SUA ALTEZA REAL - Freenbecky

Par xfreenbecky

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Rebecca Armstrong está vivendo o que parece um sonho com a garota por quem é apaixonada, até que ela dá um pé... Plus

Dúvida.
She's back.
Decisão.
Escolha.
Carta.
Sem chance.
A Realeza.
Gregorstoun.
Colega de quarto.
Damas de Gregorstoun.
Bem recebida.
Promessa.
Meninas Malvadas.
Sexta-feira.
PUB.
TMZ.
Majestade.
Corrida.
Perdedoras.
Crown Town.
O Desafio.
Rio.
Frio.
Socorro.
Forbes.
Um novo começo.
Lavanderia.
Coração Valente.
Prattle.
Skye.
Quem é ela?
Jantar.
Valsa.
Old Man of Storr.
Mudanças.
Revista.
Ação de Graças.
People.
Momento certo.
Amuleto.
Crush.
People.
Discussão.
Coração partido.
De volta.
The end.

Apaixonada.

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Par xfreenbecky

Acho que eu tinha me esquecido da sensação de estar completamente apaixonada por alguém.

Com Sana, existia aquela bagagem esquisita de sermos amigas há tanto tempo, de manter um tipo de segredo, de ainda tentar entender o que tudo aquilo significava. Com Freen, é apenas...

Bom, tem momentos como este em que estamos fazendo nossas corridas ao redor de Gregorstoun, e ela olha para mim com um sorriso iluminado, as bochechas rosadas, os cabelos grudando no rosto mesmo com esse frio congelante, e meu coração parece tão grande dentro do peito que eu mal posso contê-lo.

— Você vai cantar dessa vez, Armstrong? — Freen provoca, virando-se para correr de costas, e aceno com a cabeça para ela.

— Talvez. Se você cair de bunda, eu definitivamente vou cantar uma canção sobre isso e os perigos da arrogância. Que nem um Oompa- Loompa.

— Qual é o seu problema com todas essas referências de Willy Wonka? — ela pergunta se virando para correr como uma pessoa normal, eu diminuo o passo um pouco e Freen chega ao mesmo ritmo que eu.

— Talvez "Veruca Salt" possa ser nosso "sempre" — brinco, e ela ri.

Então, quando passamos por uma subida no caminho, ela se aproxima e segura minha mão, me puxando para atrás de uma formação rochosa para me dar um rápido, mas intenso beijo na boca e, sim.

Talvez eu não tenha esquecido como é essa sensação, porque não sei se eu já senti algo sequer parecido com isso.

Afastando-se, ela observa meu rosto por um longo momento, então acaricia meu lábio inferior com o polegar, acionando uma cascata de arrepios pelo meu corpo.

Então me aproximo para beijá-la e, dessa vez, não há nada de rápido nisso.

Penso que nós estamos sendo muito discretas sobre nossa nova situação, mas percebo que estou errada quando, na hora do almoço, Nam e Troye se sentam cada um de um lado meu, quase que ao mesmo tempo. Eles são bons nisso, tão bons que às vezes imagino se eles treinam com frequência.

— Conta tuuudooo — Nam cantarola, abrindo sua garrafa de água mineral enquanto Troye se inclina sobre mim para roubar um pão da bandeja de Nam.

— Ou não — ele me diz, olhando feio para Nam —, porque não é da nossa conta.

Nam revira os olhos.

— Francamente, Troye, não aja como uma senhorinha puritana. Becky é nossa amiga e nós apoiamos a felicidade dela, o que significa que precisamos saber tudo o que está acontecendo. Então. Conta tudo.

Corando, eu mexo os ombros e continuo empurrando os feijões no prato.

— Não tem muito o que contar — digo, e Nam solta um suspiro profundo, levando a mão aos cabelos.

— Não tem muito o que contar? Rebecca...Você está namorando uma princesa. — Saks continua falando como se eu nem tivesse dito nada, gesticulando com uma mão na frente do rosto, e fico surpresa em como ouvir essas palavras me atinge como um soco no estômago.

— Não — digo, sacudindo a cabeça. — Não é isso que...

— É absolutamente isso que está acontecendo — Nam afirma, e até Troye acena com a cabeça, com a boca cheia de pão.

— É mesmo, Becky— ele diz, e eu olho alternadamente para os dois.

— Eu gosto da Freen — digo num tom de voz baixo. — E ela gosta de mim. Mas o que isso significa ainda é... algo que estamos descobrindo.

Nam torce o nariz um pouco.

— Ô, querida — ela diz. — Não funciona assim. Não com essa gente.

Então eu noto Freen entrando no refeitório e sinto meu coração dar um breve pulo dentro do peito só de vê-la.

Nam segue meu olhar e então solta uma risadinha, me cutucando com o cotovelo.

— Ah, você está toda apaixonadinha — ela provoca, e eu a empurro de volta.

— Paraaaa.

— Ela não te merece — Troye diz, mas ele está sorrindo também, e Nam se estica sobre mim para dar um tapinha no braço dele.

— Muito leal da sua parte, Sivan— ela diz, e ele sorri para ela.

Então Nam se mexe na cadeira, pega o garfo e complementa:

— Sabia que descobriram quem estava soltando informações de Freen para os jornalistas? Era a Elisabeth! Minha antiga colega de quarto que virou colega de quarto de Freen, dá pra acreditar? — Ela sacode a cabeça.

— De todas as pessoas que poderiam ter sido, era a cavaleirinha.

Ela abaixa o tom de voz.

— Aparentemente ela descobriu que os jornais pagam bem pelas fofocas da vida de Freen e ela queria uma nova... o que era mesmo, Troye?

— Uma sela luxuosa? — Ela dá de ombros. — Não sei, não gosto de cavalos, para o horror do meu pai.

— Ela não tem, tipo, doze anos? — pergunto. — Uma garota qualquer do sétimo ano estava vendendo fofoca?

Mexendo nos próprios feijões sobre a torrada, Nam olha para mim.

— Eu te falei, querida — ela diz. — É outro mundo.

Mais tarde, naquele dia, estou sentada no meu quarto com Freen. Nam nos deixou sozinhas para que pudéssemos ter alguma privacidade, e estou na cama enquanto Freen está sentada na escrivaninha, as duas trabalhando em nossos artigos para a aula de literatura da sra. Collins, mas, de vez em quando, nós damos uma espiada uma na outra por cima do notebook até que, finalmente, Freen fecha seu computador com um gesto sonoro e se joga na cama para se deitar ao meu lado.

Rindo, fecho o meu notebook e me inclino para afastar seus cabelos do rosto. Ainda é uma sensação estranha me aproximar e tocá-la dessa maneira, mas eu gosto.

Freen também gosta, eu acho, e ela se vira para deitar de costas e olhar para mim com seus cílios longos naqueles lindos olhos.

— Você está me distraindo — digo a ela, que ignora, estendendo a mão para entrelaçar nossos dedos perto de seu ombro.

— Qual é a graça de pegar uma amiga de colégio se não dá pra distraí-la do dever de casa?

As palavras são leves, provocativas, mas elas fazem com que uma parte daquele brilho que eu estava sentindo se dissipe.

Amigas que se pegam.

Amigas que se beijam.

Mas Freen não é Sana, eu me recordo, e me inclino, ainda tímida enquanto a beijo.

Mas Freen definitivamente não é tímida e me beija de volta colocando a mão na minha nuca, e logo não estamos apenas nos beijando, mas nos pegando além disso, e meu artigo, notebook e meu próprio nome já estão praticamente esquecidos.

Não é apenas por causa do beijo (embora eu goste bastante do beijo), mas por tudo.

O jeito como os dedos de Freen dançam sobre qualquer extensão de pele descoberta, transformando lugares que eu nunca achei muito sensuais – a dobra do braço, os espaços entre os dedos, minha testa – em pontos pulsantes de desejo.

Como o som normalmente imperioso quando ela diz "Armstrong" é tão diferente quando é sussurrado rente à pele suada do meu pescoço.

Ou como ela me deixa tão diferente. Mais corajosa e confiante, veloz em tocá-la em todos os lugares que ela deseja que eu a toque.

Esse é um daqueles momentos em que sinto que não consigo parar de tocá-la, mesmo ainda vestidas por completo, e eu provavelmente continuaria ali agarrada a ela para sempre se meu celular não começasse a apitar de repente.

Afasto o rosto do de Freen e torço o nariz.

— Esse é o meu celular.

Ainda deitada na cama, com o rosto rosado, Freen ajeita o cabelo para trás.

— E daí?

— E daí que ele deveria estar na secretaria, né? — digo, e Freen me dá aquele sorriso tão cheio de si.

— É mesmo?

Com um resmungo, saio da cama enquanto o celular apita de novo, o ruído claramente está saindo da primeira gaveta da minha escrivaninha.

— Obrigada por me incluir na sua vida de crimes — digo, mas Freen não se sente, o que não é uma surpresa, nem um pouco culpada pelo que fez.

Eu vejo agora que as notificações são do e-mail pessoal que ainda mantenho, não do que o colégio me deu, e são ambas do Bambam.

Sinto um pouco de culpa. Não falo com Bambam há duas semanas, mesmo sentindo vontade. É só que as coisas ficaram tão...

E então eu vejo os assuntos dos e-mails.

O primeiro: MAS O QUE DIABOS REBECCA

E o segundo: VOCÊ ESTÁ NAMORANDO UMA PRINCESA, MAS O QUÊ

Abrindo o primeiro e-mail, vejo que Bambam me mandou um link de uma revista da People.

Tem uma foto do nosso "Dia de Ação de Graças" – acho que Freen estava certa sobre o cara ter tirado a foto com o celular –, mas também tem meu nome.

Meu nome está bem ali.

E o segundo e-mail tem outro post de blog, dessa vez com um comentário de Bambam:

Rebecca, você tem ESCONDIDO O JOGO? Eu sabia que você tinha um crush,MAS UMA PRINCESA? QUE É A SUA COLEGA DE QUARTO???? O que estáacontecendo? Responda imediatamente. Quero saber pra ONTEM.

— Quem é Bambam?

Eu me viro e me assusto um pouco, já que Freen está bem atrás de mim.

— Meu melhor amigo — respondo, distraída, enquanto mexo no cabelo. — Como é que as pessoas já sabem dessas coisas?

Freen levanta um ombro, voltando para a cama.

— Eles sempre sabem — ela diz antes de se acomodar de novo com seu notebook. — E, sinceramente, dessa vez isso me deixa feliz. Talvez agora minha mãe entenda que eu sou gay e não estou "passando por uma fase".

Olho para ela e fico pensando como isso é esquisito, ver meu nome num blog aleatório qualquer. Eu sou... ninguém. Eu nunca fui mencionada na internet a vida toda exceto quandofiquei em segundo lugar na competição de geografia do meu distrito no oitavo ano.

Mas é claro que Freen não entenderia nada disso já que sua imagem é pública desde antes de ela nascer. Literalmente. Havia uma parte naquela revista cheia de fotos da rainha grávida.

E eu entendo o que ela quer dizer, sobre isso talvez finalmente forçar o assunto de que ela está fora do armário publicamente.

Então só coloco meu celular de volta na gaveta da escrivaninha, me prometendo que responderei Bambam mais tarde.

Sento na cama, puxando meu computador para perto, e Freen se vira para me olhar.

— Tudo bem? — ela pergunta, e eu balanço a cabeça concordando.

— Sim — digo. — É só... esquisito.

Freen não diz nada por um minuto, então ela se levanta e se senta com os dois pés apoiados no chão e as mãos apoiadas na beira do colchão.

— Você quer ir pra casa comigo esse fim de semana?

— Pra onde, Edimburgo? — pergunto, e, quando ela balança a cabeça afirmativamente, eu pergunto: — Para o palácio?

— Essa é a minha casa, sim. Minha mãe vai dar uma pequena festa pra Jackson e sua noiva, e eu pensei que... bom, se você passar algum tempo com a minha família, coisas desse tipo — ela gesticula em direção ao meu celular — podem não parecer tão estranhas. Somos todos terrivelmente chatos, no fim das contas.

— Então eu seria o seu... par. Nessa festa.

— Se você quiser ser — Freen diz com calma. — Ou você pode ser minha ótima amiga e ex-colega de quarto, Armstrong, que está ali pra me manter afastada das encrencas.

Solto um riso de deboche ao ouvir isso.

— Ser seu par seria definitivamente mais crível do que ser a pessoa que mantém "Freen afastada de encrencas".

Outro sorriso e ela cruza as pernas nos tornozelos, balançando o pé.

— Isso é um sim?

Penso na rainha e na última – e única – vez que a vi, e na vez que vi Heng naquela situação toda da briga no pub. Até agora, minhas impressões da família Sarocha não são as melhores, mas talvez ela esteja certa. Talvez se eu estiver no meio deles, isso não parecerá tão... bizarro.

— É um sim.

-

Quem é vivo sempre aparece... :)

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