Capítulo 9

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Eduardo estacionou em frente a cafeteria e desceu do carro, entrou no estabelecimento e tirou os óculos de Sol. Logo observou Bárbara que estava de costas para a porta, sentada na banqueta de pernas cruzadas comendo e bebendo com outra mulher.

- Eu acho que ele chegou.

- Moreno, alto, forte, bonitão. - Bárbara detalhou o homem sem olhar para trás.

- Ele mesmo. Tá vindo pra cá. - bebericou o café.

- É normal eu estar nervosa?

- Talvez. - sorriu.

Eduardo finalmente chegou perto delas e Bárbara virou a cabeça para olhá-lo, por alguns segundos ele ficou parado reparando no olhar meio triste dela.

- Bom dia. - sorriu para Edite.

- Bom dia. - retribuiu o sorriso.

- O que aconteceu? - perguntou voltando encarar Bárbara.

- Você tá bravo comigo?

- Não, deveria estar e não sei?

- Não...

- Pois bem. - se posicionou atrás dela e beijou sua cabeça - Se você está falando pela ligação mais cedo, eu não me importei não, boba. - puxou o cabelo dela para trás com as duas mãos fazendo carinho - Me vê um frapuccino, por favor. - pediu a atendente que assentiu e foi fazer - Bárbara me disse alguma coisa sobre fotografar, suponho que você seja a fotógrafa. - se dirigiu a Edite.

- Sim, sim. Bárbara é minha modelo salva-vidas. - riu e Bárbara sorriu carinhosa - Minha filha estuda com a afilhada dela e eu tava procurando alguém com esse perfil que pudesse posar para eu divulgar meu trabalho. Minha filha Lulu a viu, falou com a Luna, então Bárbara entrou em contato comigo e de um trabalho também estamos começando a ser amigas.

- Simmm. - Barbara sorria mais animada e Eduardo a encarava meio orgulhoso. Os dois estavam realmente conectados um ao outro.

- Chegou umas roupas masculinas e femininas. Eu já sei que as femininas cabem na Bárbara porque decorei o tamanho dela, agora em você pode ser algumas fiquem mais largas, nada que uma pinça não resolva. - Edite comentou pegando um papel com a numeração e mostrando para Eduardo.

- Vai servir. - ele sorriu - Só uma calça que pode ser que fique mais larga, porém coisa pouca. E como vai funcionar?

- Bom, eu precisaria que vocês fossem até o meu estúdio, que é meu apartamento. - riu - E vocês vão fotografar juntos, sozinhos também. Mas o objetivo é que vocês sejam o meu casal de marketing. - Edite falava calma - Não vai ser de graça, ok? Eu vou pagar vocês porque a loja está me pagando e é o suficiente pra dividir em três. Eles não pagam pouco, viu? Se der certo, vou recorrer a vocês dois mais vezes. Se você aceitar, Eduardo. Eu tô falando como se você já tivesse super topada, sem ao mesmo saber.

- Eu não sou o que se diga: nossa, que ótimo modelo. - apoiou o braço sobre o ombro de Bárbara e segurou a mão dela no balcão acariciando - Mas dá pro gasto. Eu aceito sim.

Bárbara encostou a cabeça no peito dele e fechou os olhos em silêncio, só pra sentir o calor dele. Edite sentia que o amor dela por ele não era brincadeira, era sincero ao ponto dela querer ficar sem dizer nada só para aproveitar a atenção dele.

- Você cuida bem dela? - Edite perguntou e Bárbara abriu os olhos.

- Como? - Eduardo respondeu com outra pergunta.

- Você é necessário pra ela. - apontou para a minha - Cuida bem dela?

- Eu... não sei, acho que sim. - ficou confuso - Pra falar bem a verdade, a gente deixou de orgulho e fomos nos aproximar ontem. Tem muitos momentos que preciso saber agir com ela. É tudo novo pra mim... Até uns anos atrás nós dois vivíamos trocando farpas e eu sei que já machuquei muito ela... - alisava os dedos da mão da loira e falava com decepção de si mesmo - O tempo me fez amadurecer e abrir a mente... Eu precisava dar uma segunda chance pra ela e pra mim também.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora