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By triangulumcamren

Voltei. Que susto hein?!

Pra quem tá perdido, a página de one foi denunciada (sim, temos pessoas filhas da puta que não tem o que fazer por aqui). Eu pensei muuuito sobre voltar a postar, porque é como se o tempo que eu gasto criando não valesse de nada, sabe?! Enfim...

Eu tenho muito a agradecer a Rafa, porque é ela quem tá me salvando quanto as ones, por isso, e pelos comentários fofos que venho recebendo, resolvi dar uma segunda chance a esse site.

Quero pedir que vocês me sigam também no spirit, o meu user lá é o @triangulumcamren, porque depois desse susto, vou passar a postar em ambos lugares e aproveitem também pra passar na página da Rafa (tuitarafax) que está fazendo adaptações das ones ❤️.

Eu vou pedir paciência e a ajuda de vocês também, porque vou postar todas as ones de novo na medida do possível pra depois escrever coisas novas.
(e também vou reescrever algumas que acabei pegando ranço do final)

(Galera que mandava ideias, me desculpa! Perdi tudo mesmo e o que eu lembrar, vou escevendo aos poucos mas não vou conseguir lembrar o user de vocês, então relevem).

É isso gente. Bora reler?

Não contém personagem Intersexual

Eu nunca entendi o amor que algumas pessoas têm em praticar esportes radicais. Sempre evitei esses tipos de coisa, não que eu seja medrosa, apenas não vejo a necessidade de me expor tanto em uma atividade que pode me machucar e além dis....

— Lauren preciso de você.

Ouvi a voz da diretora me trazer a realidade.

— Allyson pegou uma virose, então preciso que você a cubra amanhã. Será uma entrevista com os principais atletas que irão participar da final de um campeonato. Te enviei os dados do local e horário. - Ela soltou as palavras e eu apenas abri a boca sem emitir som vendo o vulto se retirar com um sorriso nos lábios.

Eu trabalhava em uma rede de TV e gostava do meu trabalho de repórter e agora, pelo que estou lendo no e-mail, preciso chegar às 8:00 da manhã no outro lado da cidade para cobrir a final do Skate Street.

- Virose Brooke?

Perguntei batendo com a caneta na mesa enquanto segurava o telefone e ouvia algumas risadas ao fundo.

- Não me mate, é por uma boa causa..

Ela começou e eu soltei o peso do meu corpo na cadeira esperando a história que viria a seguir.

- O Will chegou de viagem e vai ficar até amanhã à tarde, quero aproveitar um pouco...

- Mas você poderia ao menos ter me falado Ally, eu não sei absolutamente nada sobre skate.

- Laur, é simples, é só perguntar o que se espera e planos futuros, você sabe como isso funciona. E diferente das modalidades normais, o campeonato street é praticado em obstáculos de paisagem das cidades, como em  escadas, bancos, muretas, corrimões, rampas, monumentos, guias de calçadas...

Ela falava e eu anotava tudo mentalmente.

- Mas não é só nas ruas que pode ser praticado. Existem pistas de skate que simulam a arquitetura urbana e possibilitam ao skatista passar pelas mesmas situações com mais segurança como no local de amanhã por exemplo.

Ela falava rápido e eu consegui escutar Will a chamando ao fundo da ligação.

- Agora tenho que ir, te devo uma, Beijo!

Fiquei segurando o telefone enquanto escutava o barulho de ligação finalizada. Hoje seria uma noite tranquila, seria se eu não tivesse que fazer uma pesquisa inteira sobre skate e os finalistas para não parecer uma repórter amadora.

°


A noite foi longa, pesquisei o máximo que pude, mas quando o sono falou mais alto recolhi minhas coisas e fui para meu apartamento.

Meu celular despertou as 5:00 da manhã. Tomei um banho rápido e peguei meu material de trabalho, Josh o câmera parceiro de Ally, passaria com a van para irmos até o local do campeonato.

Chegando lá, haviam várias pessoas de idades distintas, enquanto eu arrumava o microfone, Josh foi comprar alguma coisa para tomarmos café e eu praticamente engoli o líquido antes de começar a primeira etapa.

Os competidores faziam rituais e Josh gravava algumas cenas para passarmos na chamada. Me afastei um pouco da pista porque sinceramente, eu não tinha psicológico pra isso. Aqueles saltos, o skate escorregando pela barra a tempo do competidor se quebrar todo...

Eu não conseguiria ver mais uma queda sem dar um grito.

Me aproximei da barra de segurança, retirei o cigarro e o isqueiro do bolso, acendi e traguei o cigarro que estava entre meus dedos tentando prestar atenção na vista.

O local era espaçoso, além da pista montada, havia uma praça grande com várias árvores e uma fonte. Algumas crianças brincavam em volta, e embaixo de uma árvore mais afastada estava uma garota sentada com fones de ouvido. O ritmo da música era animado, devido aos movimentos que ela fazia batucando os dedos na perna.

Soltei a fumaça que estava prendendo me sentindo um pouco mais relaxada e a garota se virou em minha direção. Ficamos em uma guerra de olhares por alguns instantes até que ela sorriu e desviou.

Abaixei a cabeça e traguei mais uma vez, prendi alguns segundos a fumaça e tive uma crise de tosse ao levantar o rosto e ver a garota vindo em minha direção.

Me virei e apoiei as costas na barra de segurança e continuei tossindo, a fumaça queimava meu nariz e eu vi um braço estendido com a garrafa de água.

Abri rapidamente e tomei um gole.

— Obrigada. - Falei olhando para a garota que conseguia ser muito mais bonita de perto.

— Disponha. - Ela falou sorrindo. — Qual é seu nome?

— Lauren. - Respondi surpresa com a pergunta.

— Está apreciando ou a trabalho?

— Trabalhando. Apreciar uma pessoa tentar se matar em cima de um skate não parece atraente.

Ela sorriu negando com a cabeça e me olhou de volta.

— Sabe Lauren... - Ela olhou para trás e para mim. — Você está se matando também. - Ela apontou para o cigarro entre meus dedos. — E mesmo assim essa vista me parece muito atraente. - Ela piscou e se afastou e só então percebi que ela segurava um skate ao lado do corpo.

Terminei de fumar e voltei para a pista, Josh revezava conversas com alguns câmeras de outras emissoras e a gravação do nosso próprio material. O campeonato já estava no final e o último competidor já estava na metade da apresentação.

Eu estava me posicionando quando uma gritaria na plateia começou. Olhei ao redor e tentei procurar o motivo daquela euforia e tudo se intensificou com a voz que soava nos altos falantes.

"E agora a competidora mais aguardada da manhã.. Ela que é a grande revelação do skate feminino, com cinco títulos mundiais na modalidade street, que venceu o primeiro campeonato organizado pela Street League Skateboarding... CAMILA CABELLO!"

E a gritaria recomeçou. Olhei para o lado e vi a garota que me ofereceu a garrafa de água entregar os fones para uma outra mulher e acenar para o público. Ela se posicionou na ponta da pista e desceu fazendo tudo em uma velocidade assustadora, manobrou e fez um giro com o skate no ar e voltou a cair na pista, a sequência de manobras era simplesmente incrível, cada giro da morena era comemorado e ao final ela executou o no grab, uma manobra que não pode ser executada com as mãos em momento algum, ela tem que ser feita exclusivamente com os pés. E foi perfeito finalizando a apresentação dela.

— Lauren, temos que ir. - Josh me cutucava e apontava em direção aos outros repórteres que já se posicionavam para tentar entrevistar os competidores.

— Ah, claro vamos! - Falei seguindo para a área reservada a impressa e olhando para trás a tempo de ver Camila descer para falar com os fãs.

°

Senti meu coração parar na garganta quando a vi chegar próximo ao local das entrevistas, o alvoroço por lá não foi diferente ao da plateia a minutos atrás, a diferença, é que algumas pessoas tentavam parecer profissionais e outros nem tanto ao cantar a morena descaradamente mesmo na frente das câmeras.

— Aproveita Jauregui, o ângulo está incrível aqui. - Josh falava ao meu lado enquanto apontava a câmera para o lado meu lado esquerdo. — Ela está vindo, entramos ao vivo em 3...2.. - Ele falou animado.

— Camila, parabéns pela apresentação. - Comecei a falar e precisei de uma concentração além do normal para conseguir formar as palavras com clareza. — Você acredita que o skate  está conquistando maior reconhecimento das marcas e do público, ou ainda falta incentivo? - Aproximei o microfone e então ela começou a falar.

— Incentivo não falta, foi gigante a luta contra o preconceito mas essa época já passou. Agora temos muito suporte dos patrocinadores e da mídia, mesmo que ainda existam pessoas que acham um esporte suicida.. - Ela me olhou fixamente e então voltou a falar me fazendo engolir em seco. — Essas pessoas hoje em dia são minoria. O mais importante é não perdemos a essência e manter nosso foco voltado pro skate de uma maneira positiva. Cabe a nós, skatistas, aproveitar todas as oportunidades.

A mesma mulher que estava com Camila minutos antes da apresentação a chamou e Camila fez um sinal para a mulher e voltou a me encarar.

— Só pra finalizar Camila, mande algumas dicas para quem está iniciando agora no skate.. - Pedi e quase me derreti com o sorriso que ela deu.

— Vivam cada segundo e principalmente sejam felizes...O skate é incrível e se você se esforçar, se der tudo de si pode conquistar o mundo! - Falou por fim e eu agradeci no automático enquanto a via acenar para algumas pessoas e seguir para o outro lado da pista.

— Fechamos por hoje, ótimo trabalho Jauregui. - Josh falou enquanto recolhia os equipamentos.

Desliguei o microfone que estava comigo e o levei em direção à van para guardar com o restante do material.

— Parada pro almoço ou vamos direto? - Josh perguntou enquanto trazia o restante dos cabos.

— Pode almoçar se quiser, estou sem fome e vou aproveitar pra andar um pouco. As cenas de hoje foram fortes o suficiente. - Falei fazendo careta e ele riu trancando a van.

— Então vou almoçar e quando voltar nós passamos para deixar o material no estúdio e eu te levo pra casa depois.

Assenti e o vi se afastar. Peguei meu celular, mandei mensagem para minha chefe e segui para área aberta. Me sentei em um banco próximo a uma árvore e retirei o maço de cigarro do bolso mas fui interrompida antes de acender.

— Fumando desse jeito, você vai morrer primeiro do que eu. - Olhei para cima e vi a morena usando um boné, segurando uma lata de energético na mão. — Todos nós vamos, não é?! - Falei sorrindo e cheguei para o lado dando espaço para ela se sentar. — Não vai almoçar?

— Mais tarde, tenho que esperar decidirem primeiro. - Ela falou se sentando de lado, eu me sentei na mesma posição e ficamos uma de frente para a outra.

— Você não tem cara de jornalista. - Ela falou tomando um gole do líquido.

— Você não tem cara de skatista suicida. - Falei tirando uma gargalhada dela.

— E do que tenho cara?

Coloquei a mão no queixo e analisei a mulher a minha frente.

— Tem cara de cantora. Camila Cabello me soa muito bem.

— Prefiro coisas radicais.

— Você é louca. - Neguei com a cabeça. — Eu não consigo me imaginar fazendo uma coisa dessas nem de brincadeira.

— Ah, qual é. Você fala em frente a câmeras, na minha opinião é uma coisa muito pior.

Neguei com a cabeça imediatamente. — Não é, é bem simples.

— Andar de skate também, você só precisa ter equilíbrio.

— Qualquer dia eu tento. - Falei divertida e me arrependi segundos depois quando a vi olhar de forma sugestiva para o skate em seu colo e para mim. — Não, não hoje Camila.

— Ah, vamos. Eu te ajudo e não tem ninguém aqui. - Ela falou e eu me virei para olhar em volta.

O local estava praticamente vazio e as pessoas que haviam estavam longe o suficiente. Respirei fundo e balbuciei um "okay" vendo Camila se levantar rapidamente e esticar a mão para mim. Segurei a mão dela e me levantei enquanto ela colocava o skate no chão e o ajeitava com o pé.

— Primeiro, você precisa ficar com o corpo firme e manter o pé parado em cima do skate.

Assenti e coloquei apenas o pé direito um pouco depois do meio do skate e segurei mais firme na mão de Camila.

— Isso, agora você vai colocar o outro pé na frente e vai manter o corpo imóvel, se você se virar com o skate parado, você vai tombar.

— Camila me segura... - Pedi apertando sua mão mais forte, enquanto tentava me manter equilibrada em cima do skate. Fiquei o mais imóvel possível e quando percebi que conseguia ficar sozinha tentei soltar as mãos, mas antes dela protestar meu corpo foi para trás e o skate simplesmente voou do meu pé pra frente, me fazendo cair de costa no chão.

— Puta merda, se machucou? - Ela se abaixou e fez uma avaliação rápida enquanto eu continuava com os olhos fechados.

— Eu não tenho idade pra isso. - Resmunguei enquanto tentava me levantar sentindo uma dor horrível nas costas e na bunda.

Camila riu e me ajudou a levantar, me sentei de novo no banco e ela foi atrás do skate que havia parado longe, voltou com ele e o colocou em pé ao lado do banco.

— Se você não tivesse tentado soltar nossas mãos, não teria caído. Você mal sabe se equilibrar, foi confiante demais.

— Hun, achei que conseguiria ficar sozinha, eu já estava em pé nele... - Falei fazendo uma careta de dor.

— Machucou? - Ela perguntou com o semblante preocupado.

Levantei um pouco minha blusa e virei o pescoço tentando olhar a parte que havia batido e já estava ficando um pouco roxo.

— Aguenta firme. - Ela falou se abaixando e eu quase pulei quando senti uma coisa gelada, olhei para baixo e ela estava colocando a lata de energético no local.

— Foi um grande tombo, mas você vai sobreviver. - Ela falava tentando amenizar a situação me fazendo rir e me arrependi depois pela dor que senti. — Você está com fome? - Ela perguntou enquanto fazia círculos com a lata pelas minhas costas.

— Estou sim, mas não conheço nada por aqui. - Me virei para olhá-la.

— Eu conheço um lugar. - Ela falou e retirou a lata. — Eu só preciso de cinco minutos, me esperava aqui? - Perguntou e eu assenti.

Ela voltou minutos depois com uma necessaire e uma garrafa com água.

— Toma, bebe isso, é um relaxante. - Ela me deu a água e retirou o comprimido da embalagem. — Você vai ficar melhor.

Peguei o comprimido, bebi com água e a vi retirar uma pomada logo após.

— É pra amenizar o hematoma. - Ela falou e fez sinal para eu levantar uma parte da blusa.

Ela se sentou ao meu lado e passou a pomada delicadamente. Me arrepiei a medida que a mão dela subia e descia pela minha cintura e costas, ela espalhava a pomada e eu virei o rosto para o outro lado.

— Está doendo?

Neguei com a cabeça e mordi o lábio sem olhá-la.

— Lauren... - Ela falou mais próxima e pressionou um pouco mais a mão.
Soltei um suspiro e virei meu rosto. Estávamos próximas, era quase possível sentir sua respiração em meu rosto. — Tem certeza que não estou machucando? - Ela perguntou quase em sussurro.

Assenti com a cabeça e ela passou a mão pela linha da minha coluna. Eu fechei os olhos e aproveitei a massagem que ela oferecia.

— AÍ ESTÁ VOCÊ!

Eu abri meus olhos e levantei o rosto na direção da voz.

— Desculpa, não sabia que estava ocupada. - A mulher que estava com Camila antes da apresentação falou.

— Tudo bem Mani, essa aqui é Lauren.
Elas trocaram olhares e depois a tal Mani sorriu e se abaixou para ficar na mesma altura que eu e me deu um beijo no rosto.

— Prazer em te conhecer Lauren, sou Normani. - Ela falou e eu me ajeitei para lhe dar outro beijo na bochecha.

— O prazer é meu. - Sorri sincera e ela ficou a nossa frente olhando a mão de Camila que em momento algum parou a massagem.

— Ela caiu com meu skate. - Camila falou como se fosse uma coisa óbvia.

— É reunião? - A voz de outra mulher se aproximou de nós três.

Normani virou o rosto e colocou a mão escondendo parte da boca e falou meu nome apontando para mim. A outra mulher chegou mais perto e deu um selinho nela e elas cochicharam alguma coisa.

— Famosa Lauren.. Prazer em te conhecer, sou Dinah. - A outra falou me puxando para um abraço e eu me esquivei na mesma hora ao sentir uma pontada de dor. — Mas já machucou a menina Camila? - Ela perguntou e eu me virei na mesma hora vendo Camila corar e negar com a cabeça.

— Nossa DJ.. Cala a boca. - Ela falou me puxando com cuidado para o banco novamente.

— Vamos comer? Estou com fome! - Normani falou puxando a blusa de Dinah.

— E quando você não está? - Dinah perguntou abraçando-a de lado.

— Quando estou com a boca ocupada. - Mani falou e beijou o pescoço de Dinah me fazendo corar na mesma hora.

— Hey meninas... - Camila chamou quebrando o clima das duas que se soltaram e ficaram apenas de mãos dadas.

— Vamos? - Normani perguntou olhando para o relógio do celular.

Concordamos e Camila em momento algum saiu do meu lado. Fomos andando devagar enquanto as meninas seguiam à nossa frente.

— Elas são sempre assim? - Perguntei vendo Camila sorrir.

— Na verdade não. Elas costumam ser bem piores. - Falou me fazendo rir

— EU OUVI ISSO! - Normani gritou nos fazendo rir ainda mais.

Entramos no estacionamento e Dinah foi na frente com Normani e eu fiquei sentada atrás com Camila.

— Camila, eu consigo sozinha. - Falei enquanto ela tentava colocar o cinto em mim.

Ela arqueou a sobrancelha e prendeu o cinto me fazendo cruzar os braços e virar para o outro lado. Ela deu uma risada gostosa e me virei e quando olhei para frente Dinah e Normani estavam nos olhando.

— O que foi? - Perguntei tentando entender aqueles olhares.

— Nada. - Elas falaram em uníssono.

°


— O que você vai fazer depois daqui? - Camila me perguntou enquanto comíamos o resto da batata do lanche.

— Meu Deus, esqueci do Josh! - Falei tapando a boca e procurando meu celular para enviar uma mensagem.

— Vocês tem alguma coisa? - Dinah perguntou enquanto eu terminava de tranquilizar o câmera.

Levantei a cabeça para responder e a vi sendo encarada por Camila e Dinah.

— O quê?! NÃO! Ele é casado e também não faz meu tipo. - Falei por impulso.

— E qual é seu tipo? - Foi a vez de Dinah perguntar e logo depois murmurar um "Ai", abaixando para passar a mão na perna.

A situação estava engraçada, as três se entreolhando e Camila parecia que iria explodir a qualquer momento.

— Morenas baixinhas fazem meu tipo. - Falei divertida arrancando um sorriso de Dinah e Normani.

Camila não falou nada, colocou mais uma batata na boca e tomou um pouco de refrigerante.

— Eu preciso ir. - Falei afastando a bandeja.

— Mas já? - Agora a morena se pronunciou.

— Você não vai fazer isso, não vai jogar a bomba no nosso colo e sair. - Dinah falou e deu outra mordida no hambúrguer.

— Lauren, você pode me acompanhar? - Camila perguntou se levantando e eu assenti.

Ela andou em direção a porta dos fundos e eu a segui. A saída era próxima a um deck e ela seguiu pela esquerda até ficar próxima ao toldo para sairmos do sol.

— Eu não quero forçar nenhuma situação. - Ela começou olhando para frente e depois se virou para mim. — A Mani e a Dinah são pessoas que estão comigo a muito tempo, desde antes do início da minha carreira como profissional e às vezes, eu sei que elas passam do limite com as "indiretas diretas". Então se você não estiver se sentindo confortável eu te levo, ou peço para alguém te levar para casa.

Eu poderia calá-la com um beijo na metade da explicação, mas as feições preocupadas, o jeito que ela explicava era uma coisa tão encantadora, que decidi esperar ela terminar.

Me aproximei e selei nosso lábios, o simples roçar se intensificou e a minha língua pediu passagem e ela cedeu. O beijo era calmo, nossas línguas brincavam uma com a outra, finalizei o beijo sugando o lábio inferior e o puxei de leve.

— Eu pareço desconfortável agora? - Minha voz soou mais rouca que o normal.

Ela negou com a cabeça e eu me aproximei novamente, coloquei a mão em sua nuca e a puxei para mais perto. A mão dela foi até minha cintura e ela apertou de leve. Eu fechei os olhos pela dorzinha incomoda e ela sussurrou um "me desculpa" com a boca próxima a minha.

Camila passou a ponta da língua contornando meu lábio inferior e o sugou me fazendo suspirar. Ela pediu passagem com a língua e iniciamos outro beijo. Ela segurou minha blusa e deu alguns passos para trás me puxando junto até se encostar na parede da lanchonete, pressionei meu corpo contra o dela e ela gemeu baixo me fazendo sentir a umidade no meio das pernas. Coloquei a perna entre suas coxas e pressionei o joelho contra a boceta dela sem quebrar o beijo.

Camila segurou meu ombro e afastou um pouco mais as pernas, aproveitei o espaço para pressionar ainda mais. Ela usava um short jeans curto com alguns rasgos e a cada pressão que eu dava, ela rebolava em meu joelho.

— Isso Lauren... - Ela gemeu baixo enquanto eu acariciava o contorno da cintura e passava o lábio no lóbulo de sua orelha.

— Eu realmente.. Realmente odeio atrapalhar. - Dinah apareceu apenas com a cabeça para o lado de fora da porta. — Mas alguns competidores estão vindo pra cá, então se vocês quiserem um pouco mais de privacidade acho melhor saírem antes deles chegarem. - Ela falou mas nós não nos movemos. — Camila, acorda, pega a chave. - Ela falou balançando em nossa direção.

— Lauren.. - Ela falou e eu percebi que estava pressionando o joelho com mais força. — Eu.. Hum, pode pegar a chave? - Ela perguntou mordendo o lábio e eu assenti me afastando, segui até a porta e peguei a chave.

— Se apressem. - Ela piscou e fechou a porta novamente.

— Para onde vamos? Perguntei colocando o cinto vendo Camila ajeitar o banco do motorista.

— Se importa se for pra minha casa? - Ela perguntou com receio.

— Não me importo. - Sorri e ela me devolveu o sorriso, ligou o motor e deu partida com o carro.

A viagem durou menos de quinze minutos, ela estacionou em uma casa com muros altos na parte da frente e logo na entrada havia um jardim vertical na parede da varanda. Duas cadeiras grandes e uma mesa de centro. Ela abriu a porta mostrando a casa grande e ao mesmo tempo simples, os móveis em sua maioria na cor mogno.
As paredes eram em tons claros e tinha uma cortina que deixava o ambiente um pouco mais escuro. A cozinha era estilo americana e os armários e geladeira em tom branco.

— Pode ficar à vontade. - Ela falou e foi em direção a cortina para abri-la e pude ver o quintal através do vidro.

Me aproximei de Camila e a visão não poderia ser mais incrível. Havia uma churrasqueira com várias cadeiras e mesas do lado direito, na frente, fora da área coberta havia uma pista de skate e mais ao lado uma piscina grande. Ela abriu a divisória me dando espaço para passar e eu dei uma rápida olhada em tudo o que já havia visto através do vidro.

Dei alguns passos até chegar próximo a rampa, que era bem maior olhando de perto.

— Essa menina é doida. - Falei para mim mesma e continuei andando ouvindo Camila rir atrás de mim.

Um muro pequeno rodeava todo quintal e na frente havia à praia, o local estava vazio, me aproximei e apoiei os braços no muro e fechei os olhos sentindo a brisa do mar bater contra o meu rosto, abri os olhos e Camila estava na mesma posição que eu,  com os olhos fechados.

Passei os braços em volta de sua cintura e ela se virou de frente pra mim, o cabelo era bagunçado pelo vento e os olhos castanhos me olhavam fixamente.

— Eu quero tomar um banho, vou sozinha ou você me acompanha? - Ela perguntou próxima e o hálito quente bateu contra minha boca.

A puxei refazendo o caminho para dentro da casa e ela me direcionou até o banheiro. Camila retirou a roupa e andou para o box, fez um coque no cabelo de frente para mim enquanto eu continuava parada no meio do banheiro.

— Você não vem?

Retirei minha roupa e a joguei para o canto, abri a porta do box e Camila que estava de costas se virou, ela se afastou do chuveiro, se encostando na parede e eu me aproximei. Senti a água morna cair contra minha pele, tombei a cabeça para trás terminando de molhar meu cabelo e todo movimento era observado por Camila.

Ela despejou um pouco de sabonete líquido nas mãos e o cheiro de amêndoas tomou o banheiro, ela se aproximou passando as mãos pelos meus braços, seios, desceu até minha barriga e depois contornou minha cintura pousando as mãos em minha bunda. Nossos corpos estavam quase colados, a água levava todo o sabonete e ela me puxou, subiu uma mão para minha nuca e tentou me beijar mas eu me esquivei antes que ela conseguisse.

Ela abriu a boca para falar algo, mas antes que o fizesse, encostei o corpo dela novamente contra o piso gelado e a levantei, ela rodeou as penas contra minha cintura e apesar do incômodo devido a dor eu não iria deixá-la sair.

Pressionei meu corpo contra o dela, para evitar que ela escorregasse e ela apoiou as mãos em meus ombros, aproximei o rosto de seu ponto de pulso e a beijei ali, ela esticou o pescoço me dando mais acesso, eu passei a língua em uma trilha imaginaria até sua orelha e a mordi de leve, ela pressionou a boceta contra minha barriga e eu apertei sua bunda com força quando um gemido escapou de sua boca.

Subi com os lábios até o maxilar e mordi de leve. Ajeitei uma perna para ter apoio e acariciei sua coxa esquerda até a entrada de sua boceta.

— Preciso de você dentro Lauren... - Aquele era o único pedido que faltava.

Nossos olhares se cruzaram e eu inseri dois dedos dentro dela, a boceta estava molhada e ela começou a rebolar sem quebrar nossos olhares, eu sentia um arrepio novo percorrer meu corpo a cada gemido que Camila deixava escapar. Eu aumentei a velocidade que mexia meus dedos, ela tombou a cabeça para o lado e eu encostei meu nariz em seu lóbulo, o cheiro do cabelo dela me deixava completamente sem sentido.

— Goza nos meus dedos Camila... - Eu sussurrei próxima ao seu ouvido e ela soltou um gemido manhoso me fazendo aumentar ainda mais os movimentos.

Pressionei o clitóris com meu polegar sentindo seu corpo tremer sobre o meu. Ela gemeu e rebolou mais rápido com a respiração ofegante, selei nossos lábios enquanto ela gozava nos meus dedos e diminuía os movimentos que fazia em meu colo.

A coloquei no chão e ela ficou apoiada em mim por alguns segundos. Peguei o frasco do sabonete o despejei na mão, passei na nuca, nas costas de Camila e a puxei para debaixo d'água. O cabelo que estava em coque se desfez e caiu como uma cascata castanha em sua pele.

Terminamos nosso banho e ela me puxou até o quarto. A cama ficava no centro e a janela de vidro dava direto para o quintal, me sentei na ponta da cama e me sequei, levei a toalha até o cabelo mas senti as mãos de Camila em minhas costas.

— Você precisa cuidar desse hematoma... - Ela falou e levantou indo até o guarda-roupa, pegou um frasco parecido com o que havia passado em mim na praça. — Deita de costas.

Coloquei a toalha na estante e obedeci. Ela se ajoelhou próxima a minha cintura e despejou o líquido em minha pele. Sua mão pressionava levemente o local dolorido. Ela subiu pela coluna e se movimentou, senti seu corpo por cima do meu e ela se sentou em cima da minha bunda. Jogou um pouco mais do líquido em minhas costas e massageou meus ombros me fazendo gemer com o contado da boceta quente contra minha bunda.

Instintivamente arqueei meu corpo contra o dela, e ela pressionou ainda mais a boceta. Ela apoiava as mãos nas minhas costas e eu apertava o lençol. Sentindo minha boceta se contrair apenas com os movimentos que Camila fazia em cima de mim.

— Camila.. - Murmurei entre gemidos e ela abaixou o corpo deixando a boca próxima a minha orelha.

— O quê Lauren? - Perguntou e rebolou na mesma hora me fazendo gemer.

— Eu vou gozar... só com você rebolando em cima de mim...

Ela parou de se movimentar e senti seu corpo se afastar do meu. Olhei para trás por cima do ombro e a vi retirar a toalha que estava presa em seu corpo e beijar a parte de trás da minha perna.

Os beijos subiam até minha bunda e depois ela refez o processo na outra perna.

— É muito mais interessante gozar na minha língua, não acha? - Ela perguntou e depois mordeu minha bunda, dando um beijo em seguida.

Virei meu corpo ficando com a boceta próxima a sua boca e ela passou a língua nos lábios.

— Tão molhada pra mim... - Falava dando beijos pela minha perna, virilha e só então beijou meu nervo inchado.

Coloquei uma mão no meu seio e apertei o mamilo que já estava rígido.

Ela me olhou debaixo e passou a língua em minha entrada.

— Humm... Que delícia Lauren. - Ela gemeu inserindo a língua dentro da minha boceta me fazendo gemer.

Pousei a mão em sua cabeça e rebolei enquanto ela movimentava a língua em um entra e sai gostoso.

— Porra.. Assim Camila...

Ela subia e tremia com a língua em cima do meu clitóris. Colocou apenas a ponta do dedo na entrada da minha boceta e quando eu forçava o corpo contra seu dedo ela sorria de um jeito safado e os afastava. Sem aviso ela me penetrou com três dedos e sugou meu clitóris. Eu gemia palavras desconexas e implorava pra ela continuar enquanto ela rebolava em meu joelho procurando alívio próprio.

— Senta na minha boca Camila.. Eu quero te chupar.

Ela me olhou e mordeu o lábio inferior. Se posicionou por cima de mim, colocou um joelho em cada lado da minha cabeça e eu a puxei contra minha língua.

— Que delícia! - Ela gemia enquanto eu passava a língua da entrada da boceta até o clitóris.

Abracei suas coxas e a puxei ainda mais contra minha boca. O gozo dela escorria até meu queixo e quando senti a língua quente dela voltar a lamber meu clitóris eu quase gozei. Camila me segurava forte limitando meus movimentos e voltou a me penetrar com dois dedos enquanto eu sugava o clitóris inchado.

Eu penetrei com minha língua e fiz movimentos circulares dentro da boceta de Camila. O gemido rouco me fazia rebolar cada vez mais em seus dedos. Ela puxou ainda mais meu corpo para perto e me penetrou com a língua. Nossos movimentos eram sincronizados e eu já sentia meu ventre formigar, Camila pressionou meu clitóris e não demorei para sentir uma onda elétrica me percorrer. Gozei na boca dela e ao mesmo tempo, ela gemeu e eu senti seu líquido molhar ainda mais meu rosto.

A puxei contra minha boca e voltei a lamber sentindo os espasmos dela ainda mais fortes. Ela saiu de cima de mim e deitou com a cabeça apoiada em meu ombro. Eu sentia meu coração bater em meus ouvidos e a nossa respiração estava ofegante. Ela levantou o rosto e me beijou. Nossas línguas se tocavam e me virei ficando com a metade do corpo em cima do dela.

— O sabor do seu gozo com o meu, virou meu gosto favorito. - Ela falou com a boca próxima a minha enquanto tentávamos recuperar o fôlego.

— Sério? - Perguntei fazendo cara de dúvida.

— Sério! Você não gostou? - A voz dela soou preocupada.

— Não sei Camila.. - Imitei uma cara de dúvida. — Vou precisar provar mais uma vez. - Sorri pra ela antes de voltarmos a nos beijar.

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Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.