o AMOR de um CEO

By Sabrin_axz

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A vida da Victoria nem sempre foi fácil, ela teve que lutar bastante para conquistar o pouco que tem. O amor... More

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•64 Penúltimo capítulo•
•65 último capítulo•
•Epílogo•

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By Sabrin_axz

•Miguel•

Eu estou com isso na cabeça desde cedo e esse pensamento mexe com a minha cabeça me deixando completamente ansioso e paranoico.

-Vic?- Chamo a mesma que estava paralisada olhando para o meu rosto.

-De onde você tirou isso?- Perguntou parecendo assustada.

-Das minhas paranoias!

-N-não... O Théo não é seu filho!

-Você não soou convincente!

-Eu vou pegar o Théo, tá?- Ela falou e saiu dali feito jato.

Que merda.

Já foram umas seis pessoas que falaram que o Théo se parece comigo, e se não for paranoia? E se ele realmente for meu filho? Por que a Vic está escondendo isso de mim?

Coloco minhas mãos na cintura e jogo a cabeça para trás. Será que ele é meu filho? Balanço a cabeça.- Para Miguel, você está se iludindo demais, limites... Limites!

-Miguel posso ir dirigindo de novo?- Théo perguntou ao se aproximar com a Vic.

-Dessa vez é melhor você ir atrás, é mais seguro, tá bom?!

-Tá bom!- Ele falou e ofereceu sua mão para eu segurar. A Vic engoliu seco me fazendo franzir o cenho.

Caminhamos até o carro, fiz questão de abrir a porta para a Vic mesmo ela me lançando um olhar sério. Ajudei o Théo a por o cinto no banco de trás e contornei o carro indo para o motorista.

-Onde é a sua casa?- Perguntei de cínico mesmo, afinal eu sei muito bem onde ela mora e até sou seu vizinho, mas não posso deixar ela saber disso.

-Vou por o endereço no GPS!- Ela falou e eu concordei.

O caminho foi silencioso, o Théo vez ou outra tagarelava, mas o clima entre a Vic e eu não estava dos melhores, mais uma vez estamos terminando de mal a pior.

-Obrigada pela carona!- Ela falou assim que eu parei o carro em frente a sua casa. Ela tirou o cinto do Théo e ajudou o mesmo a descer do carro.

-Tchau, Miguel! Foi bom conhecer você!- O Théo falou educado e eu sorri para ele dando um tchauzinho.

-Foi bom conhecer você também, carinha... Tenham uma boa noite!- Digo e a Vic segurou a mão do Théo e eles caminharam para casa.

Fingi dar a volta para ir embora, mas eu só ia dar a volta na rua até eles entrarem em casa. Quando passou cinco minutos retornei e entrei dentro da minha casa.

[...]

•Narradora•

Segunda-feira

Sol nascendo, ambos em suas varandas observando o amanhecer com uma garrafa de vinho ao lado.

Eles não conseguiam ver um ao outro, pois ambos estavam em pontos não visíveis um para o outro.

Ambos estavam chorando, ambos estavam com dor no peito, ambos estavam lembrando um do outro.

Uma está lembrando dos momentos incríveis, das risadas e dos momentos em que ele lhe fez tão bem, mas no fim sempre acaba lembrando da traição e isso faz seu peito arder e tocar em uma cicatriz aberta.

Outro está na mesma, lembrando dos momentos bons que tiveram juntos, dos incríveis momentos de amor que viveram, mas no fim ele sempre lembrava de como feriu o coração da sua amada, de como foi obrigado a ter certas atitudes traiçoeiras.

O seu celular tocou, o nome do Matheus estava escrito na tela. O mesmo limpou suas lágrimas e atendeu a ligação.

-Irmão?- Matheus chamou com a voz estranha.

-O que houve? O que faz acordado essa hora?- Miguel perguntou.

-Ele fez o mesmo comigo, ele me ameaçou, irmão...

A raiva cresceu dentro do peito do Miguel, o mesmo pegou aquela garrafa de vinho quase no fim e atirou a mesma no chão estilhaçando-a.

A Victoria ouviu, se assustou e ficou de pé olhando para a varanda vizinha finalmente notando a presença do Miguel ali.

Ele viu ela ali lhe olhando com um olhar de preocupação?

-Me encontra no meu apartamento!- Miguel falou para o seu irmão ainda com o olhar preso nos olhos da Victoria.

-Estou indo...- Matheus falou e desligou a chamada.

Victoria estava sem entender nada, qual o motivo dele estar ali? O que ele está fazendo naquela casa?

Por um momento ela se questionou se ele não estava a vigiando, mas logo ela se apressou em tirar esse pensamento da sua cabeça.

Ela viu o Miguel sair da varanda e logo em seguida sair com seu Mustang em alta velocidade. A mesma respirou fundo algumas vezes e voltou para dentro da sua casa.

•Victoria•

Hoje foi o primeiro dia de aula do Théo. Levei ele para a escolinha após o almoço, o mesmo estava meio receoso, logo entendi o motivo.

Quando o Théo estava na creche lá na nossa cidade, as pessoas ficavam a todo momento questionando o mesmo sobre seu pai, quem era seu pai... Até mesmo as crianças ficavam perguntando o porquê do pai dele não ir o buscar, porquê o pai dele não ia nos eventos de dia dos pais... E o Théo ficou muito chateado pelo simples fato de não saber. Mas depois que nós ficamos sabendo disso, meu pai fez questão de ir buscar ele na creche todos os dias, fez questão de ir em qualquer evento que precisasse dos pais... Então o Théo foi crescendo tendo o meu pai como seu pai também, seu segundo pai.

Hoje a tarde enquanto ele estava na escola, passei grande parte do tempo ensaiando com a Bruna no nosso estúdio.

As 16:30 saí de casa para buscar meu pequeno, ele só é liberado às 17:00, mas eu não queria pegar trânsito, por isso saí mais cedo.

Mas acontece que não deu muito certo. Estou no carro presa em meio ao trânsito, não estou conseguindo passar em nenhuma brechinha.

O tempo passou e eu nem saí do lugar, olhei para o painel do carro da Bru que eu havia pegado emprestado e já passou do horário de saída.

Estou me irritando pois o meu filho deve estar me esperando. Hoje por ser seu primeiro dia, eu não queria atrasar, mas já estou super atrasada.

Com a afobação por querer sair logo dali, um cara filho da puta pisou no acelerador e bateu no carro da frente piorando o que já estava ruim.

-PUTA QUE PARIU!!!!- bato no volante com força.

•Narradora•

Enquanto sua mãe está empacada no trânsito, Théo já havia sido liberado e estava com as professoras no portão da escolinha esperando a sua mãe chegar.

-E a mãe desse menino? Que demora!- Uma das mulheres falou.

-Ela deve estar presa no trânsito, esse horário é complicado, e fora que ela é a Victoria Amaral né, mulher super ocupada!

A mulher revirou os olhos.- Eu quero ir pra casa, estou com pressa e só tem esse moleque aqui!

Théo ouviu isso, o mesmo se encolheu com sua mochila nas costas.

Ele olhou para as mulheres e ouviu novamente quando elas falaram que a Victoria esqueceu dele e que nem deve se importar com ele.

O pequeno se sentindo mal saiu da escola sozinho, as mulheres que estavam mais focadas em falar da Victoria não perceberam quando o menino saiu.

Théo caminhou pela calçada a fora, começou a andar, mas sem saber por onde ir.

Já um pouco longe, um carro parou ao lado do menino, o mesmo ficou com medo e continuou andando. Sua mãe havia falado para nunca falar com estranhos, então ele não deu nem atenção.

-Ei!!- A pessoa gritou, o Théo fez menção em correr, mas a pessoa segurou seu braço.

Théo virou a cabeça para olhar e viu o Miguel ali em sua frente.- Oi Miguel!

-Oi, cara. Está fazendo o quê sozinho? Cadê a sua mãe?

-Mamãe me esqueceu na escolinha...- Falou cabisbaixo.

•Miguel•

Franzi o cenho.- Como assim?

-Ela não veio me buscar!

-Você saiu da escola sozinho? E as professoras?

Ele deu de ombros dizendo que não sabe.- Vem eu te levo pra casa!- Digo estendendo minha mão pra ele.

-Você vai me levar pra casa mesmo?

-Vou sim, sua mãe deve ter ficado presa no trânsito, ela não deixaria você, isso eu te garanto!

Ele concordou e eu segurei sua mão o guiando para dentro do carro. Abri a porta do passageiro pra ele e tirei sua mochila colocando no banco de trás. Não tenho cadeirinha, então acho que não tem problema colocá-lo na frente e com o cinto.

Dou a volta no carro e vou para o motorista.- Preparado parceiro? Você vai ser tipo meu copiloto, ok?

-Siiim!- Falou e sorriu pra mim, o que me fez sorrir também.

Começo a dirigir para a mansão da Vic, eu não tenho como ligar pra ela para informar que estou com ele, então só tenho como levá-lo.

O trânsito hoje está absurdo, a Vic deve ter ficado presa, nunca que ela iria deixar o Théo sozinho e muito menos esquecer ele.

Meu celular tocou e eu vejo a Marina no painel.

-Fala!- Atendo pelo painel e a voz dela ecoa pelo carro.

-Maninho, a sua esposinha está aqui enchendo o saco, ela disse que não vai embora se você não estiver aqui!

Reprimo um palavrão e bufo.- Passa pra ela!

-Deus me livre dar meu celular para aquela louca, vem aqui e resolve isso, não suporto mais ouvir a voz dela!

-Tá bom, tá bom!- Digo e desligo a chamada.- Théo, vamos dar um rolê?

-Mas e a mamãe?

-Nós vamos na casa da minha mamãe primeiro, então eu te levo para a casa da sua mamãe, tá bom?

Ele balança a cabeça confirmando.

Mais uma vez a Ayla estragando tudo.

Mudo a rota e começo a dirigir em direção a casa da minha mãe.

Assim que eu chego, estaciono o carro, abro a porta para o Théo e o mesmo pula do carro, faço menção em pegar ele no colo, mas ele falou:- Eu não sou bebê, Miguel!

Levanto as mãos em rendição.- Tá bom, tá bom homenzinho.- Estendo minha mão para ele e o mesmo pega.

Caminho com ele para dentro da casa, assim que eu passei pela porta a Ayla veio como um jato em minha direção.

-AONDE VOCÊ ESTAVA? EU TE LIGO, MANDO MENSAGEM, MAS NADA!!! VOCÊ NUNCA ME RESPONDE!!!

Théo vai para trás da minha perna e agarra a mesma.

-Cala a boca, Ayla!- Digo baixo e entre dentes para não assustar o menino.

Ele estica os braços pra mim pedindo colo, então eu abaixo e pego ele. O mesmo agarrou meu pescoço e grudou seu rosto no meu.

-Quem é esse moleque?

-Cala a boca, Ayla!- Repito.

-NÃO ME MANDA CALAR A BOCA!

Passo por ela e adentro na casa, o Matheus estava jogado no sofá com os olhos revirados, a Marina com os dedos nos ouvidos, e minha mãe com uma enorme carranca. Com certeza já rolou briga aqui.

-Esse é o filho da Vic?- A carranca da minha mãe se desfez.- Oi meu amor?- Se aproximou de nós e passou a mão nas costas dele em um gesto carinhoso.

Tímido ele não respondeu.

Matheus ficou de pé e veio em minha direção, seu olhar intercalou-se entre ele e eu.

-Você está com fome querido? A Claudinha acabou de fazer um jantar delicioso!- Minha mãe falou para o Théo.

Coloco o Théo no chão e ele sem falar nada segura na mão da minha mãe e eles seguem para a cozinha. A Marina corre atrás deles também.

-O que infernos você está fazendo aqui?- Viro bruscamente para a Ayla.

-O que eu estou fazendo aqui? Eu não vejo mais meu marido, ele não vai em casa, não dorme em casa, onde você está? Comendo as putas na rua?- Falou exaltada.

-Qual a parte que eu não quero ter você perto de mim você não entendeu? Vai embora, suma da minha frente e principalmente, nunca mais venha até aqui aborrecer minha família!

-VOCÊ É UM FILHO DA PUTA!!!- Ela grita e eu avanço na direção dela, a mesma fica contra a parede e eu aponto o dedo bem em seu rosto com revolta.

-Eu odeio você, sempre odiarei e só pra deixar registrado eu quero a porcaria do divórcio!!- Digo entre dentes.

Eu cansei de tudo, cansei. Acionarei o Farias o mais rápido possível para a decisão do término não afetar ninguém.

-VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!

-Eu posso e vou. Já aguentei você por muito tempo!

-É ela não é? AQUELA VADIA VOLTOU E VOCÊ VAI ME DEIXAR POR ELA, NÃO É? ESSE MOLEQUE É FILHO DELA TAMBÉM?

Me afasto dela bruscamente para não cometer nenhuma loucura.

-NÃO SE ATREVA A FALAR DA VICTORIA!!

-Pega leve, ignora ou Isso não vai terminar bom!- Matheus entrou na minha frente me empurrando para trás.

Não, eu não vou agredir a Ayla e nem faria isso. Passei as mãos nos cabelos e respirei fundo tentando manter a calma, no mesmo instante senti um aperto no peito.

-MIGUEL!!!- Ouvi a voz da minha mãe da sala de jantar. Uma voz de desespero.

Corri até lá com rapidez, assim que cheguei vi o Théo com o rosto vermelho e tentando respirar.

Meu coração disparou e uma angústia se fez presente.- Ele se engasgou? O que houve???- Pergunto.

-Não, ele estava comendo o risoto e começou a ficar com falta de ar!!

Merda!!!

Matheus começou a abanar ele. Eu só fico assim com uma coisa... Quando eu como camarão...

-Mãe de quê é o risoto???

-Camarão!

Meus olhos se arregalaram e eu corri até meu carro, parecia até que eu estava correndo uma maratona. Peguei meu remédio.

Entrei para a casa novamente e dei o meu remédio a ele, o mesmo engoliu com um pouco de dificuldade. Todos nós abanamos ele e eu estou torcendo para funcionar.

Aos poucos ele voltou a respirar lentamente.

-Como você está se sentindo?- Pergunto para ele passando a mão nos seus cabelos os jogando para trás.

-Minha cabeça tá doendo!- Ele falou baixinho.

-Calma, meu amor. Filha, vai lá na Claudinha e pede a ela aquele remédio de dor de cabeça que você toma!- Minha mãe falou para a Marina.

-Temos que ligar pra Vic, ela deve estar louca atrás dele!- Falo sentando na cadeira ao lado do Théo.

-E onde ele estava? Por que ele está com você, filho?

Expliquei a ela o que aconteceu. -Mas eu não tenho o número dela, não tenho como entrar em contato!

-Eu tenho o número da Vic!- Marina falou ao retornar com um copo de água e o remédio.

-E só agora você fala isso? Passa o número dela!- Digo pegando meu celular, a Marina me enviou pelo WhatsApp.

Fui ver e aquele número é novo, não estou bloqueado nele. Ligo para ela e no mesmo instante ela atendeu.

-Alô, alô!!!- Ela falou em tom de desespero e com a voz estranha.

-Vic?

-Miguel... Pelo amor de Deus não posso falar agora, o Théo sumiu, estou rodando atrás dele e não consigo achar...- Sua voz é de desespero misturado com lágrimas.

-Calma, respira... Eu encontrei ele, estou com ele aqui na casa da minha mãe!

-Ai graças a Deus!!!! Bruna, o Théo está com o MIGUEL!!! Mete o pé pra casa da Tereza!!!

-Calma, ele está bem, cuidado com a estrada!- Digo.

-Ai Miguel, obrigada!!! Chego em cinco minutos!!!

A ligação é encerrada.

-É a mamãe?- Ele perguntou após tomar o remédio.

-É sim, ela está vindo aqui!

-Enquanto a sua mamãe não chega, vamos ver o senhor cenoura?- Minha mãe perguntou para o Théo.

-Quem é esse?- Perguntou confuso.

-O gatinho da Marina!

-Eu gosto de gato!- Ele comentou.

-Vamos, Théo! Ele é muito amoroso!- Marina diz e os mesmos vão para o andar de cima junto com minha mãe.

Suspiro em alívio por ter ficado tudo bem.

-Que susto, meu Deus...

-Depois disso eu vou até beber água!- Matheus falou e foi para a cozinha.

Em poucos minutos ouvi a campainha tocar freneticamente.

-Quem é?- Ayla ainda estava ali totalmente emburrada.

Passei direto e não respondi. Ela ainda está aqui???

Abri a porta e a Bruna e a Vic entraram feito flashes.

-Cadê meu filho???- Vic perguntou olhando pela casa, até por seus olhos na Ayla.

-O QUE ESSA VADIA ESTÁ FAZENDO AQUI?- Ayla falou ao ver a Vic.

-Te aquieta, mal amada!- Bruna falou.

-Ele está com a Marina e com a minha mãe lá em cima!- Falei.

-É, agora faz o favor de pegar aquele moleque ridículo e vazar daqui vocês três!- Ayla falou. A Vic que havia posto o pé no primeiro degrau para subir para o andar de cima, parou bruscamente e virou lentamente para olhar para a Ayla.

-O que foi que você disse?- A ruiva perguntou de um jeito amedrontador, nunca achei que a Vic pudesse ser tão assustadora como agora.

Matheus chegou na sala provavelmente após ouvir o barulho. O mesmo intercalou seus olhos entre a Vic e a Ayla, as duas se encaravam como se fossem se matar.- Eita porra... Gente, não se matem, eu não sei esconder corpo!

-Foi isso mesmo que você ouviu, sua piranha. Pega esse moleque e vaza daqui!

-Acaba com ela!- Bruna falou e então a Vic parecia ter incorporado uma leoa.

-Sua desgraçada!!!- Quando eu menos percebi a Vic já estava em cima da Ayla, a ruivinha a derrubou no chão e começou a agredi-la violentamente.

Eu definitivamente não esperava por aquilo, quando em sã consciência eu iria ver a Vic saindo no tapa com alguém? O Brasil está realmente mudado... Quer dizer, a minha ruivinha!

-Eu estava falando sério quando eu disse que não sei enterrar um corpo, gente!!- Matheus falou vendo a Vic cortar a bochecha da Ayla com sua unha pontiaguda.

-Realmente, é melhor afastá-las...- Digo, mas quando o Matheus e eu iríamos dar um passo para separar a briga, a Bruna virou em nossa direção e falou:- Nem pensar, passo para trás!- Ela mandou e nós fizemos levantando as mãos em rendição.

A Vic estapeou a Ayla várias vezes, bateu a cabeça dela no chão e puxou seus cabelos. Um certo momento uma mecha de cabelo loiro voou longe.

-ISSO AMIGA, ARRANCA TODO O MEGA DELA!!- Bruna vibrou ao lado do Matheus.

-Porra, Bruninha. Eu apostaria trinta mil reais que você faria isso, mas NUNCA imaginaria que a ruiva faria isso... O que você fez com ela?- Matheus perguntou passando um braço ao redor do pescoço da Bruna.

-Ah meu amor, a Vic tá mudada, a gata está mais violenta...

Toda a vontade de separar a briga se esvaiu só de lembrar de tudo que a Ayla já fez para mim e para a Vic, agora eu estou sentindo vontade de sentar, pegar uma taça de vinho para assistir.

A Ayla não revidava, é como se a mesma não tivesse força pra se defender. Fala demais e na hora de sustentar seus B.Os não aguenta...

-Você pode falar o que quiser de mim, sua desgraçada!- A Vic segurou ela pelo pescoço e bateu no seu rosto.- Você me humilhou, me acusou de roubo, me fez ser presa, pegou o cara que eu amava... Agora, NUNCA. FALE. DO. MEU. FILHO!!!!- E foi aí que a Vic começou a distribuir socos no rosto da Ayla.

-É, deu... A Vic vai matar ela...- Avanço, mas novamente a Bruna me impede.- Qual é, Bruna? Se a Vic matar a Ayla, ela vai presa! Você quer mesmo que a Vic vá presa? De novo?

-Aff, tá bom!

Caminho até a Vic e passo meus braços ao redor da sua cintura e tiro ela de cima da Ayla.

-ME SOLTA!!- A Vic se debate, a Ayla ia levantar, mas com a Vic se debatendo ela jogou a perna e sem querer acertou o rosto da Ayla com o pé.

A Ayla voltou para o chão gemendo de dor.

A Vic se debatia em meus braços. Peguei ela e a coloquei bruscamente contra a parede prendendo o corpo dela com o meu.

E só pra deixar claro, ela está extremamente gostosa nessa roupa.

Look da Victoria:

Nossos rostos estavam a centímetros de distância.- Presta atenção, o Théo precisa de você agora, então não é recomendado que você vá presa, estamos entendidos?

-Me solta!- Falou com a respiração acelerada.

-Você está mais tranquila?

-Estou, vai socorrer a merdinha da sua esposa antes que eu acabe logo com ela!

-Você brava fica uma delícia!- Digo e ela se desvencilha de mim, mas consigo ver um pequeno sorriso no canto dos seus lábios.

-MAMÃE!- Théo falou no início da escada acompanhado da minha mãe e da Marina.

Ele desceu correndo a escada, a Vic encontrou com ele no pé da escada e tomou ele em seus braços o abraçando apertado.

Ajoelhada no chão abraçando seu filho ela disse:- Meu filho, fiquei com tanto medo... Não consegui chegar a tempo na escola, fiquei presa no trânsito!

-Achei que você tinha esquecido de mim...- Falou baixinho.

-Não, nunca, jamais!!- Ela segurou seu rosto e lhe deu vários beijos.- Você saiu sozinho da escola, filho?

-Sim, você não chegou...

-Mas você tinha que esperar, eu ia chegar, e as tias da escola?

-Eu ouvi elas falando que você me esqueceu!

Uma carranca se formou no rosto dela.- Você vai agredir elas também?- Matheus perguntou em tom de brincadeira.

-Agredir?- Minha mãe perguntou e olhou para o lado vendo a Ayla estirada no chão, gemendo e com sangue no rosto. Achei que minha mãe iria fazer um discurso que agressão não resolve nada, mas na verdade ela gargalhou alto.

-Amanhã a mamãe vai ter uma conversinha com elas, tá? Não vai se repetir novamente, dá próxima vez você espera a mamãe, não saia sozinho porque é perigoso!- A Vic falou e pegou o Théo no colo.

-Bom, temos que ir... Não é, Vic?- Bruna perguntou.

-É... Obrigada por cuidarem do Théo!- A Vic falou para todos e então virou para mim.- Não sei o que aconteceria se você não tivesse o ajudado, Miguel...

-Não se preocupe. Quando você não puder ir buscá-lo, ou não conseguir chegar a tempo... Você já tem meu número!

Ela concorda com a cabeça dando um sorrisinho.- Obrigada novamente... Dá tchau pra eles, filho!

-Tchau vovó!- Théo falou para a minha mãe e a Vic arregalou os olhos juntamente com a Bruna.

Minha mãe riu.- Ficamos alguns minutos e ele aprendeu a me chamar de vovó, que fofo!- Falou carinhosa.

-Tchau Marina, tchau tio Matheus!- Théo continuou se despedindo.


Victoria

Eu estou tendo um colapso. Ouvir o Théo chamando a Tereza de vovó foi o motivo do meu surto interno.

Obviamente ele a chamou assim por ela ser mais velha, mas mal sabem eles que de fato, a Tereza é avó dele de verdade.

Em meu colo o Théo pediu para o por no chão e assim eu fiz. O mesmo correu em direção ao Miguel que abaixou e recebeu o Théo em seus braços dando-lhe um abraço apertado.

-Se cuida, parceirinho, não saia mais sozinho, tá bom? Promete?

Théo concordou com a cabeça e para a minha surpresa e de todos, ele deu um beijo no rosto do Miguel.

-É-é... P-precisamos ir...- Falei nervosa.- Vamos Théo!

-Cuida bem dessa mão, ruiva!- Matheus falou e eu sorri pra ele.

Saímos da casa da Tereza com rapidez. A Bruna colocou o Théo na cadeirinha e quando eu iria entrar no passageiro, ouvi o Miguel me chamar.

-Vic, a mochila do Théo!- Ele caminhou até seu carro. Fui até ele e esperei ele pegar a mochila.- Ia esquecendo de falar... O Théo comeu um pouco de risoto de camarão e passou mal...

-O quê???- Arregalei os olhos.

-Ele tem alergia também? Igual a mim?- Perguntou com a sobrancelha arqueada.

-N-não... Não que eu saiba...- Isso era verdade, o Théo nunca havia comido camarão.

-Engraçado, né?!- Perguntou estreitando os olhos na minha direção.

-De quem é aquela casa que você estava mais cedo?- Perguntei mudando o assunto.

-É minha, não comenta isso com ninguém, tá? Ninguém sabe que eu tenho ela!

-Você...

-Não, eu não ando te espionando!

-Ok... Bom saber que não tem mais um ex tentando me matar!- Falei com humor lembrando do Paulo.

-Hahaha, engraçada!- Riu sem humor.- Por falar nisso... Paulo sumiu mesmo, uhn?

-É, deve ter realmente seguido seu caminho!- Pego a mochila da mão dele que o mesmo estava enrolando para me dar.- Tchau Miguel!

-Só mais uma coisa...

-O quê?

-Cuidado com as roupas que você veste... Tem pessoas que podem desenvolver problemas no coração... Tipo eu!

-Tchau Miguel!- Falei e virei de costas. Um sorriso nasceu nos meus lábios e eu fiz questão de ir até o carro rebolando.

A Vic antes:

A Vic depois:

S.S

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