Simplesmente Lasciva

By ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 46

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By ChelsiaFaria

Scarlett

Eu ri internamente por ter conseguido, não imaginei que fosse ser algo tão simples. Mas fiz os máximos dos possíveis para não transparecer absolutamente nada. Embora tecnicamente ao me submeter a ele, eu estava tecnicamente dizendo a ele que queria que ele me dominasse. Literalmente, eu só implantei a minha ideia na cabeça dele, embora ele realmente já estivesse cogitando.

Explicando isso, Jack Brehm criou a psicologia reversa, ela é um jogo de paradoxos, quando um indivíduo que deseja conquistar algo de alguém, fala e age de modo contrário as suas intenções, confundindo a "pessoa-alvo" e levando-a a fazer exatamente aquilo que o persuasor deseja. Oque eu fiz não foi exatamente isso, mas também é uma forma, não foram necessárias palavras contraditórias para que o Theo fizesse o que eu queria que ele fizesse, foi só agir assim, mostrando a ele a minha submissão, eu estou dando a ele o poder de me dominar, mas não deixo de estar no controle.

O Theo tinha uma capacidade de raciocínio bem rápido, era só uma questão de tempo a ele se aperceber o que eu fiz, se...é que já não o tinha notado.

— Claro...como desejar. - Falei por fim. — Quer que eu faça alguma coisa? - Falei e ele sorriu presunçosamente, deu um passo na minha direção e se agachou deixando os nossos rostos no mesmo nível, ele semicerrou os olhos e mordeu o lábio inferior.

— Primeiro. - Começou. — Que você não volte a usar psicologia reversa em mim. - Ele sussurrou.

Ah, claro que ele notou.

— Como é que você pode achar que está no controle? - Perguntou franzindo o cenho, mas a expressão presunçosa continuava lá. — Não consegue ver o que fez, não é?

Eu olhei para ele de maneira desafiadora.

— Se eu já previ que você ia descobrir de tudo, tem a certeza que isso não me deixa no controle?

— Deixa? - Perguntou e eu podia claramente sentir o sarcasmo e eu dei de ombros.

— Se você quiser acreditar que não, isso só vai provar o quão certa eu estou. - Falei e ele olhou para mim como se eu fosse de facto o demônio reencarnado.

— Qual a finalidade de você se submeter a mim se não quer abdicar do poder?

Eu sorri.

— É simplesmente prazeroso.

Ele riu e revirou os olhos abanando a cabeça.

— Está me dizendo que você tem noção de tudo que vai acontecer aqui?

Aquiesci.

— E o facto de você ter noção deixa você no controle das coisas?

— Tecnicamente... - dei de ombros. — Conhecimento é poder.

—Tenho a máxima certeza que Francis Bacon não estava se referindo a esse tipo de conhecimento quando disse essa frase. - Falou mostrando um pouquinho de impaciência e eu não podia negar, eu estava me divertindo com aquilo.

— Como quiser.

— Me diga...- Ele começou. — O que você supõe que vai acontecer, visto que já sabe?

Sorri avidamente.

— Você vai fazer de tudo para provar que estou errada e que é você quem está no controle de tudo, vai começar me castigando com algum tipo de punição até eu literalmente implorar para que você pare, acredito que nessa sua tentativa de castigo vai também me provocar e fazer com que eu necessite intensamente de você dentro de mim, como se o seu pau fosse o motivo de eu continuar respirando. - Falei rapidamente. — Depois de conseguir alimentar todo o seu ego de volta, vai me comer da maneira mais porca...dura...bruta...e gostosa que você conhece, terminando como o dominador da história toda. - Terminei com um sorriso amplo no rosto e ele suspirou com os dentes expostos, eu não sabia de dizer se cheguei a dizer taxativamente os seus passos ou longe daquilo.

— Isso é que você prevê que acontecera?

— Sim.

— Entre essas quatro paredes?

— Sim.

Ficamos durante alguns segundos em silêncio e depois de provavelmente dez, ele se levantou.

— Lamento dizer que está errada. - Ele pegou o meu vestido e colocou nos meus ombros. - Vista-se, a gente está indo passear.

Passear?

Eu não fazia a mínima ideia do que podia acontecer naquele momento.

Se o objetivo dele era me deixar desnorteada, ele simplesmente conseguiu, ele estava guiando para só Deus sabe onde com um sorriso bem irritante no rosto. Como ele pediu, eu voltei a me vestir, mas ele disse que eu tinha que tirar a calcinha, e sendo que ainda estávamos dentro das vinte e quatro horas que eu dei a ele para me dominar, eu, como uma submissa obediente, a tirei. Estava andando sem uma calcinha, não era de todo desconfortável, mas sim inquietante por eu não ter noção de qual era a ideia dele.

— Você não vai me dizer o que está tentando fazer? - Ele, sem tirar os olhos da estrada, ergueu uma sobrancelha.

— Oh? Eu achei que você já soubesse, está no controle não? - Eu senti claramente a provocação, revirando os olhos me limitei a permanecer em silêncio.

Quando o carro finalmente parou, eu não podia ter ficado mais confusa, a gente estava nada mais do que perto de uma bomba de gasolina, eu me virei para ele e o sorriso irritante ainda estava lá.

— Chegamos! - Falou.

— Isso, eu notei.

— Ainda bem...- começou. — Agora vá lá dentro, peça pelo maior pepino que ele tiver, se não tiver pepino que seja uma cenoura ou uma berinjela e uma garrafa de lubrificante, seja boazinha e se insinue para ele enquanto estiver fazendo a compra.

Eu olhei para ele com os olhos semicerrados quando ele terminou e ficou olhando para mim com expectativa.

— O que está esperando? - Perguntou.

— Você tem que estar brincando comigo.

— Não "Você". - Corrigiu. — Seu dono. - Ele puxou o meu queixo para perto. — Você me pertence durante vinte e quatro horas, não é? Faça o que eu estou mandando e a gente não vai ter qualquer tipo de problema.

Eu inspirei fundo e passei a minha língua pelo lábio.

— Mestre?

— Melhor. - Ele sorriu.

— O mestre tem que estar brincando comigo. - Repeti.

E ele tinha mesmo que estar, só nos sonhos se ele achava que eu ia fazer aquilo, a loja estava cheia.

Sem responder, ele adotou um ar sério, colocou a mão no seu bolso traseiro e a uma rápida velocidade a tirou e a colocou no meio das minhas pernas. Fiquei tão atordoada que nem tive tempo de reagir, eu achei que ele fosse me masturbar por eu não estar usando nada, mas pelo contrário, ele enfiou alguma coisa no meu ânus e eu meio que me contorci. Ele se afastou e eu olhei para ele em dúvida. Ainda com o sorriso irritante, no segundo instante eu estava sentindo o meu ânus quente, e estremecendo, uma sensação prazerosa estava percorrendo o meu corpo e vinha de lá.

Sem nem mesmo controlar um gemido rouco saiu da minha boca, vendo o meu estado de êxtase ele levantou a mão direita aonde eu vi uma coisa pequena, feito um controle remoto e logo aquela sensação parou.

— Coloquei um plug anal em você, se não fizer o que estou mandando, você vai gozar vezes e vezes sem conta até o seu corpo desidratar. - Ele falou sorrindo voltando a ligar o brinquedinho. — Tem a certeza que não vai me obedecer agora...Scarlett? – Falou o meu nome lentamente, como se o estivesse saboreando, com um olhar lascivo.

Oh, filho... da... mãe.

E ele, não estava brincando. Tentei resistir, mas foi inútil, aquela coisa estava simplesmente cravada dentro de mim, eu estava literalmente andando com as pernas apertadas temendo que aquilo fosse cair.

Quando entrei na loja felizmente só tinha uma pessoa que parecia estar indecisa sobre o que comprar, eu, sem temer alguma coisa e com o objetivo de provocar ainda mais o Theo que colocou o seu celular no meu bolso enquanto ele estava em ligação comigo que deixei o meu celular com ele, com o objetivo de ele ouvir o que eu estaria faltando.

Eu não podia ouvir o que ele estava falando, mas se eu me virasse, pelos vidros eu poderia ver a sua expressão no carro.

— Boa noite. - Falei assim que alcancei o senhor com os olhos e uma expressão totalmente cansada, ele não parecia estar com nem um pouquinho de vontade de estar lá atendendo.

— Sim. - Se limitou a responder.

— O senhor poderia me dizer....

— Se você não está interessado em comprar nada, dê meia volta e saia da minha loja! - Ele falou me interrompendo e olhando por cima do meu ombro, eu me virei e vi o moço indeciso sobre o que escolher, ele com um olhar irritado, pegou em um item qualquer e se posicionou por trás de mim, fazendo assim uma pequena fila.

Ele voltou a se virar para mim com impaciência explícita.

— Você vai querer o que? – Perguntou no mesmo tom.

— Educação talvez. - Murmurei e no segundo seguinte aquela coisa no meu ânus foi ativada, eu, sendo apanhada de surpresa estremeci, mas consegui conter o gemido.

— O que? - Perguntou com uma expressão confusa.

— Vocês vão ficar nisso até quando? - O moço por trás de mim reclamou e eu revirei os olhos.

Aquilo claramente não melhorava a minha situação, me aproximei ainda mais do balcão da loja e me inclinei para ele como se fosse sussurrar algo de grande importância, ele, sem entender, provavelmente um movimento instintivo, também se inclinou.

— É que...- Comecei engolindo em seco. — O meu namorado...- Pensei por um pouco. — O meu namorado viajou...e foi completamente sem me avisar, só que...isso não é realmente um problema, mas...- Eu olhei para ele. — Eu sou viciada em sexo...- O senhor já olhou para mim com uma expressão estranha, mas eu ainda assim continuei. — E bom, sabe, normalmente, é ele quem me satisfaz. - Tendo noção que o Theo estava ouvindo eu decidi apimentar. — Ele não é realmente bom no que faz né, na verdade nem é bom... - Sussurrei ainda mais baixo. — Mas eu preciso fingir que é para não ferir o seu ego.

Eu não sabia como, ou se ele tinha super audição, mas ele conseguiu ouvir e voltou a acionar a coisa.

— A senhorita está se sentindo bem? - O Senhor que provavelmente pela minha história comovente e interessante mudou de postura, perguntou com uma expressão preocupada.

— Sim...sim...- Continuei. — Eu só...estou me sentindo meio solitário hoje em especial, só preciso saber se o senhor pode me fornecer...o maior pepino que tiver e... - Eu ainda nem tinha terminado de falar e a expressão no rosto dele já era de susto. — E... uma garrafa de lubrificante.

O moço por trás de mim assoviou.

— Se estiver realmente necessitada, eu estou livre agora. - Falou dando um passo na minha direção e eu me virei para ele.

Parece, que infelizmente eu teria que interromper o divertimento do Theo.

— Não me lembro de ter falado com você. - Ele sorriu.

— E nem foi mesmo necessário, mas você não precisa se preocupar, a gente só precisa juntar o útil ao agradável, não precisa ficar tímida agora.

— Não sei o que você está tentando fazer, mas não estou gostando o seu tom, se não vai comprar nada, por favor saia da minha loja! - O senhor a quem eu estava dando as costas falou para o moço de quem eu desconhecia o nome de frente a mim e o moço deu um sorriso nojento.

— Ah, vai negar que ficou tão interessado na conversa dela que nem eu? - Perguntou. — Acredito que se eu não estivesse aqui, você até já teria se oferecido.

— Eu não volto a avisar você. - O senhor falou em um tom mais rígido.

— Tudo bem...tudo bem...eu vou...- Ele, em um rápido movimento, pegou o meu braço e o apertou. — Mas ela vem comigo!

Logo eu? Naquela situação?

Enquanto eu cogitava sobre que posição adotar para que eu me soltasse do aperto dele sem o machucar de maneira muito intensa ouvi a porta da loja ser aberta e me virei para lá.

— Você simplesmente acaba de estragar o meu aniversário. - O Theo falou sem desviar o olhar do rosto do cara que no momento largou o meu braço, mas me puxou para perto.

Eu podia facilmente sair daquela situação, mas a interrupção do Theo foi um tanto quanto curiosa, eu queria ver mais.

— E você é oque?

— Bom, durante vinte e quatro horas, eu sou o dono dessa garota bonita de quem você está tentando se aproveitar. - Falou calmamente.

— Dono? - O moço perguntou com uma expressão confusa.

— Sim, e eu não vou negar...- Ele deu um passo na nossa direção. — Eu não gostei de ver você tocando no que me pertence.

Eu ri internamente.

— Não sei quem você é... - Ele apertou o meu braço de volta. — Mas você não vai ficar com ela, eu a achei primeiro.

— Você tocou de novo. - O Theo falou dando mais um passo. — Eu estou mil vezes mais irritado do que eu estou transparecendo nesse momento sabe.

Eu não podia negar aquele facto, aquele Theo estava me deixando excitada.

— Ficaria ainda mais irritado se soubesse o que eu estou pensando em fazer assim que passarmos por aquela porta. - Eu me virei para ele e olhei para ele com desgosto.

— Eu preferia mil vezes tranzar com esse senhor...- Apontei o senhor por trás do balcão com uma expressão confusa. — Do que com você. - Ele me soltou.

— Você estava literalmente tentando fazer isso, mas não se preocupe, que eu estou te salvando de cometer o pior erro da sua vida, agora...- Ele se virou para o Theo. — Cale a boca e me deixe resolver.

Ele me mandou calar?

— Se você a tocar só mais uma vez.... – O Theo falou calmamente.

— O que você vai fazer? Vai...

Ele nem terminou de falar que no segundo instante estava inconsciente no chão, o senhor, dono da loja, havia saído sorrateiramente de trás do balcão segurando uma marreta e com um toque forte, o remou contra as costas dele.

— Eu disse que não ia avisar de novo. - O senhor falou olhando o cara desfalecido no chão.

O término da nossa noite, não podia ter sido mais inesperado para mim. Não tinha como negar que ele realmente virou o jogo por completo.

Eu previa que ele fosse descontar a raiva por não ter o controle total sobre mim, fazendo sexo comigo. Não um sexo baunilha, um fora do normal. Até porque já me ocorrerá que quando eu o levei ao Club BDSM do Omar e fiz aquelas coisas com ele, honestamente achei que poderia passar pela cabeça dele a necessidade e vontade de também passar pela mesma situação, mas com os papéis invertidos, ele como Dom e eu como submissa.

Foi exatamente por esse facto que eu pensei em me submeter quando a Ozy propôs aquela ideia, mas a mente do Theo funcionava de uma maneira completamente contraditória.

Quando saímos da loja, sem o pepino ou o lubrificante porque o cara desmaiado simplesmente estragou os planos do Theo, a gente não voltou para casa, a outra casa no caso. Ele insistiu em ativar aquela coisinha enquanto comprávamos comida em um fast-food, não estava realmente cheio, mas eu tinha a máxima certeza que boa parte dos atendentes notou.

E por fim, a nossa noite, ou melhor, madrugada, já eram duas da manhã, quando chegamos na praia, ficamos lá sentados só olhando o luar.

— Você ganhou. - Falei tirando a minha cabeça do ombro dele.

— Hã?

— Você ganhou. - Repeti, mas ainda assim a expressão confusa não saia do rosto dele. Então eu senti a necessidade de explicar. — Você simplesmente mostrou que eu não estava no controle, tudo que aconteceu aqui estava completamente fora do meu alcance de raciocínio.

Vi a expressão no seu rosto suavizar.

— Talvez você realmente estivesse certa. - Falou desviando o olhar do meu, o direcionando para a lua. — Não posso negar que essa ideia me passou pela cabeça, na realidade estava pensando em sequestrar você durante o dia inteiro do meu aniversário e só ficar tranzando com você até a gente não aguentar mais.

Eu sorri por saber que não estava de todo errada.

— E foi até por isso que eu comprei esse plug anal que coloquei em você.

— Você tinha tudo bem arquitetado. - Falei e ele riu aquiescendo.

— E como. - Falou sorrindo e voltou o seu olhar para mim. — Mas passar literalmente a minha festa surpresa sem você lá presente só me fez pensar no quanto a sua presença realmente importa para mim, e mais, nós estamos vivendo feito animais no cio. Querendo ou não, eu já tinha você da mesma maneira que você me tem.

Eu vi que aquilo estava fica vez mais profundo.

— Quando eu notei que você estava usando psicologia reversa em mim, eu só queria fazer alguma coisa para provocar a sua inteligência, tendo em conta que você tinha basicamente noção de tudo que ia acontecer. Antes de encontrarmos a bomba de gasolina eu estava indo o caminho todo pensando sobre o que fazer, e quando a ação toda começou a acontecer...- ele colocou os dois braços para trás e deixou o peso dos seus ombros caírem neles apoiados na área, inclinando a cabeça para o lado, com o queixo, ele olhou para mim com um sorriso maroto. — Eu estava me divertindo de mais com aquilo, sem esquecer aconteceu no fast food.

— Você estava me fazendo gozar lá! - Falei acusadora.

— E nem nego. - Levantou os braços para o alto rapidamente, com as mãos abertas, em sinal de rendição. — Mas não consigo evitar o facto de que, eu me diverti mais com você em comparação a festa surpresa que foi organizada para mim. - Falou sério. — E até certo ponto não sei se deveria ficar triste por isso, eles realmente se esforçaram.

Eu vi a expressão pensativa e triste que ele estava tentando adotar e senti a necessidade mudar aquilo.

— Você não pode se martirizar por ser humano sabe? - Ele olhou para mim em dúvida. — Não somos capazes de controlar a maneira como nos sentimos perante a diferenciados tipos de fenômenos e situações. É normal não ter se sentido bem naquela festa, é normal você se sentir melhor comigo aqui. - Dei de ombros e sorri. — Só mostra o quão bem você se sente quando está comigo e como...- Eu hesitei por um momento e notei o peso daquelas palavras que sairiam da minha boca naquele momento. — Eu realmente faço diferença na sua vida. - Ele riu amplamente.

— Você fala isso como se fosse uma novidade para você.

Eu sorri de canto.

— Você também é muito importante para mim. - Falei do nada, ainda estava atordoada por ter aquela percepção, mas o que eu falei era nada mais do que genuíno. - Ele tocou a minha mão cheia de areia e desviando o olhar do meu a limpou com a mão esquerda e quando estava completamente limpa, a apertou com a sua mão direita. Ele voltou a levantar o seu olhar aos meus olhos e sorriu.

Ficamos assim durante um tempo só olhando a lua, até ele fazer uma pergunta peculiar.

— Você realmente não pensa em entrar em um relacionamento em algum momento da sua vida? - Eu olhei para ele sem algo para responder, ele me pegou completamente desprevenida.

Era uma coisa sobre o qual eu honestamente não tinha certeza, acima de todas as coisas, eu também um era um ser humano e haviam coisas que eu não compreendia, não entendia, mas sentia, e ter noção de que já o tinha magoado uma vez, me fazia ser bem cautelosa com qualquer que fosse a resposta que eu ia dar.

— Porquê a pergunta? - Ele inspirou fundo e logo aspirou.

— Só acho...que o cara que ficasse com você...seria um sortudo.

Eu senti aquilo aquelas palavras profundamente. Mas não havia nada que eu pudesse fazer além de tentar amenizar.

— E eu não seria uma sortuda? - Perguntei segundos de silêncio depois.

— Hã?

— Você disse que ele seria um sortudo, me pergunto se eu também não seria uma sortuda por o ter. - Ele olhou para mim pensativo durante um tempo e depois de alguns segundos fez uma cara feia e negou com a cabeça. — Como assim? - Perguntei chocada e ele riu.

— Você se sentindo sortuda por ter um cara? No mínimo ele tinha que ser um Deus ou assim. - Ele riu.

— Você não acredita que eu possa amar alguém algum dia? - Perguntei ainda mais chocada.

— Acreditar, eu acredito...só...não sei se essa pessoa existe.

Novamente, eu senti aquilo.

— Mas enquanto ele não aparece, eu serei...- Ele tocou o peito e levantou a mão direita como se estivesse fazendo um juramento. — O seu parceiro do crime, o seu Claude.

Eu imitei o seu movimento.

— E eu, a sua parceira do crime, sua Bonnie.

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