O Vilão

Galing kay FeyreArcheron15

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Amélia Archeron sempre foi o orgulho dos seus pais. Filha dos grão-senhores da corte noturna, portando um pod... Higit pa

Avisos!
Cast!
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Leiam por favor!
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Aviso!!!
Capítulo 41
Respondam por favor!!!
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Link do vídeo do tik tok!
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Aparência do Horus!!!
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Instagram!!!
Capítulo 66
Horus e Reina!!!
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Leiam por favor!
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Aviso!
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Próxima fic!!!
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94

Capítulo 36

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Galing kay FeyreArcheron15

Autora on:

Kieran decidiu esperar por Aleksander do lado de fora da casa, ele não queria ouvir o desenrolar da história e sabia que teria alguma discussão.

Aleksander conseguiria facilmente lidar com aqueles Grão-feéricos, mas Kieran certamente não estava com paciência para tal.

Ele estava encostado na parede da casa, observando a cidade e as pessoas, que pareciam tão alegres.

Isso o lembrou de quando Aleksander criou o próprio império.

As pessoas naquela época eram verdadeiramente felizes, ainda que o Grão-rei não sentisse nada por aquelas pessoas, ele fazia o possível para dar a elas o conforto e a paz que necessitavam.

Até que Aleksander foi preso.

Ele se lembra de tentar liberta-lo, as cidades do criador estavam um caos, as pessoas se desesperaram, ninguém conseguiria cuidar de um império daquele tamanho.

Era responsabilidade demais.

E as pessoas aos poucos foram mudando.

Antes de ser preso, Kieran conseguiu ver o império do qual Aleksander tanto se orgulhou por um bom tempo, ruir.

E com o tempo, os feéricos formaram cidades, reinos, cortes, elegeram grão-senhores e agora o território de Prythian, que antes era um só, foi dividido em sete cortes.

Alguém pousou com força na frente da casa, chamando a atenção de Kieran que ergueu a cabeça em um rompante.

Ele viu a mesma fêmea que o chutou, aquela irritante que conseguiu tira-lo do sério em segundos.

Ele se surpreendeu ao notar que ela tinha asas illyrianas, grandes e imponentes.

Ela pareceu surpresa ao vê-lo, encostado na parede externa da casa com os braços cruzados.

Kieran a encarou com raiva quando viu um sorrisinho se abrir nos lábios dela, que começou a caminhar lentamente em sua direção, cruzando as mãos atrás das costas, as asas sumindo.

Seus olhos desceram, ela usava um couro illyriano que...marcava as curvas avantajadas que tinha.

- Veio me ver? Não sabia que já tinha sentido saudades - ela ronrona.

O macho a ignorou, esperando que a fêmea se afaste, mas ela não o faz.

- Vai mesmo me ignorar? Depois do momento que compartilhamos? - ela para na frente dele, o olhando com falso pesar.

- Fique longe de mim - ele avisa, a voz baixa.

- Ainda está chateado pelo chute? - ela diz, olhando para o meio das pernas dele, Kieran cobre aquela parte, mostrando os dentes para a fêmea que o encara divertida.

- Fêmea irritante - ele fala.

- O que faz aqui, querido? - questiona, pressionando uma adaga no pescoço dele.

Confusão brilha nos olhos do macho.
- Tire - ele manda.

- Se não me disser o que faz aqui, vou rasgar você - ela murmura - seria uma pena com esse rostinho lindo.

Ele agarra o pulso dela e o afasta do pescoço, Cassandra sorri divertida.

- Não se aproxime mais de mim - ele avisa, se aproximando.

- Se não o quê? Vai me lamber, cachorro - provoca.

Ele trinca a mandíbula, raiva brilhando nos olhos azuis.

Cassandra faz menção de provoca-lo mais, mas é interrompida quando a porta se abre em um rompante e de lá sai a pessoa que ela procurava.

Amélia on:

Assim que junto uma bolsa de coisas, Aleksander a pega antes que eu possa impedir e assim saímos do quarto.

- Não faça nada - aviso quando aparecemos na sala de estar.

Meu pai estava de pé e quando me vê, se aproxima.

Aleksander entra na minha frente, fazendo-o parar e vejo raiva brilhar nos olhos violetas.

Aleksander era ligeiramente mais alto que o grão-senhor, que teve que inclinar levemente a cabeça para olhar ele.

- Saia da frente - ele avisa.

- Não vai fazer nada para impedir o inevitável, grão-senhor - o outro ronrona.

Rhysand rosna, Feyre se aproxima atrás dele, segurando a mão do parceiro, vejo raiva em seus olhos, mas ela está mais controlada que o macho.

Eu entendia a raiva dele, ele odiava Aleksander com todas as suas forças e isso o deixava cego.

Por sorte, Azriel não estava aqui, ou teríamos outra briga.

- Ela é minha filha, eu a quero segura e bem longe de você - o grão-senhor rosna.

Cassian e Nestha estavam mais afastados, mas assim que viram a mão livre de Aleksander se fechar em punho, eles de aproximaram levemente.

Saio de trás de Aleksander, minha mão tocando suas costas para indicar que não fizesse nada.

Ele tensiona o corpo assim que sente meu toque, mas não faz nada e sua expressão se alivia ligeiramente.

- A quer segura? - ele pergunta com sarcasmo - ela quase morreu hoje por causa do seu descuido.

A voz do macho era um aviso explícito.

Meu pai não cedeu.
- Amren vai treinar ela, não você - avisa.

Amren estava no canto da sala, por sinal ela sequer havia se imposto para nada desde que a discussão se iniciou.

Notei que ela observava atentamente algo, interesse brilhava em seus olhos e ela ignorava a discussão que se seguia, ainda que seu nome fosse citado.

- Aquela besta demoníaca sequer foi capaz de ensina-la a controlar a magia, não vou deixar Amélia morrer por causa da sua incompetência! - rosna de volta.

- Você não decide isso - meu pai diz.

Aleksander sorri.
- Amélia decidiu, você quer tirar a decisão dela - ele diz e me olha - diga, Amélia, o que quer?

As atenções recaem sobre mim e me sinto esmagada pelo peso do olhar dos meus pais.

- Se quiser, ficará para treinar com Amren, ou pode ir comigo, a decisão é sua, sempre será - Aleksander fala, os olhos me fitando em busca de uma resposta.

Olhei em seus olhos e soube que ele estava falando a verdade.

Olhei para meus pais.
- Eu vou - falo e vejo algo brilhar nos olhos violetas, tristeza.

Minha mãe me encara com confusão, mas entendimento brilha em seus olhos quando vê minha expressão.

Ela sabia que eu não queria machucar eles e agora entendia.

- Rhysand, se afaste - ela diz e ele a olha confuso.

- Fey - fala, como se não entendesse.

Ela assente para ele.

- Ela vai ficar bem - tranquiliza.

- Eu vou voltar - falo e Aleksander caminha para fora, passando por eles sem olhar para os rostos raivosos.

Eu também caminho e ninguém me para, choque ainda brilhava nos olhos dos meus tios.

E Amren, um sorrisinho desenhava seus lábios, os olhos prateados brilhavam com um interesse incomum e ela parecia ter descoberto algo fascinante.

Saí para fora, onde Aleksander me esperava.

Ele olha para o lado e vejo confusão em seus olhos, quando olho, sei que meus próprios olhos expressam confusão.

Kieran, encostado na parede da casa, segurava o pulso de Cassandra no ar, enquanto ela sorria divertida, estavam próximos.

A porta se fecha em um rompante, fazendo-os me olharem e surpresa toma os olhos dela.

A fêmea solta a adaga e Kieran solta seu pulso, os olhos levemente arregalados por terem sido pegos em... algo.

Aleksander estreita os olhos para ele que nega com a cabeça.

Cassandra vem até mim, passando os braços ao meu redor e me abraçando com força.

- Pela mãe, você quase me matou de susto - ela diz, sorrindo de orelha a orelha.

Sorri também e nos afastamos.

Vejo Aleksander caminhar para longe com Kieran.

- Eu sei, eu quase morri literalmente e Aleksander me ajudou - explico.

Ela franze o cenho, confusa pelo que eu acabei de dizer.

- Ele...ajudou? Espera, por que você quase morreu? - ela pergunta, preocupada.

- Minha magia está descontrolada e ele é o único que pode me ajudar, então estou indo com ele - falo, esperando que ela exploda e me xingue de todos os nomes possíveis.

Mas ela assente.
- Entendo.

- Não vai me xingar? - pergunto divertida.

Ela suspira.
- Eu deveria, mas sei que você realmente só vai para não arriscar machucar ninguém e ele gosta de você, então não vai te machucar - diz.

Fecho a cara.
- Quando vai parar de falar isso?

Ela abri um sorrisinho.
- Quando você enxergar o óbvio.

- Pela mãe! - falo exasperada.

- Falando sério agora, quero saber para onde vão - pergunta.

- Eu ainda não sei, é uma casa, provavelmente na floresta, mas não sei a corte - sorrio para ela.

- Então descubra e me conte, quero visitar você - diz e abro a boca para dizer que venho, mas ela me corta - eu vou visitar você mesmo que venha todos os dias.

Suspiro derrotada.
- Tudo bem, ei...o que foi aquilo que acabei de ver?

Ela parece confusa.
- O que?

- Entre você e Kieran? Estavam de ameaçando ou foi tensão sexual? - pergunto divertida.

Ela abre um sorrisinho.
- Querida, a única tensão sexual aqui é entre você e Aleksander.

Reviro os olhos.
- Fugindo do assunto.

- Você sabe bem como é, não é mesmo?

Empurro ela que ri.
- Tudo bem, espero que consiga controlar sua magia e que volte logo, estaremos aqui correndo perigo com Aleksander.

- Falando nisso, fizemos um acordo, ele não faz nada com velaris enquanto eu estiver lá - ela sorri aliviada.

- Garota, isso é aliviante.

- Eu já vou - olho para algo atrás dela - não sei como ainda está viva.

Ela franze o cenho.
- Por que?

Sorrio divertida.
- Kieran está atirando adagas em você com os olhos.

A fêmea sorri brilhantemente, olhando para o macho e dando um tchauzinho com a mão.

Kieran mostra os dentes e desvia os olhos para Aleksander, que sorri em provocação para ele.

- Até breve - falo abraçando ela de novo, que assente, deixando um beijo em minha bochecha.

- Até, Mélia.

Caminho até os machos e Aleksander estende a mão quando estou perto.
Seguro e ele segura a de Kieran, escuridão se reunindo e nos rodeando.

Quando ela se dispersa, estamos na floresta, em frente a uma casa, que provavelmente é a nova casa de Aleksander.

Kieran segue para dentro, entrando sem olhar para trás.

- Ele parece irritado - comento.

- Ele está, sua prima conseguiu tirar ele do sério - diz com diversão.

- Ela tem esse talento - falo, sorrindo levemente ao lembrar das vezes em que ela me tirou do sério.

Aleksander me olha por alguns segundos e quando percebo, franzo o cenho.
- O que foi?

- Se quiser, ela pode vir para ficar com você quando quiser - oferece.

- Sério? - pergunto.

Ele assente.
- Eu falava sério, isso não é uma prisão amor, pode voltar quando quiser - ele diz, os olhos me fitando - se quiser que ela venha, diga que estamos na diurna, no meio da floresta.

- Como ela vai encontrar uma casa na floresta? - pergunto.

Ele sorri.
- Ela não vai precisar procurar.

O macho segue para dentro da casa, e o observo enquanto ele caminha com a minha mochila na mão.

Um sorriso involuntário me escapa e não consigo me impedir de imaginar como as coisas seriam se Aleksander não tivesse sido preso.

Ou se tivessem simplesmente aceitado o que ele propôs.

Se não tivéssemos atacado ele ou o declarado nosso inimigo.

Lembro de quando Amren nos explicou como ele era no passado, como Grão-feéricos mais antigos ainda adoravam seu nome, mesmo que em voz baixa.

Em como criaram estátuas e fizeram homenagens para ele.

Aleksander era amado.

E parecia ser um governante e tanto para seu povo.

Imagino se essa é sua raiva.

O fato de adorarmos a mãe, quando foi o poder dele que nos criou e mesmo assim nos negarmos a reconhecer ele como reconhecemos a Deusa mãe.

Aleksander se sente...renegado?

Afasto esses pensamentos e sigo para dentro da casa.

Eu queria tomar um banho e aproveitaria para explorar a nova casa, que parecia ter mais quartos que a outra.

Kieran não está a vista quando entro, mas Aleksander está encostado na bancada da cozinha, ele me fita quando entro.

- Quando começamos? - digo, parando em sua frente.

- Amanhã, assim que o sol nascer, iremos em uma clareira próxima - informa.

- E não vão nos detectar se por acaso eu sair do controle? - questiono, pensando na possibilidade de Helion nos descobrir.

Ele não ficaria nada feliz.

- Helion não vai nos detectar por que eu vou controlar sua magia se ela sair do controle - ele diz, se aproximando.

Faço menção de me afastar, mas ele segura a minha cintura e uma de suas mãos vai para o meu rosto.

Seu toque é suave contra a minha pele e Aleksander fita meus olhos por um instante, mas logo fecha os seus e se concentra.

- O que está fazendo? - pergunto.

- Estou apenas vendo se sua magia continua contida - ele explica.

- Aleksander...- chamo e ele sorri, abrindo os olhos.

- Nenhum xingamento? Não vai mais me chamar de canalha ou de babaca? - pergunta divertido, soltando minha cintura.

- Você não leva nada a sério? - a irritação me invade.

- E qual seria a graça? Afinal, eu gosto de irritar você - ronrona, os olhos maliciosos.

- Vai pro inferno - mando, me abaixando para pegar a mochila de couro que eu trouxe da casa dos meus pais.

Ouço a risadinha dele.

- Não quer um tuor pela casa? Posso ser seu guia - oferece assim que lhe dou as costas e começo a caminhar em direção as escadas.

- Não, posso fazer sozinha - informo.

- Que pena...eu gostaria de conversar sobre um quadro que encontrei na outra casa - diz, a voz falsamente decepcionada.

Congelo, arregalando os olhos ao máximo, sentindo meu coração acelerar conforme me dava conta do que ele falava.

Eu tinha esquecido daquele quadro e sequer sabia que Aleksander podia encontrar ele.

Ele retira algo de trás do corpo e quando me viro sinto o sangue se acumular em minhas bochechas.

O macho sorri, inclinando a cabeça levemente para o lado.

- Você corou? - pergunta, os olhos interessados.

- Onde você achou isso? - pergunto, me aproximando para arrancar o quadro de suas mãos.

Ele ergue o mesmo, arqueando uma sobrancelha para mim.

- Não, é meu - ele diz.

Franzo o cenho.
- Eu não dei a você, eu nem sei por que pintei - falo, erguendo a mão para pegar o quadro.

Mas Aleksander ergue ele ainda mais e quando faço menção de tentar pegar, ele faz algo inusitado.

O macho se aproxima em um rompante e seu rosto fica tão próximo ao meu que por um momento acho que ele vai me beijar.

E me surpreendo ainda mais quando meu corpo não oferece rejeição.

Sua voz está baixa.
- Por que me pintou? - pergunta.

- Eu não sei - digo, minha respiração levemente acelerada pela proximidade repentina.

Seus olhos me avaliam.
- Sabe sim, me diga e eu posso pensar em te devolver.

- Por que quer esse quadro? - pergunto com irritação aparente.

Ele arqueia uma sobrancelha.
- Você usou minha imagem sem meu consentimento, amor, posso ter o quadro para mim - Ele diz.

- Isso não é nenhuma lei - rosno.

- É minha lei, por que não me dá o quadro? - seu sorriso se torna malicioso e sua voz ainda mais baixa - quer pendurar no seu quarto?

Engulo em seco, mas consigo falar sem que minha voz falhe.
- Eu não quero ter pesadelos a noite.

Ele me olha de cima, mordendo o lábio inferior, meus olhos são atraídos para suas presas ligeiramente afiadas, pouco mais que as de um Grão-feérico.

- Pesadelos comigo? Acredite quando digo que você adoraria esse tipo de pesadelo - A voz estava levemente rouca.

Ergo a mão, que tremia levemente, Aleksander é muito... intenso.
- Me devolva o quadro.

Ele sorri.
- Se quer um quadro meu amor, basta pedir - fala.

- Não quero nada seu.

Ele suspira com falso pesar.
- É uma pena, eu adoraria ser o seu modelo, principalmente se eu pudesse posar sem roupa - ronrona.

Sinto meu rosto esquentar ainda mais e seu sorrisinho aumenta.
- A propósito, você fica uma gracinha com vergonha.

- Vai pro inferno - Falo e lhe dou as costas, ouvindo sua gargalhada profunda em resposta.

Subo as escadas correndo e ainda consigo ouvir a risada dele no corredor que leva aos quartos.

Pero no meio dele, tentando pensar onde seria o meu quarto e fazendo de tudo para esquecer a conversa que acabamos de ter.

Havia algumas portas e por sorte eu consegui achar meu quarto.

Era uma suite, rústica.

Tinha uma cama grande, um armário de madeira escura, além de uma mesinha com algumas gavetas e um espelho em cima.

Havia outro espelho ao lado do armário, esse maior, onde eu poderia ver todo o meu corpo.

Vejo uma poltrona no canto do quarto e do lado da cama tinha um criado mudo com uma esfera de luz em cima.

Do teto pendia um lustre enfeitado com esferas de luz.

Olho para a sacada, as cortinas eram de seda e era fechada por duas portas de vidro.

Vou até a mesma, lá tinha duas poltronas, uma em cada extremidade da sacada.

Seria ótimo ler ali, ao ar livre.

Entrei novamente, seguindo para a única porta do quarto, onde encontrei um banheiro grande.

Além da latrina e da pia com um espelho, vi uma grande banheira, essa escavada do chão, além de uma área com um box escuro onde tinha um chuveiro.

Algumas prateleiras adjacentes a banheira estavam cheia por frascos de diversas cores, com sais de banho e sabonetes, além de outros produtos de higiene.

Saio do banheiro e vou até o armário.

Coloquei as roupas que peguei nele, ainda tinha espaço para mais, mas eu o completaria depois.

Escolhi uma calça cinza e uma regata branca, além de uma lingerie rosa claro.

Enchi a banheira e quando a água estava quente eu adicionei sais de banho, esse tinha o cheiro de lírios.

Afundei na banheira e aproveitei para lavar os cabelos, além de relaxar um pouco.

Eu precisava tirar toda a tensão do meu corpo.

Sabia que quando fosse visitar meus pais, provavelmente iríamos brigar de novo e eu já estava farta.

Eles podem achar que eu estou do lado de Aleksander, mas eu realmente não quero machucar eles.

Saí do banheiro após me trocar e penteei os cabelos, deixando-os secar naturalmente.

Aleksander estava encostado na parede ao lado da minha porta quando saí do quarto, a noite já começava a cair lá fora.

Franzi o cenho, cruzando os braços.
- Você é bem desocupado não é? - pergunto.

Ele sorri levemente.
- Na verdade eu estou mesmo sem ter o que fazer e não quero que se perca nessa casa.

- Sei - zombo.

- A casa é grande - ele insiste.

- Se não fizer gracinhas eu deixo você ser meu guia - falo, cansada de sua insistência.

- Tudo bem, é uma promessa - ele jura.

- Então vamos lá, me mostre - eu o sigo quando Aleksander abre uma porta do lado da minha.

Franzo o cenho ao ver um quarto.
- Eu já tenho um quarto - informo.

- Eu sei, esse é o meu - diz sorrindo.

Fecho a cara.
- Eu disse sem gracinhas.

Ele ergue as mãos em rendição.
- É só para o caso de você ter algum pesadelo a noite, pode me procurar - seu tom era fingido.

O encarei com irritação e o macho suspirou.
- Você acaba com toda a diversão.

Assim que fecha a porta, ele me guia até o andar de baixo, onde caminhamos por um pequeno corredor até chegarmos a uma porta de madeira clara.

- Se for outro quarto eu vou esfaquear você - aviso.

O macho ri baixinho, abrindo a porta.
- Sem gracinhas - repete o que eu disse.

Mas sou tomada pela surpresa quando novamente vejo uma biblioteca, essa continha diversas estantes de madeira escura com livros, todos separados por gêneros.

Um sorriso involuntário me escapou e ele abriu um sorrisinho ao ver minha feição.

- Vejo que gostou - observa.

- Você lê? - pergunto de repente.

Ele nega com a cabeça.
- Não tanto quanto gostaria, estou ocupado planejando uma forma de tomar Prythian - seu tom era divertido.

Me aproximo das prateleiras, tocando em um dos livros, esse era de distopia e prestei atenção ao nome, era um dos livros de uma saga que eu li na casa do vento.

Destrua-me.

No canto da sala tinha uma mesinha com almofadas grandes ao redor, próprias para leitura, e na parede adjacente tinha uma janela, que ia do chão ao teto.

Me imaginei arrastando uma das almofadas até ali e lendo enquanto vejo a floresta afora, com uma xícara de café na mão.

- Se está surpresa é porque ainda não viu a porta daquele lado - Aleksander avisa, indicando uma porta no canto da parede, que leva a sala ao lado.

Eu sigo, sem falar nada e abro a porta.

É quando encontro diversos quadros em branco, arrumados em prateleiras.

Também do outro lado da sala havia prateleiras com diversas paletas, pincéis e latas de tintas.

Uma parede inteira foi substituída por vidro, deixando a vista para a floresta, mas também tinham cortinas pesadas, que estavam abertas.

Uma mesa e uma cadeira no fundo da sala, além de diversos banquinhos.

- Você...pinta? - pergunto, olhando para o macho atrás de mim.

Aleksander parece surpreso pela pergunta.
- Eu? Não, mas... Kieran pinta - ele sorri.

- Ótimo, eu amo pintar - falo e me viro, pronta para sair.

Aleksander me segue para fora do quarto, mas encontramos Kieran saindo do que presumo ser o seu quarto.

Ele franze o cenho ao nos ver.

- Que bom encontrar você, quero que saiba que eu também gosto de pintar, então vamos dividir a sala - digo sorrindo.

Aleksander apressa o passo em minha direção.

Kieran parece confuso.
- Que sala?

- A de arte, eu sei que gosta de pintar, então eu quero que divida a sala comigo - digo e o macho sorri com diversão.

- Eu não pin...- Ele é interrompido por Aleksander.

- Kieran está sendo modesto - ele diz sorrindo de um jeito estranho.

Kieran ergue ambas as sobrancelhas e assente, ainda com um sorriso.

Estreito os olhos.

Primeiro, o café da manhã e agora isso...

- Eu preciso ir.

Kieran se vira e segue caminho, nos deixando no corredor.

Me viro para Aleksander desconfiada.
- Você quem levou o café da manhã não foi? - os olhos disparam para mim.

- O quê? Por que acha isso? - pergunta.

- Kieran pareceu não saber o que eu tinha dito e agora essa sala de arte... você fez para mim? - questiono.

Aleksander sorri.
- Por que eu faria? - sua voz soou exageradamente convincente.

Aquilo era claramente mentira, mas eu fingi que acreditei.

- Não sei, enfim, tem mais alguma coisa para me mostrar? - pergunto.

- Também tem uma sala de treino no andar de baixo, onde começaremos os treinos amanhã - ele informa.

- Achei que seriam ao ar livre - falo confusa.

- Estou falando de treinos físicos - ele explica.

Aquilo realmente me confunde.

- Mas, você disse que treinariamos minha magia.

O macho assente.
- E vou, mas você precisa consertar algumas falhas em seus golpes e aprenderá outras formas de lutar, acredite, não vai ser ruim - diz com sinceridade.

- Certo, então eu pouparei esforço e como não tenho nada para fazer, vou ler um pouco - digo, passando por ele.

O macho ri.
- Não adianta tentar disfarçar, sei que está louca para ler o livro que viu agora há pouco - ele diz.

- Não estou não - disfarço.

Mas ouço seu bufo assim que entro na sala e vou até as estantes, onde procuro aquela saga de livros.

Eu comecei a ler na casa do vento, mas não terminei e gostaria de recomeçar.

Aleksander tinha razão.

Eu estava mesmo ansiosa para ler.

Ainda mais por que agora eu tinha tempo, sem me preocupar com ataques contra a minha família.

Acho que não seria ruim esse tempo que vou passar aqui, afinal, eu controlaria minha magia e meu povo e família ficariam em paz, além do treinamento físico que Aleksander me ensinaria.

Eu tinha feito um acordo certo.













































































* Hoje eu fiquei sem criatividade, mas consegui finalizar o capítulo.

Não sei se amanhã eu postarei, mas tentarei postar o mais breve possível.

É isso, um pouco do que vai ser a relação de Cassandra e Kieran, ela é basicamente Aleksander feminina na questão de provocar.

E a tensão sexual entre Aleksander e Amélia?
Vocês não viram nada ainda...

O que acham que Amren estava pensando?

Espero que gostem.
Bjs.







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