*A escrita desses capítulos tem sido desafiadora, tenho feito muita pesquisa pra trazer tudo da maneira mais verosímil possível dentro das limitações da fanfic, se houver algum erro peço que relevem e me mandem uma mensagem no privado*
• Capítulo Vinte e Sete - O Senhor de lugar nenhum•
Lys acordou assustada no meio da noite após um pesadelo. Seu peito subia e descia rapidamente enquanto seus olhos vidrados encaravam o teto da cama de dossel. Espalmou a mão ao seu lado apenas pra sentir o costumeiro vazio na coberta gelada.
Angustiada ela se levantou e bebeu um gole de água fechando logo após a janela que permanecera aberta. Ela deu uma leve espiada para fora, mas tudo que conseguiu ver foi a noite escura demais para seu gosto.
Mais tranquila ela voltou para a cama. Seu marido tinha partido logo no dia seguinte ao casamento em direção ao Vale. Lamentando muito Daemon prometeu que seria a última vez que se separavam.
A viagem deveria ser rápida no dorso de Caraxes, mas ainda assim não deixava de ser perigosa.
Lys suspirou sem sono, não estava sabendo lidar com a proximidade de Otto Hightower, não tardaria e ele chegaria a seus portões. E mesmo que ela não fosse senhora de lugar algum, Pedra do Dragão ainda era o lar de Daemon, portanto o seu e ela protegeria a si e a agora sua casa ainda que não soubesse como.
Fechou os olhos e cobriu-se até a altura dos ombros evitando ficar exposta, sentia-se muito vulnerável quando dormia assim.
Demorou um pouco para que ela descansasse, o sol já começava a despontar seus primeiros raios quando enfim adormeceu.
•
Rhaenyra entrou no quarto da mãe para encontrá-la sentada junto à sua escrivaninha redigindo algumas cartas endereçadas aos seus irmãos.
A rainha que também era prima do rei, era filha de Daella Targaryen, filha de Jaehaerys, portanto tia de Viserys, o rei.
Aemma herdara os cabelos prateados da mãe e os olhos esverdeados do pai. Era uma mulher doce que já tinha sofrido muito por conta do seu desejo de cumprir com seu papel de esposa e rainha e dar um filho homem e saudável ao seu marido.
Rhaenyra se preocupava demais com a mãe que tendia a deixar o dever sempre à frente de si própria.
— Só um minuto querida, estou terminando essas cartas a Elia e Amanda. – Pediu a rainha.
Aemma rascunhou por mais uns minutos e então selou as cartas com cera quente e voltou sua atenção completa para sua filha.
— Presumo que estava sobre Syrax novamente.
— Mãe...
— Sabe que não gosto que voe dessa maneira, feito um rapazote.
— Você não gosta que eu voe. – Reclamou Rhaenyra.
— Devia tomar um banho, está fedendo a dragão. – Disse a rainha arrancando um sorriso da filha.
— Como você está? – Perguntou a princesa.
— Estou bem, cansada por estar grávida mais uma vez, mas bem. E você, como foi seu pequeno passeio em Pedra do Dragão?
Rhaenyra encarou a mãe com incredulidade, as duas sustentaram os olhares até que a princesa cedeu.
— Como você sabe?
— Uma rainha tem suas informantes.
— Umas fofoqueiras e seus chás... – Resmungou Rhaenyra.
— Respeito mocinha. Seu pai nem desconfia, disse a ele que seu sumiço foi minha culpa.
Rhaenyra não agradeceu a mãe. Cobrir suas faltas era a forma que a rainha arranjara de fugir das reclamações sobre a criação da princesa.
— Daemon tomará uma nova esposa. – Disse enfim. – Uma mulher que conheceu em
King Landing e que agora vive com ele em
Pedra do Dragão.
Aemma não se surpreendeu. Daemon teria feito isso antes se Viserys tivesse permitido, agora que Rhea estava fora se seu caminho era completamente crível que fosse capaz de tamanha loucura sem comunicar a família.
— Daemon nunca teve muito tato para as situações.
— Porque ele deveria ter? O trataram como uma moeda de troca, mesmo sabendo que o único sentimento entre eles era a repulsa.
— Porque esse é o nosso dever como realeza. – Disse Aemma.
— Dever... dever... É apenas isso? Somos reis, rainhas, príncipes e princesas que não podem ter decisões sobre sua própria vida! Queria ter a metade da coragem do Daemon!
Aemma não se irritou com a afronta de Rhaenyra, entendia a filha como ninguém. Ela mesma tinha sido ensinada que deveria apenas cumprir seu dever e gerar filhos ao rei, mas sempre se questionava como seria sua vida se tivesse vivido outra história. Se estaria casada com um pequeno lorde de alguma casa vassala.
— E adoraria te dar todas as respostas e oportunidades do mundo minha filha, mas foi para isso que viemos, esse é o nosso fardo.
— Eu não quero ficar aqui e botar filhos para fora como se fosse um coelho. – Rhaenyra falou sem pensar, mas não se desculpou, apenas baixou a cabeça e deu meia volta deixando a rainha ressentida para trás.
— Então acostume-se logo, pois é isso que fará. – Retrucou Aemma a ela antes que saísse.
•
Daemon chegou ao Vale justamente no amanhecer. As pessoas começavam a acordar, o Ninho era uma um lugar estranho no alto da Lança Do Giagante nas Montanhas da Lua, alguns diziam que era impenetrável devido ao seu difícil acesso terrestre pelos Portões da Lua, mas Daemon não foi por terra.
Os soldados nos portões não ousaram barrá-los, todos ainda se lembravam bem do ataque de fúria do príncipe rebelde que vitimara pelo menos meia dúzia de homens, certamente ele não era bem vindo por ali, mas também não tinham coragem para enfrentá-lo.
O príncipe caminhou com um olhar desafiador até os soldados de Jeyne Arryn e pediu por um encontro com a senhora do Vale.
A Donzela do Vale, como era conhecida, tinha um apetite voraz por homens, embora alguns acreditem que ela preferia mulheres, mais precisamente Jessamyn Redfort sua amiga e companheira fiel.
Ela havia assumido o poder aos três anos depois da trágica morte de sua família pelas mãos dos homens das montanhas, sendo regida até sua maioridade.
Tinha longos cabelos castanhos que mantinha sempre domados em um penteado elaborado no alto da cabeça, tinha apreço por vestidos azuis que combinavam com a tonalidade dos seus olhos. Era cobiçada mas nunca desposara homem algum.
Daemon esperou até que a senhora Jeyne desejasse atendê-lo, ele sabia que a demora era para provocar sua ira, mas iria se controlar à pedido de Lys que lhe recomendara cautela, pois embora estivesse com Caraxes durante seu interlúdio com a protetora do Vale ele estaria cercado por seus leais.
Daemon não era conhecido por sua paciência e assim que foi convocado não conseguiu evitar o comentário sarcástico que escapou de sua boca.
— Ela estava muito ocupada tricotando ou tomando chá? – Perguntou ao guarda que lhe acompanhava e este apenas se limitou a lhe lançar um olhar muito sério.
O príncipe havia sido advertido não somente por Lys, mas também por seu Meistre que deveria manter-se comportado na presente de lady Jeyne. Reverenciá-la em respeito e oferecer-lhe as condolências pela perda da senhora Royce e assim devolver seu título e suas posses ao Vale. Mas ele tinha outra ideia em mente.
Não havia aguentado a vaca de bronze por tantos anos a fio para não receber nada em troca. Viserys que desse conta de suas contendas políticas, ele iria reivindicar o que lhe era de direito como marido de Rhea Royce: seu castelo, suas posses e suas terras.
Jeyne o esperava de pé diante de sua mesa e envolta por seus conselheiros e soldados. Daemon riu, sabia que ela se cercaria de pessoas para que ele não tentasse nada desagradável.
— Vejam só, o que de tão sério poderia ter acontecido pra termos a honra da presença de tão ilustre figura? – Disse a mulher fingindo surpresa – Senhores, se não se recordam este é o príncipe Daemon Targaryen, esposo da nossa querida Rhea Royce.
Todos o encaravam com um olhar de puro escárnio, Daemon podia sentir a tensão esmagá-lo, mas não se conteria somente pela péssima recepção, já esperava por ela.
— Infelizmente durante minhas batalhas além do Mar Estreito fui informado de que minha adorada esposa faleceu. – Ele se obrigou a fazer uma cara triste que não convencia ninguém.
— E então correu de volta ao Vale para tomar-lhe o que acredita que deva ser seu. – Falou Jeyne de maneira segura.
Daemon a olhou friamente sem retrucar, percebeu que atrás da senhora do Vale estava Jessamyn, de cabelos muito vermelhos e olhos castanhos que pareciam fazer uma leitura completa das intenções do príncipe.
— A dor e o sofrimento me impediram de retornar mais cedo. – Continuou Daemon ironicamente.
— Não nos insulte Daemon Targaryen, seu sangue não impedirá que eu lhe crave uma adaga no peito. – Sibilou a mulher caminhando na direção do príncipe. – Diga a que veio.
— Como a senhora mesma disse, vim tomar posse dos meus direitos como senhor de Pedrarruna.
Alguns dos homens que acompanhavam a senhora do Vale riram, ela ergueu sua mão e eles pararam imediatamente.
— E o que mais você quer? Um chá? Uma festa? Peça...
Daemon a encarava na mesma intensidade na qual ela lhe oferecia. O príncipe cerrou os punhos com a humilhação pública, mas em vez de bradar, sorriu.
— Eu não tenho pretensão nenhuma de me demorar em uma festa minha senhora, se me oferecesse um torneio ainda poderia pensar.
— A casa Royce agora é comandada pelo sobrinho da senhora Rhea. – Falou um dos conselheiros de Jeyne.
— Um pateta se querem saber.
— Você não é bem vindo no Vale de Arryn, saia daqui. – Sibilou Jeyne dando as costas para Daemon e voltando para seu lugar. – Tudo que Rhea Royce construiu e manteu permanecerá sob domínio de sua família. Portanto, adeus príncipe Daemon.
Daemon gargalhou.
— Um lugar de merda e inóspito onde ninguém deseja viver. – Falou Daemon deixando sua personalidade violenta aflorar – Comandado por um vadia, quem sabe um homem poderia lhe mostrar como se faz não é mesmo lady Redfort.
Os soldados desembainharam suas espadas e as apontaram na direção de Daemon. Ele tinha mais uma vez fodido tudo por não saber ser contrariado. Estava irritado, nem desejava de fato o castelo em Pedrarruna só queria ser o senhor de algum lugar antes que sua vida terminasse.
— Baixem suas espadas. – Ordenou Jeyne – Um homem despeitado, rejeitado e solitário. Eu teria pena, mas tudo que consigo sentir por você Daemon é o maior e mais absoluto nada.
Daemon estava furioso, .
— Escoltem-no para fora do Vale e se eu vê-lo novamente em minhas terras não serei tão misericordiosa.
•
Senhoras e senhores, Daemon fazendo o que ele faz de melhor: merda!
Mais tarde tem mais, me sigam e salvem a fic para notificações ❤️
Olá, espero que estejam curtindo e gostando de
O Príncipe Rebelde.
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O Rugido do Leão
uma fanfic de Game Of Thrones
SINOPSE
Adara é uma jovem de verão. Nascida N'As Ilhas e criada em Jardim de Cima. Ela é "vendida" sem cerimônia por seu tio e oferecida em casamento a Jaime Lannister.
Quando Walder Frey lhe toma tudo num piscar de olhos, Adara se vê perdida em terras nortenhas e com a ajuda de amigos e aliados a garota se tornará não somente rainha do norte, mas um fio de esperança na guerra entre o dia e a noite que se aproxima.
Obs: A história é somente baseada em eventos de Game Of Thrones, não segue a mesma linha do tempo e alguns acontecimentos foram reajustados para melhor acomodar o roteiro de O Rugido do Leão.
🥇1º Lugar em #JaimeLannister 12/08/21
🥇1º Lugar em #GuerraDosTronos 26/10/21
🥉3º Lugar em #GameOfThrones 03/01/22
🥇1º Lugar em #JonSnow 18/01/22