso, que é sincero.

Ela nunca se pareceu tanto com uma princesa para mim, nem quando estava toda arrumada com tiaras e faixas.

Mas ela não é apenas uma princesa.

Ela é a minha princesa.

E ela está longe demais para que eu consiga chamar sua atenção.

Olho para Nam e Troye e balanço a cabeça.

— Isso é estúpido — digo. — Eu posso só mandar um e-mail pra ela ou...

NÃO! — eles gritam em uníssono antes de olhar um para o outro e abrir um daqueles sorrisos derretidos que eles trocam o tempo todo agora.

Então Troye segura minha mão.

— Becky, isso requer um grande gesto. E-mails não são grandiosos. E-mails não são nem medianos.

— Ele está certo — Nam diz — Não é um momento e-mail. Enfim, o que o Troye disse. Você está conquistando a mulher que ama de volta, e isso significa que um e-mail não vai bastar. Então.

Ela se abaixa e pega um buquê de flores das mãos de uma garotinha.

Quando a menina de cabelos claros abre a boca para protestar, Nam vasculha dentro da bolsa cor-de-rosa Chanel, tira sua carteira e o celular e entrega a bolsa para a garotinha.

— Uma troca justa — ela diz, e a garota, claramente dotada de bom gosto, aceita a bolsa entusiasmada, esquecendo as flores.

— Nam— digo, mas ela sacode a cabeça.

— Era da temporada passada mesmo. Agora, pegue essas flores e vá atrás da sua princesa.

As flores em minhas mãos estão um pouco murchas, as pétalas roxas definitivamente já viram dias melhores, mas o buquê tem um laço vibrante com a estampa xadrez da família Sarocha, o que parece ser um bom sinal.

E, pensando um pouco, eu pego no bolso da calça o pedaço liso e brilhante de quartzo rosa que peguei antes de sairmos do colégio.

A multidão está mais apertada agora, se aglomerando perto dos bloqueios, e os Sarocha's estão se movendo pela rua, próximos de onde estou, mas, infelizmente, estou presa atrás da multidão. E ser do tamanho de uma criança do sétimo ano definitivamente não ajuda.

Por sorte, eu tenho um furacão chamado Nam ao meu lado.

PERDÃO! — ela fala bem alto, seu sorriso iluminado em contraste com seus cotovelos afiados enquanto ela abre caminho à força pela multidão.

Troye está atrás de mim, o vagão dessa locomotiva que está me levando até a linha de frente, e abaixo a cabeça, seguindo Nam o melhor que eu posso.

Conforme a multidão se abre, eu ouço os murmúrios começarem.

A maioria é sobre como Nam é maravilhosa, o que é válido, mas eu ouço meu nome algumas vezes. Rebecca. Becky. É ela. A garota que está namorando Freen Sarocha.

Nesse momento, as palavras não me fazem sentir desconfortável ou querer me esconder fora de vista.

Elas me fazem querer levantar a cabeça.

Sim, essa sou eu.

Becky, a garota que namora a Freen.

Chegamos quase no limite do bloqueio. Está frio, cinzento e venta muito, e eu quase tropeço no paralelepípedo quando ouço o grito de Nam:

— Freeeennn!

Estou ainda a dois metros de Nam, escondida atrás dela, mas ouço a resposta de Freen:

— Namm!

E então, de repente, Nam desaparece, e estou ali de pé, no bloqueio, cara a cara com Freen, e tenho nas mãos um punhado de flores.

O sorriso que Freen estava exibindo para Nam se apaga e sua expressão fecha por um segundo até que ela olha para baixo e vê as flores.

Um canto da sua boca se curva para cima de leve, um sorriso típico dela, mas seus olhos ainda me olham com suspeita.

— São pra mim?

— São — digo, oferecendo-as. — Eu roubei de uma criança. Bom, Nam roubou, e elas não são tão bonitas quanto eu gostaria que fossem, mas quem pede não escolhe, né? Ou... quem rouba não escolhe, eu acho.

A multidão começa a se afastar um pouco de mim e vejo os guarda-costas de Freen nos observando com atenção. Logo atrás de Freen, Heng fica na ponta dos pés para ver o que está acontecendo.

Quando ele me vê, abre um sorriso largo, e talvez seja isso o que me dá a coragem para seguir em frente.

— Freen, eu sinto muito. Sobre tudo. Sobre não ser corajosa o suficiente ou... ou forte o suficiente, ou seja lá o que foi que me deu. Porque eu...

Nunca me senti tão ciente de outras pessoas olhando para mim e, mesmo que o restante da família real continue a andar, a atenção da multidão parece bem focada em mim e em Freen neste momento. Mas só me preocupo com a atenção de uma única pessoa: Freen. Contanto que ela esteja olhando para mim, eu não me importo com mais ninguém.

— Eu te amo, Freen— digo, e, mesmo com aquela multidão ao nosso redor, os guarda-costas e as outras pessoas da realeza, parece que somos apenas nós duas.

Como se estivéssemos de volta no nosso quarto em Gregorstoun ou no meio da charneca sob as estrelas.

— E, sim, às vezes você me enlouquece, e nós definitivamente teremos que conversar sobre a situação toda do dinheiro, mas... vale a pena. Você vale a pena.

Freen ri, um riso verdadeiro que mostra seus dentes, e sua mão segura a minha com firmeza.

— Eu sinto muito também — ela diz. — Eu deveria ter te contado a verdade sobre Roseanne e definitivamente não deveria ter pagado suas despesas do colégio sem te contar, mas...

Ela dá de ombros.

— O que posso dizer? Eu sou uma bagunça.

— Não é não — respondo imediatamente, então repenso. — Tá bom, você é, mas também é gentil, doce e adorável, e eu já falei aqui aquela história toda sobre "te amar"? Porque sério. Apaixonada demais.

— Então eu sou o seu tipo de bagunça — ela diz, e ponho a mão no bolso, tirando o quartzo rosa.

— Você é — digo, pressionando a rocha na palma de sua mão.

Ela a olha por um longo momento antes de levantar a cabeça para encontrar meus olhos.

— Essa é uma excelente pedra — ela diz, enfim, sua voz falhando um pouco, e eu sorrio.

— Você já tem todas as joias luxuosas do mundo — digo — mas eu posso te oferecer pedras de verdade. E ler mapas pra você. E tem um universo inteiro de roupas pra lavar que você nem faz ideia que existe.
Toalhas são apenas o começo.

— Bom, como resistir a uma oferta dessas? — Freen diz, jogando o cabelo um pouco, e meu coração parece tão grande dentro do peito que chega a ser surpreendente que eu não tenha explodido.

— Beija ela, garota! — Um homem grita da multidão, e Freen desata a rir, cobrindo a boca com a mão enluvada enquanto lágrimas brilham em seus olhos.

— Ele está falando comigo ou com você? — ela pergunta, e eu dou um passo à frente, balançando a cabeça.

— Não sei — respondo, apoiando a palma da mão em sua bochecha.

— Mas é um bom conselho, então vou segui-lo.

E é isso que eu faço.





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E chegou ao fim! Espero que todos tenham gostado e muito obrigado por todas as mensagens. Até mais!

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