Simplesmente Lasciva

De ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... Mais

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 56

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De ChelsiaFaria

No dia seguinte, eles estavam todos arrumando as malas, melhor dizendo estavam dando os últimos retoques, e bom, eu não fiquei de fora. Não vi o Theo nenhum santo momento desde que acordei, até ao momento que estava me despedindo deles, e tinha a máxima certeza que ele também não tinha dormido em casa, o que me deixou realmente preocupada, o Theo não conhecia absolutamente ninguém aqui, mas o facto de haver a possibilidade de o Ayal ter dado a ele a chave da outra casa me deixava meio descansada, embora, eu realmente não soubesse em que momento o Ayal teria dado a Chave a ele ou ele tivesse pedido a chave ao Ayal. Decidira pela madrugada em que estive acordada pensando na possível merda que eu fiz, que ficaria em Santa Mônica por mais algum tempo. Tinham muitas coisas que eu precisava fazer antes de finalmente sair daquela cidade pela segunda vez, mas dessa vez eles precisavam ser terminados na totalidade.

Estava claramente complicando um pouquinho a minha situação académica visto que as férias praticamente já tinham terminado, ao ficar lá eu estaria me deixando completamente atrasada no que tocasse as matérias, sem esquecer que na universidade o sistema de cadeiras ou disciplinas é por semestre, eu claramente teria disciplinas novas com as quais nunca tive contato.

Mas não era de tão alarmante assim, tendo em conta que a escola era uma das minhas poucas preocupações, eu arranjaria uma forma qualquer de pegar o ritmo.

— Eu realmente espero que vocês cheguem bem...- Falei e era genuíno sim. — Foram...as melhores férias da minha vida, embora eu talvez não deixei transparecer.

Não era mentira. Não era culpa deles e ter tido a infelicidade de me encontrar com os meus familiares e as coisas terem saído dos eixos. Gostaria realmente que o Theo também estivesse aqui para que eu tivesse a oportunidade de me desculpar dele também. Ainda que, eu realmente não fosse perdoada.

— Eu espero que você fique bem...- O Avien falou. — A vida tem dessas, só não se preocupe muito, espero que você resolva o que quer se seja que esteja te fazendo ficar e volte logo para o lado daquele gostoso do Theo, tenho a máxima certa, que ele estará esperando por você. - Falou terminado com uma breve piscadela para mim, me fazendo dar um sorriso de canto. Eu agradeci e depois foi o Ayal vindo me abraçar.

O Theo esperando por mim? Eu não tinha tanta certeza daquilo, mas não podia fazer nada além de aceitar e aquiescer.

— Você é uma das garotas mais gatas e sorridentes que eu já conheci. — Ele falou tocando o meu rosto. — Não deixe a sua família de merda tirar esse brilho de você, não faço a mínima de ideia de porra eles devem dito ou feito, mas seria muito injusto você se deixar engolir por toda essa escuridão.

Eu estava detestando que aquilo estava parecendo uma despedida melancólica, não era nada assim que eu queria o fim das minhas férias.

Agradeci, e depois dele, vieram a Ozy, a Ava e a Benny que passaram a noite inteira comigo. Aquelas se tornaram, claramente grandes amigas para mim, gostaria bastante que as nossas férias não tivessem terminado assim, e que elas pudessem conhecer as minhas amigas. Tenho a máxima certeza que elas gostariam de se conhecer.

— Nossa, eu só estou triste por não ter conseguido aquele ménage. - A Benny falou me fazendo rir. — Mas você é forte e eu sei, recupere as forças gata. - A Benny me abraçou.

— Espero que a gente volte a se ver muito em breve garota. — A Ava falou e eu só aquiesci. A Ozy também se despediu de mim com um abraço e no final. Só faltava o Shay.

Ele estava estático, só olhando todos os movimentos. Quando eu andei até ele e parei na frente dele. A gente ficou se encarando por quase um minuto em silêncio.

— Eu...- Tentei falar e ele simplesmente me abraçou, me calando.

Nós ficamos assim durante um tempo e quando ele finalmente me soltou, ele sorriu doce para mim.

— Você magoou o meu irmão pela segunda vez. - Ele falou suspirando logo depois. — Mas eu não consigo ficar chateado com você...- Ele passou a língua pelos lábios. — Eu nunca vi o Theo tão feliz desde o tempo todo que o conheço, como ele fica quando está com você. - Ele sorriu envergonhado. — E eu o conheço desde sempre. — Eu gostaria mesmo muito de cruzar com esses seus irmãos na rua um dia, eu ia esmagar eles. - Falou sério. — Mas é como você diz, o ódio atrasa o desenvolvimento da pessoa. E Deus me livre de deixar de crescer por causa de povo tão desnecessário como a sua família. - Eu sorri. — Vai levar um tempo para ele cicatrizar, ele está muito magoado, e eu consigo entender. - Ele fez carinho na minha mão. — Mas ninguém nesse mundo está mais ansioso para que vocês os dois fiquem juntos o quanto antes do que eu. - Ele terminou me abraçando. — Por favor se cuida. - Ele deixou um beijo castro na minha testa e com um grande pesar, eu saí daquela casa maravilhosa, e com aquelas pessoas maravilhosas que fizeram desse último mês, um sonho para mim.

Eu ia sentir imensas saudades deles, não podia negar. Eu gostaria imenso de partilhar a viagem de volta com eles também. Mas feliz ou infelizmente tinham um monte de coisas que eu não podia deixar por resolver pela segunda vez. Da primeira vez eu sai daquilo que eu chamava de casa como se tudo que eu tivesse vivido fosse um favor, embora que houveram muitas memórias negativas, aquele era o local onde eu nasci, a minha família não podia simplesmente me fazer odiar aquele sítio.

E era exatamente por aquele motivo que eu estava ficando mais algum tempo, eu não estava saindo daqui com uma magoa no coração ou mesmo com o meu ego ferido. Eu era uma das ou até mesmo a pessoa mais forte que eu mesma já conheci, podia muito bem ter me tornado numa vadia má por conta de tudo que já aconteceu comigo, mas pelo contrário, eu vivi e cresci com isso. E se aquelas pessoas estavam cegando a sua própria visão para não verem o quanto as coisas não são como eles determinam, eu estava ficando exatamente para mostrar isso a eles... Eles que tinham um nome.

A minha querida...e amada...Família Rose.

***

Uma calma e pacífica semana tinha se passado desde a última vez que vi o Theo, bem como desde a última vez que estive com o Shay e os seus amigos, a essas horas provavelmente eles já tinham voltando a viver as suas vidas de sempre, voltando com as suas preocupações, responsabilidades e outras coisas mais. Enquanto eu, estava em um quarto de hotel olhando as horas passar, eu sabia perfeitamente que ficar encarando o relógio não ia fazer o tempo andar mais rápido, ou até mesmo recuar, mas era uma boa manobra de distração enquanto esperava o Micah.

Depois de ter partido daquela casa a uma semana atrás, a primeira coisa que eu fiz foi procurar um local para ficar, eu não estava ficando aqui durante muito tempo, e ainda tinha uma boa quantia reservada na minha conta, visto que já faziam depois anos que eu não pagava a universidade por conta da bolsa. Estava ficando por enquanto em hotel, era um local tão simples, acessível e bem perto do mar, na verdade estava parecendo mais uma pousada, mas o nome daquilo era hotel então eu não podia fazer nada além de aceitar.

O Michaelis ficou a saber de primeira que eu não parti e até expressou a tamanha felicidade, ele se predispôs em encontrar um local aonde eu podia ficar sem ter que gastar, mas eu, educadamente recusei, depois, se predispôs em pagar o hotel, mas novamente, recusei, ele tentou brigar, então pela primeira em muito tempo, eu tive que mostrar a ele quem era o macho alfa entre nós os dois. Com alguma relutância depois aquilo, ele finalmente aceitou.

Ele também não reprimiu a vontade e curiosidade de saber o que ia fazer agora que tinha decidido ficar por mais algum tempo, foi uma pergunta que me deu realmente algo sobre o qual pensar, embora ficar fosse a ideia mais acertada, eu ainda não tinha bem noção de quais passos a seguir para resolver o problema explicito que existia entre mim e a minha família.

Decidi que começaria por frequentar mais aquela casa e tentaria ter uma conversa séria com todos os membros dela, algo como uma a tentar colocar os pontos nos i -s e os traços nos t -s.

Como eu ainda não tinha um meio de transporte e a minha casa ficava a uma certa distância do hotel aonde eu me encontrava, o Micah se predispôs a ser o meu motorista por onde eu precisasse, relutante, eu até neguei, mas a teimosia era algo que já estava mesmo no sangue dele, ele só pediu que eu esperasse o horário em que as aulas dele terminassem depois ficaria livre para me servir. E foi exatamente desse jeito.

Estava olhando sentada na cadeira com as penas afastadas e ligeiramente inclinada para frente com os cotovelos apoiados nas pernas só olhando o relógio. Não era claramente uma visão muito sexy e encantadora se alguém de fora visse, mas eu também não estava ficando lá para seduzir ninguém, acho até que nem mesmo se eu quisesse...

— Olhem quem chegou...- Fui tirada dos meus devaneios quando o Micah entrou carregando uma sacola enorme. - Um dos homens mais sortudos do mundo.

— Deixa eu adivinhar...- Falei me levantando e andando até ele. - Você estava saindo da aula e vindo para cá com pressa, mas sem querer escorreu em uma casca de banana e caiu de cara em um saco de compras que por sinal não tem compras, mas um milhão de dólares em notas de cinquenta? - Ele pousou a sacola por cima de uma pequena mesa que tinha lá e sorriu.

— Isso foi muito especifico, notas de cinquenta? - Dei de ombros andando até a minha bolsa.

— Quanto mais trocado estiver, melhor. - Ele sorriu e me passou o seu braço pelo meu ombro quando eu já estava perto o suficiente dele.

A viagem até a minha casa foi rápida e tranquila, a gente conversou sobre a manhã dele na escola e sobre a fila que ele teve que enfrentar no supermercado para poder comprar aqueles pequenos mimos para mim. Quando chegamos, eu já não precisei fingir que era visita, querendo ou não eu era um membro daquela família também, o Micah abriu a porta para mim e a gente entrou.

— Scarlett... - A minha adorada mãe estava descendo as escadas no exato momento em que a gente entrou e não hesitou em mostrar o seu espanto e claro desgosto em me ver, ela desviou o olhar do meu para o Micah atrás de mim. - Você aqui. - O Micah terminou de fechar a porta e veio para o meu lado. - Michaelis, eu não vi você entrar ontem, e nem sair hoje...

— E se Deus quiser, vai continuar assim... - Começou. — E eu tenho a máxima certeza que ele vai querer. - Falou, ele se virou para mim e piscou. — Estou esfomeado, se precisar de mim grite, tudo bem? - E piscando para ele de volta, ele simplesmente se afastou, deixando uma Athelia espantada no topo das escadas.

Sendo que ela não fazia parte das pessoas com quem eu estava querendo falar, eu dei as contas a ela e estava andando em direção ao corredor.

— Posso saber aonde você pensa que está indo? - Perguntou com uma certa superioridade no tom.

— Não, na verdade não pode. - Falei me virando para ela novamente.

— Não me lembro de ter convidado você mais uma vez para estar aqui. - Falava enquanto descia as escadas lentamente.

— Não me lembro de ter dito que vim a convite.

— Exatamente, quem deu a você o direito de anda pela casa como se fosse sua?

— E ela é minha.

— Como? - Ela riu. - Você está esquecida que do que o seu pai disse quando estava enxotando você daqui?

— Deus...como eu queria poder esquecer. - Falei com ar meio derrotado e sarcástico.

— Você deixou de ser um membro dessa família desde o dia que tranzou com aquele imundo.

— Está me dizendo algo que eu claramente não sabia dona Athelia. - Falei me virando mais uma vez.

— Então você não tem o mínimo direito de entrar aqui e xeretar aonde não...

Eu tinha a máxima certeza que tinha visto um carro perto daqui, então era provável que tenha mais gente aqui, esperava honestamente que se tratasse do Saiden ou do Ovie... estava pensando enquanto a minha querida mãe não parava de reclamar.

Sem muito interesse em ouvir a voz dele que já estava começando a ferir os meus ouvidos sensíveis, eu comecei a caminhar em direção ao corredor.

— Eu...Scarlett...estou falando com você! - Ela falava andado por trás de mim enquanto eu passava por alguns cômodos da casa procurando pelo dono do carro que ei vira lá fora. - Você não pode...Scarlett...pare imediatamente.

Houve até um certo momento em que eu comecei a correi e ela sempre seguindo e gritando.

— Scarlett! - Enquanto andava, perto da sala de estar aonde as portas estavam fechadas, eu ouvi vozes, por conta da gritaria dela eu não consegui discernir se eram de mulher ou de homem me limitei simplesmente a correr até lá e a abrir a porta, não ficando muito satisfeita após ver que não era nem o Ovie e nem o Saiden.

— Não entre aí...- Ela falou tarde demais mudando completamente o tom para doce eterna, enquanto entrava na sala ficando por trás de mim. - Eu disse que eu queria trazer você, porque elas não iam se lembrar de você tão fácil querida. - Falou enquanto eu olhava o grupo de pessoas mais desnecessárias que eu já conheci. Me lembro quando mais pequenos, o Micah e eu as apelidamos como...

As sanguessugas.

— Scarlett! Meu Deus olha como você cresceu...- Uma delas que eu honestamente não me lembrava do nome falou se levantando e abrindo os braços como se estivesse esperando que eu fosse andar até lá para ela me abraçar. Coisa, que eu não fiz.

Eu não respondi, não estava minimamente interessada até.

— Scarlett, você se lembra das minhas amigas, não? - A Dona Athelia perguntou para mim. — Essas são, a Cristy, Selene e Aisha. - Ela apontou e apresentou sem uma ordem particular, então, eu continuava sem saber quem era quem.

Até os nomes eram de cobras.

— Na verdade, não me lembro. - Falei. - E nem estou tentando. - Terminei e as quatro olharam para mim como se não tivessem entendido o que eu disse, ou melhor, como se tivessem entendido, mas fingindo que não.

— Nossa, você realmente se tornou uma grande e bela moça. - A morena com um penteado um tanto quanto... inovador, falou.

— Ah... obrigada, Cristy...

— Selene...-. Ela corrigiu.

— Pois, isso. - Ficámos em um silêncio meio que constrangedor em alguns poucos segundos até a minha mãe se pronunciar.

— Scarlett, por que você não vai para o seu quarto enquanto eu fico com as...

— Ah, agora eu já tenho permissão para perambular pela casa? - Falei me virando para ela e andando em direção ao sofá vago a uma certa distância de onde elas estavam. — Não obrigada, estou me sentindo muito confortável aqui. - Me sentei e cruzei as minhas pernas. — Amigas da minha mãe são claramente amigas minhas também, então. - Entrelacei os meus dedos dramaticamente. — Sobre o que estávamos falando mesmo, queridas? - Perguntei a ninguém em especial.

— Ham... acredito que nada que possa chamar a sua atenção. - A ruiva sentada no meio falou com uma expressão confusa. — Mas já que está aqui Scarlett nos diga, como é a vida na Grécia? - Perguntou curiosa.

— Hã?

— Na Grécia, era lá aonde você esteve esses anos todos não era? - A que estava do lado da ruiva perguntou.

— Era? - Perguntei olhando para a minha querida...e adorada... mãe.

— Sim, você foi terminar a sua formação lá, era a informação que a gente tem. - A Cristy ou Selene falou e eu ri.

— Ah, então era isso que a minha família contava para todos? –

Perguntei com um ar meio presunçoso olhando para a minha mãe. — E eu achando que isso não podia ser mais engraçado. - Elas me olharam em dúvida. — Com tanto sitio foi logo na Grécia?

— Scarlett, você...tem a certeza que não quer descansar um pouco da viagem? - A minha mãe perguntou entre os dentes.

— Que viagem?

Eu estava adorando demasiado o ar aflito dela.

— Você acabou de chegar, não? - A ruiva voltou a perguntar.

— Não é como se isso fosse realmente algo do vosso interesse, mas não, já estou em Santa Mônica a mais de um mês... - Falei e um certo espanto preencheu o rosto das sanguessugas.

— Oh, mas...a Athelia nunca nos deu a conhecer. - A Selene? Ou era Cristy? Falou.

— Então eu claramente tenho que esclarecer algumas coisas. - Falei me divertindo bastante...

— Scarlett... - a minha mãe chamou.

— Eu não estive na Grécia, e nem desapareci durante esses seis anos por causa dos estudos.

— Scarlett.

— Eu fui expulsa dessa casa.

— Scar...

— Porque eu estava fodendo com o... Ah, qual o nome daquele garoto mesmo? - Perguntei olhando as expressões pasmas nos seus rostos. — Vocês sabem...aquele cara irritante, o filho daquele cara que não aceitou investir na empresa do meu pai...meu Deus, eu tranzei com um cara que eu nem sei o nome. – Falei rindo.

— Scarlett! - Ela pisou o pé firme no chão causando um certo eco. — Você pode...parar de contar essas suas histórias Inventadas...por favor? - Perguntou entre os dentes.

— Ah, são histórias inventadas, uma piada, certo? - Uma das víboras falou. - Nossa...- Ela riu. — Você quase nos apanhou Scarlett. - Riu novamente e as outras só acompanharam.

— Claro...claro. - Falei rindo com elas. — Eu estive na Grécia sim, o Hércules agora é a minha vadia, a gente vai se casar em breve, não vou esquecer de mandar os convites. — Falei e permanecemos em silêncio mais uma vez.

— Então... Scarlett... quantos anos você tem agora? - A morena do lado da ruiva perguntou e eu podia claramente notar o esforço.

— Vinte e Três.

— Ah, eu tenho uma filha da sua Idade. - Ela sorriu.

— Que diabos eu tenho haver com isso? – Murmurei

— Como? - Perguntou.

— Ah, ela disse que gostaria de conhecê-la. - A minha mãe mentiu descaradamente.

— Oh, não vejo uma altura melhor do que...

— Scarlett...Irmã? - Ouvi o Micah chamando, ele estava se aproximando de onde nós estávamos.

— Sim, Micah, estou aqui.

— Ah, ainda bem, eu jurei que estava ficando louco sabe...- Ele estava literalmente gritando. — Eu estava ouvindo umas vozes bem irritantes e realmente achei que estivesse acontecendo algo, mas aí...- Ele finalmente apareceu nos nossos campos de visão e nem hesitou em mostrar o desagrado ao ver o que eu havia visto a minutos atrás. — Ah, são vocês.

— Michaelis! Ah, nossa que supressa. - A Selene ou Cristy falou.

— Nem tanto, eu vivo aqui, sabe? - Ele falou passando a nossa mãe na porta e caminhando na minha direção, quando ele me alcançou, ele se sentou em um dos braços do sofá onde eu estava.

— É claro que a gente sabe...- Falou meio emocionada. — Mas sempre que a gente vem você nunca está em casa, a gente até acha você não gosta de nós... - Ela terminou com uma risada fraca e falsa.

— Vocês ainda acham? - Perguntou rude e eu comprimindo a risada, dei uma cotovelada nele que gemeu baixinho de dor.

— Ahm...Scarlett... - A Morena voltou a falar. — Como eu estava dizendo a minha filha de vinte três anos, ela se chama Lace, e ela vai se casar em breve, daqui a algumas semanas, e eu vim aqui exatamente trazer convites para a família toda, se você quiser...

— Para a família toda? - O Micah falou e olhou para a Dona Athelia.

— Nós somos obrigados a ir? – A nossa mãe olhou para ele como se ele estivesse fazendo uma birra ridícula ou estivesse manchando o nome da família.

— Bom, não é uma obrigação, mas por educação vocês...

— Não, eu não vou. - O Micah nem a deixou terminar que se limitou a inspirar fundo.

— Você tem a certeza Michaelis? - A morena voltou a perguntar esperançosa. — A Lilian estava realmente esperando que você fosse o seu par e...

— Deus me salve...- Ele bufou. — Só se eu não estivesse batendo bem da cabeça eu iria aceitar ser par daquela garota mimada.

— Michaelis! - A minha mãe repreendeu.

— Michaelis o que? - Ele olhou desafiador para minha mãe. — Eu avisei a você que não gosto daquela garota, bem como não gosto dessas suas amigas, e o primordial, eu a visei para não tentar me juntar com quem quer que seja da sua conveniência, você não decide quem eu devo e quem não devo gostar.

A gente fiou em silêncio durante uns breves segundos.

— Bom...então...parece, tenho um convite sobrando...Scarlett. - A morena voltou a falar... — Se ainda estiver interessada em conhecer a Lace...

— Não precisa Aisha, eu tenho a máxima certeza que a Scarlett não estaria interessada em...- A minha mãe começou, mas eu a interrompi.

— Na verdade, eu gostaria sim, de conhecer essa Lice..

.

— Lace. - Corrigiu sorrindo para mim, enquanto que a minha adorada mãe, só me olhava com ódio e desgosto explicito.

Ah, mas isso era só o começo...

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