Simplesmente Lasciva

By ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Cast

Capítulo 52

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By ChelsiaFaria

Theo

Alguns dias já tinham se passado depois daquilo, depois de a Scarlett ter me dito sobre aquilo. No momento, eu não tive como evitar, mas eu fiquei sem reação, eu não sabia se eu é que era ingénuo demais, ou se as pessoas a cada dia que passava perdiam mais o seu sentido de humanidade. Mas eu estava cogitando mais a segunda opção.

Não podia ser normal...não tinha como ser normal, a Scarlett saiu de casa quando tinha dezessete anos, só com uma mochila contendo alguns míseros documentos para que ela pudesse movimentar a sua conta poupança aonde ele colocava toda a quantia que ganhava em concursos, atividades entre outros. Ela só saiu com isso de lá, da casa dela, do meio da família dela porque a própria família quis assim por ela ter feito oque? Sexo? Eles eram oque? Deus? Pra julgar alguém por aquilo?

Ela ficou ausente durante seis anos, não são seis dias, nem seis semanas, nem mesmo seis meses, mas sim seis anos.seis longos e fodidos anos que ela andava por aí e essa tal dita família nunca mostrou nem um tipo de interesse, em tentar saber, em procurar, nunca moveram nenhum mísero dedo para saber dela e agora que ficaram sabendo que ela estava aqui estão convidando ela para um jantar de família como se nada tivesse acontecido? E nem vamos esquecer da conversa intensa que eles tiveram antes de jogarem ela na rua.

Aqueles caras, simplesmente...meu Deus...eu estava ansioso demais para conhecer aquela gente. E na verdade, já nem faltava muito, a gente estava na porta da casa dela esperando alguém abrir, ela sabia onde ficava a chave, mas optou por ser a convidada que eles queriam porque membro da família mesmo, ela já não era. A casa era um tanto quanto espantosa realmente, era incrivelmente grande, e eu ainda nem sequer tinha entrado, aquilo provavelmente só queria dizer que o pai da Scarlett era realmente um grande homem de negócios.

Eu estive acompanhando a Scarlett durante a semana até ao dia de hoje, e eu sabia que o Shay disse que ela provavelmente era muito boa representando e fingindo que estava tudo bem, mas eu acho que o assunto da família dela estava sabendo abalar aquilo nela. Durante a semana, ela estava mais quieta que o normal, constantemente perdida em pensamentos, as conversas com ela já não estavam tão entusiastas como antes, não é que ela tinha ficado depressiva ou alguma coisa assim, e eu realmente esperava que ela nunca ficasse por conta da família horrível dela, mas alguma coisa tinha de facto mudado.

O irmão dela também não apareceu lá em casa, ela disse que ele estava dando espaço a ela porque ela próprio tinha noção que não seria fácil para ela aceitar aparecer.

Sempre que eu tentasse perguntar alguma coisa, ela dizia que estava tudo bem, que não estava colocando nenhum tipo de esperança ou expectativa naquele jantar, mas eu honestamente, não tinha tanta certeza. Mas eu também não transpareci nenhum tipo de desagrado, estava tentando acreditar no que o Shay disse, que talvez eu fosse ser uma grande ajuda para ela.

Não estava conseguindo ler o rosto dela enquanto aguardávamos a porta ser aberta, ela estava simplesmente neutra, toquei a mão dela e a apertei, ela se virou para mim e sorriu a agarrando de volta e a gente se virou para a porta quando ela foi aberta.

— Scarlett querida, olha como você cresceu!

Uma senhora que eu podia jurar com certeza que era a mãe da Scarlett apareceu por trás da porta e deu um amplo sorriso, bem como abraçou a Scarlett que ainda, não demonstrava qualquer tipo de emoção.

Vendo que a Scarlett não respondeu, mudou o seu olhar de desinteresse lançado a Scarlett e se virou para mim. Não podia negar que ela apresentava um porte físico bem jovem, bem como o rosto, mas era também notório que ela já tinha uma certa idade.

— Você deve ser o amigo da minha fi... - A Scarlett fez um barulho estranho com a garganta e a senhora que eu desconhecia o nome tomou um leve sobressalto. — Scarlett... você deve ser o amigo da Scarlett... - Ela se inclinou para frente esticando a mão em cumprimento e eu, com educação, apertei.

— Sim senhora, o meu nome é Theodore Delahaye, mas pode me tratar por Theo senhora...- Hesitei no fim, porque eu ainda não sabia o nome dela.

— Athelia... Athelia Rose...- Ela deu um amplo sorriso para mim, eu sorri fraco de volta.

— Muito prazer, senhora Athelia. - Falei e ela meio que pareceu envergonhada.

— Ah, por favor, não precisa ser tão educado assim, pode chamar de Athelia... - Ela sorriu novamente para mim, mas agora, acariciando os meus dedos no aperto que nós ainda estávamos dando. Meio constrangido com aquela situação, eu rapidamente me soltei dela e me virei para a Scarlett que estava olhando para nós com uma expressão meio cínica no rosto, era um misto também de petulância e diversão.

— Estou vendo claramente que você não mudou nem um pouquinho... mãe. - A Scarlett falou a última palavra como se tivesse sido um grande sacrifício.

A senhora sorriu e jogou o cabelo no mesmo tom que dá Scarlett que estava no ombro para trás.

— Muito obrigada pelo elogio querida, digo o mesmo de você.

Eu não sabia bem o porquê, mas tinha a máxima certeza que aquilo não era um elogio, o que a Scarlett fez.

— Ah, aonde é que estão os meus modos? - Ela perguntou a si mesma como se tivesse se lembrado de algo importante. Afastando um pouquinho da porta, ela nos deu espaço para passagem. — Por favor, entrem e se acomodem, o jantar está quase pronto, os meus filhos ainda não chegaram também e o meu marido está quase terminando no escritório, já, já ele vem.

Ela dizia coisas como, "os meus filhos", "o meu marido", e nunca, "os seus irmãos", "o seu pai"., era como se a Scarlett nem fosse membro daquela família.

— Eu tenho máximo certeza que você ainda se lembra do caminho até a sala de jantar, não é? Scarlett? - Eu podia sentir um certo tom de superioridade na voz dela.

A Scarlett hesitou por um momento, mas logo voltou a postura normal.

— Ah, querida mãe, é claro que eu me lembro, eu só fui expulsa dessa casa, não perdi a memória nem nada. - Ela falou com um tom meio sarcástico e eu sinceramente, queria rir da expressão no rosto da mãe dela.

— Ainda bem. - Forçou um sorriso. - Por favor, leve o seu amigo lá, e aguardem. - Ela saiu dos nossos campos de visão sem mesmo esperar uma resposta.

Lá dentro, eu não podia ter ficado menos espantado, como achei por fora, a casa igualitariamente enorme por dentro também. Pelo caminho vi pelas estruturas, e algumas pinturas meio famosas, eu podia não ter a certeza, mas podia crer que eram imitações, mas que provavelmente foram feitas por pessoas bem importantes, feliz ou infelizmente não vi nenhum retrato de família ou até mesmo fotos, então ainda conseguia ter Idea de como seriam os rostos dos dois restantes irmãos da Scarlett e do pai dela.

Ela, andava com os braços por trás das costas e andava meio vidrada por todos os cantos e cômodos da casa, era como se ela estivesse vislumbrando pela primeira vez. Quando chegamos a tal dita sala de jantar ela era tão ou mais bela que os outros quantos cômodos pela qual nós passamos. A mesa era grande, mas apenas sete lugares estavam postos, exatamente a quantidade de pessoas que estaria sentada lá.

Nós nos sentamos e esperamos, ela estava querendo que eu me sentasse do outro lado da mesa, de frente a ele, mas eu, educadamente recusei e puxei um lugar bem junto dela. Ela achou que fosse só uma birra minha e desistiu na minha tentativa, mas eu não estava deixando-a sozinha naquele lugar por nenhum santo momento.

A gente aguardou durante provavelmente cinco minutos e depois ouvimos uma voz conhecida perguntando, não...não, ele estava literalmente gritando, tentando saber se a Scarlett já tinha chegado, e ao que parecia recebeu a maravilhosa resposta que sim, ele vem simplesmente correndo na nossa direção, se eu não segurasse a cadeira da Scarlett, ele teria definitivamente derrubado.

Não era difícil admitir, mas eu estava adorando demasiado o entusiasmo daquele cara quando se tratava da Scarlett.

— Você veio! - Falou saltitante antes de se agachar e com alguma dificuldade abraçar a Scarlett.

— Se eu não viesse eu tenha a máxima certeza que você começaria a aparecer nos meus sonhos para me atormentar. - Ele riu e se virou para mim dando um leve aperto na minha mão.

— É bom ver você aqui também Theo. - Falou sorrindo genuinamente para mim antes de puxar a cadeira de frente a Scarlett e se sentar.

Eu não conhecia de facto os membros da família da Scarlett, mas o Micah, era simplesmente o melhor, eu não senti nenhum tipo de animosidade de parte dele quando o conheci como quando a minutos atrás conheci a mãe da Scarlett.

— Como está sendo para você estar aqui novamente? - Perguntou adotando uma postura séria.

Eu tinha a máxima certeza que se eu não estivesse aqui e família deles tentasse atacar a Scarlett de alguma maneira, o Micah seria capaz de defender a Scar com unhas e dentes.

— Você está perguntando como se eu estivesse fazendo um grande sacrifico para estar aqui. - Falou dando um sorriso de canto. — Não precisa se preocupar comigo Micah, eu estou bem. - Ele pareceu meio cético, mas recostou no assento e aquiesceu.

— Se a qualquer momento se sentir ofendida por alguém irmã, não hesite em partir. - Falou segundos depois e ela aquiesceu.

Alguns segundos depois aguardando, o Micah estava nos contando histórias engraçadas de coisas que aconteceram com ele durante esses anos e eu não podia negar, estavam tirando risadas agradáveis de mim e da Scarlett, mas rapidamente ele cessou quando a gente ouviu passos e duas vozes graves. Uma bem mais grave que a outra divagando sobre algum assunto que eu não estava realmente prestando a atenção para entender.

— Oh, e não é que quem é vivo sempre aparece? - O dono da voz mais aguda apareceu primeiro diante de nós e a seguir o outro cara, eles eram claramente os dois irmãos da Scarlett, foi notório por conta da boa aparecia facial e dos traços, eles eram de facto todos muito bem aparentados, mas vendo os quatro agora, eu podia dizer com certeza que a Scarlett era a mais sortuda no que contasse a beleza. Se tivesse que classificar os rapazes, o Micah era também um homem deveras atraente, e mais atraente dentre os três, eu era de facto homem, sabia sim, mas aquele cara, só podia ter sido esculpido. Mesmo quando o vi pela primeira vez, maior parte do choque era pela beleza óbvia.

Ele se sentou perto do Micah do lado esquerdo ficando também de frente a Scarlett, enquanto o outro, estava do lado direito, de frente a mim.

— Boa noite. - O cara de frente a mim cumprimentou e eu saudei ele de volta, ele olhou para a Scarlett e na verdade pareceu mesmo que ele não tinha nada para falar, ou simplesmente tinha esquecido como se falava. — Scarlett. - Ele abanou levemente a cabeça e ela só se limitou a erguer uma sobrancelha.

— Você não tinha dito que a gente iria se ver no inferno? – O que parecia ser o mais velho voltou a perguntar. — Nunca imaginei que quando estava falando de inferno estava se referindo a sua própria casa.

— Comparado com essa casa. - Ela falou calmamente. — O inferno é um mar de rosas. - O Irmão dela fez uma expressão de desgosto e olhou para mim, se dando conta que tinha mais um ser vivo naquela mesa, além deles.

— Ele é oque? A sua nova presa? - Ele estava olhando para mim, mas a pergunta foi dirigida a Scarlett que não respondeu, vendo o silêncio dela ele decidiu me testar também. — Você tem noção da pessoa com quem está andando? Eu, se fosse você teria muito cuidado...- Ele se inclinou para frente como se fosse conta um segredo muito importante. — Ela é uma ninfomaníaca.

Aquilo, claramente me desestabilizou, mas pela Scarlett, eu me controlei.

— Vai atormentar até alguém que você não conhece? - A Scarlett foi mais rápida do que eu. — Seis anos se passaram e você não deixou de ser desagradável. - Falou. — É aquilo que dizem não é, pau que nasce torto...- hesitou um pouco. — Morre torto.

Ele se limitou a esboçar a sua maior cara de desgosto e o outro que até então estava meio silencioso falou.

— Bom, como ainda não fomos mesmo apresentados, acho que surge aqui a necessidade para isso. - Falou com um ar meio sério ou forçado. — Eu sou o Saiden, visto que estavam conversando antes de a gente chegar é bem provável que já conheça o Michaelis, e esse aqui. - Apontou o cara com a expressão desinteressada. — É o Ovie. Nós somos os irmãos da Scarlett.

— Eu sou o Theodore. - Falei.

Ele se limitou a aquiescer e permaneceu em silêncio, em comparação ao mais velho, o Ovie, o Saiden até que não estava falando muito.

— E então...- O Ovie começou apoiando os cotovelos na mesa e entrelaçando os dedos. — Não vai nos contar quantas presas conseguiu durante esses seis anos.

— Ovie...- O Micah começou em tom de ameaça.

— O que foi? - Forçou uma gargalhada. — Ah por favor Michaelis, vai dizer que não está curioso para saber também? - O Micah não respondeu. — Sabe...- Ele se inclinou ligeiramente para o lado, tocando o ombro do Micah. — O Saiden e eu fizemos até uma aposta, quer tentar também? - O Micah levantou abruptamente e bateu na mesa com tanta força, que aquilo fez até um eco.

— Ovie...- Começou. — Se você não for agir como o irmão mais velho que a nossa irmã nunca teve, acho melhor você ir embora.

— Ah...- Ele se levantou com uma expressão bem petulante no rosto. — Se não o que?

— Eu juro por tudo que é mais sagrado...- O Micah falou olhando profundamente nos olhos dele. — Que eu vou partir você em bocadinhos.

Quando achei que eles podiam chegar mais longe do que aquilo, uma voz ainda mais grave se ouviu.

— Já não há nem mesmo respeito para com a ausência do vosso pai? Bom, isso me deixa triste, eu sei que não eduquei vocês assim.

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