O Vilão

By FeyreArcheron15

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Amélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um pod... More

Avisos!
Cast!
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Leiam por favor!
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 39
Capítulo 40
Aviso!!!
Capítulo 41
Respondam por favor!!!
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Link do vídeo do tik tok!
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Aparência do Horus!!!
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Instagram!!!
Capítulo 66
Horus e Reina!!!
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Leiam por favor!
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Aviso!
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Próxima fic!!!
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95

Capítulo 38

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By FeyreArcheron15

Amélia on:

Fazia uma hora que Aleksander tinha atravessado para longe.

Uma hora lenta e torturante, em que não consegui fazer nada além de me sentar na cama do quarto dele e pensar no que vi.

As cicatrizes...

Marcavam toda a extensão das costas dele e por mais que eu me neguei a pensar demais, por mais que eu tente me controlar porquê não é da minha conta, eu não consigo.

Quem foi capaz de fazer aquilo?

Aleksander é o criador.

Ele é o ser mais forte que eu já vi.

Como alguém conseguiu machuca-lo e como ficaram cicatrizes?

Eu vi Cassian atravessar uma lâmina no ombro dele e ele se curou em segundos.

Como essas cicatrizes...

Fecho os olhos.

Eu não deveria pensar nisso.

Deveria pensar em Aleksander.

Ele tinha atravessado ao ver o horror em meus olhos.

Ele interpretou de forma errada e fugiu, não suportou o que viu em minha expressão.

Será que ele achou que eu senti nojo?

Não importa.

Eu vou esperar por ele aqui.

Uma hora ele voltará.

Me levantei, indo até o guarda-roupa e pegando uma camisa social branca.

Eu não sei se ele vai ficar satisfeito ao voltar e me ver com uma camisa sua, mas essa é a menor das minhas preocupações no momento.

Então eu vesti a camiseta, que ficou mais para um vestido, quase alcançando meus joelhos.

O cheiro dele, aquele forte e viciante, estava impregnado na camisa e eu encostei o nariz no tecido.

Inspirei, sentindo aquele aroma forte e viciante.

Me deitei na cama, mas não demorou para meus pensamentos se voltarem para Aleksander.

Eu não saí daquele quarto pelo resto da noite e quando menos esperei, o sono me alcançou e eu me entreguei a ele.

Sonho on:

Eu estava em uma sala, notei isso porque a pouca luz que entrava no local, me permitia ver as paredes, sem janelas ou porta.

É estranho, mas não foi isso que me fez ficar tensa.

Ouvi um gemido baixo e doloroso, o som é familiar, meu corpo tensiona imediatamente.

Me assusto quando tochas se acendem, dando luz a sala.

E novamente ouço o gemido de dor.

Meus olhos são atraídos para uma das paredes, alguém estava preso.

Meus olhos se arregalaram e dei um passo para trás instantâneamente.

Eu conhecia os cabelos brancos, assim como conhecia o corpo preso àquelas paredes.

Aleksander...

Tentei me aproximar, mas meus pés pareciam chumbo no chão e eu não consegui fazer nada além de observar com horror o seu estado.

Correntes prendiam partes de seu corpo.

Seus pulsos estavam esticados para o lado, os braços abertos, tinham correntes em seu pescoço também, assim como em seu tronco.

Ele estava ajoelhado no chão, mas em seus tornozelos haviam correntes grossas de ferro, o macho não usava nada além de uma calça velha e desgastada.

Ele parecia cansado.

Meus olhos lacrimejaram quando vi o sangue escorrer por seu corpo, linhas e linhas vermelhas manchando sua pele e se acumulando no chão ao seu redor.

Seu corpo tombou para a frente e outro gemido escapou dele.

- Aleksander...- chamei, lágrimas manchando meu rosto, uma mão erguida em sua direção.

Suas costas...

Estavam rasgadas, como se um chicote tivesse sido usado para causar os ferimentos que marcavam toda a extensão de sua pele, antes imaculada.

Ele ergueu o olhar, os olhos vítreos como se tivesse ouvido o meu chamado, seus lábios se moveram e uma palavra foi pronunciada lentamente.

- Vileya Myessa...

Arregalei os olhos, mas Aleksander não poderia estar me vendo, essa é uma lembrança, então...

Ele está sonhando comigo?

Senti meus pés ficarem leves e corri até ele, mas uma luz forte irrompeu de algum lugar, me cegando e eu fechei os olhos...

Sonho off:

Acordei com um solavanco na cama e me sentei rapidamente, fechando os olhos e respirando fundo.

Olhei ao redor.

Eu ainda estou no quarto de Aleksander, mas sei que está de dia por causa das cortinas que estão levemente abertas.

Agora parei para reparar, enquanto meu quarto é em tons de marron claro, rosê e branco, o dele é em tons escuros, preto, cinza e vermelho.

Mas no resto é igual ao meu, os móveis e os cômodos.

Ouço uma batida na porta e mando entrar.

Mas me afasto na cama quando vejo uma criatura feita de sombras entrar.

É a mesma que nos guiou em sob a montanha.

Ele faz uma reverência para mim.
- Minha senhora...

- Sou Amélia - Falo rapidamente.

- Sim, senhora, eu sei - responde, pondo uma mão no peito - meu nome é Horus e estou aqui para ajuda-la.

Franzo o cenho.
- Com o quê, exatamente? - pergunto e ela estala os dedos, uma bandeja com comida aparecendo na minha frente.

- Com tudo, inclusive com os treinos físicos - explica.

Olho fixamente para a bandeja em minha frente, com suco de laranja, frutas cortadas com iogurte e pão com ovos.

Ergui o olhar.
- Horus...- chamo lentamente, ele me olha atentamente - Onde está Aleksander?

- Ele... está ocupado, senhora - responde.

- Me chame de Amélia, ocupado com o que? - pergunto.

- Com...os outros monstros, ele está...- a criatura se interrompe, não sabendo o que dizer.

- Ele está me evitando, pode dizer - digo, seca.

- Eu não posso afirmar - a criatura diz.

- Ele vai demorar? - pergunto.

- Não sei, senhora - ele responde, se aproximando - Estarei esperando lá embaixo.

Assinto, vendo-o desaparecer em sombras e pego a bandeja, começando a comer devagar.

Eu não sei onde ele está, mas não posso deixar que ele se afaste, eu tenho que saber como aquilo foi causado a ele.

Mas...eu já sei.

O sonho...

Preciso saber se foi real, ou se só foi uma ilusão porque vi as cicatrizes.

                         {...}

Saio da cama assim que termino de comer, então vou ao banheiro do meu quarto e faço minha higiene matinal, tomando um banho rápido no processo e vestindo uma legging preta e uma regata cinza, não calcei sapatos.

Depois de prender meus cabelos em um rabo de cavalo eu saio do quarto e desço as escadas, encontrando Horus me esperando lá embaixo.

- Onde está Kieran? – questiono confusa.

- Está com o mestre – ele responde.

Assinto, mordendo o lábio inferior e seguindo ele em direção a sala de treino.
Assim que chegamos eu olho para Horus que estava usando as sombras para se transformar em algo.

- Você pode se transformar...- murmuro surpresa ao vê-lo assumir a forma de um grão-feérico de pele escura e cabelos longos, os olhos castanhos.

- Sim senhora – responde, ficando em posição de batalha.

Repito, decidindo conversar com ele um pouco, talvez eu consiga alguma informação útil sobre Aleksander.

Ataco, e ele desvia, devolvendo o golpe que consigo desviar por pouco.
- Sua guarda está baixa, senhora – murmura.

- Pare de me chamar assim, por que me chama assim? – pergunto, enquanto continuamos a lutar.

Ele parece surpreso.
- Por que não chamaria? – questiona, desviando de um chute meu.

- Você não chama mais ninguém assim, ou chama? – questiono, lhe dando uma rasteira.

- Sim...- diz receoso.

- Quem? – pergunto, estreitando os olhos por já suspeitar.

- O senhor Aleksander, senhora – diz e eu paro de lutar, franzindo o cenho.

- Então me chama assim por causa dele? – pergunto, vendo-o negar com a cabeça.

- Me parece certo, apenas – responde.

- Eu não quero treinar – falo.

Ele volta à sua forma original, inclinando levemente a cabeça para o lado.
- O que quer fazer, então?

Cruzo os braços.
- Quero ver Aleksander – falo.

- Não posso fazer isso...- eu o interrompo.

- Então ele disse que não queria me ver? – pergunto.

- Não, ele jamais diria isso, ele só...- as palavras somem de sua boca.

- Ele só o que? – me aproximo, sentindo a raiva transparecer em meu tom de voz e postura.

Ele dá um passo para trás, parecendo hesitante ao ouvir meu tom, mas eu não entendo o motivo já que ele provavelmente pode me matar tão rápido quanto um piscar de olhos.

- Eu quero ver Aleksander e não vou treinar até que ele venha fazer o que combinamos, diga àquele babaca egoísta que eu quero ver ele até amanhã de manhã, do contrário voltarei para casa e nunca mais quero olhar para a cara dele – rosno, dando as costas e respirando fundo antes de caminhar de volta para o meu quarto.

- Amélia...- Horus chama, mas eu ignoro seu chamado e continuo seguindo caminho.
Aleksander não poderia me ignorar para sempre.

                         {...}

O dia passou tão lentamente que por um momento eu quis gritar de raiva pelo silêncio da casa, Horus não apareceu, Kieran muito menos e Aleksander...

Bufo pela centésima vez naquele dia, já anoiteceu, eu certamente passei a maior parte do meu tempo pintando e lendo, evitando pensar demais nas horas que se arrastavam lentamente.

Almoçar e tomar café sozinha foi algo que não quero repetir tão cedo e por mais que eu odeie admitir, devo assumir que prefiro a companhia irritante de Aleksander.

Suspiro, decidindo ir dormir, afinal, se Aleksander não tinha chegado ainda é porque ele realmente não quer me ver e isso significa que eu não tenho nada para fazer aqui.

Eu sairia ao amanhecer, não tô nem ai se meus poderes podem se descontrolar, também não quero obrigar ele a me contar o que houve para as cicatrizes não se curarem.

Depois de um longo e relaxante banho, vesti um short e uma regata de pijama, ambos roxos.

Me deitei na cama, decidindo me forçar a dormir, mesmo que eu não esteja com tanto sono assim.

Os pensamentos rodeiam minha mente.
Ele não vinha mesmo?

Será que não vai mais me ajudar com meus poderes?

Ele estava se afastando e eu sabia o motivo, mas queria saber porque ele achava que deveria se afastar.

É estranho me importar tanto com alguém que eu deveria odiar.
Mas eu não consigo de fato odiar Aleksander.
E eu sequer estou me esforçando para isso.

Adormeci um bom tempo depois.

                           {...}

Era madrugada quando despertei mas não abri os olhos, na esperança de dormir novamente, sei disso porque deixei as persianas abertas e não sinto o sol em meu rosto, além do frio que sinto, ainda sim não me movo, talvez eu consiga dormir de novo.

Isso não aconteceu, mas eu senti as batidas do meu coração se acelerando conforme um cheiro familiar preencheu minhas narinas.

Eu consegui ouvir seus passos quase silenciosos, assim como senti seu cheiro, agora mais forte.

A cama afundou atrás de mim e fechei os olhos com mais força, me impedindo de olhar para ele e vê-lo fugir de novo, de mim.

Sinto o calor de seu corpo mais próximo, um segundo antes de sentir um braço forte rodear minha cintura e sou delicadamente puxada contra um corpo masculino, o dele.

Aleksander não usava camisa, senti sua pele contra a minha, segurei seu pulso e o puxei para longe, fazendo menção de me afastar, mas sua voz baixa insistiu.

- Agora não, amanhã...- pediu e parei de me mover, soltando seu pulso lentamente.
Ele me abraçou por trás e sentir seu calor nesse momento frio foi algo reconfortante, demais.

Me movi, virando de frente para ele sem abrir os olhos, senti sua surpresa quando me aproximei, espalmando as mãos em seu peitoral e me aninhando contra ele, uma das minhas pernas entrelaçada com a dele, o macho travou por um segundo, não esperando aquela reação minha provavelmente, mas eu não me importei e enfiei o rosto na curva de seu pescoço.

Seu coração batia forte em seu peito e deixei escapar um mínimo sorriso com isso.

Ele passou ambos os braços com firmeza ao meu redor e encostou o queixo no topo da minha cabeça.

Seu silêncio me incomodou, eu sabia que não era qualquer silêncio.

Mas eu não disse nada e me aninhei em seus braços, sentindo as batidas do meu coração diminuírem a medida que sinto o sono chegando e uma sensação reconfortante passa por mim, eu não sei porque, mas é bom.

                          {...}

Acordei nos braços de alguém naquela manhã.

Os braços fortes ao meu redor, o cheiro familiar e viciante...

Aleksander.

Ele está acordado, sei disso por que seu coração está levemente acelerado.
- Está acordada – ele murmurou.

- Estou – digo, apenas.

- Ainda está com raiva? – sua voz é baixa, sem o escárnio rotineiro ou o sarcasmo.

- Pelo quê exatamente? – questiono, minha voz tão baixa quanto a dele – por fugir ou por me ignorar durante um dia inteiro, fingindo ter algo para fazer?

- Eu não ignorei você – responde.

Ergo o olhar e ele inclina o rosto para me encarar, seu rosto estava tão perto que eu senti sua respiração em minha pele, mas não foi isso que me fez franzir o cenho.

Os olhos dele estavam...apagados, sem qualquer sentimento.

Me sentei na cama, vendo-o suspirar e fechar os olhos.
- O que houve? – questiono.

Ele abre os olhos, me fitando interrogativo.
- Por que a pergunta?

- Você está diferente – comento.

- Só cansado, amor – diz se sentando na cama.

Mesmo que tente esconder eu noto que ele se encosta na cabeceira da mesma para que eu não veja as suas costas.

- Eu quero ver – falo, me aproximando, mas as mãos dele seguram ambos os meus ombros e o macho arqueia uma sobrancelha, um sorrisinho no rosto.

- Mas nem tomamos café ainda – não entendi a malicia em sua voz, não de inicio.

Mas arregalo os olhos quando me dou conta um segundo depois.
- Seu canalha, não fuja do assunto – falo.

Ele ri baixinho, mas sua expressão vai se tornando seria.
- Eu quero ver suas costas – falo e ele franze o cenho.

- Por que? – parecia realmente sincero – por que insiste nisso?

- Por que se incomoda? – rebato.

O macho solta meus ombros e se move, se levantando da cama sem me deixar ver suas costas, ele veste uma camiseta branca e me encara.

- Eu não me incomodo – responde.

Me levanto, ficando na frente dele.

- Não?

O macho nega com a cabeça, mas quando ergo a mão e faço menção de tocar as suas costas, ele segura meu pulso, os olhos assumindo um brilho frio e distante.

- Amélia, não...- avisa.

- Você tem medo? É isso? – pergunto – Ou vergonha?

Ele solta uma risada seca.
- Não seja inocente amor, eu não sou o que pensa – sua voz também se tornou fria.

Aquilo me faz engolir em seco, não desviando os olhos.
- E então, o que você é?

- Um monstro, não é? – pergunta.

- Eu nunca disse...

- Mas achou, então não finja que se importa agora, só por que nos beijamos – diz.

- Se está com raiva de algo, então não desconte em mim, seu babaca! – rosno.

- Espera que eu fale sobre algo que te deixa horrorizada? – pergunta friamente.

Confusão toma conta de mim.
- O que...do que está falando? – questiono, procurando algo em sua expressão.

Mas Aleksander não responde.
Ele inclina o rosto para perto, a voz baixa e fria.
- Pare de perguntar, eu não vou falar sobre isso com você – fala e me dá as costas, fazendo menção de sair.

- Eu só queria saber – digo – por que eu pensei que...

- Eu não preciso da sua pena, guarde para alguém que precise – avisa antes de sair do quarto.

Meus olhos estão arregalados e sinto uma raiva começar a crescer em mim.
Do que ele estava falando e por que ele agiu assim?

Ele disse que as cicatrizes tinham me deixado horrorizada mas...

Ele acha que sinto nojo ou pena?

Isso não importa, ele não deveria ter agido assim.

Eu precisava falar com alguém, já que não vejo kieran e Aleksander está fora de cogitação.

Por isso escrevi uma pequena carta, mesmo que meus poderes estivessem presos para não se descontrolarem, eu consegui mandar uma mensagem de fogo para Cassandra.

Eu a queria aqui, por uns dias ao menos, estava com saudades daquele ser irritante.

Sorri comigo mesma ao lembrar de alguém que adoraria tê-la aqui.

Kieran, ele enlouqueceria ao saber que chamei Cassandra.

Fiz minha higiene e tomei banho, optando por vestir algo mais solto, escolhi um vestido azul claro rodado que chegava até pouco acima dos joelhos e prendi a frente do cabelo para trás, deixando duas mechas soltas na frente, enroladas até formarem cachos.

Eu não estava com fome e não queria esbarrar com aquele babaca platinado tão cedo, por isso fui para a sala de pintura, estava quase finalizando um quadro e esperava que aquilo tirasse a raiva de mim e me fizesse esquecer um pouco do macho que eu menos queria ver agora.

                         {...}

Autora on:

Aleksander bateu a porta do seu quarto com força, sentindo a raiva e a vergonha que guardou por tanto tempo finalmente sair.

Ele foi frio com Amélia e ela provavelmente não iria querer vê-lo tão cedo, então ele ficaria no quarto para que ela pudesse transitar pela casa sem ter que esbarrar com o macho.

Aleksander sentiu algo pesar em seu peito assim que saiu do quarto da fêmea, depois de lhe proferir as palavras frias e após ver a expressão dela.

Ele reagiu, para fugir da pergunta.

O macho não é idiota, ele viu o horror nos olhos de Amélia e sentiu emanar dela.
Aleksander não sabe dizer o que sentiu quando viu o quanto suas cicatrizes afetaram Amélia, ele só pode dizer que não gostou nenhum pouco da sensação e não queria sentir novamente.

Ela só viu as cicatrizes através do espelho, pela primeira e ultima vez e ele não deixaria que ela visse de novo, não depois da reação dela.

Amélia já o odiava, ele sabia mesmo que a provocasse com o contrário.

Ela o odiava, ainda que sentisse atração por ele.
Porque era isso que ela sentia, atração, nada mais.

Ele achou, por um momento que poderia esquecer quem era, que poderia esquecer tudo que aconteceu, que conseguiria ignorar o ódio que ela sente por ele e avançar.

Mas depois do horror que viu nos olhos dela...

Amélia é perfeita, em todos os sentidos.

Ela é tudo que ele não é.

E ela deveria ter alguém à sua altura.

Quem era Aleksander?

O macho que tentou matar quem ela ama.

Que aterrorizou todo o povo dela, que aterrorizou sua família?

Que pôs ela em risco, que é o maior inimigo deles atualmente.

Que provavelmente vai matar alguém com quem ela se importe, para recuperar a única coisa que ele tem, além de Kieran.

Aleksander só tinha isso, poder.

Sem isso ele não era nada, ele se sentia um nada, por que estava enfraquecendo.

Ele fechou as cortinas e trancou a porta, acendeu as luzes e ficou de frente para o espelho tirando a camisa, forçando-as para fora.

Sem magia, era doloroso, muito.

Seu grunhido de dor foi abafado por seus dentes que se cravaram em seu lábio inferior para que não gritasse enquanto elas lentamente saiam para fora, despontando de suas costas.

Aleksander deveria ser imortal, ele ainda é, verdadeiramente.

Mas por pouco tempo.

Seus olhos se arregalaram e o puro terror tomou conta de todo o seu corpo quando viu o estado delas.

Outrora brancas e sedosas, fortes.

Ele não sabia que isso era possível.

Achava que não poderia acontecer tal coisa com ele, mas a mãe não brincou quando colocou a maldição nele, ele teria o que mais queria de volta, mas perderia aquilo que mais amava, ele ainda não sabia o que era.

Mas ao ver seu reflexo no espelho ele soube que não estava apenas ficando fraco e que não se tornaria um Grão-feérico como pensou.

Aleksander estava morrendo.

Verdadeiramente morrendo, sem possibilidade de volta.

Seus olhos lacrimejaram quando percebeu isso.

Seu tempo estava acabando, ele viu isso no espelho, precisava recuperar seus poderes o mais rápido possível.

Ele as encarou de novo, caídas no chão e tão sensíveis, fracas.

Suas asas...

Ele viu quando uma pluma caiu no chão, como muitas outras tinham caído, deixando a pele das asas à mostra.

Seus olhos escureceram.

Ele tinha perdido seus poderes.

Estava perdendo suas asas.

E logo perderia sua vida.

Ele precisava fazer algo.

















































* Eu ia postar antes, mas a criatividade me abandonou.

O que acharam desse capítulo?

Aleksander é verdadeiramente imortal, mas a maldição dele foi dada pela mãe e ela criou ele, então ela pode matar ele lentamente, caso ele não recupere os poderes.

Aí é que tá a minha pegadinha, as coisas não serão tão fáceis hehehehe.

O que acham que Aleksander vai fazer em relação ao que descobriu?

E Amélia? Como será que ela vai reagir ao saber?

Cassandra logo logo chega pra aterrorizar Kieran kakakakaka.

Espero que gostem.
Bjs.



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