Reaprendendo a Caminhar

By SabrinaCastro335

15.5K 1K 367

Bárbara é tirada da prisão por uma pessoa que a surpreende muito. A mesma passa ajudar para que mulher possa... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capítulo 43

245 8 3
By SabrinaCastro335

Alguns anos depois...

Eduardo bocejou e sentou na cama, levantou, abriu a porta do quarto e saiu para o corredor, dando de cara com Fernanda andando com uma venda na cabeça e de pijama de frio.

— Será que alguma dia você vai avisar quando vai dormir aqui pra não me assustar?

— Hum... — bocejou o olhando de cima abaixo — Não. — continuou andando na direção da cozinha e rindo.

— Amor... — colocou a cabeça para dentro do quarto — Você sabia que a Fernanda ia dormir em casa?

— Unhun, ela vai passar o mês aqui. — respondeu sonolenta e se virando de costas para a porta.

— Bom dia, papai. — Luna passou puxando a fila das filhas do casal passando pelo corredor.

— Bom dia, papai. — Fany foi atrás com um pijama idêntico ao da irmã.

— Bom dia, papai. — Luz veio atrás também com um pijama igual.

— Bom dia, meninas. — beijou a testa de cada uma.

Fany estava já com 15 anos, Luna acabara de completar 31 e Luz tinha seus oito aninhos de idade. As três irmãs foram para a cozinha e lá sentaram na mesa, Fernanda entregou a garrafinha com o achocolatado de Luz e os copos maiores com as vitaminas de Fany e Luna.

— Luna, você já tem 31 anos, até quando vai querer que sua mãe e eu façamos sua vitamina? — Fernanda perguntou rindo.

— Eternamente, porque ela é folgada. — Fany respondeu.

— Cuida da sua vida. — Luna riu empurrando a adolescente da cadeira e as duas riram.

— Bom dia. — Bárbara entrou na cozinha de mãos dadas com Eduardo que ajudou-a subir o degrau que ali havia.

— Bom dia, mamãe. — as três irmãs responderam.

— Minhas menininhas. — beijou a cabeça delas que sorriram.

— Quem vai levar a gente pra escola hoje? — Luz perguntou.

— Seu pai e eu. — Bárbara respondeu tirando a garotinha da cadeira, sentando no lugar e a colocando no colo.

A família toda tomou café no mesmo clima de sempre e na mesma harmonia. Após isso, foram todos se arrumar para seus compromissos, Bárbara e Eduardo esperavam no carro, Fany desceu com sua mochila e a da irmãzinha que ia atrás dela, a adolescente abriu a porta de trás e a ajudou subir e se ajeitar para fechar o cinto. A mulher ficou observando pelo retrovisor e sorriu.

Eduardo saiu da garagem de casa e Bárbara pegou o controle fechando o portão. Em questão de dez minutos já estavam estacionando em frente a escola das filhas, Luz se soltou logo do cinto e beijou o rosto dos pais.

— Boa aula, pequena. — Eduardo sorriu.

— Se cuida. — Bárbara a encarou boba e beijou sua testa.

— Obrigada, papai. Pode deixar, mamãe. — abriu a porta e desceu com cuidado.

— Me espera, Luz! — Fany chamou a atenção da irmã indo para o meio do carro — Tchau, mãe. Tchau, pai. — beijou o rosto deles — Bom trabalho.

— Boa aula, filha.

— Obrigada, papai.

— Cuidado, filha. E fica de olho na sua irmã, ok?

— Ok, mamãe. — desceu com a mochila e fechou a porta.

Os casal ficou observando a filha mais velha pegando a mão da irmã mais nova e levar ela para dentro da escola, para então poderem seguir o trajeto para empresa.

— Você é tãoooo linda. — Eduardo falou segurando a mão dela.

— Amor. — deu risada da cara dele — Eu sei que eu sou linda, uma velha conservada.

— E muito gostosa. — sorriu e ela o puxou pelo queixo e o beijou.

— Besta. — sussurrou e então se afastou para o marido voltar a focar na direção.

Em pouco tempo pararam em frente a Lactos, iriam passar ali primeiro antes de ir para empresa de Luna. Eduardo estacionou e os dois desceram, caminharam até a entrada e ficaram parados ao ver Fernanda chegando e se aproximando. Os três iam entrando quando outra coisa lhes chamou atenção, uma moto parando ali perto, um jovem homem desceu e retirou o capacete revelando ter cabelos longos, raspados nas laterais e logo prendeu o mesmo em coque.

— Meu Deus. — Bárbara não conseguia expressar reação, estava completamente paralisada.

— Que lindo. — Fernanda sorriu toda boba.

Ele se aproximou aos poucos enquanto colocava os óculos redondos no rosto e pegava o crachá do bolso da calça, caminhou devagar e colocou a pasta de documentos pendurada no ombro.

— Bom dia, vovó. Achei que fosse me atrasar para o meu primeiro dia de emprego. — sorriu carinhoso.

— Você tá tão lindo, meu amor. Olha só pra você, tão crescido, tão homenzinho. — Bárbara o abraçou com força.

— Vó! Você tá me sufocando. — riu retribuindo.

— Por que não disse que já tinha voltado de Nova York, Santiaguinho? Íamos buscar você. — Eduardo estava impressionado com como ele havia mudado muito nos últimos cinco anos.

— Ah, tio, disse para minha mãe que queria fazer uma surpresa pra vocês. Apenas tia Fer sabia. — o abraçou também.

— Você saiu um menino daqui e voltou um homem. — Eduardo não escondia a surpresa.

— Ele sempre vai ser o menininho da titia, né? — Fernanda logo o puxou para abraçar ele também — Você tá muito alto.

— É, meu pai é um monstro de alto. Parece que a genética dele veio toda pra mim.

— Ou em parte, porque você é a cara de Bárbara. — Fernanda comentou enquanto eles entravam e passavam a catraca.

— Isso é verdade, você é a cara da sua vó. — Eduardo encarou a esposa que sorria.

— Ainda bem, afinal, minha vó é uma mulher linda. — Santiago beijou o rosto da loira.

Eduardo segurou a mão da esposa entrelaçando seus dedos enquanto caminhavam pela empresa subiram ao elevador e o homem puxou a esposa, abraçando-a por trás.

— Eu acho engraçado essa relação de vocês três. Minha vó casada com o ex marido da minha tia que por sua vez é ex enteada da minha vó. — Santiago riu.

— Essa família é mais louca do que você possa imaginar, querido. — Fernanda apertou o botão para subirem até o andar presidencial.

— Eu percebi isso quando eu tinha cinco anos e o vovô armou uma briga no meu aniversário e a vovó caiu no chão estando grávida da Fany e eu destruí a decoração. — sorriu e os três o encararam — Eu era pequeno e não burro, sempre fui observador, vocês que nunca notaram.

Bárbara sorriu orgulhosa olhando para o neto e então subiram para o andar presidencial. Gonçalo vinha andando devagar apoiado por uma bengala, já estava velho e um pouco cansado, ia na empresa apenas para visitar.

— Vovô. — Santiaguinho se aproximou e o abraçou e beijou com carinho.

— Santiaguinho, filho. Como está grande. — apoiou a mão trêmula em seu rosto.

— Todos temos que crescer, vovô. — tocou a mão do velho em sua bochecha.

— Parece tanto com sua avó. — comentou e Bárbara parou atrás junto com Eduardo e Fernanda.

— Bom dia, Gonçalo. — a mulher sorriu e ele também.

— Bom dia, querida.

Por um tempo Eduardo tinha ciúmes e depois, conforme o velho foi ficando doente e frágil, ele já não se importava mais e permitia que fosse carinhoso com a esposa.

— Bom dia, menino.

— Bom dia, Gonçalo.

— O que está fazendo aqui, papai?

— Não posso mais visitar a minha empresa? Pelo amor. Estou velho e cansado, mas ainda não morri.

— Ai, papai, não fala isso.

— Vovô, menos.

— Um velho não pode falar de morte que vocês já reclamam, cada coisa.

...

De tarde, Bárbara e Eduardo já estavam em casa, chegavam sempre cedo para terem um tempo deles de casal e assim estavam, na sala, deitados trocando beijinhos e cheirinhos, ele por cima dela, quando o telefone de casa tocou, o homem pegou e atendeu.

" — Papai? "

— Fany?

" — Você pode vir me buscar na escola? Ou a mamãe? Liberaram a gente mais cedo. "

— Liberaram?

" — Sim, a professora das últimas aulas teve um problema e precisou ir embora. "

— Eu vou te buscar. A sua irmã também vai sair agora?

" — Não, ela é no horário normal, só se você pedir pra liberarem ela. "

— É, acho que é o melhor, pra não ir aí duas vezes. 

" — Ok, papai. Vou esperar. "

— Até mais, meu amor. — desligou.

— Fany ligando agora, amor?

— Liberaram ela mais cedo da escola. — levantou fechando os botões da camisa e calça, pegando a chave do carro logo em seguida — Já vou aproveitar e pegar a Luz também. Você vem?

— Vou ficar descansando. — sorriu carinhosa subindo as alças da blusa que ele havia abaixado junto do sutiã e se sentou.

— Ok. — se inclinou e beijou sua testa demoradamente.

— Amor... — Bárbara o olhou — Traz só a Fany, deixa a Luz até o final do horário dela.

— Mas aí vamos ter que voltar pra buscar ela.

— A Luna passa lá na frente todo dia, peço pra ela passar e esperar pra pegar a neném. É que, você e eu quase não temos tanto tempo com Fany, ela já tem 15 anos e é tão quietinha que às vezes penso que acabamos deixando ela um pouco de lado pra dar conta da Luz.

— Você tem razão... — respirou fundo pensativo — Então eu vou buscar só ela, já volto.

Eduardo saiu de casa e pegou o carro da esposa mesmo para ir buscar a filha, estacionou em frente a escola e entrou na secretaria parando em um balcão.

— Eu vim buscar a Estefânia.

— Claro, vou chamá-la. — se virou e entrou na sala de informática — Fany, seu pai chegou.

A adolescente saiu da sala com a mochila nas costas e se aproximou do pai abraçando ele, os dois saíram e Eduardo colocou a mochila da filha no banco de trás e abriu a porta da frente. Fany estranhou que a irmãzinha não tava ali e nem que o pai voltou pra pegá-la.

— Pai, você não vai pegar a Luz? — perguntou ao ver ele entrar no carro.

— Não, sua mãe disse pra deixar ela, ela tá numa fase crucial de aprendizado, já faltou um tempão aquela vez que ela ficou doente. Além de que a gente quer passar um tempinho com você, filha. — saiu com o carro.

— Sério, papai?

— Sim. — sorriu.

Fany sorriu e colocou o cinto, Eduardo voltou pra casa e assim que entrou na garagem, a filha desceu do carro e correu para dentro. Bárbara estava parada com uma xícara na mão, olhando pela porta da varanda.

— Cheguei, mãe! — correu pulando e abraçou a mãe.

— Ui, amor. Cuidado. — a loira riu e colocou o braço ao redor dela — Que abraço gostoso, minha vida.

— Eu tô muito feliz por passar um tempinho com você e com o papai. — deitou a cabeça no peito da mãe que lhe beijou.

— Você tá, meu amor?

— Anhan, muito. — a encarou e Bárbara beijou seu nariz — O que você tá tomando?

— Chá de canela, quer? Tá um delícia.

— Quero. — pegou a xícara na mão e tomou um gole — Tá forte.

— Eu imaginei que você não fosse gostar. — passou o polegar pela boca da filha secando o molhado — Vai trocar de roupa.

— Ok, já volto. — correu para o quarto.

Bárbara se virou para a porta e Eduardo entrou com a mochila da filha nas costas, a mulher sorriu com os olhos enquanto bebia o chá e ele se aproximou assim que deixou a chave na estante. Ela deixou a xícara no criado mudo e ergueu os braços já sentindo ele segurar sua cintura, a loira apoiou as mãos em seu peito e o homem se inclinou para beijá-la, Bárbara para provocar afastou um pouquinho o rosto pra trás o que o fez rir.

— Não me provoca... — ele sussurrou apertando os braços ao redor de seu quadril.

— Não fiz nada... — sorriu e o beijou — Meu marido. — sussurrou olhando nos olhos dele.

— Minha esposa. — beijou sua testa e a abraçou.

— Eu quero ter alguém igual vocês dois tem um ao outro. — Fany comentou voltando pra sala.

— Até porquê seu pai e eu não vamos aceitar qualquer um sendo que você foi criada com todo amor do mundo, pra ficar com você, a pessoa tem que ser igual ao seu pai.

— É, eu sei. — sorriu envergonhada sentando no sofá — Difícil é alguém me levar a sério... — sussurrou baixinho.

— Por que você tá falando isso, filha? — Eduardo sentou ao lado dela e Bárbara do outro.

— Ah, papai, eu não sou normal.

— Como assim, Fany? Da onde você tirou isso? Você é normal sim.

— Eu sou parcialmente surda, pai. Olha a minha fala, toda tropeçada. As pessoas me acham estranha por conta disso, nenhum menino se interessa por mim...

— Filha, você é normal como qualquer outra pessoa, você é mais especial ainda na verdade, você precisa ficar tranquila, a gente sabe que nessa fase vocês sentem muita vontade de namorar e...

— Pai, não... continua. — parou ele.

— Mas...

— Deixa pra lá, só me abraça. — encostou nele e Eduardo a abraçou e aconchegou ela em seu corpo, em seguida Bárbara se junto e beijou seu cabelo.

Os dois sentiram um déjà vu, viveram a mesma coisa com Luna quando era adolescente. Fany dormiu ali no peito do pai e agarrada ao braço da mãe. Eduardo a pegou e deitou ela direito no sofá. Bárbara pegou a coberta da filha e jogou sobre ela, em seguida se deitou junto.

Horas mais tarde, o tempo estava fechado, Luna chegou em casa com a namorada e a irmãzinha que estava apagada. Lulu pegou a pequena cunhada no colo deitando-a em seu ombro e subiu para a casa. Entrou e Bárbara e Fany que estavam abraçadas no sofá as olharam.

— Olha só, ela tá de farda. — Bárbara sorriu se levantando.

— Acabei de sair do quartel, Babi. — sorriu e colocou Luz no colo de Fany que beijou e abraçou a irmã.

— Vamos tomar um banho, hum? — sussurrou para a pequena.

— Unhun.

— Vem. — levantou levando ela — Ui, como você cresceu, não aguento mais você no colo.

— E como foi o trabalho hoje, meu amor? — Bárbara se aproximou da nora e lhe beijou o rosto.

— Cansativo. — a abraçou — Bem cansativo. Quase matei um homem, propositalmente. — sentou-se no braço do sofá.

— Você não pode cometer um homicídio faltando cinco dias para sua cerimônia por subir de cargo, Lucrécia. — Luna entrou cheia de pastas e coisas nas mãos pondo tudo na mesa.

— Luna tem razão. — Bárbara riu apertando o queixo de Lulu com carinho.

Fany deu banho na irmãzinha, vestiu ela e a levou para a sala. Luz foi logo subindo no colo da mãe que estava abraçada com Eduardo, o mesmo beijava o ombro da esposa quando a filha caçula chegou.

— Tá cansadinha, filha? — Bárbara acariciou seu rostinho.

— Unhun. — bocejou.

— Descansa, minha pequena. — acariciou seu cabelo.

Fany ficou ao lado do pai em silêncio, assistindo televisão e ele a abraçou. Luna observava a irmã de longe, como havia crescido, lembrava de como tudo tinha acontecido, como desejou toda a gravidez dela. Sua menininha. A adolescente sentiu o olhar da irmã e a encarou, sorrindo de lado e encostando a cabeça no pai.

— Cheguei. — Fernanda entrou com uma caixa enorme nas mãos — Acabaram de entregar isso pra você, meu amor. — entregou para Fany e a adolescente sorriu boba.

— Eu tava tão ansiosa pra isso chegar.

— O que é isso, filha? — Bárbara perguntou curiosa.

— É pra você, mãe. Eu encomendei, mandei fazer.

— Pra mim? — colocou Luz no colo de Eduardo com cuidado e ali mesmo ela continuou dormindo no colo do pai.

— Abre. — passou a ela e todos ficaram esperando ela abrir a caixa e assim a mesma fez toda ansiosa e se deparou com um quadro grande com o desenho de cada uma das filhas enquanto ainda eram bebês.

— Ai, meu Deus que lindo. — se emocionou encarando a filha que sorria.

— Tá mais lindo do que eu imaginei. — Fany falou — Aurora, Luna, eu e a Luz. — apontou para cada uma das bebês — Na ordem da mais velha pra mais nova.

— Mas... por que eu tô aí? — Luna perguntou um tanto quanto sem graça — Eu... não sou biológica como vocês...

— Olha nos meus olhos e me diz que não sou sua mãe, Luna. — Bárbara a fitou — Fala.

— Você é minha mãe, mas... eu não vim da sua barriga.

— E do coração não conta? — Fany perguntou e a jovem adulta sorriu com lágrimas nos olhos assentindo.

— Eu que fiz, eu que fiz, eu que fiz e eu que fiz. — Bárbara apontou para cada bebê do desenho e mostrou para Fernanda.

— VÓ! — Santiaguinho e Celina entraram correndo e logo Aurora atrás.

— O que é isso? — Bárbara levantou pondo o quadro de lado.

— MINHA MÃE QUER ME BATER! — o jovem ficou atrás da avó.

— Santiago, sai de trás da sua avó agora! — Aurora parou de frente com a mãe e o filho.

— O que tá acontecendo?

— Esse menino atentado que fica me perturbando o dia inteiro e a Celina tá igual!

— Eu não. — riu.

— Não vai bater no meu menininho não, Aurora. — Bárbara segurou no rosto do neto e beijou — E nem na minha neném. — puxou Celina que abraçou a avó se aconchegando.

— Mãe, para de passar a mão na cabeça deles.

— Não. Senta nesse sofá e fica quieta. — apontou e Aurora sentou em silêncio de braços cruzados.

— Irru! — Santiaguinho sentou de frente com a mãe — Levou bronca da vó!

— Ah, é? — tirou o chinelo e jogou nele.

— Filha, você era tão calminha. — Bárbara sorriu pegando Luz no colo de volta e a levando até o cantinho dela na sala onde tinha um colchãozinho.

— Hum... — a garotinha murmurou manhosa sem soltar ela.

— Dorme mais um pouquinho que eu vou te acordar depois pra comer, tá? — beijou o nariz da menina que sorriu e a cobriu.

— Exatamente, mãe. Eu era calminha, não sou mais.

Bárbara encarou bem a filha mais velha e sorriu carinhosa, não demorou para Aurora sentir e sorrir também, de volta para a mulher. Não demorou para a chuva cair e pouco depois Edite chegou toda molhada sendo levada por Bárbara logo ao banheiro que a obrigou a tomar banho.

Luz acordou com os trovões e foi para o olho de Fany que a cobriu com a coberta e beijou seu cabelo, tentando acalma-la.

— Você tem uma cara de nojenta, bonita. — Eduardo comentou enquanto a esposa estava séria encarando o nada e depois o fitou.

— É só a cara.

— Não é não, você era extremamente arrogante.

— Ai, Eduardo, você quer brigar hoje, amor? — ela riu o encarando — Não, né? Que bom. — apertou o rosto dele que segurou dia mão e beijou.






Continue Reading

You'll Also Like

779K 40.6K 69
"Anjos como você não podem ir para o inferno comigo." Toda confusão começa quando Alice Ferreira, filha do primeiro casamento de Abel Ferreira, vem m...
472K 15.5K 195
Venha se iludir comigo e com os imagines de cantores, famosos etc brasileiros, não sou tão boa em horários, mas vou postando sempre que der pra vcs
648K 35.6K 62
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
98.3K 3.5K 87
• ✨ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ʀɪᴄʜᴀʀᴅ ʀíᴏꜱ✨ •