Simplesmente Lasciva

By ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 31

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By ChelsiaFaria

Dois dias depois, parecia que o Theo finalmente tinha sossegado, eu também não o estava vendo com tanta frequência, e parecia até que tínhamos voltado os primeiros dias, ele estava me evitando. Parecia que aquele era o passatempo favorito do Theo para quando alguma coisa sobre a qual ele não tem controle aconteça.

Eu cheguei pousando com graciosidade o meu tabuleiro com comida na mesa e ele ergueu uma sobrancelha para mim enquanto colocava uma pequena quantidade de comida no garfo.

— Parece que voltamos aos bons velhos tempos. Eu tentando falar com você, e você me ignorando.

Ele continuou me evitando por um momento.

— Nossa, até o seu silêncio é excitante. Como isso é possível? - Falei irónica e ele me olhou com impaciência.

— Você não devia estar com o Brandon? - Perguntou erguendo uma sobrancelha. — Acredito que ele não vá gostar de ver você comigo...- ele se inclinou para frente como se estivesse sussurrando algo. — Ele pode chorar. - Eu fiz cara feia para ele. — Bem como ativar o modo " Romântico e sensível dele. — Ele continuou com ironia. — E tudo que a gente menos quer é que você seja cortejada na frente de toda universidade novamente, não é?

Espera, ele estava chateado por causa daquilo?

— Você pode pelo menos me explicar o motivo de estar fugindo de mim?

— Eu só achei as lágrimas do Brandon meio comoventes, não quero fazê-lo chorar. E não, eu não estou fugindo. - Falou dando de ombros olhando para a comida.

— Você só pode estar brincando comigo. - Ele olhou petulante para mim.

— Te parece que eu estou brincando com você? - Não respondi. — Você não acredita que eu também tenha um lado sensível né? - Permaneci em silêncio. — Pois...- Ele cruzou os braços por cima da mesa e olhou para o alto pensativo. — Só os caras que choram por você são sensíveis, não é? - Ele podia estar tentando não transparecer, mas eu podia ver algo como uma certa magoa. Ele voltou o seu olhar para mim, estreitando os olhos. — Mas e se eu dizer...que eu também já chorei por você?

— Theo...- Eu tentei falar, mas ele me interrompeu de maneira sarcástica.

— Ah, isso não faria muita diferença na sua vida, pois não? - Eu estava sentindo um forte veneno nas palavras dele, não sabia exatamente o que eu havia feito, mas claramente, deixei ele bem magoado. — Porque diferente de mim, o Brandon está sempre se humilhando por você... fazendo as coisas para não perder você...ontem... hoje... sempre. — Mas eu não. Não é? - Perguntou sorrindo, mas eu sabia que era um sorriso falso. — Porque eu só chorava por você no passado, eu não continuo fazendo isso. Não é? - Ele terminou com sorriso meio presunçoso e se posicionou de maneira direta no assento.

Eu processei aquelas palavras por um mero momento, olhando para ele pensativa, ele não tirava aquele sorriso petulante do rosto, eu estava honestamente me perguntando se era eu quem estava transformando o Theo naquele ser diante de mim, e se eu o estava fazendo, precisava remediar a situação.

— Que argumento mais burro. - Falei e olhou para mim com a boca aberta, em espanto.

— Como? - Ele deu um sorriso fraco e eu copiei um dos movimentos que ele estava constantemente repetindo naquele dia, me inclinando para frente olhando intensamente nos olhos dele.

— Você acha mesmo que eu me importo com o quanto de humilhação ou figuras tristes que o Brandon faz e afirma que são por minha causa?

Ele não respondeu e eu inclinei levemente a cabeça para o lado.

— É indiferente para mim o quanto de lágrimas que o Brandon derrama. - Eu olhei para o lado e dois para ele. — Não são de sangue, ele não vai morrer. - O Theo olhava para mim sem acreditar — Você lá sabe se são de crocodilo? - Ele não respondeu e eu continuei. — Você sabia que a disciplina que em que o Brandon mais se destacava quando ele estava no fundamental era o teatro? Ele era bom pra caramba, nem entendo o porquê de ele não estar seguindo isso aqui.

O Theo ainda olhava para mim confuso.

— E ah, você estava falando da sua sensibilidade e lado romântico...- eu revirei os olhos dramaticamente. — O Brandon é filhinho de papai e mamãe, ele faz tudo que estiver ao alcance e algo mais para conseguir o que ele quer, por que você acha que ele não saiu do meu pé? - Falei o óbvio. — Porque ele não me consegue. E olha, ele não é de todo péssimo, é meio desagradável as vezes, mas existem certas coisas que eu faço porque enfim, eu conheço ele faz um tempo, e querendo ou não, há uma certa afinidade. Só não sei dizer se é meu amigo.

Eu suspirei por conta do silêncio e espanto dele e continuei.

— Theo querido, você não cansa de ter sua vida sempre impossibilitada por causa Brandon? Ele não é uma pessoa com o qual você queira desperdiçar as suas emoções. Acredite, é uma perda de tempo. - Eu me levantei ainda inclinada na mesa, o que consequentemente fez a minha bunda ficar empinada e encostei os nossos rostos, tocando levemente o seu queixo.

Ele, como sempre silencioso, como se estivesse processando.

— E eu, honestamente sei não quantas vezes tenho que dizer que só você me importa. - Rapidamente, vi aquele ar magoado e petulante sair do rosto dele. — Você é literalmente a única pessoa que me faz pensar demais, ficar inquieta, eu não consigo ler os seus comportamentos, ações, e por vezes eu até pareço burra, e você sabe com todas as letras da palavra que de burra eu tenho nada. - Ainda com os dedos no queixo dele, eu puxei o seu rosto para mim, nos deixando separados por menos centímetros. — O Brandon não tem nem uma porção da minha atenção quando é só você que eu tenho na mente...quando é só você que eu desejo, Theo, desde que chegamos eu ainda nem brinquei com o corpo de nenhum cara, e você sabe que eu sou perfeitamente boa nisso.

Ele tentou desviar o olhar do meu e eu o impedi.

— Eu estou falando com você. - Ele simplesmente suspirou. — Eu acredito que nunca pedi nada a você, então, esse é o primeiro favor que eu te peço. — Não gaste as suas forças e energias com o Brandon, você não nota que ele fala demais? A minha boca até está cansando de tanto falar o nome dele.- Revirei os olhos. — Ele é insignificante nessa história, na nossa história. A única pessoa com o qual você deve obrigatoriamente gastar suas forças, seja de maneira prazerosa ou não. Sou eu!

De facto, eu não conseguia explicar a felicidade e paz de espírito que eu estava sentindo, talvez por finalmente as coisas terem voltado ao normal. Bom, normal entre aspas, não é? As coisas nunca são normais, o anormal seria se as coisas fossem sempre normais. Mas voltando ao foco da coisa, era final de semana e normalmente os alunos tiram os dias para repousar, fazer compras, passear, descansar e tinha até alguns, os que viviam não muito distante da universidade que iam visitar as suas famílias.

Na sexta-feira, eu não sabia quais eram os planos do Theo para o final de semana todo, então me ocupei em falar com ele, e ele afirmou que estaria livre, sem nada de importante que o prendesse, talvez passaria estudando, porque os testes do semestre em breve começariam. Os testes, eram realmente importantes, mas eu tinha outros planos para nós. Falei com ele, e claramente, ele concordou, já fazia algum tempo que eu não ensinava nada a ele, e achava que não tinha momento mais oportuno do que aquele.

Era meio dia de sábado, e o trem já tinha nos deixado próximo do nosso destino, decidi que se nós caminhássemos seria muito melhor do que pegar um táxi, até porque, o objetivo era o Theo não saber aonde nós estávamos indo.

Ele, insistentemente perguntou inúmeras vezes aonde nós estávamos indo, se era um encontro, se ele precisava se arrumar de outra forma. E eu, sem deixar nada escapar disse a ele que mesmo que ele usasse um saco de batatas, estaria perfeito, ele deu uma risada sexy e revirou os olhos. E não era mentira. Era de facto, meio insignificante oque ele vestisse, o Theo ficava bem de qualquer forma, mesmo quando ele ainda usava aquelas roupas nem tão folgadas, nem tão justas.

E não, ele não estava usando roupas folgadas ou justas, ele estava usando uma simples camiseta branca virgem e uma calça cargo preta. Ele também estava usando um brinco, mas não era tão destacado como o que ele vinha usando ultimamente, bem como um colar com uma pequena argola fina no meio. O cabelo, ligeiramente aparado, formando uma leve cortina na testa. Perfeito como sempre.

Eu, também não estava preparada de maneira suspeita, estava usando um top branco de alças e uma calça wide leg jeans e as minhas botas pretas de cano curto, por conta do horário em que provavelmente sairíamos de lá, eu estava levando também uma jaqueta jeans.

Eu estava andando na frente, guiando o caminho para ele que andava silencioso atrás de mim com as mãos no bolso.

— Eu ainda não acredito que você está me levando para um lugar qualquer sem me dizer aonde é.

— Se eu contar a você, vai deixar de ser uma surpresa, certo? - Falei me virando para ele que estava andando com um ar muito sexy e relaxado, a pouca ventania que fazia, estava fazendo a cortina ondulada e meio aparada que era o cabelo dele voar de um lado para o outro.

— Nem entendo o porquê de manter segredo mesmo, eu vou ver quando chegarmos.

Eu parei abruptamente e ele parou também.

— Tudo bem...- Comecei esbanjando um sorriso maroto. — A gente está indo visitar o club de um amigo meu. - Ele olhou para mim curioso.

— Amigo seu?

— Sim. - Falei voltando a caminhar.

— Do sexo masculino?

— Sim.

— E é seu amigo? - Ele insistiu cético, eu olhei para ele em choque.

— O que você está tentando insinuar com esse ceticismo todo? Será que eu não posso ter amigos? - Ele sorriu caminhando do meu lado.

— Poder, você pode, mas a pergunta certa seria, você tem?

Eu olhei para ele deixando todo meu choque evidente.

— Que diabos você está tentando dizer? Eu não sou você.

— Como assim você não me é? - Olhei para ele com petulância.

— Eu não como tudo que anda. - Ele olhou para mim em choque por um momento enquanto eu parei dramaticamente saboreando o prazer de ter dado a ele a provar do próprio veneno. Segundos depois, ele se recompôs.

— Claro, você não come, você fode. - Ele murmurou passando por mim com um sorriso ainda mais orgulhoso me deixando com a boca aberta.

Um minuto de choque depois, eu me recompus.

— Tecnicamente, eu me deixo ser fodida. - Terminei quando cheguei ao alcance dele, aquilo não era de todo mentira.

— Por tudo que anda? - Perguntou cessando a gargalhada.

— Não. - Falei o óbvio. — Eu não sou pra quem quer, sou pra quem pode, você melhor do que ninguém sabe disso.

— Eu posso?

— Sempre.

Quando chegamos, ele não pareceu reconhecer o lugar, só olhou com curiosidade enquanto nos aproximávamos dos seguranças, quando eu me apresentei, eles nem mesmo hesitaram em me deixar entrar, aquilo era uma ordem obrigatória dele... Quando entramos o Theo não achou aquilo muito diferente também, pelo menos, aquelas expressões eu conseguia ler, era um simples bar, que nem estava tão movimentado assim.

— É meio dia, e a gente vai beber? - Ele perguntou visivelmente confuso. — Sem responder, eu me virei para ele e puxei a sua mão, fazendo ele me acompanhar, nós passamos por uma porta do lado esquerdo do bar, meio escondida e lá, era tudo totalmente revestido por luzes Neon.

Eu andava na frente, sempre guiando o Theo por onde andar. O ar daquela divisão era claramente diferente, nós viramos a esquerda e passamos por um corredor com algumas salas com grandes vidros, na verdade eram quartos, mas as janelas davam naquele corredor, eram janelas com vidro espião. Eu me virei para o Theo que me olhava com confusão, andamos mais e já podíamos ouvir uma música suave vindo de lá, da sala onde boa parta da magia acontecia. Quando chegamos até ao fundo do corredor, a sala não tinha mudado nada desde a última vez em que eu estive aqui, ela continuava com luzes muito fracas e vermelhas, tinham mesas, alguns sofás e divãs espalhados pela por ela, tinha um pequeno palco com uma pequena gaiola do lado esquerdo, aquilo era, provavelmente novo. Mas tirando isso, continuava tudo na mesma, o bar do lado direito da sala, com bancos altos com estofos agradáveis de sentar, do lado do palco tinham também alguns puffs redondos, o X de luxes neon que representava a sigla do club também estava lá.

O Theo, como sempre, confuso, olhou para mim a espera de respostas, mas eu continuei olhando até sentir mãos ásperas na minha cintura e logo eu estava no ar em um rodopio.

— Scarlett Rose...- Ele falou me colocando de volta no chão. — E não é que você veio mesmo.

— Eu prometi que viria. - Falei sorrindo para ele.

— Nossa, olha para o quanto você cresceu. - Ele me olhou dos pês a cabeça com gula.

— Só se passaram dois anos, você está exagerando...- Ergui uma sobrancelha para ele.

— E nesses dois anos, será que você pensou sobre a minha proposta? - Ele me olhou esperançoso e eu sorri doce para ele.

— A proposta indecente?

Ele aquiesceu.

— Ah, você sabe que isso nunca vai acontecer. - Ele fingiu dor.

— Bom, nunca é demais tentar. - Ele pela primeira vez desde que chagamos se apercebeu que eu estava andando acompanhada. — Nossa, que falta de educação a minha, eu nem mesmo me apercebi que você estava aqui, me desculpe, eu sou o Omar, o dono do club, seja bem-vindo. - Ele estendeu a mão para o Theo que com certa dúvida no olhar, apertou.

— Theo, e muito obrigado. - Eu me virei para ele sentindo a necessidade de explicar o que estava acontecendo, eu fiz um sinal para o Omar por um momento e ele com um sinal de cabeça se afastou e logo voltei a minha atenção.

— O Omar, é o amigo que eu falei, e como ele já se apresentou, ele é o dono desse club, aonde a gente vai passar o final de semana todo. - Ele olhou para mim em espanto.

— A gente vai passar o final de semana todo?

— Sim.

Ele olhou em volta confuso.

— Mas isso é o que, um motel por acaso? - Eu sorri imensamente por ele nem mesmo ter noção de nada.

Ah Theo, essa sua ingenuidade é tão excitante.

— Não. - Me apressei em corrigir, este é o "The X Sensations" , um club BDSM. 

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