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•Miguel•

Eu estou com isso na cabeça desde cedo e esse pensamento mexe com a minha cabeça me deixando completamente ansioso e paranoico.

-Vic?- Chamo a mesma que estava paralisada olhando para o meu rosto.

-De onde você tirou isso?- Perguntou parecendo assustada.

-Das minhas paranoias!

-N-não... O Théo não é seu filho!

-Você não soou convincente!

-Eu vou pegar o Théo, tá?- Ela falou e saiu dali feito jato.

Que merda.

Já foram umas seis pessoas que falaram que o Théo se parece comigo, e se não for paranoia? E se ele realmente for meu filho? Por que a Vic está escondendo isso de mim?

Coloco minhas mãos na cintura e jogo a cabeça para trás. Será que ele é meu filho? Balanço a cabeça.- Para Miguel, você está se iludindo demais, limites... Limites!

-Miguel posso ir dirigindo de novo?- Théo perguntou ao se aproximar com a Vic.

-Dessa vez é melhor você ir atrás, é mais seguro, tá bom?!

-Tá bom!- Ele falou e ofereceu sua mão para eu segurar. A Vic engoliu seco me fazendo franzir o cenho.

Caminhamos até o carro, fiz questão de abrir a porta para a Vic mesmo ela me lançando um olhar sério. Ajudei o Théo a por o cinto no banco de trás e contornei o carro indo para o motorista.

-Onde é a sua casa?- Perguntei de cínico mesmo, afinal eu sei muito bem onde ela mora e até sou seu vizinho, mas não posso deixar ela saber disso.

-Vou por o endereço no GPS!- Ela falou e eu concordei.

O caminho foi silencioso, o Théo vez ou outra tagarelava, mas o clima entre a Vic e eu não estava dos melhores, mais uma vez estamos terminando de mal a pior.

-Obrigada pela carona!- Ela falou assim que eu parei o carro em frente a sua casa. Ela tirou o cinto do Théo e ajudou o mesmo a descer do carro.

-Tchau, Miguel! Foi bom conhecer você!- O Théo falou educado e eu sorri para ele dando um tchauzinho.

-Foi bom conhecer você também, carinha... Tenham uma boa noite!- Digo e a Vic segurou a mão do Théo e eles caminharam para casa.

Fingi dar a volta para ir embora, mas eu só ia dar a volta na rua até eles entrarem em casa. Quando passou cinco minutos retornei e entrei dentro da minha casa.

[...]

•Narradora•

Segunda-feira

Sol nascendo, ambos em suas varandas observando o amanhecer com uma garrafa de vinho ao lado.

Eles não conseguiam ver um ao outro, pois ambos estavam em pontos não visíveis um para o outro.

Ambos estavam chorando, ambos estavam com dor no peito, ambos estavam lembrando um do outro.

Uma está lembrando dos momentos incríveis, das risadas e dos momentos em que ele lhe fez tão bem, mas no fim sempre acaba lembrando da traição e isso faz seu peito arder e tocar em uma cicatriz aberta.

Outro está na mesma, lembrando dos momentos bons que tiveram juntos, dos incríveis momentos de amor que viveram, mas no fim ele sempre lembrava de como feriu o coração da sua amada, de como foi obrigado a ter certas atitudes traiçoeiras.

o AMOR de um CEOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora