SUA ALTEZA REAL - Freenbecky

By xfreenbecky

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Rebecca Armstrong está vivendo o que parece um sonho com a garota por quem é apaixonada, até que ela dá um pé... More

Dúvida.
She's back.
Decisão.
Escolha.
Carta.
Sem chance.
A Realeza.
Gregorstoun.
Colega de quarto.
Damas de Gregorstoun.
Bem recebida.
Promessa.
Meninas Malvadas.
Sexta-feira.
PUB.
TMZ.
Majestade.
Corrida.
Crown Town.
O Desafio.
Rio.
Frio.
Socorro.
Forbes.
Um novo começo.
Lavanderia.
Coração Valente.
Prattle.
Skye.
Quem é ela?
Jantar.
Valsa.
Old Man of Storr.
Mudanças.
Revista.
Ação de Graças.
People.
Momento certo.
Apaixonada.
Amuleto.
Crush.
People.
Discussão.
Coração partido.
De volta.
The end.

Perdedoras.

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By xfreenbecky

Freen e eu somos declaradas as perdedoras da corrida de barcos por "conduta antidesportiva", o que, honestamente, parece justo. A gente se deu muito bem, a meu ver. Sem instrumentos de tortura, nem masmorras, nem mesmo detenção. Nossa punição é começar a arrumar o equipamento para o Desafio e, como organizar material de acampamento é uma das minhas coisas favoritas da vida, eu não me importo.

Estamos sozinhas, eu e ela, em nosso quarto, com várias barracas e peças de equipamentos espalhadas à nossa frente. Nosso trabalho é colocá-las em vários pacotes separados.

— Você já fez algo assim antes? — pergunto a Freen.

Já anoiteceu e, como não há nenhuma lâmpada, estamos na meia-luz. É quase aconchegante.

— O que, acampar? — ela responde, pegando uma das bússolas e fazendo uma expressão confusa.

— Acampar, fazer caminhadas, atividades ao ar livre em geral...

Isso me garante um olhar enviesado, e ela joga a bússola no chão, contra uma sacola com estacas.

— Eu já saí pra atirar.

— Você vê alguma arma por aqui? — gesticulo com a mão, exibindo o equipamento que temos na nossa frente.

Com um suspiro, Freen se levanta do chão, limpando as mãos na parte de trás da saia.

— Não sei pra que isso tudo. Não é como se a gente fosse ficar no meio da natureza selvagem tanto tempo assim. Eles não deixariam. Imagine os processos se alguma coisa acontece com alguém? — Ela cruza os braços sobre o peito, rindo de deboche.  — Isso tudo meio que faz parte do espetáculo, um pouco de "ah, olha que colégio interessante eprogressista nós somos!", e aí eles podem colocar isso em panfletos, ao lado de "a instituição de ensino escolhida pela realeza".

Olho para ela. Ela está de pé ao lado da porta, o queixo levantado, mas há algo além da arrogância de sempre em sua expressão.

— Isso te incomoda de verdade, não é? — pergunto. — Fazer parte do material promocional.

— O quê? — Ela olha para mim, estreitando os lábios de leve.

— É só que essa é a segunda vez que você menciona o fato de eles usarem sua família como publicidade — digo, voltando a contar estacas de barracas. — Então está claro que isso te incomoda, eu entendo.

Freen ainda está em pé no mesmo lugar com os braços cruzados, mas agora ela está me observando com uma expressão esquisita.

— Nada me incomoda — ela diz finalmente, antes de se virar para sua pilha de equipamentos, e eu levanto uma sobrancelha.

— Nada?

— Bom, nada além de você neste momento, eu acho.

Ah, certo, estamos de volta à Freen que eu conheço e detesto.

Sacudindo a cabeça e murmurando um "que seja", volto a arrumar as coisas em pilhas. Uma barraca, seis estacas, duas bússolas, duas garrafas térmicas...

— E, mesmo que eu estivesse "incomodada", o que eu não estou — Freen diz repentinamente —, não é como se houvesse algo que eu pudesse fazer. Isso só... faz parte.

— Do quê? — pergunto. — Ser feita de manequim?

Freen ainda não está olhando para mim, mas seus movimentos são bruscos enquanto arruma os equipamentos.

— Dificilmente me fazem de manequim — ela diz. — É só que é irritante e um pouco brega que as pessoas queiram que você seja uma propaganda ambulante simplesmente por causa da sua família. Acontece que eu acho que sou uma pessoa interessante tendo ou não uma coroa na minha cabeça.

Ah, então é isso. Vaidade. Isso é um alívio, na verdade, porque por um segundo cheguei muito perto de sentir um pouco de pena de Freen.

Que horror.

— O que você tem de interessante que não tenha nada a ver com o fato de você ser uma princesa? — pergunto, e ela desvia o olhar do equipamento para me olhar, os olhos levemente cerrados.

— Você está me provocando?

É tudo que posso fazer para não arremessar uma estaca de barraca nela.

— Não, estou falando sério. Olha, já que somos colegas de quarto e logo seremos parceiras nessa situação toda do Desafio, é melhor a gente tentar se conhecer melhor. Então, por favor, esclareça as coisas que te fazem interessante que não estão relacionadas à realeza.

Por um longo momento, eu acho que Freen vai apenas me ignorar e voltar à arrumação. O que pode ser melhor, na verdade. Mas, em vez disso, ela se senta nos calcanhares, as mãos apoiadas nas coxas, e diz:

— Sou uma excelente atiradora.

Levanto as sobrancelhas.

— De novo com esse papo de armas? E, tudo bem, você pode atirar em pombos de barro ou faisões ou... não sei, veados, sei lá, mas você teria alguma oportunidade de fazer isso se não fosse da realeza?

Aquela testa perfeita se enruga de novo.

— Bom, eu... eu poderia. E, enfim, essa foi só a primeira coisa que me veio à cabeça. Também sou muito boa em moda. Saber qual peça combina com qual, como as cores podem se complementar ou contrastar. Ano passado eu até previ que estampas florais voltariam à moda, mas não na primavera, e sim no outono.

Ela parece tão orgulhosa de si mesma que parece maldoso rir de deboche, mas eu não consigo evitar.

— Tá bom, então, mais uma vez, você teria todo esse acesso à moda e conhecimentos sobre o que estará na moda se não tivesse acesso a uma tonelada de estilistas porque, você sabe... realeza?

Freen murmura uma palavra muito rude para si mesma antes de sacudir a cabeça e pegar um guarda-chuva.

— Eu não sei por que me importo em tentar te impressionar com minhas habilidades já que você está determinada a enxergar o pior em mim de qualquer jeito.

— Porque literalmente tudo que você tem feito é me mostrar o pior — eu a lembro. — Você é arrogante, rude e quase me meteu numa briga de bar.

Revirando os olhos, Freen joga a camisa em sua pilha de coisas para arrumar.

— Mal foi uma briga de bar. Mal foi um tumulto, na verdade. Você está exagerando. E, aliás, um obrigada não faria mal.

— Um obrigada por...?

Freen olha para mim com os lábios franzidos.

— Por defender sua honra contra aquele imbecil? Ele continuou te chamando pra dançar depois que você recusou. Completamente inapropriado.

— Exceto que você estava procurando uma desculpa pra jogar seu irmão e os amigos dele numa briga e o colégio ter motivo pra te expulsar.

— Querer ser expulsa e te ajudar não são mutuamente exclusivos — ela responde com a arrogância que centenas de anos de gerações de realeza podem dar a uma pessoa.

Eu não consigo segurar a risada, sacudindo a cabeça um pouco.

— Você é uma figura e tanto.

Então pego outra sacola de estacas de barracas e jogo para ela.

— Coloca isso com a barraca treze, por favor.

Ela me obedece, fazendo uma pilha consideravelmente arrumada de coisas antes de apontar para que eu lhe passe outra sacola à prova de água.

Faço isso antes de dizer:

— Hoje não foi outra tentativa de ser expulsa, foi?

Freen não tira os olhos do material, enfiando com cuidado uma bússola, um kit de primeiros socorros e um par de aquecedores de mãos na sacola.

— Claro que não. Você ouviu minha mãe. Não posso ser expulsa e, se tentar de novo, eu perco meus privilégios reais por mil anos.

— Acho que era por quatro anos, mas, sim.

— Então — Freen diz, olhando para mim com um sorriso iluminado —, você pode ficar sossegada que meus dias de tentar ser expulsa estão no passado.

Aceno com a cabeça, mas há algo naquele sorriso – e na maneira como seus lábios se curvam para cima quando ela acha que eu não estou olhando – que me preocupa.

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