Simplesmente Lasciva

By ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 45

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By ChelsiaFaria

Theo

— Porra! - Eu gritei sem mesmo me importar se o segurança nos vigiando ia ralhar conosco ou não.

— Sabe, já é a terceira vez que você faz isso, e embora eu saiba que você é bem inteligente, eu preciso dizer que isso não vai fazer a gente sair daqui mais rápido.

Eu acho que estava passando por um frenesi naquele momento, e o culpado daquilo tudo era o Shay, era a droga do meu aniversário e ele me obrigou a passar ele fazendo trabalho comunitário com o Avien. Parecia que o policial que era amigo do tio do Ayal obrigou os dois a fazerem trabalho comunitário depois de alguns dias, ele estava claramente só gozando com eles, mas os obrigou.

E exatamente hoje que ia começar, o senhor foi lá em casa bem cedo procurando o Avien e o Ayal, infelizmente para mim, o Ayal não estava em nenhuma santa parte daquela enorme casa, e o imbecil do Shay propôs eu ir no lugar dele para que o Avien não tivesse que lidar com as consequências. O senhor meio relutante aceitou e nem mesmo ligou o facto de eu estar gritando com o Shay e dizendo que não iria. O Policial só me olhou com impaciência e disse que se eu não saísse daquela casa em dois minutos, eu passaria o resto das minhas férias lá, por desacato a autoridade. Com um monte de raiva do Shay e sem poder fugir eu subi no carro com o Avien e cá estamos nós, já tinham se passado três horas e aquela merda simplesmente não acabava.

— Como diabos as pessoas conseguem jogar lixo na praia e nem se importar? - Perguntei irritado.

— Sabe...- o Avien olhou para mim com pesar. — Porque a gente não descansa um pouco? - Ele nem mesmo esperou por uma resposta que já deixou as luvas, os sacos e a pá, e logo se sentando no chão, não foi bem sentar, na verdade, ele deitou no chão.

Vendo uma brecha e de facto estar gostando daquilo, eu também me sentei no chão perto dele.

— Droga. - Murmurei.

— A gente vai acabar em breve, não se preocupe. - Ele tentou amenizar a situação.

— Não vamos não.

— Pois, não vamos mesmo. - Ele suspirou derrotado. — Eu só não acredito que o Shay mandou você trabalhar sabendo que é o seu aniversário.

— Pois. - Falei sem vontade.

— Talvez ele se esqueceu.

— É claro que não, ele está tentando mesmo gozar comigo. - Falei, e nem era mentira, embora fosse adulto e alguns meses mais velho de mim, o Shay ainda tinha alguns comportamentos bem infantis, e me mandar para trabalhar na conta do amigo sem nem me preguntar, só confirmava o que eu estava dizendo.

E para piorar tinha que ser no meu aniversário na droga do meu aniversário. Eu tinha pensado em tantas coisas tão religiosamente erradas que eu podia fazer com a Scarlett, eu tinha acordado cedo exatamente por esse motivo.

Tinha até tudo pensado, eu acordei por volta das seis da manhã enquanto todos ainda estavam dormindo, pelo menos eu supus que todos estivessem dormindo, estava só preparando uma muda de roupa e logo depois eu literalmente ia sequestrar ela, a gente ia para um lugar qualquer aonde pudéssemos estar sozinhos, sem ninguém por perto, onde eu pudesse fazer tudo que me desse na telha, desde ao fazer ela se submeter a mim a deixar ela rouca de tanto gritar o meu nome. E não se tratava realmente só de tranza, essas semanas que passamos juntos, eu não podia falar com tanta certeza, mas estava sentindo que alguma intensa estava se criando entre ela e eu. E eu só...eu sei que prometi a mim mesmo que já não colocaria sentimentos nessa coisa toda, mas eu só...queria que no meu aniversário, a gente fortalecesse isso, isso que eu não podia dar um nome porque nem eu sabia.

Droga! Eu sabia que estava sendo imprudente, e nem mesmo acreditava que ela pudesse se deixar submeter com tanta facilidade, a Scarlett tinha uma postura bem dominante. Mas eu sabia, que se eu tivesse o tempo necessário, eu conseguiria fazer ela ceder, mas agora...agora era simplesmente inútil. Aquele policial idiota só deu seis horas para que terminássemos de limpar a praia, já tinham se passado três horas e nós nem estávamos na metade, o lixo não estava exatamente na água, mas sim na areia, e era um monte.

— Não sei, mas eu acho que ao contrário do Shay, você já tinha o seu aniversário muito bem planejado na sua cabeça. - O Avien falou me chamando a atenção para ele.

— Bom, agora já não importa, não é? - Falei tentando controlar a minha raiva, ele não era culpado de nada.

— Você não precisa se preocupar, hoje é sexta feira e já está quase escurecendo, acredito que a gente só demorando tanto por conta dessa gente toda aqui, daqui pouquinho eles vão embora.

Eu só aquiesci sem realmente acreditar muito naquilo, mas ele não estava errado, depois de todos partirem, só foram necessárias mais duas horas e nós já tínhamos terminado, aquilo realmente levou basicamente mais do que metade do meu dia, mas não podia negar que foi satisfatório ver a praia tão limpa e impecável.

Quando estávamos voltando para a esquadra, o Avien e eu fomos conversando, maximamente sobre assuntos relacionados ao Shay e todas as idiotices que ele já fez, e aquilo até que estava arrancando gargalhadas audíveis de mim. O Avien era de facto um bom cara, todos na verdade, eu não tinha muitos amigos, tirando o Shay, eu não tinha literalmente mais amigos, cresci basicamente isolado de tudo e todos depois que o Shay se mudou, não posso dizer que foi uma das melhores épocas da minha vida, mas me ajudou a crescer bastante, as pessoas demonstravam carinho e admiração para comigo, mas eu realmente nunca me vi interessado em saltar da fase do " Olá" eu honestamente achei que nunca teria amigos, ou interesse a sério sobre alguém. Mas tudo isso foi, antes de eu ouvir falar no nome Scarlett Rose.

Então, aquela era de facto uma experiência maravilhosa para mim, fazer parte de um grupo tão simpático como aquele, o Shay era deveras um cara sortudo.

A maior pena naquilo tudo fosse talvez que uma das amigas dele tem uma paixão por ele. Eu realmente não tinha comentado com a Scarlett, mas eu tinha a máxima certeza que ela já sabia. Só não me vi no direito de contar ao Shay porque não era algo que cabia a mim. Embora, foi realmente uma coisa bem fácil de notar para mim, ela estava na mesma situação que eu. Sentimentos não correspondidos, vivíamos basicamente do fingimento.

É aquela frase. "Só um mentiroso para reconhecer o outro." Talvez se nós a mudássemos para a nossa situação. "Só um coração se quebrando aos poucos para reconhecer o outro."

Quando na esquadra, o policial agradeceu a minha ajuda em especial e me parabenizou. Não entendi como ele sabia daquilo, perguntei ao Avien e ele simplesmente fingiu demência. Quando chegamos em casa, foi exatamente naquele momento que eu me apercebi que não passava tudo de uma manobra de distração.

Eles saíram dos cômodos da casa gritando " Surpresa" para mim e eu fiquei realmente emocionado. Eu me virei para o Avien que só sorriu para mim e me abraçou, me desejando muitos anos mais de vida. Eu subi rapidamente até ao meu quarto e tomei um banho, tirando toda aquela impureza do meu corpo, mas a minha festa surpresa continuava lá em baixo.

Quando eu terminei me olhei no espelho por um momento. Estava nada mais do que casual, notei que talvez eu precisasse ir no barbeiro em breve porque o meu cabelo estava quase tapando os meus olhos, ele estava meio humedecido então não ia incomodar tanto assim.

Quando desci me dei conta que a Scarlett não estava em casa, e honestamente achei aquilo muito estranho. Ela dificilmente saia de casa, sempre que os outros saiam ela preferia ficar comigo ou com quem estivesse em casa. Eu sabia que ela conhecia a cidade, mas também já tinha notado que ela mostrava um certo desinteresse quando se tratasse de explorar. Era estranho o facto de ela decidir sair somente naquela noite, ela não sabia que era o meu aniversário, ou será que sabia?

Uma hora e meia da maravilha que aqueles caras organizaram que era a minha festa surpresa tinha se passado e a Scarlett simplesmente não aparecia, não podia negar que estava começando a ficar preocupado, liguei e o celular dela simplesmente nem chamava.

Depois do jantar ter terminado eles estavam espalhados pela casa, dançando uma seleção que o Ayal havia colocado, enquanto que o Shay conversava sorridente com a Benny, e pelo sorriso brilhante que ele estava dando, era bem obvio que ele já não tão sóbrio.

— Ahh, e se não é o aniversariante gostosão. - Ele falou quando eu cheguei perto deles.

— Eu preciso saber uma coisa. - Falei me sentando quando a Benny se levantou dizendo que ia buscar mais bebida, perguntou se eu queria, mas eu educadamente neguei.

— Senta aqui princesa...- ele bateu no assento ao lado dele sorrindo de maneira maliciosa e eu olhei para ele com uma sobrancelha erguida, ele simplesmente riu. — No que eu posso ajudar?

— Você viu a Scarlett hoje? - Perguntei e ele olhou para mim com uma expressão bem vidrada.

— Cara...- Ele falou piscando lentamente. — Você é quente. - Eu revirei os olhos.

— Shay...- comecei com impaciência.

— Não sério, você ficou bem gostoso, se eu fosse uma garota, eu dava para você todos os santos Dias. - Eu suspirei. — Deixava você me comer de todas maneiras mais porcas que existem. - Eu toquei a minha cabeça derrotado quando a Benny voltou com a Ozy e as bebidas. —Benny vem cá, olha para o Theo, se você fosse uma garota você não daria para ele?

— Ela é uma garota. - A Ozy falou rindo, e deu para notar, que ela também já não estava tão séria.

— Ah, sim...- O Shay sorriu como a percepção sobre aquilo fosse uma das piadas mais engraçadas que foi alguma vez contada. Ele cessou o sorriso e se inclinou para a Benny como se fosse contar um segredo para ela. — Porque você não dá para ele mesmo?

— Só se você vier junto. - Ela falou maliciosa e o Shay suspirou e se afastou.

— Eu já disse...a você que eu não posso comer uma amiga Benny. - Ele falou bêbado e se virou para a Ozy. — Diga a ela Ozy. - Pediu.

— Vocês são nojentos. - A Ozy falou.

Isso, pelo menos não era de todo mentira.

— Ozy. - Eu a chamei quando os dois imbecis voltaram aos assuntos lascivos.

— Sim. - Ela tentou focalizar o olhar em mim.

— Você viu a Scarlett hoje?

— Ah, vi sim. - Respondeu e uma certa parte de mim relaxou.

— Sabe aonde ela foi?

— Não...ela saiu daqui completamente apressada pela manhã, não me disse... absolutamente nada.

— Ela...sabia que vocês estavam organizando essa festa para mim? - Ela pareceu pensativa por alguns segundos.

— Eu acredito que sim, foi...no exato momento em que eu fui pedir para ela me ajudar com aquela faixa...- ela indicou a faixa na porta. — Que ela saiu apressada.

Ah, então ela sabia.

— Obrigado pela informação. - Agradeci e ela voltou a atenção a conversa que o Shay e a Benny estavam tendo.

Será que...eu havia entendido mal o avanço que a Scarlett e eu estávamos tendo? Porque se não... então... por que ela saiu do nada e toda apressada sabendo que era o meu aniversário? E que eles estavam organizando uma festa? Ela nem mesmo se disponibilizou a ajudar...e até agora não voltou, bem como está com o celular desligado. Suspirei derrotado e optei por não pensar no assunto e aproveitar o resto da festa daquelas pessoas bêbadas, mas simpáticas que se deram ao trabalho de organizar algo para mim.

Duas horas mais tarde a festa já tinha terminado, para mim na realidade tinha terminado bem antes disso. Eu estava deitado na minha cama com o quarto completamente escuro, faziam duas horas que eu estava só olhando para o alto, eu não tinha sono, como diabos eu teria sono mesmo? Eu queria não ficar triste com aquela situação, mas infelizmente eu ainda não tinha aquele controle todo sobre as minhas emoções.

Divagando sobre tudo e o nada ao mesmo tempo eu ouvi passos na direção do meu quarto, virei a minha cabeça para o lado e fechei os olhos fingido estar dormindo no caso de ser o Shay querendo tirar a pouca paz que eu tinha. Felizmente para mim, pelo perfume, me apercebi logo que não se tratava do meu primo embriagado, mas ainda assim, permaneci com os olhos fechados.

Os passos ficavam mais e mais próximos da cama, segundos depois eu já não ouvia passos, mas ela subindo na minha cama e se posicionando bem no meu colo, ela se inclinou para frente, digo com certeza porque eu estava sentindo a respiração dela no meu pescoço. Ela pousou as suas mãos no meu rosto e beijou os meus lábios, sentindo a minha rigidez, ela riu e se afastou.

— Parabéns para você...Nesta data querida...Muitas felicidades.... Muitos anos de vida.... – Ela cantou batendo palmas. — Tenha tudo de bom...do que a vida contém...tenha muita saúde...e amigos também.... Não esqueça de tranzar... Faz muito bem a saúde...se não quiser o balde virar... Coma vezes e vezes sem conta...- Ela terminou e eu não pude me controlar com o improviso e ri a fazendo se aperceber que eu não estava dormindo, ou talvez...ela já o soubesse.

— Esse foi o pior improviso já antes feito. - Falei abrindo os meus olhos e a vendo sorrindo para mim no meu colo. O Sorriso era até inocente, e parecia bem genuíno também.

— Me desculpe por me atrasar. - Falou ficando séria por um momento. — Eu não sabia que você fazia anos hoje, e quando me disseram eu só saí apressada daqui procurando uma prenda para você, só que naquela de tanto ficar procurando o que comprar o dia simplesmente passou bem diante dos meus olhos e eu ainda não tinha nada. - Falou depois de suspirar com uma expressão meio derrotada.

Eu levei a minha mão até ao rosto dela e sorri, puxei ela para mim e selei os nossos lábios, foi um beijo rápido, mas terno e de carinho.

— Vai parecer clichê, mas só ter você comigo já é um grande presente, eu valorizo demasiado isso. - Ela sorriu amplamente e ergueu uma sobrancelha.

— Então não preciso dar mais o meu presente? - Eu olhei para ela confuso.

— Você disse que não conseguiu nada.

— Comprar. - Corrigiu. — Mas consegui outra coisa, você quer? - Eu ainda sem realmente entender aquiesci. — Então, coloque alguma roupa, e venha comigo.

Ela não falou nada, estavam todos dormindo já, eu não sabia como, mas ela tinha uma das chaves dos carros do tio da Ayal, eu não perguntei, mas ela me lançou um olhar tranquilizador e foi guiando para só ela sabia onde.

Quando chegamos alguns minutos depois, ela ainda não me dizia o que estava acontecendo ou de quem era aquela casa, quando entramos, era deveras confortável e moderna, com moveis simples e bonitos, não estávamos em época de frio, mas a lareira estava acesa e aquecendo a casa, talvez por ser noite, eu gostei bastante da sensação de estar coberto pelo calor.

— Quando eu estava voltando para casa meio derrotada por não ter pensado e encontrado uma boa prenda de aniversário para você, me cruzei com o Ayal pelo caminho. - Ela começou por falar depois de trancar a porta e acender as lâmpadas.

Eu devia ter estado muitíssimo distraído, porque nem mesmo tinha notado a vestimenta que ela estava usando, a palavra " ousado" era simplesmente minúscula para descrever.

— Eu expliquei a ele o meu fracasso, mas mencionei uma ideia agradável que a Ozy deu, mas eu não tinha meios para por aquela maravilhosa ideia em prática. - Ela falou com uma expressão maliciosa. — Mas o Ayal, me surpreendendo como sempre, falou que o tio dele além daquela propriedade aonde estamos passando as nossas férias, ele tinha outra, no caso, esta. - Ela indicou a casa e eu só me limitei a acompanhar a cena.

Ela saiu de trás da porta e andou até a mini sala aonde eu em encontrava, parou alguns centímetros afastada de mim e continuou.

— Ele me mostrou aonde ficava e disse que eu podia usar se isso ajudasse no que eu estava pensando, bem como, também me explicou aonde ficavam as chaves dos carros.

Aquiesci.

— Só que...a ideia de Ozy não estava realmente bem estruturada, eu tive que pensar bastante em como fazer dessa prenda algo realmente agradável e inesquecível para você, e talvez o tempo que eu fiquei pensando foi o real motivo de eu ter me atrasado para a sua festa surpresa, então novamente, eu peço imensas desculpas por isso.

— Tudo bem, não se preocupe. - Falei a tranquilizando e um sorriso lascivo ficou estampado no seu rosto.

— Depois de muito pensar, eu finalmente consegui fazer algo que fosse de acordo aos seus gostos. - Ela sorriu para mim, eu não podia negar que estava ficando confuso com aquela explicação. Na verdade, só queria que ela chegasse ao ponto final daquilo tudo.

Sem mais falar ela se limitou a pegar a minha mão e a me guiar pela casa, passando por aquele corredor escuro e nada conhecido por mim, quando finalmente paramos, ela abriu uma porta e nós entramos.

Para minha surpresa, aquele cómodo diferente doa outros estava muito bem iluminado, por velas, algumas eu tinha a certeza, que eram aromáticas porque estavam deixando o quarto com um cheiro realmente agradável, bem como tinha uma luz fraca e eu tinha a certeza que era néon, era um misto de roxo e azul, dava ao quarto um ar bem diferente.

— Eu queria imenso fazer isso funcionar, por isso preparei um cenário bonito. - Ela continuou andando em direção a cama. — Queria até deixar isso romântico, não tenho a certeza, mas achei que você fosse gostar de algo assim, tipo, um jantar, luz de velas, troca de olhares e tal.

Notei que a cama estava em algo como um pequeno degrau acima, um ou dois na verdade, ele não era realmente alto, mas era bem notório.

— Só que...- ela hesitou o último passo ainda sem se virar para mim. — Só de pensar nessas coisas eu já não estava me aguentando, porque eu não sou assim, romântica, eu não consigo fazer as coisas dessa forma, então, decidi fazer...da minha maneira. - Ela voltou a caminhar, subiu o pequeno degrau até aonde a cama se encontrava, subiu na cama e com os joelhos apoiados nela, de joelhos, ela com apenas um toque abriu o que quer que fosse que ela estava usando que eu achei que fosse um vestido bem mais do que ousado e aquilo caiu na cama mostrando o que ela usava debaixo daquilo.

Ela estava simplesmente sensual com uma lingerie rosa doce de renda com uma meia cinta liga, só olhar para ela daquela forma já estava deixando o meu corpo quente. Ela colou as suas mãos com as palmas viradas para o alto, colocou o peso do seu corpo nas suas pernas e estava literalmente sentada por cima delas. Eu não sabia o porquê, mas eu sentia que já tinha visto aquela posição em algum lugar.

Visto? Eu já tinha visto aquela posição? Feito? Posição...posi...submissão?

A palavra veio como um balde de água fria na minha cabeça. Era uma posição de submissão, e vi pessoas sentadas daquele jeito naquele clube do amigo dela.

— Então, decidi simplesmente me oferecer a você. - Falou me fazendo voltar a realidade. — Não é realmente algo novo e digno de prenda de aniversário sendo que a gente literalmente está sempre junto, mas...- ela hesitou por um momento. — Abro aqui e agora uma exceção de algo que a gente não faz.

Eu olhei para ela com expectativa.

— Eu sou sua por completo durante vinte e quatro horas. - Ela baixou o olhar por um momento e depois voltou a olhar para mim com mais intensidade. — Faça comigo o que bem entender.

Eu...estava ouvindo direito? A Scarlett estava...se submetendo a mim?

Eu olhei para ela esperando algum tipo de reação, esperando que ela ficasse séria e dissesse que estava brincando, a gente ia simplesmente passar mais uma noite como as outras juntos, mas não era nada disso, ela continuou olhando para mim como se estivesse esperando algo...esperando um comando.

Porra! Scarlett.

Eu andei lenta e cautelosamente até a cama, tive cuidado com os degraus que eu não podia ver por conta da pouca iluminação, quando finalmente a alcancei eu me inclinei para ela e levantei o rosto dela para mim.

— Como uma coisa dessas pode não ser algo digno de prenda de aniversário? - Eu vi uma certa expressão de surpresa no rosto dela. — Você não tem noção de como essa informação me torna no homem mais sortudo do mundo.

Quando vi um certo lampejo de satisfação por ouvir as minhas palavras eu dei um passo para trás e larguei o seu rosto, adotando um ar sério.

— Aqui e agora...- copiei as palavras usadas por ela. — Eu sou o seu dominador e você, a minha submissa.

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