Simplesmente Lasciva

By ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 74

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By ChelsiaFaria

Theo

Eu não estava gostando nem um pouquinho de como as coisas estavam ficando. A minha vida estava tomando um rumo meio drástico e exaustivo.

A Scarlett falou comigo pela segunda vez, o que também não terminou lá muito bem. Conheci o tal " terceiro melhor aluno da universidade" de quem eu tanto ouvia falar, que por sinal já chamava a Scarlett de " querida " e para piorar ou melhorar o reitor mandou me chamar para uma conversa " privada. " bom, pelo menos foi o que eu achei que fosse ser privada.

— Theodore Delahaye... A quanto tempo eu não vejo você! - Ele falou com bastante energia quando eu entrei.

Muito ânimo para uma segunda feira.

— Eu cruzei com o senhor ainda na semana passada. - Falei sério e ele só sorriu.

Aquele senhor transbordava a ironia pura.

— Por favor, sente - se. - Indicou uma das cadeiras de frente a ele e eu me sentei.

— Bom, o senhor não foi realmente muito explícito quando mandou me chamar então...- Comecei. — No que eu posso ser útil?

— Curto e direto...muito bom.- Aquiesceu. — Acredito que não seja uma novidade para você que a universidade consta agora três melhores alunos...

Eu aquiesci.

— É de louvar sim que mais um aluno seja tão empenhado como a senhorita Rose e você, mas não vou negar que isso também me deixa com um peso enorme nas costas. - Falou e eu olhei para ele sem entender.

— Alguma coisa aconteceu?

— Não na verdade, só que quando eram apenas a Scarlett e você, era mais simples designar vocês para tarefas importantes dentro e fora da universidade, mas agora a gente tem um novo aluno e isso meio que... Ele não terminou porque a porta da sala foi aberta e para o meu espanto o cara de quem ele estava falando entrou.

— Léo, quantas saudades eu senti de você. - O Reitor falou com um sorriso amplo que eu honestamente não sabia ser era verdadeiro ou irónico.

Mas ele era assim com toda gente?

— Seria um espanto se o senhor não sentisse, afinal de contas eu não sou uma pessoa que a sua ausência não mereça consideração. - O cara respondeu com presunção e o reitor só riu.

— Bom, não vou tomar muito do vosso tempo e chegar ao ponto da questão o mais rápido possível. - O Reitor tomou a palavra. — A universidade precisa que vocês, os melhores alunos, trabalhem juntos em uma recolha de dados e informações sobre o baixo rendimento dos outros alunos. - Falou.

— Não entendi. - Falei e ele teve a amabilidade de explicar.

— Não é uma novidade para você Theodore, principalmente que a universidade tem parcerias. - Falou e eu aquiesci. — Mas esses mesmo parceiros estão bastante curiosos sobre o facto de um aluno que frequenta a universidade em apenas três meses já ter o triplo do rendimento dos que já estão com você e a Scarlett a tanto tempo. - Falou. — E é exatamente por isso que precisamos que os melhores nos ajudem com isso, porque acima de tudo vocês são um exemplo para os outros.

— O senhor tem noção...- Comecei novamente. — Que a universidade não tem apenas dois melhores alunos, mas sim três? Não acha que a Scarlett também deveria estar fazendo parte disso?

— Bom...poder ela poderia sim, mas infelizmente temo que não seja isso que os nossos parceiros querem.

—Como? - Perguntei.

—Theodore, você e a Scarlett estão constantemente no mesmo pódio, com as mesmas classificações, os debates ganham juntos, as olimpíadas ganham juntos... vou resumir para você. Vocês parecem almas gêmeas. - Falou fazendo o cara do lado erguer uma sobrancelha e fazer uma feição um tanto quanto questionável. — E parceiros com um nível de alcance tão alto como por exemplo a empresa aonde vocês fizeram o estágio normalmente só demandam um bom estudante para um cargo altíssimo. E também não é que temos nos questionando como fazer isso se vocês são tão bons juntos.

— Eu ainda não consegui entender.

— Nós estamos tentando ver se você realmente consegue resolver alguma coisa sozinho Theo, não é que estejamos sendo machistas e não queríamos colocar a Scarlett em uma posição privilegiada...

— É exatamente isso que parece. Falei.

— Mas não, não é nada disso. - Falou. — A Scarlett ficou três meses sem aulas, perdeu testes, aulas, avaliações...tudo bem, é de louvar que a média dela continua intacta porque ela é realmente inteligente, mas isso não deixa ela inibida de duvidas por partes das grandes empresas que gostariam de dar um cargo a um de vocês, ou se não a todos.

O que ele falava não tinha mínimo sentido, era o tópico caso da pessoa que gala tudo e ao mesmo tempo nada

— É por causa da bolsa, não é ?- O cara perguntou pela primeira vez fazendo o reitor rir.

— Você já deve ser bastante íntimo da Scarlett para já ter noção sobre um assunto tão importante. - O Reitor falou.

E como.

— Pelo sim pelo não senhor... - O cara continuou. - Essa decisão não deixa de ser machista e pouco profissional, tendo em conta que a gente já não se encontra em épocas outrora muito bem conhecidas por nós, essa atitude é simplesmente reprovável - Falou calmamente. — Vocês estão se aproveitando que ela se encontra em uma posição vulnerável para tirar ela do jogo, mas os exames já estão quase se aproximando, não seria de tão malgrado esperar.

— Independente de...- O Reitor deu de ombros. - Enquanto não tivermos os resultados, ela não vai participar de nada disso.

— Então eu vou simplesmente me negar. - O Cara falou.

— Se você negar a sua bolsa será afetada.

— Eu não estudo com bolsa. - Respondeu seco.

— Mas vai estudar.

— Vocês não podem me obrigar a usar uma bolsa senhor.

— Nós não, mas a universidade que você estava frequentando pode. - Falou e ele só permaneceu em silêncio. — Nós não estamos tentando ser inimigos de vocês, só vos ajudar mesmo...e sinceramente Theodore. - Ele se virou para mim. — Você sabe perfeitamente que a Scarlett resolveria esse caso sem nem ter que ver inquéritos. - Falou e eu honestamente... não podia negar aquele facto. A Scarlett era a mulher mais inteligente que eu já tinha conhecido na minha vida...tinha lá os seus complexos, mas sobre a inteligência... não era questionável.

— Eu entendo senhor. - Falei.

— Ainda bem. - Ele se levantou. — A partir de amanhã vocês vão se reunir em uma sala disponibilizada para vocês para que avaliem os inquéritos feitos aos estudantes, os parceiros gostariam dos resultados em um mês, e ah...a Scarlett não pode saber de nada.

— Não acha que já estava pedindo demais? - Perguntei.

— Pois, eu não vou mentir para a Scarlett. - O cara falou.

— Não estou pedindo que minta, só para que omita.

— Com todo respeito senhor...- Ele começou. — Mas que tipo de dicionário o senhor usa? Porque para dizer não minta, só omita, sendo que existe uma linha tênue entre essas duas palavras deve estar usando um dicionário bem diferente do de toda a humanidade.

— É bom estar lidando com a sua ironia tão de perto Léo. - Ele riu e andou em direção a porta a abrindo. — Bom, é tudo, até mais. - Falou rude com a porta aberta esperando nós passarmos por ela.

E aquela era exatamente a situação em que eu me encontrava.

Estávamos todos os dias, nos encontrando em uma sala e realizando o nosso trabalho sem ninguém saber, nem mesmo a Amar, porque ela me contou que foi transferida para uma outra ala, mais próxima da minha, deduzi logo que fosse a mesma ala que a Scarlett, porque tirando aquela não tinha mais outra tão próxima.

Ficar com aquele cara era...sei lá...a gente não conversava, e nem era porque eu tinha algum tipo de hostilidade, não, nada disso, era que quando ele entrava, ele se tornava totalmente sério, sem desviar o olhar até ao horário do término, exceto em um certo dia que o sistema estava falhando e a gente teve que esperar durante algum tempo até voltar ao trabalho.

— Droga...- Xinguei quando o computador desligou de vez e ele só olhou de soslaio.

— Bom, se o sistema não voltar eu não estou ficando aqui. - Falou calmamente.

— Deve ser algo momentâneo, tenho a certeza que não podemos sair sem terminar. - Falei e ele olhou para mim sem dizer nada, foi até estranho, era como se ele pudesse até ver a minha alma.

A única pessoa que olhava assim para mim era o Breno, pois, ele dizia, que só o olhar já bastava para estudar a personalidade de uma pessoa, eu honestamente não entendia, mas tinha algo haver com observação e coisas assim... basicamente psicologia.

— Você se sente mal por o reitor estar duvidando das suas capacidades? - Ele perguntou do nada.

— Ele não está duvidando da minhas capa....

— Você conhece bem a Scarlett? - Mudou rapidamente o assunto me deixando meio desnorteado.

— Provavelmente não como eu gostaria. - Falei e não era de todo mentira.

— E ela conhece bem você? - Voltou a perguntar.

— Acredito...

— Você não a conhece bem, mas ela conhece você...- Ele me interrompeu. - Interessante. - Falou pensativo.

— Porquê pergunta?

— O Reitor não ia dizer que vocês parecem almas gêmeas sem nenhum contexto, não acha? - Perguntou e eu me mantive cauteloso.

— Ele estava sendo sarcástico. - Falei calmamente enquanto ele me observava e sorria.

— Ok, mas sabe...- Ele passou rapidamente a língua pelo lábio. - Se ela não é a sua alma gêmea nada me impede de fazer dela a minha. - Ele riu. — Não seria bonito? - Ele perguntou, mas eu não tinha bem a certeza se ele estava falando comigo ou não.

No segundo depois, o sistema voltou e a gente deu continuidade ao que estavam fazendo, no silêncio, novamente.

Na sexta-feira, eu estava simplesmente cansado de tudo e todos, o Breno estava até comigo me aturando até a Amar aparecer e me convidar para uma ida a um bar próximo. Eu aceitei e convidei o Breno, mas ele rejeitou dizendo que já bastava ter que partilhar uma aula inteira de duas horas com a Amaraee, não ia conseguir sobreviver em um bar de hora de volta indeterminada. Rindo, eu me limitei a abanar a cabeça e a perguntar o motivo do toda aquela hostilidade.

Ele se levantou dizendo que a lista era tão enorme que nem uma contagem até ao infinito chegaria e partiu.

No bar, a Amar e eu nos descontrolamos um pouco e bebemos mais do que o suficiente e ela acabou me convidando para conhecer o novo quarto dela. Fique até meio receoso porque não queria de todo ter que esbarrar com a Scarlett, mas ela me tranquilizou dizendo que seria uma visita rápida e pelo horário, mais ninguém estaria acordado.

Posto lá, enquanto ela abria ou melhor tentava abrir a porta e eu ria dela, ouvi passos na nossa direção e depois alguém parou do nosso lado, na porta de frente...me apercebi que era a Scarlett porque a Amar saudou ela, mas ela não respondeu então quando a porta finalmente abriu a Amar entrou antes de mim e antes de eu entrar dei uma última olhada na porta da frente e ela estava olhando para mim naquele momento, me limitei a sorrir e entrei.

Não havia realmente mais nada...

No dia seguinte, com uma enorme ressaca, eu acordei bem cedo, eram provavelmente cinco da manhã e estava saindo de fininho porque se alguém me visse saindo de lá tão tarde, ainda que em um sábado, aquilo seria um problema, os rapazes e as garotas eram estritamente proibidos de frequentar as alas uns dos outros.

Feliz ou infelizmente cruzei com a Scarlett novamente, eu a saudei, mas ela só se apressou a voltar para o quarto e eu não voltei a ver ela durante o dia.

Só... de noite, quando ela estava voltando sorrindo com o terceiro melhor aluno da universidade.

— Se eu fosse você. - O Breno falou me chamando a atenção. — Disfarçava um pouco, e olha que eu nem estou falando porque o seu presente enviado por Deus está vindo aqui. - Ele falou e eu rapidamente desviei o olhar.

Na verdade, porque eu estava olhando mesmo?

Era a pergunta do ano.

— Então olá...- A Amar falou saudando ao Breno e a mim com um beijo terno nos lábios. — Não vi você durante o dia todo, está tudo bem? - Ela perguntou e eu sorri fraco para ela.

— Porque não estaria?

—Você saiu do quarto sem eu notar.

— Porque eu não queria acordar você tão cedo.

— Sim, mas você não seria um problema me avisar que estava partindo. - Falou carrancuda e eu olhei para ela sem entender.

— Amar eram cinco da manhã, eu estou dizendo que não quis acordar você. — Falei sorrindo fraco.

— E eu estou dizendo que não teria problema algum se você me acordasse visto que passou a noite comigo.

Eu parei por um momento, olhei para ela que se negava a olhar para mim, desviei, olhei para o Breno que se limitava a olhar para mim com os lábios comprimidos e depois voltei a olhar para ela.

— Eu acho que não estou compreendendo. - Comecei. — Eu estou dizendo que não queria incomodar você e isso é um problema?

— Não estou fazendo disso um problema Theo... só estou frisando que é sinônimo de educação se despedir de alguém quando você passou a noite com ela sabe.

Espera... nós estávamos realmente fazendo daquilo uma briga?

— Amar... não faça isso. - Falei olhando estranho para ela.

— Isso?

— Não transforme uma coisa insignificante em uma briga desnecessária.

— É uma briga desnecessária? Ou melhor é insignificante?

Meu...Deus...

— Eu estou dizendo que não é uma má atitude, ok, eu estava dormindo, mas você é meu namorado, vai que alguma coisa aconteça ou assim...

— Mas não há necessidade de brigamos por isso. - Falei.

— Fica parecendo que eu nem sou importante para você...

— Tudo bem...tudo bem...- Falei a interrompendo rapidamente. — Me desculpe por não avisando você pela próxima mesmo que forem duas da manhã, eu vou avisar. - Falei e vi o Breno rindo pelo canto do olho.

— Você devia saber que essa não é uma posição bonita...- Falou ainda carrancuda. — Principalmente sabendo que o quarto da Scarlett está bem de frente ao nosso e eu não consigo nem deixar de pensar se alguma coisa acontec...

— Espera um pouco...- Falei me afastando ligeiramente dela. — O que diabos a Scarlett tem haver com isso? - Perguntei me exasperado um pouquinho. — E você está insinuando que eu trairia você com ela? - Perguntei.

— Não, eu estou simplesmente falando que coisas de gênero podem acontecer...

— Não, nós estávamos falando sobre eu não ter me despedido de você e agora estamos falando sobre a Scarlett, que eu nem mesmo sei por que está sendo mencionada nessa conversa.

— Vê como ela ainda mexe com você? - Ela perguntou me deixando petrificado.

Porra...como assim?

— Amar...- Comecei depois de contar até dez internamente.

— Você não pode olhar para mim desse jeito, você me contou sobre o que aconteceu entre vocês e eu não tenho como ficar descansada se...

— Primeiro...- Comecei sério. — Se você tem dúvidas da minha fidelidade a você, então talvez você não devesse estar comigo. - Falei e o Breno olhou para mim com o cenho franzido, ele estava totalmente atento na conversa.

— Theodore eu...

— Segundo...- Eu a interrompi. — Eu contei a você sobre a Scarlett e eu porque você se mostrou uma amiga querida e compreensiva, você esteve comigo quando eu mais precisei...- Olhei momentaneamente para o Breno que abriu os olhos e piscou várias vezes, me deixando confuso por um momento, parecia até que alguma coisa importante estava passando bem diante dos meus olhos e eu não estava me dando conta.— E isso tornou você em uma pessoa importante para mim. - Continuei sério. — Não foi para quando você estiver passando por algum tipo de conflito ou um ataque de ciúmes usar essa informação contra mim.

— Theo...- Ela tentou começar fazendo uma cara de dó.

— Se você não confia em mim não namore comigo. - Falei. — Porque eu preciso ser sincero com você ao dizer que não vou conseguir aguentar se você usar as informações importantes que eu passei a você em um momento tão vulnerável, contra mim. Aí...eu que deixaria de confiar em você.

O Breno desviou o olhar de nós para algum ponto e pareceu pensativo.

— Theo... Me desculpe. - Ela começou já se aproximando aos poucos e embora o Breno estivesse olhando para um outro lugar, eu consegui claramente ver o desgosto estampado. — Eu...eu nem sei o que está se passando comigo para dizer essas coisas para você. - Falou passando os braços ao redor da minha cintura e tentando me abraçar, mas eu ainda estava puto demais para conseguir retribuir. — Eu ... Eu peço imensas desculpas... não sei exatamente o que houve...mas prometo a você que não volta a acontecer.

— Tudo bem...- Respondi por fim e ela se afastou sorrindo amplamente. Parecia até que ela já não era a garota que estava brigando comigo a minutos atrás. — Você pode não estar mostrando muito agora, mas eu sei que provavelmente está um pouquinho chateado comigo.

— Um pouquinho? - Perguntei sério e ela.

— E é por isso que eu vou me redimir...- Ela falou simplesmente me despedindo com um beijinho na bochecha e partindo.

Eu olhei para ela partindo e honestamente não sabia o que dizer.

Me virei para o Breno que só me observava e suspirei.

— Eu acabo de ter a minha primeira briga desnecessária como namorado é porque eu não a acordei às cinco da manhã para me despedir. - Falei e ele não reagiu, o que era estranho. — O que houve? - Perguntei e ele continuou me olhando sem dizer nada, por prováveis dois ou três minutos.

— Você acabou de usar todas as palavras certas, mas ainda assim não se dá conta de nada. - Ele falou. — Eu já gostava bastante da minha área de formação, mas com você cara, eu estou me apercebendo que amo. - Falou e eu realmente não entendi absolutamente nada. — Eu acho que vou fazer de você a minha monografia.

— Hã? - Ele riu. — Não nem encontro as palavras certas para descrever o quão feliz eu sou por ter você na minha vida.

— Bom...- Comecei sem realmente entender. — Eu também sou feliz por ter você na minha vida. - Falei e permanecemos em silêncio durante algum tempo.

— Meu Deus isso foi muito Gay. - Falou me fazendo rir. — Namora comigo Theodore? Eu estou obcecado por você - Falou e eu ri.

— Desculpe...- Comecei. — Eu sou hétero.

— Tem certeza? - Ele piscou para mim. — Eu vou fazer você sentir coisas que nunca sentiu antes. - Ele falou e eu olhei espantado para ele. — Você é demasiado bom nisso, tem certeza que é hétero mesmo? - Perguntei e ele parou de rir.

— Eu sei que a gente está brincando, mas isso me magoou. - Falou e a gente ficou se olhando em silêncio durante algum tempo. Até os dois desatarmos a rir feito loucos.

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