Clímax - Duologia Donas Do Pr...

By Srta_obscuro

175K 13.2K 4.8K

1° Livro da Duologia : Donas Do Prazer Corine vive na movimentada e fria Nova York. Morando com seu irmão mai... More

Nota da Autora
Prólogo
Personagens
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 51
Epílogo
Agradecimentos e Curiosidades

Capítulo 50

840 66 4
By Srta_obscuro

— Me parece uma oportunidade ótima se você quer saber realmente a minha opinião — Sara fez questão de reafirmar seus pensamentos — Eu não pensaria duas vezes antes de aceitar.

— Eu não sei, tem a Mônica, a minha família, vocês — Tom esticou seu braço para poder agarrar nossas mãos.

Mais uma vez estávamos na nossa lanchonete preferida comendo nossos bolinhos de nozes com chá gelado. Bem, eu estava com o chá gelado, meus amigos nunca iriam abandonar a Coca-Cola, muito menos mudar para a 0.

Como eu imaginei, após a formatura Tom permaneceu no jornal onde concluiu seu estágio, como redator. Mas a uma semana surgiu uma vaga em um novo jornal em Washington. Uma equipe jovem, com um jornal moderno e aparentemente, apaixonados pelo jornalismo. Tom enviou currículo para a vaga de editor e foi chamado para uma entrevista ontem, onde foi aprovado. A questão é, obviamente ele terá que se mudar para Washington. E outra questão: meu melhor amigo se mudará para Washington!

— Você pode vim nos visitar quando quiser Tom, e nós também iremos te ver é claro — forcei um sorriso tentando não chorar. Mas já era tarde demais, meus olhos estavam inundados de lágrimas.

— Ah Corine — ele se levantou da sua cadeira, e veio até mim, me acolhendo em seus braços e Sara me apertou também. Por sorte a lanchonete não estava cheia para presenciar a semana de três emotivos chorando.

— Eu não quero que você vá Tom — ergui a cabeça para poder olhar em seus olhos — Mas eu também quero que vá — esclareci como se fizesse algum sentido e ele assentiu parecendo entender.

Tanta coisa havia mudado no último ano, agora éramos três adultos formados e seguindo caminhos diferentes. Não teríamos mais nosso almoço diário aqui nessa lanchonete. Não nos encontraríamos mais todas as noites e não iríamos mais fofocar no campus da universidade. Eu estava feliz por todos nós, é claro, mas não conseguia impedir que a nostalgia me tomasse.

— Vocês estão me fazendo chorar, odeio vocês — Sara resmungou e colocou seu rosto nas minhas costas enquanto eu e Tom riamos.

— Caio nos convidou para jantar com eles hoje a noite.

— Até eu? — Sara estranhou.

— É claro — dei de ombros — Ele tem uma declaração a fazer e quer que todos estejamos lá.

— É bom, assim consigo me despedir de todos. Eu vou ficar no apartamento do tio Ben enquanto não arranjar um lugar para mim em Washington. Então essa semana mesmo estarei de mudança, e preciso entender como vai ficar minha relação com a Mônica. Vocês sabem, não pelo estúdio de tatuagens, já que eu ajudaria a abrir outro lá. Mas tem os pais dela e tudo mais.

Mônica tinha uma relação linda com os pais, e com certeza não iria mudar de uma cidade se isso significasse não ter a aprovação deles. Por mais que eu discorde desse tipo de influência, com certeza não me meteria na relação deles.

— Como vamos sobreviver sem você? — questionei quando nos afastamos.

— Não vão — ele fez beicinho antes de levar o refrigerante à boca — E nem pensem em me substituir.

Sara e eu demos risada, mesmo que isso fosse impossível. Tom era o cara mais legal que existe no mundo, e ninguém no mundo nunca iria poder substituí-lo.

[...]

Terminei de colocar o fecho da minha sandália de saltos e me encarei no espelho do meu quarto. Tanta coisa havia acontecido nos últimos tempos, todas uma seguida da outra e isso havia me deixado alerta nas últimas semanas. Quase dois meses haviam se passado desde o incêndio no restaurante e eu ainda tinha pesadelos. Não contava a ninguém, é claro, eu era capaz de lidar com isso, eu sei que sim.

Balancei a cabeça devagar, não valia a pena ficar remoendo o que já havia se passado.

Passei a mão sobre o vestido simples e preto, meu cabelo estava maior, então consegui fazer um rabo de cavalo mais elegante com alguns fios soltos na frente. Minha análise foi interrompida quando tocaram a campainha, sai apanhando meu sobretudo e bolsa, já sabendo de quem se tratava.

Como eu esperava, Magnus estava do outro lado da porta, vestido em um terno de duas peças com uma camisa de algodão preta. Às vezes eu achava injusto o tanto que esse homem era bonito, deveria ser pecado, não? Nem a tipóia em seu braço trazia qualquer falta de sofisticação ao homem.

— Senhorita — ele acenou de lado, e antes que eu pudesse lhe responder ele agarrou meu rosto com uma mão e pressionou seus lábios nos meus.

Diferente de como sempre era, o beijo foi gentil e calmo, sem qualquer vestígio de segundas intenções — pelo menos da parte dele — seus lábios macios se moveram pelos meus de forma dolorosamente calma. Sua língua áspera buscou a minha necessitada, mas ele não me parecia querer passar disso.

— Senti sua falta — ele disse enquanto afastava sua boca da minha — É muito difícil conseguir uma vaga na agenda da melhor doutora da América.

Claro que a vergonha ainda era um tópico a ser trabalhado, mas mesmo que com o humor, eu sabia que era exatamente isso que ele pensava de mim. E esse era o melhor elogio que eu já recebi na vida.

— A controversas — pisquei e me virei para trancar a porta.

— Seu irmão me convidar para o jantar é uma surpresa para mim. Mesmo que tente, é claro que ele ainda não superou que eu tenha conquistado a irmãzinha dele. — ele abriu a porta do carro para mim e eu agradeci com um meio sorriso.

— Ele nunca vai te perdoar por isso — ri, porque era a verdade.

Se virando para me encarar ele agarrou minha mão e levou até os lábios, beijando o nó dos meus dedos. Sorri, mesmo confusa, havia algo de diferente no Magnus, parecia mais iluminado e decidido.

— Posso viver com isso, amor — ele piscou e pousou nossas mãos sobre sua coxa dando partida.

— Para quem está se estressando com a reforma do restaurante e o braço em recuperação, você me parece muito feliz — investiguei não contendo minha curiosidade — Aconteceu alguma coisa?

— Não, mas vai — novamente poucas palavras, o que me atiçou ainda mais.

— É? E o que? posso saber? — me curvei no banco em sua direção, morta de curiosidade pelo o que estava acontecendo. Magnus deu risada, e apertou de leve minha mão em sua coxa grossa.

— Você pode saber Corine, mas na hora certa.

— E quando vai ser a hora certa?

— Em breve.

[...]

Meus olhos lacrimejaram enquanto eu abraçava Sabina e meu irmão em um único abraço, os apertando e tentando transmitir todo meu amor e o quanto eu estava feliz com a notícia. Nossa família iria aumentar, já que Sabina está grávida de um mês.

Eu esperava tudo, menos essa notícia, o que me deixou realmente surpresa e feliz. Meu irmão seria pai e parecia reluzente com a notícia.

— Eu vou ser a melhor tia do mundo — garanti, quase dando pulinhos quando os liberei do meu abraço — Vou mimar tanto esse bebê, vou encher ele de presentes, e ca...

— Calma amor — Magnus pediu em um sorriso, o que fez todos os presentes rirem da minha euforia desenfreada — Parabéns, que esse neném venha com muita saúde.

— Obrigada Magnus — meu irmão apertou a mão do meu namorado e se aproximou de nós dois — E espero que esse seja o único bebê em nossa família por muito tempo — ele semicerrou os olhos, principalmente para o homem que estava agarrado em sua mão, e que apenas deu de ombros enquanto eu olhava indignada para o meu irmão.

— Vamos te encher de sobrinhos Caio, tantos que vou dá uma de Lady Violet Bridgerton e colocar o nome das crianças em ordem alfabética — Zombei e ele arregalou os olhos, quase como se estivesse perto de ter um AVC.

— Viu? Olha o que você fez com a minha irmã — ele repreendeu Magnus que me puxou para si, passando seus braços ao meu redor.

— Se ela quiser eu posso dá o alfabeto inteiro a ela — dessa vez Caio praticamente correu de perto de mim, o que me fez dar uma risada alta.

— Quase que a criança fica sem pai — ri, mas minha risada cessou quando Magnus apoiou seu queixo no meu ombro, sua respiração me atingiu em cheio causando arrepios.

— Eu não estava brincando — dessa vez fui eu que quase enfartei — Posso te dá quantos filhos você quiser e desejar — ele plantou um beijo em minha bochecha, muito perto da minha boca e isso me fez olhá-lo de lado — Isso significa que você sempre será minha, e de brinde vou ter miniaturas suas pra amar.

Sua mão apertou apertou meu quadril e eu sorri encantada. Claro que o alfabeto inteiro não, mas saber que ele desejava ter um filho comigo significava que ele pensava em nós. Que via nós dois seguindo um futuro e isso fez meu coração acelerar como um bobo apaixonado.

— Eu já disse o quanto te amo hoje senhor Venturine? — sussurrei para que só ele escutasse quando os pais da Sabina se aproximaram para nos cumprimentar.

— Quero escutar você gritar isso mais tarde — ele apertou meu quadril antes de se afastar um pouco para que o casal pudesse falar conosco.

Caio, tão ansioso quanto eu, havia anunciado a notícia do bebê assim que todos os convidados chegaram, fazendo que durante todo o jantar esse fosse o assunto principal. Até que Tom informou sua mudança para Washington, claro, novamente eu estava me sentindo triste com a notícia mesmo que já soubesse, enquanto os demais o desejavam os parabéns.

Sara estava agarrada a uma taça de vinho, seus olhos claros se iluminavam em lágrimas. Mas o que mais me chamou atenção foi a pessoinha atrás dela. Eva havia grudado em mim desde que cheguei, e não me parecia com seu sempre sorriso alegre. Sabina e Caio também pareciam ter notado e estavam a todo momento em cima dela. O que não era o caso agora, já que minha pequena loirinha estava sentada no meio da escada com um urso sentado ao seu lado. Beijei Magnus brevemente e acenei para as escadas e ele pareceu entender me dando uma piscadela.

Sorri para os amigos do Caio próximos às escadas e subi os degraus. Eva virou o rosto quando me viu e focou nas pessoas na sala.

— Acho que vou sentar aqui com vocês — disse me sentando ao lado do urso, e ela apenas ergueu os ombrinhos em indiferença — Onde está o Cookie? Não o vi ainda. — lembrei do cachorrinho adotado.

— Está dormindo no meu quarto, ele não gosta de barulho — não havia animação em sua fala e isso me deixou muito preocupada.

— Vamos vê-ló? Ele pode ter acordado e não é bom deixá-lo sozinho — apelei e ela se levantou, agarrando a minha mão, e a outra segurou seu urso.

Eva só tinha três anos e eu sabia exatamente o porquê dela está assim, puro ciúmes. Em breve um bebê chegaria a essa casa, e ela tinha medo de que fosse ser deixada de lado. Era óbvio que isso poderia acontecer, ela é só um bebê ainda e ama os pais, não quer perder seu espaço.

Quando ela abriu a porta do seu quarto, uma bolinha tropeçando em suas patinhas correu para nos receber. Cookie era um filhote de vira lata extremamente fofo, seu pelinho realmente lembrava cookies de gota de chocolate.

— Ah Eva, ele é lindo. Oi neném! — o peguei nos braços e Eva se sentou na cama, se encolhendo com o urso.

Cookie lambeu meu rosto e seu rabinho estava agitado quando me sentei ao lado de Eva na cama.

— Então agora você foi promovida a irmã mais velha minha princesa? — puxei o assunto e seu queixinho tremeu.

— Sim

— Os irmãos mais velhos têm muitas responsabilidades com os mais novos. Caio é meu irmão mais velho, e desde que me conheço por gente sempre esteve ao meu lado, me ajudando em tudo e me ensinando várias coisas — preferi não dizer "Caio é nosso irmão mais velho" Eva era apaixonada por Caio como pai, e eu preferia não falar disso nesse momento.

— Te ensinando? — ela pareceu confusa, mas interessada no assunto quando ergueu o rosto para me encarar.

— Claro, foi com ele que aprendi a andar de bicicleta. Ele me ensinou a nadar e hoje só sou nutricionista por causa dele, ele estudava junto comigo para o vestibular para que eu conseguisse a bolsa. — Um sorriso genuíno cresceu no rosto de Eva e isso me aqueceu por dentro. Era assim que eu gostava de ver minha menininha.

— E os seus pais não gostavam mais de você do que dele Corine?

"Seus pais" pigarreei e neguei com a cabeça com um sorriso.

— Não, éramos amados igualmente. Caio até era o preferido por ser mais velho e mais responsável.

— Posso te contar um segredo? — ela se aproximou, colocando as suas mãos em forma de concha próxima a boca. Assenti — Eu estava triste e com medo dos meus papais não me quererem mais, por causa do bebezinho.

— Você não precisa ter medo minha princesa, nada vai mudar. Menos a parte que vamos ter que cuidar de um bebê chorão. — ela riu e assentiu.

— Eu te amo maninha — ela subiu na cama para poder me abraçar — Posso ficar com você e o tio Magnus esse fim de semana? Ele prometeu me ensinar a fazer muffins de banana.

Magnus a mimava demais, tanto que ela quase não o soltou quando o viu com o braço engessado e chorou como se estivesse vendo ele sem o braço.

— Claro que pode, sinto falta da minha preferida dormindo comigo — Cookie se agitou no meu colo querendo me lamber e nós duas rimos.

— Ele gostou de você, né mocinho? — ela moveu as mãozinhas para tocar a cabecinha cheia de pelos.

— Eu também gostei dele, acho que vou levá-lo para mim — provoquei e Eva fez bico.

— Não irmãzinha, ele é meu!

— Mas você já vai ter um irmãozinho para cuidar minha princesa.

— Eu quero os dois! — ela cruzou os braços e enchi seu pescoço de beijinho, o que fez ela rir alto.

[..]

Eu ainda continuava tateando o ar com as minhas mãos mesmo que confiasse no Magnus. Meus olhos foram vendados assim que saí da casa do meu irmão, aparentemente eu teria uma grande surpresa, mas só poderia ver quando eu chegasse ao lugar. O que havia demorado uma eternidade.

— Eu não vou deixar você bater em nada baby, já disse — sua voz grossa não combinava com a ansiedade nela, e isso aumentou minha própria ansiedade.

— É uma reação involuntária, desculpa — soltei um gritinho quando ele colocou suas mãos na parte de trás do meu joelho e me ergueu.

— Tem um buraco aqui — abracei seu pescoço, e o cheiro do seu perfume alcançou minhas narinas. Não era um cheiro forte, mas era másculo, marcante e sem perceber acabei esfregando meu nariz em sua clavícula um pouco descoberta — Se continuar minha surpresa será você nua e amarrada até amanhã de manhã.

Não havia humor em sua voz, era uma promessa e mesmo que eu quisesse muito, já que estava a semanas sem seu toque, não continuei, sua surpresa era mais que importante para mim agora.

Quando fui colocada no chão Magnus me abraçou por trás, seus braços ficaram por cima dos meus e isso me impediu de levar as mãos até a venda.

— Magnus — quase choraminguei, eu amava suas surpresas, mas elas antes me traziam milhares de sensações de uma única vez.

O frio gélido me atingiu, me causando arrepios e tive a plena certeza de que estávamos em um ambiente aberto.

— Eu estou tão ansioso quanto você, mas peço que tenha paciência — sua voz ainda era de alguém que estava nervoso e isso era uma grande surpresa para mim. — Quero fazer tudo certo Corine, por favor, me permita isso.

Nervoso? Por favor? Eu acabaria tendo um ataque antes de saber o que estava acontecendo. Assenti em um completo breu, sua voz e seus braços à minha volta, eram os únicos sinais de que eu não estava dormindo.

— Eu estive pensando nisso a semanas, por isso demorei. Nada parecia bom o suficiente para isso, eu queria um lugar especial, mas qual? — ele me apertou ainda mais, e agora minhas costas estavam coladas ao seu peito — Eu amo você, amo tanto que às vezes me sinto em abstinência quando você não está por perto, quando meus olhos não estão em você, ou quando não posso tocar em você.

Meu coração bateu forte contra minha caixa torácica, porque eu me sentia da mesma maneira.

— Eu quero dormir, acordar ao seu lado. Compartilhar todos os momentos da minha vida com você, todos sem exceção. Não quero ter que te deixar na porta da sua casa todos os dias, porque eu quero te levar para a nossa — o ar faltou em meus pulmões, como se respira? Céus, como se respira?!

O afrouxar dos seus braços a minha volta me permitiram levar as mãos até a venda, a tirando dos meus olhos. Meus olhos se arregalaram em surpresa, o vento gélido não se tornou incômodo algum porque minha pele estava aquecida. Minhas emoções estavam em um grande ninho enquanto eu admirava Staten Island, o distrito estava iluminado e do alto em que eu me encontrava eu podia ver a ponte Verrazano - Narrows que ligava o distrito ao Brooklyn.

Eu já havia vindo a esse lugar na última semana quando viemos procurar uma casa para dona Luna que pretende se mudar. O ambiente em que nos encontramos é um parque florestal aberto com trilhas, mas que podem ser feitas de carro para apreciar a vista iluminada à nossa frente. Da última vez era dia, então a vista noturna era de tirar o fôlego.

— Magnus, isso é incrível — me virei abruptamente para ter a certeza que ele via a mesma coisa que eu, porém o encontrei de joelhos. Minha ficha demorou segundos até entender o que ele estava fazendo, meus olhos inundaram de lágrimas e levei as mãos até a boca.

O lugar não era tão iluminado, e isso trazia um ar ainda mais romântico se visto da forma que eu via. O vento bagunçou meus cabelos e eu não podia me importar menos com minha aparência.

— Acho que sou melhor em dar ordens do que me abrir para você com palavras — e ele sorriu ainda nervoso, e eu ri de nervoso também, desejando que ele não desmaiasse — Mas eu amo você, quero você para sempre. A quero como minha Corine, minha mulher, minha namorada, minha esposa, minha submissa, minha melhor amiga. Eu sei que eu não sou tão incrível assim, mas por você eu tento ser. Quero ser o meu melhor para você, sempre, cada dia da minha vida. Porque eu te amo, eu sei que eu deveria ser mais romântico.

— Não Magnus, você n...

— Por favor — ele agarrou minha mão e tirou do bolso uma caixinha de veludo — Sim, eu deveria ser mais romântico. Mas eu amo você, de forma genuína e sincera. Quero sempre estar ao seu lado vibrando pelas suas conquistas, e quero que esteja ao meu lado também. Então — ele abriu a caixinha preta e ri de nervoso novamente, meus dedos tremeram contra a sua mão e ele a apertou — Aceita ser minha senhora Venturine?

— Sim, claro, óbvio, com toda a certeza do mundo — mal esperei ele terminar de perguntar, a adrenalina corria forte pelo meu sangue e eu me sentia plena, plena de uma felicidade que eu não achava que fosse possível alcançar.

Magnus se ergueu de onde estava ajoelhado e de forma destrambelhada o ajudei a colocar a aliança no meu dedo e no dele. Me surpreendendo ele agarrou minha cintura de maneira firme e me beijou, dessa vez não havia nada de sutil e eu joguei meus braços ao redor do seu pescoço. Meus olhos ainda continham lágrimas pela emoção enorme. Soltei um arfar quando ele ergueu minha cintura com um único braço como se eu não pesasse nada, me forçando a abraçar seu quadril com as minhas pernas.

— Meus planos iniciais era pedir no jantar, na frente da sua família e amigos. Mas não quis roubar a atenção dos futuros papais e do mais novo editor de Washington.

Ele deitou meu corpo sobre o capô do seu carro, e se manteve entre minhas pernas. Encarei nossas mãos unidas onde as alianças brilhavam e sorri.

— Porquê esse lugar? — perguntei e ele me encarou. Seus olhos azuis sempre haviam me chamado atenção, mas não como agora. Pareciam mais claros e com um brilho feliz.

— Pensei que seria bom comemorarmos no nosso futuro lar. — O olhei confusa — A casa que passamos a semana procurando, não era para a minha mãe, era a nossa.

— Magnus? — me sentei, desacreditada.

— Quem casa, quer casa meu amor — sua sobrancelha se ergueu de forma sacana, enquanto sua mão subia pelas minhas coxas — Eu vi como você gostou da casa que olhamos aqui, você não parou de falar do espaço aberto e de como era bonita.

O olhei constrangida, sim, eu havia amado a casa mais do que imaginei. Mas não esperava que o que ele estava me mostrando seria nossa nova casa.

— Se for sonho eu não quero acordar nunca — passei minha mão pelo rosto bonito do meu noivo, sua barba por fazer o deixava ainda mais sexy, e era boa a sensação contra meus dedos.

— Se fosse sonho eu poderia fazer isso? — ele levou suas mãos até o meio das minhas pernas — E isso? — seu polegar me pressionou por cima do tecido da calcinha — Se fosse sonho sua bocetinha estaria tão melada quanto está agora meu amor? — ele prendeu meu queixo entre seus dentes, e joguei minha cabeça devagar para trás.

— Eu te amo — declarei, moendo minha pélvis contra sua mão ousada.

— Mais alto — seu tom de voz se tornou quase selvagem e ele afastou minha calcinha com os dedos.

— Eu te amo — aumentei a voz e ele deslizou seu dedo pelos meus fluídos.

— Acho que você pode fazer melhor que isso — ele me provocou com a ponta do seu dedo, deslizando de forma torturante pouco a pouco.

— EU TE AMO MEU NOIVO! — gritei, como ele havia dito que eu faria mais cedo.

— Minha garota — ele avançou sobre minha boca.

• Até quarta teremos o último capítulo+ epílogo.

Continue Reading

You'll Also Like

29.5K 2.6K 38
Eu não pedi para nascer. Não pedi para ter a mãe que tive Nem pedi para ser deixada para trás. Ser filha da outra, da quase amante é ser marcada. Ma...
585K 34K 31
Nascida em um bairro de classe média na Calábria, Itália, Allegra Pellegrini, de 19 anos, cresceu sendo submetida às ordens dos pais e do irmão mais...
9.8K 577 25
"- "Eu podia ser o que quisesse nesta vida, mas queria ser dele". - estávamos lendo um dos livros do Aaron e estava adorando escutar sua voz recitar...
81.6K 7.1K 45
Red Moon - franquia de Grey Moon Depois do grande trauma que sofreu Kelly resolveu ir até Nova York atrás de respostas sobre o seu passado, na carta...