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•Victoria•

Quarta-feira

De manhã eu acordei com meu despertador berrando, desliguei o mesmo, mas tinha algo errado... Eu posso saber o por que eu não estou sendo esmagada pelo Miguel?

Abro os olhos e vejo que eu estou sozinha no meu quarto, me espreguiço e levanto da cama com dificuldade por conta da preguiça. Vou para o banheiro, faço minhas higienes e logo após vou procurar o Miguel.

Ouço um barulho na cozinha, o que significa que ele não foi embora e me deixou dormindo. Me aproximo e vejo ele de costas fazendo alguma coisa no fogão.

—Moreno... O que você está fazendo?

Ele olha por cima do ombro e dá um sorriso meio confuso.— Bom dia... É eu... Estou tentando fazer café, mas eu não achei que fosse tão difícil fazer café sem cafeteira!

Pisco duas vezes e me aproximo vendo pouca quantidade de água no bule de café, mas muita quantidade de pó.

—Ai jesus...— bato a mão na testa.— Sai daí, deixa eu consertar isso!

—Não, cenourinha!! Eu acordei mais cedo pra fazer seu café da manhã, você não pode encostar em nada, eu tenho que me virar!— Ele diz tentando me por pra fora da cozinha.

—Deixa pelo menos eu fazer o café? Se eu beber aquele café é capaz de nascer um braço na minha cabeça!

Ele dá uma risada falsa, mas me deixa ir ajeitar o café.

Nós tomamos café da manhã e logo após nós fomos para a casa dele. Quando chegamos o mesmo foi direto se arrumar para ir trabalhar e eu comecei a limpar a casa.

Antes dele sair, nós quase transamos duas vezes, pois ele não conseguia parar de me beijar e as coisas foram esquentando, mas logo broxamos quando o Matheus ligou e disse que o pai dele estava falando merda sobre nossos relacionamentos.

Ele foi para a MD3 e eu voltei a arrumar a casa.

Por volta das onze da manhã, escuto a campainha tocar. Caminho até a porta e quando abro vejo a Ayla lá. A mesma está vestida com uma meia calça escura, uma saia preta justa até o joelho, um scarpin no pé e uma blusa branca social.

—Ah... É você!—Ela diz me olhando de cima a baixo.— Criança, será que você pode falar para o Miguel que eu estou aqui?

Uma chama cresce dentro de mim, ouvir ela me chamando de criança me deixou irritada, mas ouvir que ela quer ver o Miguel me deixou dez vezes pior.

—Miguel está na empresa, Ayla!

—E o que você está fazendo aqui? Oh, esqueci que você é a empregadinha dele também!

Reviro os olhos.— Já sabe que ele não está, então pode ir embora!— Digo fechando a porta, mas ela põe a mão impedindo.

—Preciso de uns papéis que o Miguel ficou de me entregar, ele havia me pedido para vir buscar!

Ele pediu para ela vir na casa dele?

—Deve estar com ele na empresa!— Digo séria.

—Não, flor, você não entendeu... Ele me pediu para vir na casa dele buscar os papéis... Não sei se é isso mesmo ou só foi uma desculpa para nos reencontrarmos e matarmos um pouco da saudade...—Ela diz visivelmente tentando me provocar.

Não vou deixar me abalar
Não vou deixar me abalar
Não vou deixar me abalar

—Vou ligar para o Miguel, vou perguntar onde estão esses... Papéis!

o AMOR de um CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora