o AMOR de um CEO

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•Victoria•

-Piririm, piririm, piririm alguém ligou pra mim, quem é?- Acordei com a voz da Bruna cantarolando, quando do nada a voz dela fica demoníaca na tentativa de imitar a voz do homem.- Sou eu Bola de Fogo e o calor tá de matar, vai ser na praia de porto de galinhas que uma moda eu vou lançar, vai me enterrar na areia? Não, não, vou atolar! Vai me enterrar na areia? Não, não, vou atolar! Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha...

E esse foi meu despertador matinal.

-Alguém faz ela calar a boca pelo amor de Deus?- Essa foi a frase mais falada na nossa manhã.

Quando finalmente tomamos coragem para levantar, eram dez da manhã, nós tomamos banho, arrumamos nossas coisas e partimos para pegar o jatinho novamente.

Porto de galinhas fica quatro horas de distância da minha cidade, se formos de carro, claro. Mas no jato será só uma hora no máximo.

-Meu Deus...- Minha mãe travou no lugar antes de subir no jato – Eu nunca andei de avião na minha vida...

-Olha pelo lado bom, mãe... Isso é um jato!- Digo e ela me olha com tédio.

Quando meus pais entraram no jato, eles não conseguiram parar de admirar e de falar o quanto o mesmo é magnífico.

Assim que nós saímos do chão, pude jurar que minha mãe rezou a bíblia inteira em dez segundos. Meu pai ao lado dela está com os olhos arregalados sem mexer um dedo.

-O tio Rogério está igual os meninos quando conheceram ele ontem!- Bruna zoou eles que olharam para ela com tédio.

Ao longo dos minutos, meus pais foram se tranquilizando e perdendo o medo, mas o medo voltou quando a Bruna soltou um grito estridente.

-MEU DEUS NÓS VAMOS CAIR???- Meu pai gritou.

-OLHA QUE LINDO!!!- Bruna falou vendo as praias lá embaixo.

-Porra, Bruninha!!- Minha mãe xingou.

-Desculpa, tia, empolguei!

Assim que chegamos em porto de galinhas, nós fomos para a pousada que os meninos pegaram para nós ficarmos essa semana.

Ela é dividida em três quartos afastados um do outro (tenho certeza que isso foi um pré-requisito para a casa ser alugada)

A casa em si é no centro, já os quartos são fora dela no gramado com uma piscina grande ao lado.

-Por que são três quartos só? As meninas vão dormir aonde?- Meu pai perguntou e eu bati a mão na testa, minha mãe e a Bruna gargalharam e os meninos se entreolharam nervosos.

-Rogerio, eles são namorados, pare de implicar!- Minha mãe diz carinhosa passando a mão na barba do meu pai.

-Aquele é o quarto de vocês!- Aponto para o quarto da ponta e meu pai estreita os olhos pra mim.- Paizinho, sem drama!

-Ok, eu estou em porto e não preciso ficar com ciúmes da minha bebezinha!- Falou ele já com ciúmes.- Vamos, minha rainha!

Eles caminharam para o quarto deles e assim que a porta bateu, nós quatro gargalhamos.

-Por um momento achei que eu iria perder meu pintinho!- Miguel limpou uma lágrima falsa.

-O tio Rogério é de boa, vocês que são medrosos!- Bruna diz.

-Ah claro, não é você que corre perigo de ser castrada!- Matheus falou e a Bruna revirou os olhos.

-Vamos para os quartos seus dramáticos!- Digo passando o braço ao redor da cintura do Miguel.