A pirâmide

By ravenita

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Plágio é crime! Tudo começou quando a arqueóloga, Jane Listen, mulher do doutor Robert Jones, foi para o... More

Prefácio
Capítulo 1 - A saída
Capítulo 2 - A coroa de Cleópatra
Capítulo 3 - Escorpião amarelo
Capítulo 4 - Biblioteca e tempestade
Capítulo 5 - A maldição da rainha
Capítulo 6 - Saqueadores
Capítulo 8 - Armadilha
Capítulo 9 - Exército dos mortos e pragas
Capítulo 10 - Sarcófagos
Capítulo 11 - O colar Ankh
Capítulo 12 - Osíris
Capítulo 13 - O destino (Parte 1)
Capítulo 14 - O destino final (Parte 2)
Capítulo 15 - Deuses e humanos (parte 1)
Capítulo 16 - A profecia (parte 2)
Capítulo 17 - Samir
Capítulo 18 - Chacais
Epílogo
Meus agradecimentos

Capítulo 7 - A tumba secreta

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By ravenita

Robert

- Quem ele pensa que é? - perguntou Kanope com seu sutaque bem carregado.

- Ele é nada mais nada menos do que o Doutor Aaron. Ele caça tesouros que ninguém sabia da existência. É um arqueólogo e dono da maior parte dos artefatos históricos do mundo. Chefe dos chefes dos Museus e centros históricos do Egito, e de parte da Ásia - respondeu Evan.

- Mas ele não pode ter reconhecimento por isso! Ele roubou de outras pessoas! - falei indignado.

- Suponho que ninguém sobreviveu para dizer a polícia o que realmente ele faz e é - comentou o piloto.

    Jorge, ao ver a situação avassaladora, correu até uma barraca que ainda estava montada. Eu o segui. Ele começou a retirar de um baú velho armas de tamanhos variados.

- Nós vamos pra guerra? - perguntei assustado com sua atitude repentina.

- Tem alguma coisa lá, debaixo da areia. Se aquele saqueador quiser entrar lá, é bom nós sabermos o que iremos enfrentar.

- Está falando sério?! - perguntei desacreditado. - Essas coisas de maldições não existem!

- Aé? - ele questionou, chegando mais perto de mim; seu rosto estava vermelho de raiva. - Guarde sua falta de crença para si mesmo! Pegue essa arma e só a use quando for defender sua vida! - ele me entregou uma arma de fogo de pequeno porte.

   Jorge estava prestes a sair da cabana, mas eu o segurei pelo braço.

- Espere! O que aconteceu com Jane!? - questionei, soltando seu braço instantaneamente.

- Só posso te dizer que não foi um acidente - respondeu ele com um olhar cauteloso. - Agora eu preciso defender o que meus trabalhadores demoraram anos para achar! E esse arqueológo chega e acha que nós vamos servi-los!

    Jorge colocou sua arma na cintura e a tampou com a blusa, para que ninguém percebesse. Saímos dali e fomos em direção ao líder dos saqueadores.

- Podemos conversar? - perguntou
O'Conell ao lado do arqueólogo famoso que se espreguiçava.

- Não há nada que dizer. Só que vocês fizeram o trabalho pesado e eu vim me apoderar dessa gentiliza - ele sorriu, andando até a grande porta selada da pirâmide.

- Vou chamar a polícia - susurrou Akira, pegando o celular do bolso. Mas um dos ladrões foi até ele e arrancou o aparelho da sua mão.

- Desculpe, sua ligação foi interrompida para sempre! - Aaron disse e fez um gesto com a cabeça para o ladrão. Este quebrou o celular na nossa frente.

- Eu ainda estava pagando! - reagiu Akira. - Cretino!

- A tumba está selada - falou o líder saqueador ganancioso. - Imaginem, a coroa de Cleópatra nos espera atrás dessa porta - ele pôs um aparelho explosivo na freja da pedra, que apitava regularmente.

- Se a maldição for real, eu quero provas gravadas. E então, aquelas marionetes da agência serão obrigados a me aceitarem de volta na TV - murmurou a repórter para seu cameraman que gravava cada movimento.

    Soube, por meio do diário de Jane, que essa mulher se chamava Lina, ela é magra e possui cabelos cacheados pretos. Pelo visto, essa mulher é bem determinada a comprir sua meta e não deixaria que nada ou alguém a impedisse. Ela é minha primeira suspeita. Se minha esposa não foi morta num acidente de carro, tenho que admitir, por mais doloroso que seja, que ela pode ter sido assasinada.

- Espere! - disse kanope, amigo de Jorge, aproximando-se da grande porta de pedra. - Traduzimos os hierógrafos. Assim disse Cleópatra: "Uma maldição cairá sobre aqueles que profanarem a tumba sagrada dos faraós" - anunciou Kanope em forte tom, tentanto ganhar tempo.

- "O Nilo secará e o deserto se erguerá - Doutor Aaron complementou. - "O exército dos mortos acordará e todos que aqui entrarem virarão pedra" - ele e seus capangas riram sarcasticamente. - Valeu o aviso Cleópatra, mas não viemos aqui para sair de mãos vazias!

- Se houver um exército de zumbis, ele será detectado pelo nosso equipamento - Lina disse, colocando óculos de visão noturna.

- E irão provar o aço da minha espada - um dos ladrões disse, pegando uma espada por de trás das suas costas.

- Por favor doutor, em nome da arqueologia, - Jorge falou, tentanto não parecer desesperado - vamos tratar essa tumba com respeito. Os seus segredos serão revelados com um tempo.

    O'Conell não queria perder a fortuna que havia logo atrás daquela porta. Ele pediu para minha esposa e sua equipe entrarem na pirâmide, a fim de acharem um artefato, possivelmente a Coroa de Cleópatra, e que a levasse para o Museu de Copta. Segundo suspeito. O'Conell poderia usar seus contatos para pedir ao governo egípcio que enviasse uma carta para mim, dizendo que minha esposa havia falecido num acidente, sendo que ele mesmo poderia ter sequestrado minha esposa assim que ela tivesse achado a coroa, ou seja ela ainda pode estar viva! Mas, se a tumba ainda está selada, o que foi que Jane, Jorge e Kanope encontraram?

- Concordo plenamente. E não há tempo melhor do que o presente! - Aaron disse, apertando um controle em sua mão.

    O som do dispositivo explosivo começou a acelerar e apitar cada vez mais alto. Era uma bomba que estava prestes a explodir.

- Se cubram! - ordenei, encolhendo-me no chão.

    Houve um barulho ensurdecedor, uma nuvem de poeira e resíduos sólidos pairavam no ar. Quando o ar se acalmou, eu me levantei e abri os olhos, que rapidamente ficaram irritados com a poeira. Uma nuvem branca saiu velozmente de dentro da escuridão.

- O que foi isso? - perguntei, espantado.

- Isso meu caro, foi a morte, e ela virá veloz para aqueles profanaram esse lugar sagrado - respondeu Jorge.

    Um arrepio subiu pela minha espinha.

- Agora ele acabou de destruir dois mil anos de história! - Akira falou indignado.

- Calma Akira, se a maldição não os detiver, nós o deteremos! - Jorge falou, colocando a mão sobre seu ombro.

    De repente, uma nuvem gigantesca tampou o sol, mas não era uma nuvem normal, ela começou a se desenvolver no chão, era um tornado!
Colunas de ar em altíssima rotação, originadas de nuvens de tempestades, entraram em contato com o chão. O formato de um funil começou a ficar mais nítido. A tempestade crescia a cada segundo.

- Descarreguem agora! Precisamos dos sensores geotérmicos! - O doutor Aaron ordenou, tampando o rosto.

- O único lugar seguro é dentro da pirâmide! - anunciei vendo aquele tornado f3 tirar a vida de trabalhadores.

- Vamos rápido! - disse Evan, pegando a mão de Gwen e guiando-a para dentro da tumba.

    Procurei se havia mais alguém que estava na tempestade. Vi O'Conell, ele estava embaixo de um jipe, percebi seu esforço em tentar sair dali. A minha vontade era de deixar ele lá para morrer, aí pelo menos o mundo teria um ladrão a menos, mas, não poderia fazer isso com um humano, por pior que fosse. Olhei para o tornado e mais uma vez para O'Conell, não pensei duas vezes e saí correndo em direção à ele. Tentei levantar o veículo, meus braços queimaram, não consegui mexer nem um centímetro do carro. Tentei novamente, fechei os olhos e concentrei todas as minhas forças nas mãos e braços. Consegui levantar o bastante para ele sair de lá, abri os olhos sem deixar de usar força. Evan e Gwen estavam lá me ajudando a levantar esse jipe.

    O'Conell saiu correndo e nós soltamos o carro já cansados e acabados. Ele correu desesperadamente até a tumba, sem ao menos agradecer o nosso esforço em tirá-lo dali. Respirei profundamente e depois eu e meus amigos saímos correndo para o abrigo.

- Essa é a tumba secreta de Cleópatra! - Akira admirou-se, pegando uma lanterna de dentro da sua bolsa e a ligou, iluminando dentro da tumba.

    O paleontólogo cortou um pedaço da blusa e o colocou no rosto, para evitar inalar algo contaminado. Akira foi o primeiro a entrar e logo desapareceu do campo da minha visão. Eu, junto com meus amigos, pegamos tochas e lanternas para poder enxergar através da luz. O saqueador e seus companheiros fizeram o mesmo. Tampamos os rostos e entramos dentro da tumba secreta.

- Estamos dentro de uma sala em que ninguém entra há mais de 3 mil anos - Evan falou baixo, mas sua voz ecoou e todos ali presentes ouviram.

     O ambiente era gelado, úmido, e cheirava a putrefação. O chão tinha uma cor acinzentada, misturada com preto, parecendo uma rocha obsidiana, mas seria impossível, pois esse tipo de pedra só é um produto da lava vulcânica. A inteligência antiga me fascina a cada segundo. As paredes possuíam um tom esverdeado e, nelas, haviam vários desenhos dos deuses egípcios. Um desses hieróglifos era do deus Anúbis, o deus da morte, da mumificação e do submundo; de acordo com a mitologia do Egito Antigo, esse deus tinha a função de ser o protetor das tumbas, era também o juiz dos mortos.

- Ahhhh! - ouvimos um grito. E todos ficaram em alerta máximo.

    Olhei em volta, mas todos pareciam estar são e salvos. "Quem haveria gritado?", pensei preocupado. Andei até Akira, que estava bem a frente de todos. Conseguia ver que ele estava parado, a iluminação estava péssima. Caminhei até ele.

- Akira você ouviu algo? - bati em seu ombro que estava duro e imóvel. Ele havia virado pedra!

- Não pode ser! - exclamou Gwen vendo a pedra do pobre paleontólogo.

- Tentamos avisar a você! - gritei abismado para o doutor, vendo a cena alarmadora.

- Olha só o que você fez! - Jorge exclamou, vendo a estátua de pedra de Akira bem a sua frente.

- É a maldição!! - gritou um dos escavadores sobreviventes, que haviam nos acompanhado. - Cuidado com a Maldição!! - os supersticiosos saíram correndo para fora da tumba, preferindo morrer na tempestade do que pela maldição.

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