Sim, voltei kkkk assim, do nada 😂
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P.O.V Dean
— Dean ela me implorou para que eu não contasse. Ela precisava ficar sozinha -Ellie disse com as mãos em meu peito-
— Tem noção do quão preocupado ficamos? Rufus mal conseguiu dormir esses dias!
— Ela chegou aqui chorando. Ela estava com raiva, me fez prometer que não contaria onde ela estava se não ela iria embora. -Ellie suspirou- preferi manter ela aqui segura. Eu iria ligar depois, para dizer que ela estava bem...
— Ellie -olhei na direção da cama, Els estava sentada- pode deixar, eu falo com ele.
Ellie confirmou com a cabeça, ela me encarou antes de se retirar e seguiu em direção ao balcão do bar.
Ela se levantou da cama. Ela estava usando um pequeno pijama cinza. Sei que não era o momento, mas eu não pude deixar de reparar.
— Para de olhar para o meu corpo -ela disse seria- não é culpa da Ellie, eu pedi para ela não contar para ninguém que eu estava aqui.
— Chegou quando? -a questionei-
Ela se levantou da cama e caminhou em direção ao pequeno banheiro sem porta no canto esquerdo do cômodo. Ela jogou água e seu rosto, apoiou as mãos na pia e suspirou encarando sua imagem no espelho.
— Tem dois dias -ela se abaixa para alcançar uma pequena pilha de roupas que estava sobre um banquinho- pode se virar, por favor?
Apenas confirmei com a cabeça e me virei de costas.
— Nós ficamos muito preocupados com você...
— Eu precisava ficar sozinha, precisava processar tudo que eu ouvi naquela noite.
— Els, o Rufus fez tudo isso pra te proteger -eu entendia o lado de Rufus, mas no lugar dela, também gostaria de saber a verdade- e foi um pedido do seu pai.
— Ele me escondeu a verdade, Dean. A verdade sobre a morte dos meus pais! Como você se sentiria no meu lugar?! -ela bufou- Pode se virar.
Quando me virei, ela já estava vestida. Calça jeans escura, uma blusa no mesmo tom e uma jaqueta de couro preta. Os cabelos pretos soltos desenhava perfeitamente seu rosto fino, lábios rosados e carnudos, olhos azuis... "foco, Dean".
— Olha, eu entendo seu lado. Mas uma coisa que eu posso de garantir Eleanor, é que vingança não trará eles de volta. -eu tinha propriedade para falar aquilo. Teve um tempo que minha sede por vingança era oque me fazia levantar da cama todos os dias- eu digo isso por experiência própria.
— Mas você teve a sua vingança, certo? -Els fala alterada- você foi atrás da coisa que matou sua mãe!
— E isso custou a vida do meu pai!
— Eu não tenho um pai para perder, Dean! Lá fora tem um demônio que tirou tudo de mim e se eu tiver que morrer caçando esse maldito, é assim que vai ser.
Els puxou levemente os próprios cabelos, seus olhos estavam cheios de lágrimas. Ela respirou fundo antes de me encarar.
— Els, você ainda tem o Rufus.
— O cara que mentiu pra mim por mais de 10 anos? Que me escondeu a verdade?
— O cara que cuidou de você -a interrompi- Els, ele te criou como se você fosse filha dele. Ele é sua família, foi você mesmo que me disse isso.
Ela apenas negou com a cabeça, mas eu sabia que ela concordava comigo. Rufus tinha com Els a mesma coisa que Bob tinha comigo e com o Sam... era a figura paterna que mais esteve presente na vida dela.
— Eu não tenho tempo para isso, Dean. -Els passa por mim e caminha pelo pequeno corredor até o salão do bar e eu a segui. Ellie não estava ali- se quiser voltar e dizer que eu estou bem, fique à vontade. Diga ao Rufus que eu ligo para dar notícias.
— E onde você vai? -perguntei mesmo sabendo a resposta-
— Eu vou atrás do demônio que fez o pacto com o meu pai.
Els foi para trás do balcão, pegou uma garrafa de whisky na prateleira, pegou também dois copos próprio para a bebida e colocou sobre o balcão. Me sentei na banqueta alta e esperei ela servir o whisky.
— Els é uma caçada muito perigosa para ser feita sozinha. Demônios são diferentes de qualquer coisa que caçamos.
— Eu sei, Dean! Sei que pode ser minha última caçada. Eu sei que posso morrer antes de chegar no maldito, mas eu vou morrer tentando.
Neguei com a cabeça, acho que encontrei alguém tão teimosa quanto eu. Dei um gole em minha bebida e senti ela descer queimando minha garganta.
— Então eu vou com você.
— Isso não é uma alternativa, Dean. Não quero que você vá comigo. Eu não quero que ninguém vá comigo.
— Você ir sozinha é que não é uma alternativa, Eleanor. Se quer fazer a burrice de ir atrás do demônio que fez o pacto com seu pai, tudo bem. Mas não vou deixar você ir sozinha. E outra coisa; eu tenho o Colt. Esta guardado em um dos armazéns do meu pai. Eu te ajudo na caçada mas quando chegar a hora, você puxa o gatilho.
P.O.V narrador
Els estava contrariada, não queria que Dean fosse com ela. Mas ela sabia que ele tinha razão... era um caça perigosa, Dean era um bom caçador, já havia matado outros demônios antes e ele tinha o Colt. Ela não conseguiria imaginar cenário melhor.
Ela deu um gole na bebida quente e concordou com a cabeça.
— Tudo bem, Winchester. Você venceu! Mas o que vai dizer ao seu irmão?
— Eu me entendo com o Samy, pode ficar tranquila. Mas então, você tem um plano?
Ela não tinha um plano exatamente. Ficou tão consumida pela raiva nos últimos dias que a única coisa que passava pela cabeça dela era se vingar, matar o demônio. Mas não havia pensado em um plano para fazer aquilo.
— Bom, podemos ir até a cidade que meus pais moravam na época que foi feito o pacto. Talvez o demônio ainda esteja por lá... sei que foi há muitos anos mas é a nossa única pista.
— A chance é mínima, mas podemos tentar.
Els deixou um pequeno sorriso escapar de seus lábios. Ambos levaram a mão em direção a garrafa de whisky, as pontas de seus dedos se tocaram levemente. Ela sentiu uma corrente elétrica correr por todo seu corpo. Dean afastou a mão, seu coração bateu mais forte, ele se sentir envergonhado. Não parecia o mesmo Dean confiante de sempre.
Ambos estavam em silêncio, oque só aumentava o clima do momento.
Ela analisou Dean por alguns instantes... ele era um homem muito atraente. Os olhos claros, o rosto perfeitamente desenhado, a barba rala, os cabelos castanhos claro.
Ela também gostava do estilo dele, a forma que ele era seguro... com certeza seria um cara que Els deixaria que a pagasse uma bebida em um bar.
Dean já havia conhecido muitas mulheres ao longo de sua vida, mas nunca havia visto uma tão linda quando Eleanor. Os olhos, a boca, a pele, o cabelo .
- Eu sirvo -Els deu um sorriso sem graça- pode deixar
Els mais uma vez levou a mão em direção a garrafa e a segurou firme. Sua mão foi coberta pela mão masculina, ela engoliu seco e levantou seus olhos na direção de Dean.
Ele se inclinou um pouco para deixar o rosto próximo ao dela, suficiente para que ela sentisse a respiração dele batendo no seu rosto. Ela se rendeu, se inclinou um pouco para romper a pequena distância entre os dois. Mas antes que os lábios de ambos se encontrassem, o barulho da garrafa caindo no balcão fez com que os dois se afastasse.
— Droga! -ela murmurou- é melhor eu limpar isso antes que a Ellie chegue.
Eleanor se virou para a pia e pegou o pano que ali estava.
Dean pigarrou enquanto se ajeitava no banco.
— Maldito whisky barato -ele sussurrou-
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