eden's garden ∆ supernatural

By swturnno

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•❝a voz do comando, uma habilidade há muito perdida e cobiçada até pelos arcanjos do céu. | é de consenso g... More

elenco,
𝑨𝑻𝑶 𝒁𝑬𝑹𝑶 † ❝𝗻𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗽𝗮𝗹𝗮𝗰𝗶𝗼 𝗲𝗺𝗽𝗼𝗲𝗶𝗿𝗮𝗱𝗼❞
o primeiro momento,
o elemento do controle,
chegando em termos,
suspeita na mente de um ser angelical,
chegada na terra natal,
o encontro de um autor e suas criações,
o oráculo disse,
winchester perdido,
lobo em pele de cordeiro,
alice não me escreva aquela carta de amor,
quantos anos tem, quantos gostaria de ter,
buraco negro supermassivo,
encontro de dois extremos,
preparatório prepotente,
indo colina abaixo,
𝑨𝑻𝑶 𝑼𝑴 † ❝𝗲𝘅𝗶𝘀𝘁𝗲 𝗱𝗼𝗿 𝗲 𝗽𝗿𝗮𝘇𝗲𝗿❞
o silêncio dos inocentes,
se ele for embora,

quando a bebida (literalmente) ajuda,

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By swturnno

Copo atrás de copo.


Sam observava Dean tentando abrir a cápsula de bambu. O homem estava claramente fazendo força - que era em vão, diga-se de passagem. Ele grunhiu e jogou o objeto para Sam, que o pegou ainda no ar.

— Eu desisto. — Abiu os braços em desistência. — Essa coisa nem se mexe!

— Talvez você só esteja fora de forma. — Sam riu do irmão, que lhe lançou uma sobrancelha arqueada e um olhar de indignação.

— Pois tenta abrir, pra você ver!

Sam e Dean trocaram olhares contundentes o homem mais novo deu de ombros, aceitando o desafio. Sam não tardou em agarrar a tampa da cápsula e tentar abrí-la. Ele franziu o cenho quando a tampa nem sequer se mexeu.

— Ok, uhm-

— Fala de mim agora, Zé Bonitinho!

— Castiel. — Sam chamou o anjo, que brincava de Monopoly com Eden. Ambos estavam sentados no chão como crianças, e Eden claramente se aproveitava da falta de conhecimento sobre jogos humanos de Castiel para ganhar uma fodendo prefeitura encima do anjo. O de olhos azuis levantou o olhar até Sam, questionador.

— Sim?

— Abre isso aqui. — Sam jogou o bambu para Castiel, que o pegou com uma mão. — Contamos com você.

Castiel observou os símbolos queimados na extensão da cápsula, franzino.

— Eu não posso.

Dean franziu o cenho. — Você nem tentou.

— Eu não posso. — Castiel repetiu. Jogou a cápsula de volta para Dean. — Há símbolos enoquianos de afastamento de anjos aqui.

— Era só o que faltava... — Dean suspirou. — Oh, Eden, onde você conseguiu essa bomba mesmo?

— Num templo perdido no bosque de bambu de Arashiyama. — Eden jogou os dados no tabuleiro. — Castiel, você acaba de ser preso.

— Mas eu não cometi nenhum crime. — Castiel rebateu, confuso. Eden suspirou.

— É no jogo, seu imbecil. Você sonegou imposto.

— Não sabia que era crime.

— Vocês foram lá sozinhos? — Dean sorriu desacreditado. — Tem ideia de quantos monstros existem no Japão, Eden?

— Sim! — Eden sorriu na direção do homem como uma criança animada. — E eu matei um bakemono com a faca do Cassie!

— Castiel! — Dean olhou o anjo com olhar de reprovação.

— Ele foi mais rápido do que eu. — Castiel admitiu e desviou o olhar, numa linha tênue entre desinteressado e constrangido.

— Eden, você consegue abrir? — Sam questionou, com os olhos no notebook, procurando um caso. O menino deu de ombros.

— Eu não sei. Não tentei até agora.

Dean suspirou pesadamente. — Tá de brincadeira, né?

— O que? — Eden se voltou ao jogo de tabuleiro no chão. — Eu gosto do elemento da surpresa.

— Eu deveria tacar isso aqui na sua cabeça. — Bravo, Dean apontou para a cápsula de bambu na mesa. O menino suspirou e estendeu a mão na direção do homem.

— Dá aqui. Vamos abrir. — Anunciou, e Dean pegou o objeto e o jogou para Eden. O menino afastou o tabuleiro de Monopoly entre ele e Castiel, suspirando como se estivesse se preparando. Agarrou a tampa da cápsula, a girou com facilidade, e Dean soltou um som frustrado.

— Fala sério... — Resmungou, se aproximando. Eden olhou para Castiel, surpreso, e o anjo o encarou como se o encorajasse. O garoto deu de ombros e retirou a tampa, virando a cápsula, e um pergaminho velho caiu no chão.

Sam se levantou e se aproximou, pegando o pergaminho e o abrindo. O papel era craquelado e amarelado, e ele suspirou ao bater os olhos no conteúdo.

— O que foi? — Dean questionou, ansioso.

— Tá em japonês. — Disse, decepcionado. — Vai levar umas belas horas pra traduzir isso aqui.

— Ou... — Eden começou, se levantando. — Eu e Castiel podemos traduzir. — Sugeriu. Dean o olhou estranho.

— Fala japonês?

— Você acha que eu fazia o que na faculdade de línguas? — Questionou, pegando o papel das mãos de Sam e colocando-o sobre a mesa. — Castiel, vem cá.

Castiel obedeceu, andando até o menino como um cachorrinho atrás do dono. Apoiou as mãos na mesa, e Sam e Dean se aproximaram juntos. Os 4 fizeram um círculo ao redor da pequena mesa do quarto de hotel.

Eden apontou para o primeiro kanji. — Celestial. — Traduziu, e apontou para os próximos. — Anjo caído. Batalha. Demônio. Controle. As aulas de história do Japão realmente caíram bem.

Castiel tocou o papel, como se estivesse sentindo a textura. — Tem kanjis aqui que eu não reconheço. — Disse, franzino. Seus olhos azuis se voltaram para Eden. — Devem ser kanjis únicos. Talvez de múltipla interpretação.

— Uhm, eu posso fazer uma base, e podemos pesquisar o resto depois do caso. — Eden arqueou as sobrancelhas. — Vai demorar, mas vai valer a pena.

— Beleza. — Dean deu dois tapinhas no ombro de Eden. — Mão na massa, garoto.

Eden suspirou e se concentrou no papel gasto.

— Anjo caído... ser celestial, ocidente, oriente, eu- eu não tenho certeza. — Começou, pensativo. — Humano, demônio, anjo, ceifador, eu acho. — Listou, apontando para cada kanji. Castiel balançou a cabeça em concordância, como se aprovasse a tradução em partes do menino.

— Poder, demônio, controle, praga, família, asas, esquecimento. — O anjo continuou. — Se traduz como "Com poder, o demônio do controle ultilizará sua praga com sua família. Suas asas baterá, e o... demônio retornará ao esquecimento."

Eden soltou um suspiro frágil e descompassado.

— Acham que... tá falando de mim?

— Possivelmente sim. — Castiel anunciou, sem perceber que Eden tensionou os ombros diante da afirmação. — Achamos isto nas suas memórias, e só você pode abrir, afinal.

— Quanta responsabilidade. — Rápido, o albino enrolou o pergaminho e o enfiou de volta na cápsula. — Vamos, uhm, esquecer disso por um tempo.

— Nervoso? — Sam arqueou as sobrancelhas. — Nem sabemos se fala mesmo de você. Fica tranquilo.

— Ei, uhm, o caso. — Eden rapidamente mudou de assunto. — É no Alasca, né? Vamos lá.

O caso era simples; três pessoas de alto escalão de uma fábrica de produção de sakê foram mortas, e as câmeras de segurança de cada casa denunciavam alguém de capa preta entrando e saindo da fábrica tarde da noite carregando uma pequena caixa com aspecto antigo. Eden suspeitava ser uma Shojo, um espírito japonês que você pode usar para matar pessoas por você, e que só podia ser visto se você estivesse embriagado.

E era por isso que se encontravam num bar neste exato momento.

Eden já bebia da sua terceira cerveja. Antes disso, havia bebido 2 shots de vodka e 3 de licor de amora. Sam e Dean não ficavam para trás; estavam enchendo a cara tanto quanto o garoto. Ele bebeu mais um gole da bebida, suspirando.

— Quem é o nosso suspeito? — Perguntou, as palavras saindo um pouco embaralhadas. Dean começou a rir.

— Vai com calma aí, garotão.

— Me mama, gatinho.

— Me chamou de gatinho? — Dean arqueou as sobrancelhas. — Eu não sou gay, não, hein.

— O que você acha da minha bunda? — Eden disparou. — A verdade. Agora.

— Redondinha, firme, bonita, queria pegar- — Dean se interrompeu, percebendo que caiu na Voz do Comando. — Droga!

— Haha!

— Uhm, gente, o suspeito, Phill Jones. — Sam desconfortavelmente virou o notebook para Eden, exibindo a ficha criminal e a foto do homem. Eden soltou ar pelo nariz ao perceber que o homem era negro, tinha o formato do rosto quadrado e, em sua opinião, era feio.

— Que cara feio. — Anunciou.

— É, mas a cara dele não é a única coisa feia aqui. — Sam arqueou as sobrancelhas. — Parece que ele, uhm, tinha brigas frequentes com os caras que morreram dentro da fábrica, e chegou até a ser transferido de unidade depois de uma briga física entre ele e um dos mortos, uh, Mark Shines.

— Estamos lidando com um vingativo, então. — Dean arqueou as sobrancelhas, tomando mais um gole de sua cerveja.

— Como vamos matar a shojo? — Eden questionou, a voz baixa. — Alguém tem uma ideia de onde arranjar uma katana batizada por um monge?

— Eu já investiguei o rastro do cartão de crédito do Phill. — Sam anunciou, sorrindo, exibindo suas covinhas. — E ele comprou uma katana uma semana antes das mortes começarem.

— Ah, ele mesmo tem um jeito de matar a shojo? — Eden arrotou em meio a sentença. — Que maravilha, bem precavido, e deixa nosso trabalho mais fácil.

— Então nos embebedamos, roubamos a katana e matamos a shojo. — Dean disse, as palavras arrastadas. — Que trabalho magnífico.

— É, mas vamos devolver a katana até o amanhecer. — Sam lembrou, e Eden estalou a língua no céu da boca.

— Não posso ficar com a katana? — Eden fez um biquinho. Seu rosto estava vermelho pelo álcool. — Todo asiático esteriotipado tem que ter uma katana.

— Misericórdia. — Dramático, Dean rolou os olhos. — Só deus sabe o que você faria com ela.

— Eu não vou te matar enquanto você dorme, lindo.

— Isso não me conforta, Eden.

Eden rolou os olhos, porém gargalhou. Tapou a boca quando Dean também começou a gargalhar. Sam franziu o cenho.

— Vocês estão... muito bêbados. — Ele soluçou em meio a frase, o que fez os dois companheiros rirem ainda mais.

— Olha quem fala! — Dean deu um empurrão fraco no ombro do irmão. — Curtindo tanto quanto a gente, não é, Sammy?

— Corta essa, Dean.

Eden se levantou de repente, batendo as mãos na mesa, sorrindo e encarando algo no canto do bar. Era um pequeno palco com uma TV, um banco que parecia ser confortável e um microfone preso em um tripé.

— Eu vou cantar. — Anunciou, começando a contornar a mesa para andar até o pequeno palco. Dean rapidamente agarrou seu braço e o puxou para si, Eden tropeçando e caindo em seu colo.

— Wow, wow, wow! Você vai cantar? — O homem o olhava estranho. — Com essa voz de demônio aí?

Sam encarou a cena, sorrindo. Assistiu Eden levantar uma das sobrancelhas na direção de Dean.

Wow, look at him! — Sarcástico, o menino agarrou o rosto de Dean e forçadamente colou suas testas. — Is that a gay pride flag?

— Que?

— É uma bandeira... LGBTQIA mais? — Eden sorriu maligno. — Aparentemente alguém gosta de um baseball bat!

— Baseball- — Dean engasgou, tentando empurrar Eden para que ele saísse de seu colo, porém o menino estava colado em seu pescoço. — Sai fora!

— Awn, você quer um beijinho?

— Tu é novo demais, e tem algum transtorno de personalidade, e eu não vou me envolver, não! — Dean sentiu as bochechas vermelhas. — Me deixa, vai, garoto!

— Cê quer dar, cê fala. — Eden se levantou e saiu dando estrelinhas na direção do palco, atraindo olhares estranhos das outras pessoas na mesa.

Como ninguém estava usando o palco, Eden foi rápido em escolher a música; Duvet, da banda Bôa. Roubou o violão de uma musicista perto do palco e tocou o microfone, uma estática fina ecoando por todo o bar.

— Olá. — Cumprimentou, ajeitando o violão sobre a perna.

— Sai daí, seu bichinha! — Um homem bêbado xingou, e Eden apenas lhe lançou o dedo médio.

— Vai se foder, seu porra! — Respondeu, se acalmando em seguida. — Quero que todos calem a boca, por favor.

Os murmúrios e conversas misturadas cessaram imediatamente, se tranformando em silêncio. Os olhos cor de mel fitaram Sam e Dean na mesa mais afastada, e Sam sorriu, falando um "Canta" silencioso, em encorajamento.

Tocou 3 acordes, o som saindo esganiçado. Afinou o violão de casca preta, suspirando, testou o microfone mais uma vez e começou a tocar. Os olhos fechados como se estivesse sentindo a música em suas veias, e sua voz, ao contrário do que Dean achou, era melódica e etérea, bonita.

Todos o encaravam em silêncio, alguns apreciando a música, outros se perguntando por quê não falavam nada.

Sam e Dean nunca ouviram esta música na vida, mas com certeza não estavam reclamando. A voz de Eden era apaixonante da forma mais bonita possível; a platônica. Seus dedos hábeis puxavam as cordas e faziam acordes com velocidade, o violão cantando junto de sua voz. Os homens se entreolharam, surpresos. Dean realmente esperava que o menino cantasse mal.

"I am falling, I am fading, I am drowning, help me to breathe."

Parecia até um pedido de socorro.

Assim que Eden terminou, suspirou, de olhos marejados, e sorriu largo.

— Ok. — Resmungou contra o microfone. — Aplausos, mortais, me aplaudam!

Diante da sua ordem, o bar inteiro aplaudiu. Eden apoiou o violão na mesa da musicista e foi tropeçando até a mesa de Dean e Sam, se sentando entre eles novamente, sorrindo.

— E então? — Questionou, arqueando as sobrancelhas.

— Uh, foi, uh, incrível, Eden. — Sam sorriu, exibindo suas covinhas. — Onde aprendeu a tocar?

— É, e a cantar. — Dean adicionou, trazendo a cadeira para mais perto de Eden.

— Charles, ele, uhm; ele me ensinou. — O menino sorriu, as bochechas vermelhas com a lembrança. — Costumávamos subir no telhado da casa e tocar e cantar juntos.

— E a música? Onde você aprendeu? — Sam apoiou os cotovelos na mesa.

— Ah, eu vi em um anime. — Deu de ombros. Dean arqueou as sobrancelhas. — Não, Dean, anime normal, não erótico.

— Sem graça. — Dean resmungou.

Sam abriu a boca para falar algo, apenas para se interromper quando uma sombra grande se elevou sobre Eden. O menino pareceu não perceber, bebendo mais um gole de sua cerveja.

— Ei, garota. — A voz do homem de pelo menos 2 metros era grossa e profunda, rouca e intimidante. Eden se virou na cadeira, cruzando as pernas, uma sobre a outra.

Garoto. — O albino estalou a língua no céu da boca, bebendo mais da cerveja, o gosto amargo descendo pela língua e arranhando a sua garganta. — Sou um garoto.

— Você é um daqueles bichinhas? — O homem cruzou os braços, seus olhos castanhos passando pelos dois caçadores mais velhos e seus cabelos pretos bagunçados. Ele parecia um daqueles delinquentes velhos e ultrapassados. — Você é a putinha desses dois viados?

— Olha aqui, cara- — Dean franziu o cenho. Sam lhe deu um empurrão. Não havia maneira alguma deles vencerem uma luta contra um cara de 2 metros cheio de bomba, bêbados ou não.

— Olha aqui, você, vadio. — O homem rosnou, apontando o dedo na cara de Dean. — Não aceitamos gente da sua laia aqui.

— Vocês são homofóbicos? — Eden riu.

— Somos cidadãos de bem. — O homem corrigiu, e Eden explodiu em risadas. O desconhecido arqueou uma das sobrancelhas claras em sua direção, passando a mão na barba cheia. — O que é tão engraçado?

— Você é calvo e quer cuidar de pra quem eu dou? — Eden bateu na própria perna, rindo e deixando o copo de cerveja encima da mesa. — Qual o problema se eu e eles namorarmos? Você se sente ameaçado? Um trisal te assusta?

— Olha aqui, seu bichinha-

— Você acha que eu vou destruir a família tradicional americana? — Eden sorriu, cínico. — Acha que o sonho americano está morrendo? Que os gays vão arrancar seus braços e enfiar pela sua bunda? Me poupe!

O homem agarrou Eden pela jaqueta, e Dean e Sam se levantaram abruptamente, prontos para levar ou dar porrada. Eden, apesar de ter sido levantado até apenas as pontas das solas de seus coturnos estarem tocando o chão, continuou rindo.

— Olha como fala comigo, seu filhinho de uma puta. — O homem rosnou. — Eu posso te quebrar ao meio se eu quiser.

— Oooohh! Que medo! — Eden soltou uma risada fina, como uma menininha do ensino médio. O sarcasmo em sua voz era tão presente que era quase palpável. — Você não encosta um dedo em mim, seu desgraçado!

— Como tem tanta certeza?!

Alguns homens que sentavam em outras mesas se levantaram também, observando a cena. O bar estava em silêncio agora.

— Eden. — Sam chamou, como se avisasse que ele estava passando dos limites. Ele engoliu em seco, tenso.

— Eu gostaria de me divertir um pouco. — A voz do garoto era baixa e tranquila, rouca, até. — Está no inferno, abrace o capeta, eles dizem.

— Do que você tá falando?!

Eden levantou o joelho e acertou a pelve do homem alto com tudo. Os homens levantados fizeram um "Oooh!" em sintonia, chocados e imaginando a dor. O homem caiu de joelhos, suas mãos tapando o local dolorido, grunhindo alto. Olhou para cima.

A luz passava por cima dos ombros de Eden, escurecendo sua imagem. O menino olhava para baixo, seus cabelos bagunçados, um sorriso cínico nos lábios e as mãos apertadas em punhos. Dean gargalhou, batendo na mesa com uma das mãos, e Sam desviou o olhar, tenso.

— Esses — Eden colocou a mão no ombro do homem enquanto apontava para os dois caçadores. — São meus amigos. E não são vadios. Mas eu sou.

— E-eu vou te matar!

Eden sorriu. — Durma. — Estalou os dedos. Os olhos do homem se reviraram e seu corpo amoleceu; caiu no chão, roncando alto. — E aí? Quem vai encarar?

Os homens lentamente voltaram a se sentar, encarando Eden com olhos pesados e questionadores. O menino gargalhou, abrindo os braços.

— Eu sou o rei do mundo!

— Ai... meu... deus.

— Shhh!

Eden ficou nas pontas dos pés para pegar a katana suspensa na parede. Observou o objeto com olhos brilhantes, se virando para Dean e Sam.

— É uma katana. — Sussurrou.

— Nós sabemos.

É uma katana! — Repetiu, sorrindo largo. Andou até os dois, tropeçando. — Ai. Meu. Deus!

— Eden, cala a boca! — No escuro, Dean jogou a luz da lanterna no rosto do asiático, que sibilou, colocando a mão na frente do rosto para impedir a luz forte de atacar suas retinas.

— Mas- — Se interrompeu quando a luz da sala se ascendeu. Os três caçadores olharam para a entrada da sala; Phill estava lá, de pijama azul, com uma caixa nas mãos.

— Quem são vocês? — O homem questionou, raivoso. — O que vocês querem?!

— Opa, calma aí. — Dean levantou as mãos. — Faça o que quiser, mas não abra essa caixa.

O semblante do homem se tornou assustado.

— Ai, deus, você sabe!

— N-não sabemos de nada! — Sam gaguejou, tentando impedir o homem de entrar em pânico.

— Não posso deixar pessoas que sabem que eu matei aqueles três vivos! — Ele deu alguns passos para trás, a mão esquerda agarrando a tampa da caixa de madeira. — V-vocês vão contar pra todo mundo!

— Solta essa caixa! — Eden ordenou. O homem deixou a caixa cair, porém a mesma se abriu, e a figura de uma mulher pálida de cabelos negros longos e lisos no rosto e uma camisola branca apareceu diante deles. O homem gritou algo como "Pegue eles!", agarrou a caixa e subiu as escadas correndo, antes que eles pudessem se mover.

Eden desembainhou a katana com maestria, girando-a pelo cabo e abrindo uma base perfeita, que logo começou a fraquejar devido ás suas pernas dormentes pelo álcool.

— Vão atrás do cara. — Ele disse, sorrindo. — Eu aguento o trampo.

Dean e Sam não questionaram, e subiram as escadas rapidamente. Eden e a shojo continuaram se encarando e o menino saiu de seu torpor quando tiros soaram do andar de cima.

— Pode vir! — Balançou a katana na própria direção.

A shojo soltou um grito alto e esganiçado e levantou a mão. Eden rolou para o lado, desviando de uma cadeira voadora que lhe atingiria se estivesse no mesmo lugar. Correu na direção da shojo e subiu no sofá, pulando em sua direção com a lâmina levantada. Mais um grito, e desta vez Eden foi lançado ao outro lado da sala. Suas costas atingiram a parede e um quadro caiu em sua cabeça, e ele grunhiu, apertando o cabo da katana.

— Ai! — Resmungou alto. — Sua filha da puta!

A shojo se teletransportou para a frente de Eden, e o menino rolou para o lado. Assistiu as grandes garras do espírito se enfiarem na parede com facilidade, e arregalou os olhos.

— Otária! — Exclamou, balançando a lâmina na direção da shojo. O espírito sumiu e reapareceu longe. — Ah, qual é! Não é justo!

A shojo pareceu se irritar com a insistência do garoto bêbado em continuar falando. Avançou contra Eden, tentando acertá-lo com suas garras, e Eden deu uma pirueta para trás, como se estivesse dançando tango. O menino tropeçou e sorriu, balançando a lâmina e atingindo o braço do espírito, abrindo um grande corte ali; a shojo sibilou de dor.

— E o grand finalle!

Com um rodopio, Eden rodou a lâmina ao redor do corpo e a jogou para cima, pegando-na pelo cabo e a enfiando no peito da shojo. A ferida brilhou em dourado e sangue negro deixou a boca do espírito. Só então, Eden também cuspiu sangue.

Olhou para baixo. As garras da shojo enfiadas em seu estômago, fundo o suficiente para doer como o inferno. A shojo desapareceu por completo e os tiros do lado de cima pararam. Eden levantou a camisa cinza, passando a mão pelo machucado sangrento.

Não era nada demais, iria se recuperar em pouco tempo.

Se jogou no sofá, o mundo girando ao seu redor, e Dean e Sam desceram as escadas ás pressas, tropeçando nos degraus. Sam foi o primeiro a correr na direção de Eden, se ajoelhando na sua frente.

— Eden! — Chamou, preocupado. — Você tá bem?

— Tô, tô, é-

— Tem um buraco na tua barriga e você diz que tá bem? — Dean arqueou as sobrancelhas, checando as balas no pente de sua pistola.

— É. — Eden deu de ombros, se levantando com a ajuda de Sam. — Podemos ficar com a katana? Por favooor!

— Eden, não. — Sam negou, pegando o menino bêbado no colo. — Vamos te levar pra um hospital.

— Aff, chatooo! — Eden cruzou os braços, porém não protestou quando Sam o carregou pela porta e Dean fechou-a atrás de si.

— Vamos dar o fora antes que alguém chame os tiras. — Dean sugeriu.

— Eu posso sempre nos tirar da prisão.

— Eu preferiria não ser preso, pra começo de conversa.

— Vadio sem graça.

— Olha a boca, Eden.

"Olha a boca, Eden." — O Taylor remedou Sam.

O homem apenas revirou os olhos e abriu a porta traseira do Impala, gentilmente colocando Eden deitado no banco. Colocou uma das mãos grandes no ombro direito do menino, o olhando nos olhos.

— Vê se não morre. — Pediu.

Eden sorriu, fazendo uma saudação desajeitada. — Aye aye, captain!

ooiii

quase que eu esqueço de postar slk

perguntinha: se eu postar uma história original vcs leriam será?

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