Capítulo 46

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O tempo foi se passando e as cosias pareciam ir bem, apenas pareciam.

— Mãe. — Luna entrou na sala empurrando Violeta no carrinho.

— Sim?

— Acabaram de ligar da escola da Fany e... estão pedindo pra você e o papai irem lá agora.

— Aconteceu alguma coisa? — se levantou assustada e Eduardo que estava na cozinha apareceu encarando Luna.

— Parece que... — deu uma leve pigarreada — A Fany... brigou com uma professora e... a agrediu.

— Como é que é? A Fany? O meu neném batendo em alguém?

— É, parece que a professora tá toda arranhada. É a professora da Luz.

— Por que a Fany bateria na professora da Luz? — Eduardo já foi logo pegando a chave do carro.

— Então, é melhor vocês irem lá descobrir porque eu também não sei o que realmente aconteceu.

Bárbara pegou a bolsa do sofá e saiu com o marido, os dois estavam furiosos e ao mesmo tempo preocupados, ao chegarem na escola e serem encaminhados para a diretoria se separaram com Fany em um canto e Luz abraçada à ela, Celina estava do outro lado da tia também a abraçando e a professora de braços cruzados.

— Mamãe... — Fany se levantou para falar com os olhos marejados.

— O que aconteceu? O que deu em você?

— Essa nojenta maltratou a minha irmã! E podem fazer o que quiserem comigo, mas não façam com a minha irmã! — a jovem bateu o pé.

— Sentem-se, por favor. — a diretora apontou para a cadeira onde o casal se sentou — Ei de mostrar pra vocês o que a sua filha fez. — a mulher virou o monitor do computador mostrando pra os pais da menina onde Fany pulava em cima da professora e a batia — Isso é inadmissível na nossa escola, um lugar tão reconhecido e com ótimos educadores.

— Estefânia! — Bárbara fuzilou a filha.

— Eu não sei o que deu nela, ela simplesmente voou em mim... — a professora falou com cara de sonsa e Bárbara arqueou a sobrancelha com ironia para a mulher, fingia muito mal aquela professorinha.

— Essa não foi a educação que você teve, Fany. — Eduardo falou.

— Exatamente, você pode pedir desculpa para a professora agora! — a mulher mandou.

— Vovó, calma, eu tenho a imagem de verdade, eles tão querendo deixar a Fany mal com você e o vovô. — Celina pegou o celular e abriu uma gravação — Essa mulher realmente maltratou a Luz.

— É verdade, mamãe. — Luz foi para os braços do pai que a colocou no colo.

" — Você é só uma garotinha mimada e burra, seus amiguinhos todos vão passar menos você, de tão burra que é, não sabe fazer uma conta simples! " — a voz da professora ecoava no celular de Celina, fazendo tanto ela quanto a diretora arregalarem os olhos.

— Viu? A Luz foi correndo me procurar na sala, a mim e a Celina porque não queria voltar, ela tava chorando. — Fany falou.

— Isso é montagem! — a professora falou alto.

— Você cala a sua boca, sua nojentinha! Devia ter te batido mais, arrancado toda essa peruca da sua cabeça! — Fany deu de ir pra cima dela novamente e Eduardo a segurou com a mão livre.

— Vocês tem a audácia de chamarem a mim e meu marido tentando culpar a minha filha? — Bárbara se levantou se apoiando na mesa da diretora — Minha Fany nunca faria nada sem justificativa, vocês humilharam a minha filha pequena, a Luz é uma criança em aprendizado como qualquer outra! — se virou para a professora — Estefânia fez muito bem em te dar uns tapas, porque no lugar dela, eu tinha feito você engolir a sua língua.

Reaprendendo a CaminharOnde as histórias ganham vida. Descobre agora