Capítulo 21

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Eduardo olhou ao redor e estavam todos capotados, Bárbara dormia ao seu lado, Luna esticada no sofá e Santiaguinho em cima dos tapetes de E.V.A no chão abraçado com seus brinquedos e coberto. O homem se levantou com cuidado e foi até o menino, pegou o pequeno no colo e levou-o para a cama dele no quarto que Bárbara havia montado para o menino, cobriu-o, lhe deu um beijo e saiu. Retornou à sala e se aproximou de Luna, ergueu ela nos braços e carregou-a até seu quarto, deitou ela e a cobriu, beijou sua cabeça e também se retirou. Voltou outra vez pra sala, agora era a vez de levar Bárbara. Devagar tirou o cobertor do corpo dela, procurou a melhor posição e a ergueu, a loira envolveu os braços no pescoço dele e deitou a cabeça em seu peito, levou-a para o quarto e deixou-a bem coberta e agasalhada na cama. O homem ficou algum tempo encarando ela e acariciando seu cabelo, se inclinou e beijou sua cabeça.

— Eu te amo, minha linda. Eu juro que eu te amo. — deu um leve selinho nos lábios dela e saiu do quarto. Bárbara sorriu e abraçou o travesseiro toda boba.

Eduardo voltou à sala e começou a recolher os brinquedos de Santiaguinho do chão e colocar no baú pequeno dele, arrumou o sofá, as almofadas. Ajeitou tudo que podia estar bagunçado e então foi trabalhar mais um pouco em seu notebook.
Matias havia observado tudo da cozinha, ele via que Eduardo era um homem bom, um ótimo partido para Bárbara. Ele tomou conta de tudo, cuidou de Luna e os remédios dela, cuidou de Santiaguinho e fez as tarefas da escola com ele, cuidou dos remédios de Bárbara, foi receptivo com Edite e a filha, depois de tudo, provavelmente cansado, foi fazer seu trabalho, ele era um homem de respeito.

O velho saiu da cozinha com uma xícara de café e algumas bolachas, colocou ao lado de Eduardo e o jovem encarou-o.

— Pra te ajudar. Luna me contou que você fez bastante coisa hoje e mesmo com todo mundo já descansando, você continua cuidando das coisas. — Matias sorriu — Não acha melhor ir descansar?

— Preciso terminar algumas coisas, não gosto de ficar acumulando.

— Como quiser. Estarei em meu quarto caso precise de algo.

— Ok. — retribuiu o sorriso e o velho se retirou do lugar.

Bárbara acordou de madrugada e não viu Eduardo na cama, se levantou e saiu procurando por ele pela casa, chegou na sala e o viu dormindo sobre o notebook, ela se aproximou e tocou o cabelo dele.

— Amor. — cutucou — Vem pra cama.

— Hum...

— Vem dormir na cama, amor. — pegou na mão dele e o puxou para levantar.

— Que horas são?

— Três da manhã. — acariciou o rosto dele.

— Deixa eu só... — salvou o que tinha no computador e desligou — Pronto.

— Você precisa de férias. — saiu andando com ele para o quarto.

— Preciso, mas não posso sair da férias agora. — deitou no cama.

— Por quê? — fechou a porta e subiu na cama engatinhando até a cabeceira.

— Porque preciso ajudar na empresa. — bocejou — Você fica sexy assim de quatro.

— Besta. — puxou a coberta e o homem riu.

— Quando eu tô atrás melhor ainda. — continuou rindo.

— Eduardo, cala a boca e dorme. — deitou no peito dele também dando risada.

— Seu pedido é uma ordem. — ajeitou a coberta nela e abraçou-a.

Eduardo percebeu que Bárbara olhava a aliança em seu dedo bem vidrada enquanto alisava a mesma. O homem sorriu e beijou a testa dela.

— Gostou das nossas alianças?

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora