Aquela Noite

De Caah_Autora

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Quantas vezes você já teve vontade de voltar a um ponto específico da sua vida e evitar o que veio a seguir... Mais

Pressentimento ruim
Quer uma cenoura?
A prisão
Sem Lembranças
É assim que termina?
A casa caiu
O início do inferno
Meu protegido
Briga! Briga! Briga!
Eu te amo
Merecia perpétua
Não briguem crianças
Diga a ele que sim
A culpa
Não peça desculpas
Olá, mamãe
A parte dois do inferno
Climão
Igualmente mandona
História mal contada
Confesse!
Não há remorso
Tarde demais
Quadrado amoroso
Ex-amigos
Liberdade!
Crise no paraíso
Tire as câmeras!
Empata foda
Sophia "Interesseira" Abrahão
Acerto de contas
Namorados, amantes ou nada mais?
Nenhum dos três
Velhos amigos
Festa de arromba
Ciúme mal disfarçado
Não com o bebê lá!
Fofoquinha
Máscaras cairão
Ameaça
Chegou o Levi!
Primeiro dia com o papai
Hora da verdade - Parte 1
Hora da verdade - Parte 2
Pelo Levi
Será que acabou?
Tudo vai ficar bem
Por bem ou por mal
Somos fortes juntos
Me dá o Levi!
Inveja desde sempre
O fim da injustiça
Fetiche estranho
Programa de amigos
Vamos nos entender?!
Boa notícia
O resgate
Monstro
Momentos de paz
O final feliz

Cada um pro seu lado

203 19 12
De Caah_Autora

- Isso não é da sua conta. - Tinha um olhar triste ao dizer.

- Na verdade é. - Deu de ombros. - Preciso saber o que esperar quando for falar com ele.

- Você vai realmente falar com ele? - Cruzou os braços. - Estava com ódio, agora quer retomar amizade do nada?

- Quero retomar a minha vida. - Avisou e ela negou com a cabeça sem dizer nada, apenas abraçou a amiga e saiu.

.
.
.

Sophia tomou coragem pra entrar em casa vinte minutos depois que tinha saído da casa de Arthur. Vasculhou a bolsa á procura da chave e respirou fundo ao enfiar na fechadura e girar. Entrou e não viu o marido nos cômodos aparentes, pensou em gritar, mas sabia que ele devia estar no escritório.

Ao passar pela sala, viu cinco pequenas câmeras em cima da mesa de centro e rolou os olhos, um pouco da raiva de volta a ela.

Deixou a bolsa na sala, jogou o chaveiro no balcão e caminhou pra dentro da casa, rumo ao escritório, deixou a pequena raiva sair de si antes de dar batidinhas na porta e não ouvir resposta.

Insistiu mais um pouco e não teve resposta novamente, entrou e viu o que imaginava, a sala vazia e o notebook fechado. Encostou a porta novamente e voltou a caminhar pelo grande apartamento. Cozinha vazia, escritório vazio, quarto deles vazio.

- Onde diabos você se enfiou? - Falou sozinha no corredor, com as mãos na cintura. Se preparou pra voltar a sala e pegar o celular. Ligar resolveria aquele problema.

E quando chegou, viu o esposo passar pela porta, com uma sacola de pães. O sorriso no rosto dele se abriu ao ver Sophia de volta.

- Amor! - Disse alto, empurrou a porta com força, que bateu, e então chegou perto da loira. - Que bom que já voltou! Como pode ver, eu mandei tirar tudo! - Apressou-se a explicar. - Juro que agora não tem mais, tive tanto medo de perder você e não poder conviver sempre com o nosso filho!

- Precisamos conversar. - A loira caminhou até a cozinha e puxou uma cadeira pra sentar. - Muito sério!

- Você não vai pedir o divórcio, vai? - Ele a tinha seguido, mas estava de pé, perto da pia, sem coragem para olhar em seus olhos. - Foi uma briga tão idiota!

- Eu vou falar sem rodeios, sabe que eu não gosto de enrolação. - Observou o marido assentir. - Ontem a noite, mais precisamente, hoje pela madrugada, eu passei a noite com o Micael.

A sacola que ele ainda segurava, caiu no chão. Sophia observou o olhar de Augusto ficar triste e parecia que o homem choraria em qualquer momento. A boca semiaberta indicava surpresa, por mais que houvesse aquela possibilidade, não esperava que Sophia chegaria e contaria assim, na cara dele.

- O que você quer de mim, Sophia? - Disse sério, abaixando e pegando a sacola de pães do chão. Felizmente estava amarrada e nenhum se perdeu. - O divórcio?

- Não, eu quero o seu perdão. - Ele balançou a cabeça incrédulo. - Foi um erro.

- O que, ele te deu outro fora? - Abriu a sacola e colocou os pães na cesta, em seguida tirou o suco da geladeira e pôs os dois sobre a mesa também. - Por isso que está aqui novamente, querendo que o corno te perdoe?

- Não fala assim!

- E não foi isso que você jogou na minha cara ontem? Que só casou comigo porque ele não te quis? - Pegou manteiga e requeijão. Em seguida um iogurte natural, que somente ele tomava, Sophia odiava aquele troço.

- Eu só estava com raiva por conta das câmeras. - Falou baixinho.

- Você sabe que as câmeras são algo bem menos grave do que você transando com seu ex. E pior - complementou - com o meu filho na barriga.

- Eu sei, me perdoa, não vai mais acontecer. Sinceramente, até brigamos hoje pela manhã. Eu escolhi dar a nós dois mais uma chance de sermos uma família, com o nosso filho.

- Desculpa mas é bem difícil de acreditar. - Resmungou chateado. - Bom, fica aí, toma seu café e descansa, imagino que sua noite tenha sido puxada. - Ironizou. - Eu vou trabalhar da empresa hoje. Tenha um bom dia. - Passou por ela, pegou a mochila que já estava pronta antes de ir comprar o pão e saiu, sem ao menos dar um beijo em Sophia.

- É, eu consegui estragar tudo com os dois. - Disse isso pra barriga, enquanto a alisava. - Quer um pãozinho, meu amor? - Abriu um ao meio e passou requeijão. Duas mordidas depois estava no banheiro vomitando até o que não tinha, mas isso não a parou, voltou lá e terminou o pão, com fome não podia ficar.

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Quando foi a noitinha, um Micael arrumado apareceu na sala de Arthur e Laura. Os dois estavam ali, assistindo um filme. Aquele sábado era folga de Micael.

- Uau! - Laura elogiou. - Está um gato!

- Por favor, minha deusa, menos! - Arthur fingiu estar enciumado. - Sabe que ele é um comedor de casadas.

- Então você está seguro, não sou sua esposa. - Laura rebateu em tom de crítica e fez Micael dar risada.

- Toma distraído! - Implicou. - Vou sair com a Raquel.

- Engraçado que você parece animado. - Laura o viu fazer uma dancinha. - Pra quem nem queria sair com a garota.

- Já disse, agora que eu desencanei, as coisas vão mudar. - Avisou. - Arthur, vai lá e me empresta um perfume!

- Você está me parecendo um filho adolescente, Micael. - Reclamou, mas levantou e foi buscar. - Toma, filho.

- Muito gentil! - Tomou um banho com o perfume e fez com que os dois reclamassem de cara feia. - Que isso gente, eu tenho que sair cheiroso.

- Porra, toma banho de sabonete, não de perfume. - Laura tapou o nariz. - Se a Raquel for alérgica você vai mata-la.

- Como são dramáticos. - Pegou a carteira, a chave e começou a caminhar pra saída. - Vou indo, até mais.

- Antes das dez em casa, não se esqueça. Use camisinha! - Deu as ordens e riu, realmente parecendo um pai.

- Tchau, papai, tchau mamãe. - Debochou e então seguiu seu caminho.

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Micael e Raquel foram ao cinema e em seguida caminharam pela praça enquanto tomavam sorvete, pelo menos era o que o dinheiro dele podia pagar.

Os dois conversaram sobre hobbies, famílias, gostos musicais e filmes preferidos. Descobriram que eram bem parecidos e isso os surpreendeu.

Tinha sido uma noite agradável, que poderia ter acabado de uma forma maravilhosa, quando a morena o chamou pra conhecer seu apartamento. O "sim" estava na ponta da língua, mas quando viu a hora, teve que declinar do convite.

- Rápido demais? - A morena perguntou confusa. - Achei que a gente estava se dando bem.

- Não se trata disso, prometi ao Arthur que estaria em casa antes das dez. - Estava sem graça, pensando em alguma desculpa pra dar. - Já são nove e quarenta, eu preciso ir.

- Arthur é seu pai? - A mulher debochou. - Ele deve estar bem ocupado com a Laurinha, tenho certeza.

- Eu realmente preciso ir. - Disse sem nem olhar nos olhos dela, chamava um carro pelo aplicativo. - Fica pra minha próxima folga.

- E você vai fugir quando der nove e quarenta de novo? - Tinha as mãos na cintura. - Olha, se eu disse algo errado, pode falar. Me achou muito oferecida por te chamar pra minha casa?

- Não se trata disso! - Se apressou a dizer. - Eu gosto de mulheres diretas!

- Não está parecendo. - Fez um bico. - Vai virar abóbora às dez?

Após confirmar a rota e fazer o pedido, Micael puxou a mulher ainda de bico pela cintura e lhe deu um beijo quente. Ela ficou sem reação por alguns instantes, mas logo cedeu ao beijo.

- Eu juro que amei nosso encontro. - Disse quando a afastou. - Mas realmente preciso estar em casa às dez. - Parou e pensou um pouco. - Você quer ir comigo?

- Pro apartamento do Arthur?

- Bom, podemos ficar no quarto. - Colou os corpos novamente e deu um beijo na bochecha da mulher, que parecia que ia se desmontar inteira ali, em pé. - Eu posso mostrar pra você o tanto que amei esse encontro.

- Golpe baixo! -Resmungou ainda recebendo beijinhos no pescoço. Micael deu uma mordiscada em seu lóbulo e a mulher soltou um gemido. - Eu topo. - Disse manhosa e então ele se afastou. - Parou por quê?

- Porque estamos numa praça em público. - Deu risada. - Não quero ser acusado de atentado ao pudor. Logo menos eu continuo até você gritar e implorar pra que eu pare.

- Estou ansiosa! - Sorriu com malícia e recebeu outro beijo nos lábios, dessa vez, bem mais calmo. O carro chegou e logo estavam ambos na casa de Arthur, que ainda estava na sala com Laura. - Oi, gente! - Raquel disse envergonhada. Não ouviu resposta, Micael saiu puxando a mulher pro quarto.

- Por essa eu não esperava. - Arthur cometou. - Agora realmente acho que ele decidiu superar.

- Quero só que os dois sejam felizes! - Laura deu de ombros e se aconchegou no namorado.

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