SUA ALTEZA REAL - Freenbecky

By xfreenbecky

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Rebecca Armstrong está vivendo o que parece um sonho com a garota por quem é apaixonada, até que ela dá um pé... More

Dúvida.
She's back.
Decisão.
Escolha.
Carta.
Sem chance.
A Realeza.
Gregorstoun.
Colega de quarto.
Damas de Gregorstoun.
Bem recebida.
Promessa.
Meninas Malvadas.
Sexta-feira.
PUB.
TMZ.
Majestade.
Corrida.
Perdedoras.
Crown Town.
O Desafio.
Rio.
Frio.
Socorro.
Forbes.
Um novo começo.
Lavanderia.
Prattle.
Skye.
Quem é ela?
Jantar.
Valsa.
Old Man of Storr.
Mudanças.
Revista.
Ação de Graças.
People.
Momento certo.
Apaixonada.
Amuleto.
Crush.
People.
Discussão.
Coração partido.
De volta.
The end.

Coração Valente.

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By xfreenbecky

— Trabalhar na lavanderia?

Eu rio, me acomodando em minha cama enquanto ajeito o notebook para ver Bambam melhor.

— O.k., você diz isso como se fosse a pior punição que alguém pudesse ter.

Na tela, Bambam tira o cabelo dos olhos.

— É só bizarro — ele diz.

— Você consegue imaginar se meter em confusão no Pecos e eles te mandarem, tipo, lavar os uniformes de educação física? Eles nunca ouviram falar em detenção na Escócia?

— Não é tão ruim, eu acho — digo a ele, e fico surpresa ao perceber que isso é verdade.

Não é que eu tenha amado botar a roupa de todo mundo para lavar durante as últimas semanas, mas ficar esse tempo com a Freen tem sido surpreendentemente não terrível. Seja o que for que derreteu entre a gente lá em cima das colinas permaneceu descongelado e, mesmo que eu ainda pense em Freen como uma Agente do Caos Elegante, tem sido até legal passar o tempo juntas, só nós duas.

— Hum, que cara é essa?

Pisco distraída para a tela.

— Quê?

— Você acabou de fazer uma cara — Bambam diz, sorrindo. — Uma cara sonhadora. Pegou um highlander, Becca?

— Cala a boca — digo, revirando os olhos, mas Bambam apenas ri de novo, sacudindo a cabeça.

— Não, eu conheço bem a cara de Rebecca Armstrong quando tem um crush e você fez essa cara. Eu já vi isso antes, eu conheço esse seu coração misterioso.

— Não fiz. E, não, você não conhece — respondo, mas meu coração está batendo um pouco mais rápido, e agora estou ficando corada, vermelha igual um tomate.

Consigo ver isso no pequeno retângulo no canto inferior da tela.

A porta se abre e Freen entra saltitando, seu rabo de cavalo dourado balançando.

— Ai, graças a Deus! — ela diz com entusiasmo, caindo em sua cama com uma distinta falta de graça real e, no meu notebook, Bambam começa a berrar:

— Quem é? É a sua colega de quarto? Quero ver ela!

— Tá bom, tenho que ir, te amo, te amo, tchau! — digo apressada antes de fechar o notebook num gesto brusco.

Eu não falei de Freen para o Bambam ou, melhor dizendo, não contei a ele que minha colega de quarto é também uma princesa, e algo me diz que, assim que ele a vir, ele vai saber.

Não que exista algo para saber, porque não tem. Eu não tenho um crush.

— Com quem você estava falando? — ela me pergunta, apoiando o queixo na mão e segurando um envelope pesado entre os dedos.

— Meu pai — minto, e então aponto para o envelope.

— O que é isso? — pergunto a ela, observando enquanto ela desliza um dedo pela aba e em seguida ouço o som do papel grosso rasgando.

— Isso, queridíssima Armstrong, é a liberdade — ela diz, e tento ignorar aquele "queridíssima" e como meu peito fica agitado ao ouvir isso.

É apenas o Idioma Freen. Todo mundo é "querido", "amado", "meu amor". Às vezes acho que é porque ela não consegue se lembrar do nome da maioria das pessoas.

— Olha — ela diz, jogando o cartão pesado que veio no envelope para mim.

O cartão tem tantos selos e brasões em relevo e a caligrafia é tão intrincada que eu mal consigo ler, então seguro o cartão a distância, espremendo os olhos.

— Isso está em inglês? — pergunto, e Freen se aproxima e me dá um tapa de brincadeira antes de pegar o cartão de volta.

— Não se faz de ignorante pra cima de mim — ela diz, mas sorrindo.

— É um convite pra uma festa exclusiva no próximo fim de semana em Skye, organizada pelo Lorde das Ilhas.

Eu me sento de volta na cama, tirando os sapatos com os pés.

— Quem?

— Lorde das Ilhas — Freen repete, e mexo meus dedos do pé para ela.

— Você pode continuar repetindo isso o quanto quiser, eu vou continuar sem entender de quem você está falando.

Freen dobra as pernas e se senta sobre elas. Tem um buraco na meia-calça na altura do joelho, um detalhe espantosamente humano numa deusa, e sinto esse impulso esquisito e repentino de cutucá-la ali com meu pé.

Esse é um impulso que eu com certeza não obedeço.

Em vez disso, eu me forço a prestar atenção em seu rosto enquanto ela diz:

— Você realmente não sabe muito da Escócia pra alguém que escolheu morar aqui por vontade própria.

E eu me recolho mais para trás na cama, para longe daquele buraco na meia-calça, aquele pequeno círculo de pele branca que não consigo parar de olhar.

— Eu sei o suficiente — digo, um pouco defensiva. — Maria, Rainha dos Escoceses. Coração Valente. Isso tudo.

— Ah, desculpa, não sabia que você era uma especialista em assuntos escoceses. — Ela exagera o sotaque chegando ao fim da frase, as vogais rolando guturais na boca, e eu solto uma risada.

— Está bom, nunca mais fale assim.

Ela sorri e então se senta sobre os calcanhares, o convite ainda nas mãos.

— O.k., deixa eu te explicar. Então, há muitos anos, muito antes da sua Maria e do seu Coração Valente, as Ilhas eram mais ou menos um reino próprio, principalmente porque elas eram difíceis pra cacete de chegar partindo de Edimburgo. Então elas tinham um Lorde das Ilhas, que basicamente estava no comando de Skye, as Hébridas e, você sabe... as ilhas.

— Certo — digo, mesmo sem ter cem por cento de certeza.

Eeenfiiim — Freen diz, arrastando a voz, se deixando cair em sua cama, com as pernas cruzadas —, nos anos sessenta, eles tiveram esse levante lá por causa de petróleo ou algo assim, e teve uma votação pra deixar que trouxessem o lorde de volta, então agora eles têm um lorde, e é ele que está dando a festa. Lorde Henry Park. Aparentemente eles tiveram que contratar genealogistas profissionais pra descobrir quem era o próximo da linhagem pra ser o Lorde das Ilhas, já que fazia tanto tempo desde o último. Acabou sendo um cara qualquer que vivia num rancho e criava ovelhas na Austrália.

Lá fora está começando a chover de novo, um ruído suave e abafado que nos envolve em nosso quarto confortável e à meia-luz.

— Então ele é tipo um minirrei — digo —, mas das ilhas, não da Escócia.

Freen ri de deboche, abanando o rosto com o convite.

— Não deixa minha mãe te ouvir dizendo isso. É tipo como se ele fosse um aristocrata mais extravagante que o normal. Eles não podem formar um exército próprio ou se separar completamente do país. Mas eles têm algumas leis que são diferentes das nossas e agora mantêm a maior parte do dinheiro do petróleo. E eles também são mais divertidos.

Eu deveria estar fazendo o dever de cálculo, mas é agradável estar quase no escuro com Freen, e confesso que aprender essas coisas não é tão ruim.

— Mais divertidos que você? — pergunto. — Porque isso parece perigoso e possivelmente ilegal.

Freen dá uma piscada para mim com um sorriso malicioso.

— Eles só não são tão rígidos — ela diz. — Como eu disse, lorde Henry era do outro lado do planeta, e sua esposa, lady Ellis, era algum tipo de garota festeira na Londres dos anos sessenta. Era tudo muito escandaloso, pelo que minha mãe disse. Os filhos e netos deles fazem eu e Heng parecermos cidadãos exemplares.

Sorrio ao ouvir isso, finalmente estendendo a mão para pegar meu caderno de cálculo.

— Bom, isso tudo é a sua cara, com certeza. Você vai poder sair daqui por um fim de semana inteiro?

— Eles vão ter que deixar eu ir — diz Freen com aquela confiança inabalável que é tanto parte dela quanto a cor de seus cabelos ou suas pernas compridas. — É basicamente um encontro diplomático. Seria um insulto terrível a família real não enviar um representante, ainda mais quando esse representante está tão perto.

— É isso que você é? — pergunto, o caderno já esquecido em minha barriga.

Como Freen consegue me distrair?

— Uma diplomata?— Uma embaixadora — ela diz, levantando o nariz um pouco.

E então sua postura real se desfaz naquela risada engraçada que ela tem.

— Enfim, deve ser divertido, e, mesmo se não for, é melhor do que este lugar.

— Não dá pra discutir com você nesse ponto — murmuro e, o.k., não, agora eu vou mesmo começar o dever de casa.

Mas então Freen diz:

— Mas eu gosto tanto quando você discute comigo.

Levanto o olhar, nem tanto pelas palavras, mas pelo tom de voz que ela usa ao dizê-las. É... afável. Carinhoso.

Afetivo, talvez.

Mas "afável, carinhoso e afetivo" descrevem filhotes de cachorro, não a princesa Freen da Escócia, e talvez no futuro eu me lembre disso.

Então, em vez de sorrir, eu pego a caneta e digo:

— Bom, não se preocupe. Você provavelmente terá mais dez milhões de oportunidades pra fazer isso no futuro.

— Esse fim de semana pode ser uma delas?

Acho que nunca vou conseguir fazer esse dever de casa, me dou conta disso agora.

— O quê? — pergunto, as sobrancelhas levantadas quase até o cabelo, e Freen cruza os pés para o outro lado.

— Vem comigo pra Skye. Você nunca foi, não é?

Eu arremesso minha caneta nela e ela levanta as mãos para se defender, rindo.

— Tá bom, pergunta estúpida.

Ela pronuncia estúpida de um jeito que mostra seu sotaque carregado.

— Só estou dizendo, você veio estudar aqui pra conhecer a Escócia, mas tudo que você viu até agora foi o quê? Alguns aeroportos? Uma estação de trem? E Dungregor, que é deprimente demais pra se admirar. Então vem comigo pra Skye. Você vai amar.

Mordisco o lábio inferior, olhando para minha mesa. Está praticamente rangendo sob o peso dos meus livros. Estou atrasada nas minhas leituras de história, ainda nem comecei minha redação de inglês, e minha nota de cálculo deve estar diminuindo enquanto falamos.

Em sua cama, Freen se vira, deitada sobre a barriga, aproximando-se da beirada.

Skyyyeeee, Armstrong — ela diz com um jeitinho persuasivo. — Vai ter tantas rooooochas.

Começo a rir.

— Tem muitas rochas aqui também.

Freen está sorrindo, aquele sorriso perigoso com um brilho que depois se traduz em encrenca.

— Mas não rochas mágicas.

— Agora Skye tem rochas mágicas?

Ela se mexe para o lado e pega o celular, jogando-o para mim.

— Olha o meu papel de parede.

Eu olho. É uma foto de Freen, só que mais nova, talvez com uns quinze anos. Ela está em pé entre seus dois irmãos. Heng não é tão Galã de Revista como hoje em dia, mas o outro garoto, o irmão mais velho, Jackson, é definitivamente lindo. Ele é parecido com Freen, e todos os três estão vestindo o que deviam ser trajes esportivos bastante caros. As bochechas de Freen estão vermelhas, ela abre um sorriso largo para a câmera, e atrás deles há uma rocha gigante, erguendo-se do solo em direção aos céus. Ao redor há uma mistura de grama verde e cascalho e, com a névoa circundando os três, eles poderiam estar em outro planeta.

— Isso é a gente em Old Man of Storr uns anos atrás. Em Skye.

Eu sei que ela está tentando me seduzir com a formação rochosa, mas é para o rosto de Freen que estou olhando quando me pego dizendo:

— Tá bom. Eu vou.

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