Como num filme

By Rafaella_Portilla

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Katherine é acostumada a mudanças. Ela está presa em dois mundos, onde tentar buscar a felicidade é sua meta... More

Um porto seguro
A Última Música
No Pique de Nova York
10 coisas que odeio em você
Um homem de sorte
Ironias do Amor
Meninas Malvadas
Sol da meia-noite
O jogo do amor/ódio
Meu primeiro amor
E se fosse verdade
Simplesmente Acontece
Lista do não beijo
Continência ao Amor
Como se fosse a primeira vez
Diário de uma paixão
Orgulho e Preconceito
O amor acontece
16 Desejos
Meu namorado é uma superestrela
Paixão de aluguel
Paixão sem limites
Jogo de amor em Las Vegas
After
Ela É Demais
Um dia
O plano imperfeito
O melhor de mim
Uma Lição de Amor
Se eu ficar
Vestida para casar
Um amor para recordar
Loucamente apaixonados
Sorte no amor
Vício Perfeito
A festa de formatura
Mesmo se nada der certo
Fugindo do amor
Idas e Vindas do Amor
A escolha perfeita
Felizes para sempre

De repente 30

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By Rafaella_Portilla

"O amor é um campo de batalha."

- De repente 30!

Pov Katherine

Acho que não tinha me dado conta ainda que por mais que não estivéssemos juntos, eu estava presa a uma ilusão, que me consumiu e acabei esquecendo da minha sanidade, objetivos e criei uma confusão que só eu mesma poderia acabar. E quando decidimos sair, foi para dá uma chance de sorrimos novamente, porque juntos, era quase impossível.

Uma vez uma senhora me falou que costumamos decepcionar a nos mesmo. Nesse dia eu tinha acabado de brigar com minha mãe, e queria desistir do meu sonho de fazer faculdade de cinema. Eu não entendi bem o que ela falou na época, hoje sim, fazemos nossas próprias escolhas, só precisamos de coragem para enfrenta-las, mesmo que no final acabe machucando, um dia vai melhorar.

A algumas semanas atrás eu decidir isso, quando percebi estar me afetando mais do que eu imaginava e não só a mim, a todos ao meu redor. Então me afastar foi a melhor escolha, apesar do nosso ciclo de amizade ser parecido. Eu me apeguei muito as irmãs dele, viramos melhores amigas, é estranho ainda, mas estamos conseguindo separar tudo.

— Acho que deveríamos ir para uma boate queens — olho para Emma indignada, agora entendo porque a Vick vive querendo matar ela.

Hoje é o aniversário da minha irmã, perguntei o que ela queria fazer e ela disse que nada. Mas não iria deixar uma data tão importante passar em branco, então estou no loft da Emma, planejando algo com ela, Mia e o Dylan.

— Nem vou te responder — ela dá de ombros. Tenho pena quando essa criança nascer e todos os pais das crianças que a Emma levou para perdição, querer se vingar, até eu estou querendo.

— Que tal, uma pequena recepção no Empire. Fui para algumas festas lá, eu amei — Mia sugere, mas não acho uma boa ideia. Eu já trabalhei lá e não sai de lá tão bem.

— Eu acho que vão me expulsar quando eu pisar na porta, de novo — elas estreitam os olhos para mim, esperando uma explicação.

— A Kat foi banida de lá — Dylan, exagerado como sempre — vocês não ficaram sabendo? Ela derramou bebida no idiota do irmão de vocês, então foi demitida.

— Não foi assim, o Jason me contou o que aconteceu e vai ser ótimo seu ex chefe te ver chegando lá arrasando e eu ainda adoraria ajudar a humilhar ele, igual ele fez com você — Mia responde, mas a última coisa que preciso agora, é de uma confusão.

— Ok, eu vou, mas sem humilhações. Não quero estragar o dia da minha irmã, vamos apenas se divertir — eles concordam — eu vou convidar as amiguinhas dela, então eu não quero nada de impróprio, está entendido, Emma? — Ela me olha de boca aberta — eu te conheço, então não adianta fazer essa cara, sei do que é capaz.

— Você vai convidar meu irmão? — Mia pergunta.

Não, era o que eu queria dizer, mas Lizzie adora ele e não quero que deixem ele de fora das coisas só por causa de mim. Eu acho que não consigo culpa-lo sozinho, eu nunca deveria ter aceitado aquele acordo idiota, ele sempre deixou bem claro o que queria e nunca foi eu.

— Não quero que excluam ele por causa de mim, podem convidá-lo, a Lizzie vai gostar.

Combinarmos de estar lá às oito horas e já é seis, preciso ir para casa me arrumar. Chego em casa vou para meu quarto procurar minha roupa, mas antes que eu possa entrar no meu closet, Lizzie entra desesperada com vários vestidos na mão.

— Eu não sei o que usar, por que não me diz aonde vamos?

— Surpresa, usa algo arrumado, hoje é seu dia, tem que brilhar — ela acha que vamos fazer um programa de irmãs, falei que ia levar ela em um lugar para jantar, mal sabe ela que todos os seus amigos estarão lá também.

O único aniversário que lembro de termos feito algo legal, foi um ano antes do papai morrer. Eles compraram um bolo, presentes, foi tão perfeito, uma das poucas lembranças que tenho da nossa família feliz. Agora quero construir novas com minha irmã, merecemos depois de tudo que passamos.

Resolvo usar um vestidinho rose estampado com algumas flores, ele vai até um pouco acima do meu joelho. Deixo meu cabelo apenas com uma mecha preso e faço uma maquiagem básica, calço um saltinho e estou pronta.

A Lizzie está usando um vestido dourado, seu cabelo está preso em um rabo de cavalo. Se eu prendo meu cabelo assim fico ridícula.

— Você está uma gata. Não pretende me dá um perdido, para sair com algum gatinho e deixar sozinha não, né?

— Kat... — ela pega sua bolsa e vou o caminho todo enchendo o saco dela. Ela passou dois anos longe de mim, então preciso ser um pouco mais perversa para recuperar o tempo perdido — Katherine, para, ou eu vou voltar.

— Parei, eu juro. Agora entra, fiz uma reserva para a gente — ela estreia os olhos pra mim — ta, eu não fiz, mas fingir que sim.

— Doida.

— Não sou doida. Agora entra e vai se divertir.

Eu não achei que voltaria aqui novamente, mas foi bom rever meus antigos colegas de trabalho e ver a cara do idiota que infernizou minha vida, por anos, me servindo. Se bem que eu deveria agradecer a ele, se não tivesse me demitido eu jamais teria saído daquela minha vida horrível e virado uma estrela do cinema.

Por um momento achei que o Jason não viria, quando vi todos, menos ele. Ou que não iria ser tão estranho, já que estamos gravando juntos todos os dias, mas quando ele entra pela porta com um buquê de flores e entrega a minha irmã, me faz mudar totalmente de ideia, foi péssimo convidá-lo.

As amigas dela ficam todas eufóricas ao vê-lo. Querendo uma foto ou algo assim.

Tudo bem? — Dylan pergunta, sorrio fraco sem saber o que dizer — ele não precisa ficar aqui se você não quiser, posso pedir para ele ir embora e prometo fazer isso discretamente.

— Você, discreto? Até parece — entrelaço meu braço no dele e deito minha cabeça em seu ombro, volto a presta atenção na história que a Emma está contando.

Algo chama minha atenção, olho para frente e ele está me encarando. Sem perceber o que está acontecendo, o Dylan beija meu ombro como ele sempre faz, mas o Jason parece não gostar. Eu juro que não entendo ele, uma hora é carinhoso comigo, outra me trai e agora está com raiva porque meu melhor amigo me beijou.

Levanto e vou pegar uma bebida pra mim no balcão. Sento em um dos banquinhos e peço um Martini. Alguém senta ao meu lado e que não seja ele, não seja ele...

Quando olho esses lindos olhos azuis estão me encarando, meu coração parece que congela, fico nervosa sem saber o que fazer, eu não sei se quero conversar com ele agora e não quero que ele veja o quanto me afeta e o quanto estou magoada pelo, o que ele fez ainda.

— Você está linda — bebo o último gole da minha bebida para tentar cria coragem de responder — podemos conversar?

— Não — Levanto para ir em direção a mesa, mas ele segura no meu braço fazendo eu parar.

— Você está com ele? — Estreito os olhos para ele. Com ele quem? — Isso não pode ser só amizade, olhe o jeito que ele olha para você.

Olho para onde ele está apontando e vejo o Dylan nos fuzilando com os olhos. Quando ele vai entender que somos apenas amigos?

— Não que seja da sua conta, mas não, eu não estou, pelo menos não ainda — volto para mesa e chamo o Dylan para dançar. Estão tocando umas músicas bem animadas, isso é ótimo. Seria tão mais fácil me apaixonar pelo meu melhor amigo, mas seria bom demais para ser verdade.

— Ele fez alguma coisa? — Nego.

— Ele só está com ciúmes de você. Mas eu entendo, você é um puta gostosão, qualquer uma gostaria de te pegar, menos eu, já enjoei da sua cara feia.

— Você poderia me usar hoje para fazer ciúmes nele, eu adoraria, nunca mais se pegamos daquele jeito — ele pisca e só faço rir — nem vem, eu sei que você gostava, mas não se preocupe, você não faz meu tipo, ela faz — ele olha para Mia — ela é tão linda.

— Você teria o Jason como cunhado, tem certeza que quer isso?

— Ela vale muito a pena.

— Não acredito, está caidinho pela garota — eu achei que ele nunca iria tomar jeito, acho que isso merece um empurrãozinho — deveria parar de provocar ele e chamar ela para dançar, comigo você nunca vai conseguir nada, bonitão.

Voltamos para mesa, e depois de algumas indiretas jogadas por mim no jogo do eu nunca, conseguir fazer a Mia dançar com o Dylan. Minha irmã e as amigas estão paquerando alguns carinhas na outra mesa. E eu estou na mesa segurando vela para o casal Chrismma e um cafajeste me encarando.

— Kat querida, a Lizzie vai comigo hoje — Mia puxa minha irmã e abraça ela — vamos, fazer uma noite de meninas. Jason, pode ir deixar você em casa, eu vou com a Emma — ela praticamente empurra a gente para o outro lado — e antes que eu fale que vai com o Dylan, ele vai com a gente.

Eu sabia que elas iam fazer isso, eu de burra ainda cai no papinho. Pego minha bolsa e começo a caminhar pela rua, prefiro ir a pé do que com ele.

— Aonde você vai? — Finjo que não escutei e continuo andando — não vou deixar você sozinha, nessa hora, entra no carro. Grey, não me faça pegar você a força e te levar — começo a rir, ele não é...

— Você é louco — ele me coloca no ombro, começo a bater em suas costas e agradeço pelo fato do estacionamento está vazio — me larga seu caipira — ele me coloca no chão e passa seus braços me prendendo no carro.

— Entra, eu te deixo em casa — ele sussurra em meu ouvido fazendo meu corpo estremecer. Que ódio. Tínhamos um combinado de não se falar mais a não ser no trabalho e deu certo por uma semana, mas ele quer estragar tudo agora.

— Estou com fome, vamos passar em algum lugar para comer? — ele pergunta, mas não acho que queria uma resposta, pois já foi parando em um fast food. — Coloca isso aqui — ele me entrega um boné e colocar um nele também — hoje quero apenas ser um cara normal saindo com a namorada gata dele sem ninguém tirando fotos escondido.

— Tarde demais para isso, não somos mais namorados. Mas tudo bem, não curto muito ser pega de surpresa, por uma câmera sempre que saio na rua.

— Você é a primeira garota que saio que pede hambúrguer e batata frita para comer, gosto disso.

— Não vou em um fast food comer salada — dou uma mordida em meu sanduíche e ele começa a rir.

— Você se sujou toda — ele diz, tento limpar, mas acabo sujando mais ainda, ele se aproxima e limpa pra mim — você está estonteante hoje, eu já te falei isso? — ele fala ainda com a mão em meu rosto. Pigarreio tentando quebrar o clima constrangedor.

— Melhor irmos, está tarde — ele assente, levanta e vai pagar a conta.

Entramos em seu carro e seguimos para meu apartamento sem falar nada, quando chegamos fico um pouco parada sem saber o que dizer.

— Desculpa ter feito aquilo, eu odiei ver você com outro cara — me viro para ele e não digo nada — sabe naquele dia que viajamos para Las Vegas — assinto — momentos antes de você me encontrar eu estava com a Nicole, ela pediu para voltar, eu fiquei um pouco mexido sem saber o que realmente queria, mas eu não fiz nada, não dei resposta, e aquele beijo foi quando eu estava indo embora, ela veio e me beijou — presto atenção no que ele fala — eu não conseguir parar, então retribuir.

— Eu não quero saber disso, Jason. Eu já entendi que a ama, e eu entendo, sério, eu só fiquei chateada por ser a última a saber.

— Não, Katherine. Eu percebi que estava errado, deixei ela e fui para aquele bar e eu compreende que aquilo não me faz falta, o beijo dela não é tão bom quanto eu achava que era, a companhia piorou, eu nunca gostei desses eventos e restaurantes chiques, prefiro mil vezes comer batata frita com você em ou um hot-dog, enquanto faço amizade com dançarinos de rua. Eu não estava nada bem, e você foi lá, me encontrou mesmo fingindo que foi obrigada, minha irmã nem sabia que você iria me encontrar, eu falei com ela. Você me fez voltar a ama música, me divertir, ver beleza em coisas que para mim eram tão natural e você me fez ver com outro olhar e é isso que quero pra minha vida, eu tinha escolhido você, Katherine, só não sabia como dizer, aí no outro dia você descobriu do nosso beijo e tudo acabou.

Ele tinha me escolhido? Ele só pode estar brincando.

— Por que você não me falou lá?

— Eu tive medo, não somos as pessoas mais fáceis desse mundo de conviver, passamos a maior parte do nosso tempo brigando, eu não sei o que sinto, só que gosto da sua companhia, de ficar com você — ele começa passar seus dedos em meu cabelo — acho você a garota mais linda que desse mundo, inteligente, perfeita — sua mão acaricia meus lábios — seu beijo é incrível e por mim, ficaria te beijando para sempre e eu sinto tanto só ter percebido isso quando te perdi, essa última semana foi torturante.

— Você está falando isso porque provavelmente amanhã não vamos lembrar de nada dessa noite — sussurro olhando para sua boca.

— Que pena que não damos certo, juntos — nossos corpos já estão mais perto do que deveriam.

— Você deveria se afastar, ficar o mais longe possível, por que nunca vamos ter nada - olho em seus olhos — eu não gosto de você — engulo seco e antes que ele possa falar mais alguma coisa saio do carro e entro no condomínio.

Vou par o elevador e tento me sustentar me escorando na parede. Ele me escolheu, ele só pode estar falando isso de boca para fora. Você não pode cair nessa Kat, não pode. Foi o melhor a se fazer, mentir falando que não sente nada por ele, mesmo sabendo que é mentira. 

Assim que a porta do elevador se abre, vejo a Lizzie beijando um dos rapazes que estava com ela na festa. Safada, sabia que ela iria fazer isso, e a Mia estava encobrindo os dois.

— Hum hum — pigarreio — oi Elizabeth — eu sei que minha irmã não é mais nenhuma criancinha, mas é estranho ver ela namorando — pode ir entrando, vou só dá uma palavrinha com seu amigo e já encontro você.

— Oi, acho que vou indo, boa noite — ele tentar sair desconfiado, mas preciso envergonhar minha irmã um pouco antes.

— Noah, certo? — ele assente — então, só deixando claro, se você magoar minha irmãzinha, eu vou ser presa, ela vai para um orfanado viver sozinha por quatro anos e depois ser jogada na rua sem nada, porque nossos bens vão estar bloqueados por eu ter sido presa, após pegar você — ele arregala os olhos com medo — espero que tenha me entendido, eu sou nova ainda, não me formei e agora que estou vivendo o auge da minha juventude, não quero que isso aconteça — ele assente — que ótimo, tenha uma ótima noite e vá pela sombra.

Volto para meu apartamento e a Lizzie está sentada no sofá de braços cruzados.

— O que você falou para ele?

— Nada, só desejei boa noite — passo por ela sorrindo de lado e ela fica vermelha — Lizzie tá namorando, Lizzie tá namorando — começo a cantar pulando perto dela.

— Kat, não... Ele é só meu amigo.

— Lizzie está namorando, Lizzie está namorando — ela tampa os ouvidos com as mãos e vai para seu quarto — mas eu, como irmã mais velha, tenho o dever de encher seu saco mais um pouquinho, então invado o quarto dela e começo a pular na sua cama.

— Sua palhaça, eu quero dormir, poderia dar licença? — Ela deita na cama e faço o mesmo — o que você quer?

— Nada, vou dormir com você — ela arqueia a sobrancelha — eu amo você, Lizzie — beijo seu rosto e abraço ela.

— Você está com cheiro de bebida, vai me deixar bêbada — Lizzie reclama, mas não falo mais nada, estou cansada demais para processar algo.


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