ATENÇÃO
Essa fanfic pode conter gatilhos emocionais como traição, situações de fetiche sexual e cenas de sexo explícito.
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• Capítulo 60 •
Caraxes pousou no pátio central da Fortaleza Vermelha. Embora o dragão devesse ficar no fosso junto aos outros o príncipe não se importou de deixar esse trabalho aos guardiões. A ele, naquele momento, só cabia o desejo de imediatamente ver a sua esposa e filhos.
Para sua surpresa ele foi recebido pelos mantos brancos que não deixaram que ele prosseguisse livremente para dentro do castelo.
Daemon soltou um risinho debochado e até divertido antes de elevar seu olhar o suficiente para um dos gêmeos Cargyll e o idiota do Criston Cole, seria aquele o momento em que acertariam suas desavenças?
O príncipe levou sua mão para a bainha onde descansava a sua Irmã Negra deixando claro que não o levariam sem uma luta e o mesmo fez os cavaleiros da guarda real. A tensão só se dissipou um pouco com a chegada do rei, que em pouco tempo havia envelhecido uns bons anos e logo Daemon notou a pele enegrecida em volta de um dos seus dedos.
A última recepção que seu irmão lhe dispusera havia sido mais calorosa. Não havia amor ou afago no olhar que o rei lhe lançou, ali não estava seu irmão mais velho, mas sim o Protetor do Reino.
— Nem um abraço? – Zombou o príncipe.
— Não banque o desentendido comigo. – Retornou Viserys – Sabe que não será bem recebido, assumiu esse risco quando resolveu agir como um grande imbecil!
— Eu fiz o que fui mandado a fazer, destruir nossos inimigos. – Retrucou Daemon simplesmente.
— Se nosso avô estivesse vivo...
— Mas ele não está, está? E por acaso é você a porra do rei, então faça o que veio fazer! – Daemon deu um passo adiante o que fez os cavaleiros se armarem contra ele.
Viserys fez um gesto com as mãos e freou seus guardas.
— Você será preso e julgado Daemon. – Informou Viserys – E essa é minha decisão como rei.
Daemon riu, ele teria gargalhado, mas não gostava do som da sua risada.
— Uma outra hora, saiam da frente, preciso ver minha esposa.
Ninguém se afastou.
— Lys não está em Porto Real, por sua culpa ela precisou ser evacuada para própria segurança dela e das crianças. – Falou o Rei.
Daemon se inflamou. Seus olhos lílases pareciam mais escuros que o habitual. Ele estava diferente pela batalha travada e a raiva modificou ainda mais a sua aparência. Lys era sua, ninguém tinha o direito de dizer-lhe o que fazer, de afastá-la dele de enviá-la para longe. Ele teria passado todos no fio da sua espada, mas limitou-se a sibilar tentando ao máximo manter suas emoções sob controle.
— Onde ela está?
— Ela foi enviada para um lugar seguro. Os gêmeos estão com ela, mas Rhaella não. – Disse Viserys.
— Eu perguntei onde ela está!
— Lys foi enviada para Harenhall, junto a Sor Harwin Strong e na companhia do Lorde Lyonel, a Mão do Rei. – Dessa vez quem foi falou foi a rainha que se aproximou sem ser vista. – Ela exigiu ficar com os bebês e deixou que Lady Laena desse abrigo e proteção à sua primogênita.
— Ela quis isso?
— Ela não teve escolha. – Respondeu Viserys – Você a colocou nessa situação.
— Eu a deixei sob seus cuidados! Exijo que ela seja trazida de volta. – Falou Daemon.
— Você não está em posição de exigir nada Daemon. Retire sua bainha e ponha-a no chão.
— Eu prefiro morrer a deixar que você me ponha em sua masmorra.
— Não dificulte as coisas.
— Traga-a de volta!
— Estamos ameaçados Daemon. Você trouxe o caos e a morte para Porto Real! A Triarquia nesse momento reúne forças e galés para nos atacar. Veja o que sua senilidade trouxe até nós! É para esse cenário que você quer trazer Lys? – Perguntou Viserys – Ela está melhor com os Strong.
— Eu sou o marido dela, sou eu quem decido isso.
— Venha de bom grado e prometo que traremos Lys de volta assim que for seguro. Temos uma audiência com Sharako Lohar em breve e poderemos entrar num acordo.
Caraxes parecia sentir a raiva de seu montador e começou a rugir e bufar. O ar quente que saía de suas narinas afugentou os guardiões que tentavam usar as correntes para prender o animal. Todos os presentes prenderam a respiração e Daemon não disse nada quando o animal soltou um alto rugido que fez Alicent se refugiar atrás dos mantos brancos.
O príncipe andou até o irmão e os guardas se interpuseram entre ambos, mas Daemon retirou a espada da bainha e a entregou aos guardas sem desviar os olhos de Viserys. Em seus lábios brincava um sorriso debochado e ladino de quem sabia que não permaneceria preso por muito tempo.
Criston Cole e Errick Cargyll tomaram os pulsos do príncipe para guiá-lo até a cela, mas ele se desvencilhou dizendo que não seria necessário.
— Espero por um julgamento justo, ainda tenho fiéis amigos na Patrulha da Cidade. – Disse Daemon antes de ser levado.
•
Lys observou o horizonte do alto das ameias do lado de fora do seus quarto, nas muralhas do castelo de Harren onde se hospedava há muitos dias. O por do sol naquele lugar não parecia ter a beleza da qual ela sempre lembrava e estava acostumada.
Desde que chegara ela mal saíra dos seus aposentos, não havia muita coisa a ser vista. O lugar era lúgubre e triste e por vezes ela sentia-se deprimida só de pensar o quão distante ficava cada vez mais de Daemon.
Sua única alegria era poder estar com seus filhos e tê-los livrado do papel de reféns em Vilavelha e que Rhaella estivesse com alguém que lhe desse o carinho que merecia.
Ela não podia deixar de negar que Harwin também se tornara uma companhia agradável e um bom amigo e cada vez mais ele ganhava seu afeto e atenção. Tudo que ela já havia pensado dele um dia estava sendo questionado em seu coração. Quando mais precisou era ele quem ficou ao seu lado enquanto Daemon buscava suas próprias aspirações pessoais, isso a confundia e deixava-lhe insegura.
— Senhora? – Chamou a ama.
— Sim? – Respondeu Lys voltando para o quarto.
— Lorde Strong pediu que a senhora se fizesse presente no salão. – Disse ela.
— Tudo bem, fique com as crianças, por favor.
Lys ajeitou suas saias e saiu ao encontro de Lorde Lyonel Strong. A Mão do Rei permanecera ao seu lado e ela não tinha certeza se era pelo fato de não confiar nela sozinha com seu filho ou por temer que algo acontecesse à sua sede.
Ela desceu as escadas com demasiado cuidado, não estava familiarizada aos corredores escuros e estreitos de Harenhall.
Ao chegar no salão onde a Mão a aguardava na companhia de seu filho Harwin Lys soube imediatamente que algo grave havia acontecido. Ela suspirou e fechou os olhos pesadamente antes de dar um passo adiante. Se não havia paz para ela em Westeros, será que haveria em qualquer outro lugar?
— O que houve dessa vez? – Ela perguntou ao se aproximar.
Harwin parecia irritado e abandonou o pai, se distanciando de ambos e deixando que ele se virasse sozinho para explicar a Lys as notícias que chegavam de Porto Real.
— Sente-se my lady. – Ofereceu Lorde Strong.
— Se não se importa, estou confortável assim.
Harwin olhou para Lys e seus olhares se encontraram brevemente.
— Se é assim que deseja.
— Podemos ir direto ao assunto?
— Claro. – Lyonel pigarreou – Recebemos um corvo de Porto Real essa manhã.
— Se demoraram tanto para me contar, as notícias não devem ser boas. – Conjecturou ela.
— Depende do ponto de vista. – Disse Harwin.
Lys sentia que não suportaria passar por mais nada. Se pudesse jamais teria se envolvido com a coroa, sentia falta dos seus dias com Mysaria e Ezzara e muito mais das noites tranquilas que um dia tivera.
— O príncipe Daemon retornou para a Fortaleza Vermelha.
Ela segurou as lágrimas e engoliu em seco tentando não esboçar nenhuma reação. Estava magoada e triste com seu marido, mas o alívio que sentiu ao saber de seu retorno quase a fez comemorar em voz alta.
Agora ela sabia porque Harwin estava tão inseguro e chateado. O cavaleiro parecia irritado e algo dizia a ela que ele por um instante tinha os vislumbrado como um casal, na esperança que Daemon tivesse morrido além do Mar Estreito.
Lys voltou-se novamente para Lyonel Strong e perguntou:
— E quando eu retorno?
— Me perdoe minha senhora, mas não há permissão para seu retorno ainda.
— Permissão? Porque? – Questionou confusa.
— Porque seu marido é acusado de traição e aguarda julgamento preso! – Dessa vez foi Harwin quem falou olhando diretamente nos olhos de Lys.
O tempo que se encararam poderia ter sido infinito, mas passou-se apenas meros segundos. A mulher ergueu o queixo deixando que os olhos se enchessem, mas não permitindo que as lágrimas escorressem por seu rosto.
— Tenho certeza que o rei não deixará...
— Meu marido está em uma masmorra senhor. Não me encha com suas mentiras bem intencionadas. Não sou uma senhora, nem uma lady, não devo obediência cega a ninguém a não ser a mim mesma. Não me submeto a casa alguma e por isso ou me retornam para Porto Real ou eu mesma tomarei estas providências.
Harwin bufou irritado e avançou até Lys com certa violência deixando-a desconfortável.
— Harwin! – Advertiu seu pai.
— Lys, você entende o que está acontecendo não entende?
Ela não respondeu.
— Se condenado Daemon pagará com a vida. Não seja tola, permita-me cuida de você! – Ele sussurrou.
— Eu vivi a vida inteira sem ajuda de ninguém Harwin. Eu não sou tola e sei como funciona um julgamento, não me tome por uma completa imbecil.
— Eu não disse que era uma.
— Mas age como se eu fosse. Ele é meu marido e eu estarei ao seu lado sendo ele inocente ou culpado. Não jurei diante dos Sete estar com ele somente no momentos bons.
— Você se arrisca...
— Não! Você quem se arrisca. Arrisca a perder meu respeito e minha gratidão atuando dessa maneira. Não é meu dono, não tente me dominar.
E dizendo isso Lys se retirou afim de preparar seu retorno a Porto Real, onde ela finalmente encontraria seu marido depois de tanto tempo.
•
Ahhhh eles estão tão perto de se ver novamente!!! Ansiosa por esse reencontro.
Algumas pessoas têm reclamado da falta de ação de Lys, mas ela vai ser importante na Dança meu povo. Por enquanto é isso mesmo, uma mulher em Westeros tentando sobreviver. Bora lá, que temos um dragão pra domar 👀
Olá, espero que estejam curtindo e gostando de
O Príncipe Rebelde.
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O Rugido do Leão
uma fanfic de Game Of Thrones
SINOPSE
Adara é uma jovem de verão. Nascida N'As Ilhas e criada em Jardim de Cima. Ela é "vendida" sem cerimônia por seu tio e oferecida em casamento a Jaime Lannister.
Quando Walder Frey lhe toma tudo num piscar de olhos, Adara se vê perdida em terras nortenhas e com a ajuda de amigos e aliados a garota se tornará não somente rainha do norte, mas um fio de esperança na guerra entre o dia e a noite que se aproxima.
Obs: A história é somente baseada em eventos de Game Of Thrones, não segue a mesma linha do tempo e alguns acontecimentos foram reajustados para melhor acomodar o roteiro de O Rugido do Leão.
🥇1º Lugar em #JaimeLannister 12/08/21
🥇1º Lugar em #GuerraDosTronos 26/10/21
🥉3º Lugar em #GameOfThrones 03/01/22
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