Simplesmente Lasciva

Bởi ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... Xem Thêm

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 38

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Bởi ChelsiaFaria

Scarlett

Na universidade, as coisas não podiam estar mais normais do que o costume. O tempo passou rápido demais e para minha infelicidade, às férias estavam chegando, era na verdade só um mês, mas férias são férias.

Duas semanas de testes semestrais importantíssimos que iriam concluir se passávamos para o segundo semestre bem ou mal. Modéstia à parte, mas sendo uma aluna sem muitas dificuldades, os testes não tinham como correr mal. O mesmo para as minhas amigas, elas disseram que também não tiveram quaisquer tipos de dificuldades, bem como o Theo. Mas dele, eu não esperava menos do que aquilo. O Theo honestamente não parecia se esforçar muito para ser bom, ele simplesmente era bom, e isso só complementava o pacote.

As nossas bolsas, eram muito bem justificadas. Para ser sincera, quando a diretoria me convocou dizendo que pelo meu bem desempenho eu estaria recebendo uma bolsa, eu achei aquilo meio estranho, na verdade eu nem compreendia o tal bom desempenho que eles estavam falando. Então, eu, educadamente recusei o que deixou a direção espantada. Embora tenha sido a dois anos atrás, eu me lembrava perfeitamente daquele dia.

Flash back On

Dois anos antes.

— Como assim a senhorita recusa a bolsa? - O senhor...bom...eu não sabia dizer quem ele era, eu só sabia que estava do lado do reitor, mas era bonitinho.

— Não tenho necessidade de ter uma bolsa, se eu tivesse problemas financeiros claramente não estudaria aqui. - Tinha uma moça do lado do reitor também, e a forma como ela abriu a boca em choque foi cómica. Adoraria estar com o meu celular para fazer uma foto.

— A bolsa não é entregue aos estudantes só quando apresentam algumas dificuldades em obter meios monetários para o pagamento. É uma forma de reconhecimento também.

— Com todo o respeito senhor, mas eu também não preciso de nenhum tipo de reconhecimento da vossa parte, eu adoraria simplesmente estudar e terminar a minha formação, se os senhores simplesmente esquecessem da minha existência eu agradeceria.

— Como é que exatamente nós esqueceríamos da sua existência sendo que faz parte dos dois melhores estudantes que essa universidade já teve. - O reitor finalmente se pronunciou.

— Dos dois? - Perguntei curiosa.

Tinha alguém tão inteligente quanto eu?

— Sim, o outro é o Theodore Delahaye, que por sinal aceitou a bolsa sem nenhuma reclamação. - O senhor resmungão falou.

Theodore? Eu já estava terminando o primeiro ano, mas não me lembrava de ninguém com aquele nome. Mas tem um cara com um nome estranho que Brandon fala muito, será que é ele? Bom, não é importante.

Dei de ombros.

— Bom...- falei me levantando. — Eu não retiro o que disse, não preciso de bolsa.

— Nós já a disponibilizamos para você. - O reitor falou.

— É só darem a outra pessoa.

Ele ficou pensativo durante um tempo.

— Que tal assim. Se o seu desempenho aumentar ainda mais nos anos seguintes, você recebe a bolsa querendo ou não.

— Eu não vou ficar burra do nada só para não receber uma bolsa. - Falei o óbvio.

Ele cruzou os braços vitoriosos.

— Mais um motivo para aceitar agora. - Eu revirei os olhos e dei as costas para eles.

— Façam como quiserem. - Saí da sala e antes de fechar a porta ainda pude ouvir "— Eu não consigo entender, como alguém recusa uma bolsa de mais de quinhentos mil dólares?" Fechei a porta antes de mesmo de ouvir uma resposta.

Nos meses seguintes, eu ainda pagava a minha mensalidade normalmente, mas três meses depois, depois das primeiras olimpíadas no segundo ano, eu já estava estudando com uma bolsa.

Flash back Off

Tinham se passados dois anos, e o senhor Garrel, o rabugento, continuava rabugento, o reitor, o mesmo de sempre. Não voltei a reclamar sobre a bolsa e eles também simplesmente fingiram que nada aconteceu.

Voltando ao assunto, nós teríamos um mês de férias e isso era de facto uma infelicidade para mim. Todas as minhas amigas tinham planos. A Nillan iria fazer uma viagem até as montanhas com o Dexter. A Acasha iria para Nova Iorque com a Tanisha, nem uma das duas me explicou o motivo. A Tamir voltaria para casa, aparentemente, fariam uma viagem familiar para sei lá onde. A Keyla, disse que provavelmente ficaria na casa da tia em Chicago, visto que a dia estava para casar e precisaria de ajuda.

Seria realmente irritante ficar na universidade sem ter aulas durante um mês, e pior ainda sem ninguém de interessante por perto. No ano passado fiquei na casa do Brandon, mas foi horrível, a mãe dele diz que eu não tenho as qualidades necessárias para ser a " Nora perfeita" como se eu em algum santo momento da minha vida afirmei que ficaria com o Brandon. Ele voltou a oferecer a sua casa, mas eu, educadamente neguei, dizendo que já tinha um local para ficar, embora eu realmente não tivesse.

Estava andando perdida em pensamentos pelo corredor quase deserto, era provável que as pessoas estivessem arrumando as malas e algumas já partindo. Talvez eu ficasse mesmo aqui e arranjasse um emprego em um clube de strippers, não seria pelo dinheiro, mas acreditava que pudesse me manter ocupada durante um mês, e eu encontraria um monte de gente com quem brincar.

Nos meus devaneios, eu bati em alguém.

— Oh...me desc... - Eu olhei para ela e me lembrei que já tinha batido nela uma vez, foi logo após eu ter voltado do estágio em Chicago.

— Eu conheço você...- Ela falou como se também tivesse se lembrado.

— Ah, sim eu...

— Scarlett. - Ouvi o Theo chamar e eu me virei para ele que andava na minha direção, desviei por um momento o olhar do dele e olhei a moça linda de frente a mim, ela parecia meio perdida vendo o Theo vindo na nossa direção. Ela estava simplesmente vidrada.

— Você parece meio ocupada. - Ele falou confuso me vendo tão próximo da moça e ela sorriu envergonhado.

— Ah, bom...me desculpe mais uma vez. - Ela se apressou em dizer e simplesmente sumiu dos nossos campos de visão.

— Estranho...- o Theo sussurrou olhando por onde ela passará.

— Você estava me procurando? - Perguntei ignorando completamente o que havia acontecido.

— Na verdade sim, é que nós já estamos praticamente de férias e eu estou para sair, então vim me despedir de você.

— Ah. Boa viagem. - Falei sem muita emoção.

— Você vai para algum lugar? - Perguntou curioso.

— Não, vou ficar aqui mesmo.

— Com as suas amigas?

— Não...- falei. — Todas já têm planos, devem estar nesse momento arrumando as malas.

Ele franziu o cenho.

— Então você ficar com quem aqui?

— Ninguém, na verdade estava pensando em arranjar um trabalho em um strip club ou assim.

Ele olhou para mim horrorizado e em silêncio durante um tempo, mas em uma rápida velocidade, a sua expressão mudou.

— Porquê que você não vem comigo?

— Ir com você?

— Sim, ir comigo.

— E para onde você vai mesmo?

— Lembra do que eu havia dito que fiquei na casa do meu primo naquelas três semanas? - Aquiesci. — Eu já havia comentado com ele sobre essas férias e ele disse que exatamente nesse período de tempo ele e um grupo de amigos fariam uma viagem até a Califórnia, eles querem ficar perto da praia e é um dos melhores estados no que toca a isso. Se bem...- ele tocou o queixo pensativo. — Eu realmente não saiba para que parte Califórnia eles vão. No caso, nós.

Califórnia é? Quanto tempo...

— Uma viagem até a praia com um monte de estranhos. - Cogitei. — Não me parece tentador. - Falei já começando a caminhar, mas ele parou de frente.

— Scarlett Rose tímida por conhecer estranhos? Não acredito que vivi tempo suficiente para ver isso. Agora eu morro em paz, de certeza.

Eu fiz cara feia.

— Claramente, não é isso. Só não acho que vá ser uma coisa lá muito agradável, ou divertida.

— A praia não é agradável? - Ele olhou cético para mim.

Com que palavras é que eu podia explicar para ele?

Eu permaneci em silêncio durante algum tempo e ele não desviou o olhar do meu por nenhum segundo, a expressão cética ainda estava lá. E era com muita razão na verdade, que pessoa em sã consciência diria que ir à praia não é agradável.

— Ele disse que têm uma casa lá, aonde vão ficar alojados, não é exatamente na praia, mas também não é tão distante dela. - Falou com expectativa, como se aquilo fosse me fazer deixar de estar relutante.

— Tudo bem. - Respondi por fim.

— Você vai comigo? - Perguntou mais uma vez, como se estivesse me testando

— Sim, embora isso não pareça uma aventura de todo, eu acredito que vai ser mais agradável do que ficar nessa enorme universidade praticamente sozinha.

Ele sorriu vitorioso.

— Então, acho melhor você ir arrumar as suas malas, porque a gente está partindo agora mesmo.

Parecia que do nada estava se tornando um hábito, para onde eu ia, o Theo ia, e para onde ele ia, eu também estava indo. Parecia de facto que nós os dois gostávamos de nos colocar no caminho um do outro, ou simplesmente apreciávamos demais a companhia um do outro. Pensar sobre a última opção me deixou meio desconcertada.

— Então estamos todas partindo no mesmo horário, isso de certeza é coisa do destino. - A Keyla falou sem realmente muita animação.

— Eu estou partindo de última hora, na verdade, eu acho que vocês deviam ir já, eu não quero atrasar os vossos voos.

Não era mentira, elas já tinham boa parte das suas coisas arrumadas nos dias anteriores, pois todas já tinham noção de onde passariam as suas férias.

— E não é que você foi uma das mais sortudas. - A Tanisha chegou perto de mim mexendo os ombros de maneira estranha e tinha também uma expressão ridícula no rosto.

— Pois é, ela vai passar as férias com o gatinho do Theo. - A Keyla completou e eu olhei feio para ela que só riu da minha cara.

— Pela segunda vez. - A Acasha afirmou.

— Como é? - Perguntei sem entender.

— Ei, não é a segunda vez que você vai para só Deus sabe onde com o Theo? - Eu revirei os olhos e entrei no banheiro, tirando de lá as minhas escovas do cabelo.

— Você sabe perfeitamente que a gente estava praticamente estudando, a diferença de lá e aqui foi lá q gente não estava escrevendo o que nós aprendemos, nós estávamos trabalhando com o que aprendemos.

Bem como o os professores maravilhosos, mas esse facto eu guardava só para mim.

— Não importa o que foi, o facto é que você estava com o Theo lá, e vai estar o Theo agora. - Ela falou se levantando quando um se ouviu um toque na porta do meu quarto e a Nillan que estava mais próximo foi abrir, logo, se deparando com o seu namorado e parceiro de venturas.

— Você disse que estava vindo se despedir Nillan. - Ele resmunou e nós rimos.

— E eu vim.

— Isso foi a mais de quarenta minutos, você quer a gente perca o voo? - Eu não sabia explicar mais estava achando aquilo tudo muito cómico.

— Você sabe que difícil me despedir das minhas amigas, eu fico sem palavras. - Ela estava claramente tirando sarro da cara dele, e ele sabia.

Ele passou por ela sem realmente entrar no quarto, pegou o braço dela e se virou para todas nos.

— Yo gatas, se cuidem tudo bem, a gente se vê daqui a pouquinho. - Nós rapidamente nos despedimos dos dois e eles se foram.

A Keyla tirou o celular que estava vibrando no bolso e suspirou aborrecida.

— Eu preciso ir agora, o meu voo é para daqui a trinta minutos e a minha tia já está ficando histérica. - Ela andou até a minha direção e me abraçou.

— Pelo amor de Deus, toma juízo. - Eu a abracei de volta.

— Você também, é bom você arrasar nesse casamento. - Ela revirou os olhos.

— Isso se seu não explodir antes. - Eu ri da cara dela e ela saiu logo depois. A seguir foi a Tamir, que se despediu e desejou que as nossas férias fossem tão agradáveis como ela podia jurar que as suas seriam, fofa como sempre. Me perguntei por um momento se não era eu quem estava tirando aquela garota da luz.

Depois de a Tanisha de despedir de mim e ir atender o celular no corredor dizendo que esperaria a Acasha lá fora a Acasha veio para perto e me abraçou.

— Pelo menos agora você está dando uma despedida decente. - Eu revirei os olhos.

— Ah garota, supera. - Ela olhou feio para mim e eu ri da cara dela.

— Eu esperto mesmo que as suas férias corram bem, na verdade, eu sei que elas vão correr bem, afinal o Theo vai estar com você. - Eu olhei estranho para ela.

— Não sei se gosto quando vocês estão sempre insinuando essas coisas assim.

Ela me olhou confusa.

— Coisas assim?

— O Theo e eu. - Dei de ombros. — Sei lá, é sem nexo. - Falei e nós ficamos em silêncio durante um tempo, ela não estava esboçando nenhum tipo de emoção. Será que eu tinha dito alguma coisa errada? Estava até ficando preocupada até ela desatar em gargalhadas e até lacrimejar.

Era estranho, pois eu não tinha dito nenhuma piada.

— Ah, me desculpe...me desculpe...- Ela limpou a lágrima no canto do olho. — É que, por um momento eu achei que estivesse falando a sério.

Eu olhei para ela sem entender.

— Espera, você estava falando sério? - Ela sorriu ainda mais. — Agora tem ainda mais graça.

— Não estou vendo graça nenhuma.

Ela se controlou e ficou séria por um momento.

— Você realmente nunca gostou de ninguém, assim, como namorado?

Oque uma coisa tinha a ver com a outra?

— Não tira sarro de mim Acasha, eu já disse várias vezes que não. - Ela gargalhou ainda mais e eu já estava começando a ficar passada, felizmente para nós as duas, a Tanisha gritou o nome dela e ela andou rapidamente em direção a porta, mas antes de sair ela se virou para mim.

— Eu espero que quando você se aperceber o quão engraçado isso é, não seja tarde demais.

E ela foi embora, piscando e sorrindo para mim.

Pelo caminho, eu tentei ao máximo não pensar no que a Acasha tinha falado, eu não sabia de verdade do que ela estava falando. Nós estávamos falando sobre eu não saber se gostava de ouvir elas fazendo insinuações sobre o Theo e eu, e de repente ela faz uma pergunta sobre ser realmente verdade eu nunca ter me apaixonado por nenhum cara. Oque uma coisa tinha a ver com a outra? Será que ela achava que...

— Eu cheguei a pensar que você está trazendo todo o seu guarda-roupa Scarlett. - O Theo falou me tirando dos meus devaneios.

— Como?

— Você demorou uma eternidade se arrumando, que eu até fiquei espantando quando vi só uma mala. - Eu revirei os olhos.

— Você também não podia esperar que eu fizesse menos de quinze minutos, não é?

— Não, mas uma hora? - Ele riu.

— Theodore Rafe Delahaye...- falei como se estivesse dando um sermão a ele. — Se controle se não quer que eu jogue você pela janela desse carro.

— Por favor senhorita, não faça isso, se não eu também posso ir preso. - O motorista falou nos chamando a atenção e o Theo olhou para mim cobrindo a boca para não rir.

— Não senhor eu não...

— Eu já entrei ilegalmente aqui, se eles descobrem que a senhorita fez isso no meu carro eu tenho a máxima certeza que vão preferir prender a mim do a senhorita, ah, Dios mio, só de pensar.... - Ele falava rapidamente.

— Não se preocupe senhor, é só uma forma de falar. - Ele rapidamente aspirou todo o ar que estava preso nos seus pulmões.

— Ah, señorita, tiene una forma tan extraña de hablar, no entendí, lo siento. Digo, me desculpe, eu as vezes me esqueço que não estou no meu país e saio falando a minha língua sendo que ninguém entende. - Ele falou e eu vi a expressão no seu rosto ficar meio triste.

— No hay necesidad de disculparse señor, lo entiendo. - Vi ele sorrindo pelo retrovisor.

— Tu hablas español - ele falou meio emocionado.

— SÍ. - Ele sorriu ainda mais.

— Que alegría, estoy tan acostumbrado a hablar solo mi idioma con mi esposa que hasta me emociono demasiado cuando me doy cuenta de que otras personas hablan también, pero... - ele se virou para o Theo. — Me desculpe senhor, eu me esqueci do senhor, não acho apropriado falarmos se o senhor não vai poder compreender.

O Theo olhou para ele e sorriu.

— Veo que te gusta disculparte innecesariamente. - O Senhor ficou tão boquiaberto que eu ri da expressão dele.

— Foi o meu grandíssimo Dio que os colocou no meu caminho hoje? Oh, que graça. Muito obrigado.

Nós fomos o caminho todo até a casa do primo do Theo conversando em espanhol e quando nós finalmente chegamos, nós nos despedimos dele e ele foi embora, nem mesmo aceitou que pagássemos, disse não tinha necessidade de cobrar os seus novos amigos. Achei ele muito simpático na verdade.

— Eu honestamente já tinha me esquecido que existiam pessoas tão simpáticas no mundo. - Falei enquanto caminhávamos em direção a casa do primo do Theo, o carro nos deixou meio que na estrada, estávamos andando a porta.

— Eu não sabia que você falava tão bem o espanhol. - Dei de ombros.

— Aprendi quando era mais nova.

— Isso de certeza vai para a lista de coisas que eu sei sobre você.

— O que? - Perguntei rindo.

— Uma lista onde eu coloco as poucas coisas que eu sei sobre você.

— E o que consta dessa lista?

— É segredo. - Ele piscou para mim provocativamente. Eu não sabia explicar se era por causa das arvores, do ambiente ou do lugar novo aonde a gente estava, mas ele estava simplesmente lindo.

— Podia dizer mesmo de você, mas eu já imaginava que você soubesse falar espanhol.

— É, meio clichê né. - Ele riu. — Garoto nerd, inteligente, melhor aluno, claro que tem que falar alguma língua.

— Mas você não fala só uma, né?

— Não. - Ele concordou. — Espanhol, inglês, Português, Frances com algumas dificuldades. E você?

— As mesmas que você, mas francês também bem difícil para mim, como italiano.

— Ah. - Ele parou dramaticamente. — Italiano é tão chique, que nem francês.

Eu sorri espantada por pensarmos da mesma forma.

— Não é? É tão chique.

Ele se inclinou para a frente fazendo uma vênia para mim.

— Bonjour, mademoiselle (Bom dia senhorita). - Eu parei dramaticamente fazendo uma vênia também.

—Bonjour beau monsieur, comment allez-vous? (Bom dia lindo senhor, como vai)

— Oh, suis-je belle? Tu m'enlèves les mots de la bouche. (Oh, eu lindo? Está tirando as palavras de minha boca.)

— J'ai l'impression que si je continue à parler, je finirai par maudire quelqu'un(Eu sinto que se eu continuar falando vou acabar xingando alguém.

— Mas o seu francês é realmente muito bom. Acho que posso imaginar o seu italiano.

— Per favore, lascia che te lo mostri invece di farti meravigliare. (Por favor, deixe-me mostrar a você em vez de fazer você se perguntar)

Ele simplesmente olhou para mim boquiaberto e eu sorri. Vi que estávamos nos aproximando da casa do primo dele, estávamos perto da porta quando me ocorreu.

— Como é o seu primo?

— Hum?

— Me lembrei agora que eu não perguntei em nenhum momento como ele é.

Ele ficou meio pensativo.

— Não sei como é que eu posso descreve-lo.

— Ele é tão ruim assim? - Ele fez uma expressão séria, como se estivesse buscando as palavras mais apropriadas para o descrever.

— Ruim não é palavra, ele é mais...idiota.

— Idiota?

— Algo assim.

— Algo assim?

— Bom...- ele pensou.

Como alguém leva tanto tampo para descrever alguém com quem ele convive?

— Ele é um cara muito bom, simpático, amistoso, é meio metido e convencido, por vezes charlatão, consegue ser um grande idiota por vezes, mas ultimamente, tem se mostrado um grande gênio. - Ele falou quando finalmente chegamos e ele tocou a campainha.

— Ainda assim, eu acho que as informações que você está me passando são inúteis se eu nem consigo criar uma imagem que possa... - falei olhando para ele quando a porta foi aberta, eu rapidamente me virei para frente... e... meu...Deus...

— Você deve ser a Scarlett, muito prazer, eu sou o Shay.

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