A Proposta Do Chefe

By ScarlettQuinn5

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Capa feita pela design gráfica: @ATBacks • Classificação • +18 - contém cenas explícitas e eróticas, palavras... More

Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35

Capítulo 29

300 21 12
By ScarlettQuinn5

Sob a visão de Morgan.

Meu coração parecia um amido de milho triturado dentro do peito. Não havia palavras que conseguissem expressar o que eu estava sentindo no momento, havia uma completa destruição assombrando a na praia morta do meu coração. As lágrimas surgiam e ressurgiam sem parar e por um momento, não sabia o que fazer, estava perdida e sem rumo, não sabia a direção que tomava. Estava destroçada. O que poderia ter ocasionado em seu acesso de fúria não justificava nada que eu estava fazendo, lembro-me de Stacy me advertindo para me divertir, então amiga, eu estou me divertindo e muito, pensei.

Depois de passar a metade da manhã inteira ouvindo os lampejos de Zara, vendo-a se esforçar com ódio em me agradar em uma manhã, percebi que muita coisa poderia acontecer independente. Perto de Liam era parecia uma formiga inofensiva. Cai de joelhos no chão enquanto abraçava meu vestido junto ao peito enquanto me entregava a solidão cruzeiresca que estava tendo. Eu sempre procurei ser honesta comigo mesma, procurei sempre estar atenta a detalhes, então por quê isso estaria acontecendo? Liam era tudo que eu conhecia depois de meus pais, depois de Stacy, foi o primeiro a acreditar que eu o havia sabotado assim, como ele não pôde ver o que estavam fazendo conosco.

Reuni a pouca coragem que tenho para levantar-me apoiando a mão na cama macia que ontem mesmo fizemos amor nela, pelo visto,ele havia me enganado mais uma vez. Me usou para seus propósitos egoístas e fui seu objeto de bom grado, como superar isso? Com certeza, ao desembarcar eu estarei arruinada, Bones & Broomerg não iriam querer uma mulher que incriminava o próprio chefe. Seria a nova manchete em menos de uma semana, teria de aturar mais olhados, boatos e fora as vezes que havia me traído como reportava a manchete anterior.

Sem forças me deitei a cama enquanto chorava todo mar vermelho que se empoçava em meu peito, sufocando-me até eu desistir de chegar a superfície. Esperei alguns minutos dolorosos até parar de soluçar como uma criança e peguei minha bagagem e as roupas. Vi aquele lindo vestido pendurado e o alisei, só o havia vestido por alguns minutos e guardaria essa memória para sempre. Ontem mesmo, ele dissera que eu era a dona do seu coração, hoje tudo isso passou? O sentimento foi embora e eu deveria compreender. Mas ainda me resta um pouco de dignidade, tinha de me dar valor e sair com a cabeça erguida, Liam não me humilharia assim, mas não voltaria para ele nem que ele descobrisse a verdade.

Eu tinha certeza que não havia cometido aqueles erros chocantes, alguém havia adulterado, mas não eu. Alguém que sabia das fraquezas de Liam. Fechei minha mala e fui ao banheiro limpar o rosto e respirei fundo. Era difícil suportar tudo isso.

Sob a visão de Alex.

Parte do plano havia sido um sucesso, me juntei a Zara para brindarmos a briga do casalzinho em qualquer lado deste cruzeiro. Meu trato com essa traiçoeira no fim, veio a calhar. Bourbon sempre foi uma ótima escolha em questões celebrativas, e hoje era o dia memorável de nossas vidas. Zara sorriu com malícia, e bebericou seu copo. Não acredito que havia dado certo, mas no fim tinha Sean Huntersberg na palma de minha mão, e claro, eu poderia contar com um pequeno empurrãozinho da trouxa de Zara, nosso falso casamento deu o que falar. Eu queria destruir a família Madison, Zara queria o Madison de volta, então juntamos o útil ao agradável.

— Se não me engano, o bebezinho deve ter ido ao open bar tomar alguma coisa forte, essa é a sua deixa. — anunciei.

Ela sorriu assoberbadamente para mim e levantou ao seu copo.

— Admito, não achei que seu plano fosse dar certo, mas creio que estava enganada.

— Você se supera com sua própria burrice, minha cara. Vai cuidar do seu homem desesperado de amor. — ordenei

Ela bebeu o copo em um gole só, sorriu grandiosamente. O sabor da vitória era indescritível, uma sensação única na vida. Sabotar a empresa de Liam foi um dos meus maiores triunfos e a culpa caiu toda naquela barata insolente, a cereja do bolo. Sorri acaloradamente para Zara e sua empolgação nojenta. Mas tinha de aproveitar o momento, sabia que ele deveria ter a ameaçado com as autoridades, mas não faria isso, sua compaixão era sua maior fraqueza.

Seu pai teve o que mereceu, expulsou do tribunal no meu caso, me humilhou publicamente e virei piada nos corredores, isso não ia ficar barato assim. Sabia que ele sendo pressionado usaria sua marionete para se defender, então escolhi a peça mais óbvia do tabuleiro. Liam foi uma presa fácil e até entendiante às vezes. Penso na garota que acabou sendo envolvida sem saber nem da metade, seu pai trabalhava para mim até me trair em nome do pai de Liam, então armei sua aposentadoria com poucos recursos.

Contratar um hacker amigo de Zara foi fácil, uma carteira recheada resolve vidas. E resolveu a minha, ele não tinha a menor consciência de proteger os próprios dados, facilitando nossa vida. Estava feliz em demasiado. Me sentia vingado.

Sob a visão de Morgan.

Depois de uma rápida trocada de roupa, desci as escadas tentando controlar meu desastre emocional, não queria ninguém me perguntando sobre o ocorrido, já era vergonhoso para mim, não precisava da piedade de ninguém. Do outro lado pude ouvir uma música ribombante tocar e pessoas aglomeradas e do outro uma saída que ia direto para o restaurante ao ar livre e mais a frente a piscina agora enorme, vazia e sem alegria, apenas uma poça entristecida e amargurada. Compartilhei de sua solidão e caminhei até ela, a luz do dia raiava em seu brilho com maestria, me sentei a borda mergulhando meus pés antes de tirar as sandálias de tiras finas, olhei para um ponto específico do oceano, perguntando-me como seria morrer afogada? Quanto tempo levaria? Não sabia ao certo, Stacy ia jogar milhões de sermões em minha cara.

Eu nunca devia ter aceitado aquele acordo, talvez estivesse inteira ainda como antes. Liam era só mais um prepotente que me ensinara que nunca se deve confiar em homens como ele, na verdade, talvez não existissem mais homens no mundo e eu ficasse igual a uma velha de gatos. Uma casa enorme e confortável com mais de quinze gatos para fazer-me companhia. Senti um leve mal-estar e tive de segurar a cabeça para não desmaiar. Minha cabeça rodopiou inúmeras vezes antes de turvar minha visão e tudo se apagar sombriamente, como meu coração estava se apagando. Tentei chamar por ajuda mas a escuridão me assumiu completamente.

Quando acordei imaginei estar no paraíso, havia cheiro de flores de eucalipto, pude ouvir um bip agudo e barulhos em alguns metais finos. Abri os olhos com dificuldade,a claridade doía em minhas pálpebras que tive que cobri-los com as mãos. Tentei levantar-me apenas para ficar tonta, o que está acontecendo?, pensei.

Uma voz grossa e imponente ressoava preocupado enquanto suas mãos quentes seguravam as minhas, olhei para a pessoa que estava ao meu lado e reconheci Dante com seus grandes olhos azuis pairando sobre minha cabeça, olhei-o consternada e perguntei:

— Onde eu estou?

Ele respirou fundo e colou sua testa nas costas de minha mão.

— Graças a Deus, você está bem! — sussurrou com uma voz aliviada.

Senti sua respiração ofegante e uma jovem mulher com um sorriso solidário vindo em minha direção, onde eu estou?

— Olá srta. Montgomery, preciso que relaxe. — pediu ela, colocando uma luz incandescente em meus olhos, certificando-se que eu reagia sem nenhum trauma. — Você teve sorte de ter alguém por perto para salva-la.

Franzi as sobrancelhas, confusa.

— O que houve? — perguntei de novo.

— Você desmaiou e caiu na piscina,não sabia quanto tempo havia ficado ali quando cheguei, mas a socorri a trazendo aqui. — contou Dante.

— Ah meu Deus, estamos no navio ainda? — perguntei de novo, queria falar com Liam, queria esclarecer algumas coisas, convencer que ele estava enganado ao meu respeito.

Não tinha sido eu!

— O cruzeiro se foi já tem algumas horas, Morgan. — explicou Dante, seu semblante preocupado e triste me apertaram o coração. Segurei sua mão e dirigi um sorriso maroto a ele.

— Obrigada por me salvar, Dante, você é especial! — exclamo tranquilamente e vejo seu sorriso brilhar em seu rosto.

A enfermeira chamou minha atenção, e disse que faria mais alguns exames periódicos e ficaria em observação, quando olhei pela pequena janela vi que havia um gramado bem cuidado e amparado e uma placa que lia-se Hospital Geral de San Francisco. Estávamos na Califórnia. Sobressaltei-me na cama e vi a enfermeira me repreender.

— Não faça mais isso, pode prejudicar o bebê. — anunciou ela saindo da sala em seguida.

Olhei assoberbada para Dante que sorria grandiosamente, seu sorriso era puro e alegre. Lembro-me da primeira vez que nos conhecemos, a facilidade que tínhamos de conversar, eu me sentia a vontade perto dele. E isso não havia mudado agora, precisava tanto de alguém nesse momento tão desesperador da minha vida que tê-lo por perto ajudava um pouco nesse dia louco que tive. Liam havia me deixado por uma besteira e nem sequer havia investigado o que havia acontecido, me abandonara coma uma criança habitando em meu ventre, o que mais viria agora de surpreendente?

Talvez fosse hora para rever meus conceitos, havia alguém esperando para ser cuidado e posto em primeiro lugar. Agora não era mais sobre mim, sobre o bebê que vinha, que eu não tinha nenhuma noção de como cuidaria dele. Stacy iria surtar e sua teimosia iria reinar, comecei a rir de desespero e por alguma razão Dante me acompanhou.

— Um bebezinho, não é? — comentou baixinho, mas percebi uma leve tristeza ronda em seu lindo rosto.

— Pois é, vai ser só ele e eu agora. — digo com um sorriso bobo.

Dante assentiu ligeiramente a cabeça, mas não soltara da minha mão.

— Mas e o pai da criança? — perguntou.

— Tem coisas melhores para fazer como me levar as autoridades por algo que não cometi. — confessei e comecei a chorar de volta.

Dante se levantou e beijou suavemente em minha testa e procurou usar palavras tranquilizadoras.

— Morgan, saiba que eu estou aqui para o que precisar, tanto você como ao seu bebê. — afirmou olhando bem no fundo dos meus olhos e meu coração aquiesceu como uma rosa florescendo no campo.

Sorri em agradecimento e disse:

— Obrigada, acho que vou precisar.

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