O Mar de Talokan // Marvel

Od lilboo_cute

27.4K 3K 562

Camila era uma pessoa comum e nada mais que isso. Apenas ela. O que, talvez, nos últimos tempos, tem sido um... Více

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
Epílogo
Agradecimentos / Talvez parte II?

Capítulo XXI

489 65 4
Od lilboo_cute

- Ah não, você trouxe a lança.- disse eu com uma voz cansada.

- Obviamente, quero te testar, quem sabe o que você pode fazer.

- Nem eu sei.

- Exato.

Estávamos já do lado de fora da minha humilde casa, pés na areia, preparados para descobrir o que estava errado comigo. Digo errado, caro leitor, porque realmente não fazia ideia do que poderia estar acontecendo. E, por mais que a curiosidade seja intrínseca ao ser humano, eu não tenho a certeza se já estava preparada para o que viria a seguir. Mesmo assim, continuemos.

Namor, agora com aquela falsa tentativa de intimidação no olhar, me encarava. Estávamos cerca de três metros um do outro, esperando o que eu poderia fazer.

- Vamos lá, pequena. Tente me acertar.

- Como diabos te acertar? Com a água?- falei, sem paciência alguma.

- Não exatamente. Isso você certamente já sabe fazer. Precisamos tentar algo novo. Ontem você mexeu com o vento, criou água. Deve ter despertado algo aí nesse pequeno coraçãozinho.- apontou com a lança para o meu peito, patético.

Olha, sereio, não faço ideia de como fiz aquilo. Eu apenas fiz. Não tem nada demais.

- Hm...- pareceu estar pensando- Como, exatamente, você parou no mar?

- Sério que temos que falar disso?- ele assentiu de forma firme, mas convidativa- Tudo bem, vai. Eu estava dormindo, sonhando com...

- Sonhando com o quê?

- Não importa. É... foi quando acordei, e estava chovendo e aí eu meio que comecei a dançar na chuva.

- Você começou a dançar?

- Aí, eu não sei, Namor. Eu meio que me aproveitei dela. Quando fui ver, já estava no lado obscuro da minha mente, apenas sobrevivendo. Então, você me achou.

- Quer dizer que não se lembra de nada?- perguntou, sério.

Quase nada.

- Tem mesmo certeza?

- Sim, Namor. Que saco. Sim.

Foi neste momento que, de repente, em volta dos pés do sereio demasiado curioso, surgiram pequenas plantas, enrolando-se para, certamente, o prender. Cada vez mais, subiam pelo seu tornozelo, pareciam realmente não querer parar.

- Meu Deus, ai desculpa. Fui eu, não foi?- olhei meio atordoada para ele, chegando perto para analisar a situação.

- Interessante. - ele parecia bem calmo?- Parece que despertou novas coisas, pequena.

- Você não está bravo?

- Não.- riu de lado, maldito sorriso- Mas, me diga, desde de quando...

- Quinze. Descobri queimando meu pai.- falei rapidamente, nem sabendo como havia saído tão depressa aquelas palavras, ainda olhando para seus pés e pensando como poderia retirar aquilo.

- Olha só, assim como fez comigo. Parece que gosta de queimar as pessoas.- disse num tom meio brincalhão.

- Não, não gosto.- me abaixei, tentando retirar as plantinhas de seus pés- Sabe, eu não gosto de machucar as pessoas.

- Não foi isso que eu quis di...

- Eu sei, mas, olha, eu... eu não queria ter isso em mim, ok?- ainda estava tentando soltar as plantinhas, mas estas só se enrolavam mais e mais. Que droga.- Por que não saem? Saí logo. Vai.

- Ei, ei... Calma.

- Calma?

- Isso. Respira.- ele passou a me encarar com um olhar solidário, acolhedor.

- Mas, sereio...

- Só respira, ok? Não se preocupe com isso.

Aos poucos, as pequenas plantas foram voltando para a areia, e Namor conseguiu se soltar. Então, me levantou pelos ombros, e assim, ficamos nos encarando por um tempo. Mas, desta vez, não era tão desconfortável.

- Talvez não sejam exatamente poderes o que você tenha.- iniciou.

- Como assim?

- Não, quero dizer que você talvez tenha apenas uma conexão com a natureza. Quando está brava, ou precisa, os poderes vêm à tona.

- Quer dizer que sou tipo a Matilda?- disse eu, esquecendo novamente que ele era um sereio, e justamente por isso, estava fazendo aquela expressão confusa- É outra personagem do espelho mágico, sabe? Ela só descobriu seus poderes por isso, porque estava brava.

- Então, você é uma Matilda.- passou a procurar as palavras certas- É... Como?

- Como o quê?

- Como você queimou seu pai?

- Namor...- eu definitivamente não queria falar sobre isso, pensei que só precisaria mostrar o que sei para ele, não contar minha pequena e simplória vida- Não quero...

- Pequena, quero te ajudar.- seus olhos tentavam trazer conforto.

- Eu...- comecei a procurar um ponto para encarar, o qual não fossem seus olhos com dó. Eu não merecia dó.- Eu estava cansada de ele só brigar, machucar, eu queria que ele calasse a porra da boca. Tudo que saía dali me consumia, doía. Mas, sério, acredita em mim, não queria machucá-lo. Não mesmo.- tentei simplificar ao máximo, desejava mudar de assunto.

- Pequena...

- Namor, não. Não. Desde então, eu só tento me conter, não chegar perto das pessoas, porque toda vez que fico nervosa...

- Algo de ruim acontece.- ele completou, pegando meu queixo para que olhasse para ele.

- Mas...

- Pequena, olha para mim. Eu já travei guerras porque eu não estava, digamos, bem. Eles me chamam de Namor, e não é à toa.

- Mas foi para proteger os seus, certo? Um motivo nobre.- assenti com certeza.

- Se proteger também é um motivo nobre.

.

.

Nota da autora: obrigada a quem está acompanhando, de verdade. Qualquer sugestão, só dizer :)

Pokračovat ve čtení

Mohlo by se ti líbit

428K 43K 47
O que pode dar errado quando você entra em um relacionamento falso com uma pessoa que te odeia? E o que acontece quando uma aranha radioativa te pica...
1.1M 53.7K 73
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
2.1K 119 12
Crystal é uma maga muito conhecida,por suas características e beleza e também por seus poderes. Thranduil é o rei dos elfos,um homem rancoroso e tris...
28K 2K 51
Era apenas o fim de mais uma caçada muito bem sucedida dos irmãos, Eles aproveitam pra lanchar num bar próximo e lá eles conhecem a Mia,uma garçonete...