Simplesmente Lasciva

By ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 30

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By ChelsiaFaria

"É exatamente por isso que eu quero que a gente continue ficando, você pode ficar com os garotos que você quiser também, da mesma forma que eu."

Agora, eu já entendia perfeitamente o que aquela frase queria dizer. Depois da nossa maravilhosa tranza na biblioteca, o Theo não sossegou. Durante a semana, ele continuava na boca de todos. E com todos quero dizer maximamente sexo feminino, parecia que ainda estavam estupefatas com a nova personalidade que o Theo adotou. Ou melhor, no Theo verdadeiro que todos nós desconhecíamos. Afinal ele não se limitou só a fazer um furo na orelha e a trocar de roupa, ele também estava mais atirado, mais ousado, mais sexy, mais provocador, mais tentador, ou seja, mais motivo de ser cobiçado. E ele, claramente estava adorando a atenção que estava recebendo.

Pela semana eu só ouvia as garotas dizendo coisas do tipo, "eu quero fazer coisas insanas com ele", "ele é realmente um cara gostoso", "você vê como ele pisca para mim? Ou como ele morde os lábios de maneira provocadora quando olha para mim?" "Imagina como seria ser preenchida por ele?" "Será que se eu me atirar ele não vai negar?"

Resumindo, eu estava ouvindo todos os desejos impossíveis das garotas da universidade, ou melhor, os desejos não eram impossíveis, visto que o Theo estava tendo a educação de satisfazer as necessidades de todas as garotas que babavam aos seus pés. Eu não me dei ao trabalho de comentar com ele sobre. Primeiro, porque eu já sabia que ele tinha noção, segundo, porque ele definitivamente adoraria me ver confusa. Algo sobre o verdadeiro Theo era, que eu já não podia descodificar as ações dele, era interessante a forma dele de lidar com as coisas agora.

A princípio eu não tinha realmente provas e argumentos válidos para afirmar que ele estava ficando com outras garotas além de mim, mas pude ter certeza quando peguei ele e uma garota abençoada nos balneários femininos. Já passava do horário em que alunos podiam circular, eu não conseguia dormir, então pensei que talvez um banho frio pudesse ajudar a ficar mais relaxada, então eu me troquei ficando apenas de roupão e andei até lá, mas foi exatamente quando eu estava entrando que me deparei com a cena.

Quando já passa do horário dos alunos circularem, elas apagam todas as lâmpadas, deixando apenas as luminárias com sensor de movimentos nos banheiros, sejam femininos ou masculinos, agora, como eu sabia que nos banheiros masculinos também tinham? Bom, porque eu mesma já tinha estado lá em uma hora não apropriada, com alguém não apropriado, fazendo coisas não apropriadas. Voltando ao assunto, quando eu estava chegando, já achei estranho não ter ninguém lá, mas a lâmpada estar acesa, eram duas horas da manhã, achei ainda mais estranho a medida em que eu me aproximava, porque eu também não estava ouvindo o som do chuveiro, mas curiosa como sou, e sem vontade de voltar sem que eu tivesse tomado a minha ducha, eu fui seguindo até aos armários, e foi exatamente lá aonde eu ouvi os gemidos quase que treinados da garota abençoada. Eu estava em um canto morto, não podia ser vista por eles, pelo menos achava que não, mas podia ver claramente. Ela estava no colo dele, encostada no armário, e ele, que no memento não sabia quem era, estava de costas para mim, dando investidas fortes nela. Eu não sabia dizer se ele estava fazendo aquilo porque queria mesmo ou por outro motivo, porque eu fiquei lá observando mesmo depois de notar que tinham um casal se comendo e não ouvi ele gemer ou suspirar de satisfação em nenhum momento, e dessa forma, eu fiquei curiosa para saber de quem se tratava.

Exatamente quando o pensamento do ver o rosto dele me passou, ele mudou as suas posições, a colocou no chão, fazendo ela ficar de costas para mim ajoelhada e ele de frente, ele apoiou nos armários e jogou a cabeça para trás assim que ela abocanhou o pau dele, um pau muito reconhecível, bem como o gemido de satisfação que ele deu quando me notou.

Eu não sabia se ele já estava contando que eu apareceria lá, ou se simplesmente estava fingindo as suas reações, mas ele claramente estava gostando de me ver assistindo.

Ele jogou a cabeça para trás, fechou os olhos, e deu um gemido tão rouco que até mesmo eu senti um arrepio na espinha, bem como, senti o meu corpo ficar quente. Ele tocou a cabeça dela e a instruiu nos movimentos de vai e vem, bem como, a fazia colocar todo o pau na boca, houveram até momentos em que ela estava engasgando, mas ele não parou. Ele começou a gemer coisas sem nexo e sujas.

— Oh, céus...a sua boca é tão gostosa...mais fundo...mais... - Ele mordia os seus lábios... mexia os quadris em sincronia com a boca dela... fazia tudo isso, sem em nenhum santo momento desviar o olhar do meu.

— Você...está gostando assim? - A garota abençoada perguntou tirando o pau dele da boca por um momento e ele nem com isso olhou para ela.

— Quanto menos você falar, mais eu vou gostar. - Ele falou me fazendo morder o meu lábio inferior contendo um riso. Feliz ou infelizmente a garota era lerda e nem mesmo entendeu o que ele disse, ou sequer se apercebeu da minha presença, ela continuou fazendo os movimentos de vai e vem nele, e ele continuou a fingir os gemidos, embora fossem a fingir, eu tinha que admitir que ele era bom de representação, da forma que ele fechava os olhos por alguns breves segundos, tocava a cabeça para mais fundo...tirava e voltava a colocar o pau na boca dela...era tudo muito bem representado, mas eu não tinha dificuldade em notar que ele estava fingindo. Eu era a única pessoa que fazia o Theo sentir prazer de verdade, e eu achava...que talvez ele precisasse se lembrar disso.

Decidi que seria mais prazeroso e relaxante para mim se eu fizesse o Theo gozar, era mais do que obvio que ele não gozaria da forma que aquela garota estava se esforçando em chupar o pau dele. Eu dei dois passos para trás e ele, como sempre, seguiu os meus movimentos, pousei lentamente os meus produtos para o banho no chão e me virei para ele. Andei em direção a luz e ele me olhou sem entender ainda fingindo os gemidos, eu levei o meu dedo indicador a boca e fiz sinal de silencio para ele e olhei para ela agachada com os olhos fechados ainda chupando. Ele rapidamente copiou o meu movimento e sorriu.

Eu, com cuidado, abri o meu roupão e o fiz desligar pelo meu corpo, ele fechou os olhos por um momento e recostou a cabeça no armário.

— Oh, porra! - Ele suspirou.

Eu passei as minhas mãos lenta e provocativamente pelo corpo sem desviar o olhar do dele. Eu estava me tocando com erotismo, como se estivesse dando a ele o vislumbre do paraíso. As minhas mãos tocavam de maneira preguiçosa pelos meus seios, apertavam os mamilos...desciam para a minha barriga, onde eu fazia pressão com os dedos... Eles desceram ainda mais para a minha virilha e foi lá, onde a tortura do Theo começou.

Os gemidos dele não cessaram, bem como a moça não desistia de chupar o pau dele de maneira frenética. Quando cheguei até a minha virilha e o olhar dele estava vidrado naquela parte específica do meu corpo, eu me virei deixando a minha bunda exposta, separei ainda mais as minhas pernas e até podia sentir as perguntas internas que ele provavelmente está se fazendo.

Lentamente, me inclinei para frente e consequentemente para baixo, até que a minha cabeça estivesse no meio das pernas, e eu pudesse ver o Theo de cabeça para baixo. Eu sabia que pela forma como ele movimentava a cabeça dela, ele já estava bem perto de gozar, mas não imaginei que eu nem sequer o torturaria como uma pequena masturbação, mas prontos... O que é bom sempre dura pouco, enquanto ele dava o seu urro de prazer, eu rapidamente apanhei o meu roupão, apanhei as minhas coisas e da mesma que cheguei, silenciosa, eu fui embora.

Eu não podia ver, mas estava sentindo o olhar dele sobre as minhas costas, antes de fazer a curva, eu me virei e lá estava ele me encarando, com uma última e breve piscadela, eu fui embora.

E aquilo não parou por aí, não, era só o começo. Duas semanas tinham se passado e era sempre a mesma coisa, os murmúrios sobre ele agora eram mais altos, os comentários, os desejos, e claro, os sorrisos satisfatórios por já terem concretizado os seus maiores anseios. Eu gostaria de parecer desinteressada, na verdade, eu estava desinteressada, aquilo não me afetava, porquê afetaria mesmo? Não tinha como me afetar, a gente estava ficando, e eu concordei...concordei com essa ideia, eu fico com os garotos que eu quiser, e ele a mesma coisa.... E eu sabia sim..., mas...porra.

Eu estava me olhando no espelho naquele momento, fazendo o meu reflexo acreditar que não, eu não me importava com aquilo, o Theo era só mais um dos meus ficantes... Só um... um que estava me dando muito trabalho, talvez ele precisasse ser domado.

Bom, eu definitivamente não estava em um dos melhores dias da minha vida, disso pelo menos, eu tinha certeza, duas horas depois, as meninas e eu estávamos conversando em uma lanchonete perto do campus, sendo bem mais sincera, elas estavam conversando e eu estava só ouvindo, não tínhamos aulas naquele dia por conta de uma celebração, parecia que era o dia da fundação da universidade, então o reitor disse com um grande sorriso no rosto, que em memória ao dia, ninguém teria aulas naquele dia, o que foi, realmente um alivio. Principalmente quando estávamos deixando para atrás uma semana de um monte de testes aleatórios e surpresa.

Bem como, uma a semana em que eu mais ouvi o nome Theodore. A minha falta de controle sobre o Theo estava dando comigo em doida. Quando estávamos saindo, nos cruzamos com ele e com a sua companhia do dia, parecia que também estavam tirando o dia para si.

Eu estava comendo um pudim. Bom era suposto eu estar comendo o pudim, mas não estava saindo como planeado, pelo menos não sairia até que eu não parasse de pensar no Theo, ou nos seus novos brinquedos sexuais, eu nem mesmo estava prestando a atenção no que elas diziam, e eu sabia que a qualquer momento, elas me importunariam sobre isso, e bom...foi até mais rápido do que imaginei, ou, mais rápido do que eu pude controlar o pudim saltando da minha tigela, pela forma como eu estava o perfurando com a colher, para a cara da Tanisha de frente a mim.

— Scarlett! - Ela gritou me chamando a atenção para o planeta terra, e mais especificamente para a mesa onde nós estávamos, aonde eu estava, correção, aonde só o meu corpo estava, sem a minha mente.

— Droga, Tanisha, eu peço imensas desculpas... - Falei e ela me olhou séria enquanto a Keyla tentava limpar o pudim da cara dela.

— Claro que pede, o que mais faria? - Ela estava realmente puta, mas porquê? Era só um pouquinho de pudim no rosto.

O clima ficou meio sério e a Tamir, a menor de nós tentou apaziguar as coisas.

— Bom, o melhor de tudo é que pelo menos agora você parece deliciosa, até eu quero lamber você.

Eu tentei ao máximo não rir daquilo, mas foi inútil, e bom, elas depois me acompanharam e eu tentei, mais uma vez, remediar a situação.

— Eu realmente peço desculpas, eu estava distraída.

— Tudo bem, não se preocupe. - Ela deu um fraco, mas sincero sorriso.

— Você não parecia distraída. - A Acasha comentou.

— Ah é? - Dei de ombros forçando um sorriso. - Tudo que eu menos precisava naquele momento era que a Acasha começasse com as manias curiosas dela.

— Na verdade, você parece puta. - A Nillan terminou e eu revirei os olhos. — O que foi que o Theo fez?

— Porquê agora vocês acham que sempre tudo tem que envolver o Theo?

— E não envolve? - A Nillan perguntou desconfiada.

— Bom...- Dei de ombros. — É uma mera consciência, e não, eu não estou puta, é impressão.

As quatro olharam para mim céticas cruzando os braços em sincronia. O silêncio delas era claramente acusador, como se estivessem me dando tempo para eu me expor sobre o que me inquietava.

— Tudo em, é o Theo sim. - Falei derrotada e a expressão no rosto delas suavizou, bem diferente do que eu acreditei que seria, achei que no mínimo elas gozariam comigo.

— O que houve? - A Tanisha perguntou e eu vi a curiosidade no rosto de todas.

— Bom, tecnicamente, não aconteceu nada.

— Você ficou chateada com o Theo por nada? - A Keyla perguntou olhando para mim com a sobrancelha erguida.

— Eu só...- eu honestamente não entendia o motivo da minha hesitação. — Sei lá. - Falei frustrada e me olharam sem entender por um momento, mas logo as expressões confusas sumiram do rosto delas e algo como o vislumbrar da realidade passou pelos seus rostos e foi a Acasha a primeira a se pronunciar.

— Você está com vergonha de nós Scar? - Elas sorriam com orgulho, como se aquilo fosse uma coisa boa.

— É... é claro que não!

Elas ainda sorriam.

— Eu só, não estou gostando tanto assim do novo Theo. - falei desviando o olhar do delas.

— Novo Theo? - A Nillan perguntou. — Achei que você tivesse dito que ele estava muito bem assim, e até gostava dele todo atrevido.

— E é claro que eu gosto.

— Está se contradizendo. - A Keyla revirou os olhos.

— Não gosto de facto de ele estar...tão...esfomeado. - Elas me olharam sem entender.

— O que? - A Tanisha perguntou com uma feição meio engraçada.

Eu fiz um sinal ridículo com as mãos.

— Vocês sabem do que estou falando. - Todas ainda pareciam não entender, mas a Keyla chegou lá.

— Você está falando dos rumores sobre o Theo estar saindo com tantas garotas?

— Ah, era isso? - A Nillan perguntou tocando o nariz com a ponta do dedo.

— Sim.

— Mas, vocês são ficantes certo?

Aquiesci.

— Você sai com outros caras e ele com outras garotas? - A Tanisha perguntou.

— Sim. - Respondi sentindo o tom.

— E então? - Perguntaram em uníssono.

— Vocês não acham que ele, sei lá, está exagerando?

— Como assim exagerando? - Eu sabia que as minhas amigas eram burras, mas naquele dia, estavam se sobressaindo.

— O Theo literalmente está comendo tudo que vê!

Elas permaneceram em silêncio, parecia, que agora pelo menos já tinham entendido o meu raciocínio. Até uma chuva de gargalhadas ridículas e irritantes substituírem o silêncio que agora eu me apercebia que era até agradável.

— Espera... - A Keyla começou cessando a gargalhada. — Você está chateada com o Theo porque ele se transformou em "um você?"

— Como assim "um eu"? - A Nillan inclinou a cabeça ligeiramente para o lado.

— Sinceramente Scarlett, você é bem mais inteligente do que isso. - Eu abri a boca em choque. — Você é exatamente assim, ou talvez era, eu nunca mais vi você brincando de gato e rato com nenhum outro garoto desde que começou a prestar a atenção no Theo.

Isso, porque elas não sabiam sobre o senhor maravilhoso Mark e o perfeição Aideon, ah, bons tempos.

— Eu não como tudo que anda!

— Ah não? - A Acasha perguntou com ironia.

— Não era suposto vocês serem minhas amigas?

— Você está fazendo drama desnecessário. - A Tamir falou.

— É drama mesmo? - A Tanisha terminou com um olhar cheio de outras intenções. — Ou ciúme?

Eu não respondi, nem eu mesma sabia.

— E bom, é bem provável que ele esteja fazendo isso para mostrar a você o que você faz com ele, porque aparentemente, você não tem noção disso. - Ela terminou e as outras acenaram em concordância.

— E ele não está gostando. - A Keyla acrescentou.

— Ele não comeria a universidade inteira para me mostrar isso. - Falei cética sobre os seus argumentos.

— O Theo que a gente conhecia talvez não. - A Nillan falou. — Mas será que esse não? - Engoli em seco pensativa.

Porra.

Quando estávamos voltando, já era meio tarde, e estava até já escurecendo, como a lanchonete era mesmo perto do campus nós nem mesmo nos demos ao trabalho de andar com tanta velocidade. Vimos um aglomerado de pessoas a distância e uma certa curiosidade bateu, quando encostamos para ter melhor visualização do que estava acontecendo as pessoas todas se viraram para nós com curiosidade também. Eu não entendia o que estava acontecendo, elas meio que abriram um caminho no meio para que nós passássemos. Enquanto passava sentia os olhares mais em mim do que nas minhas amigas, e só aquilo já estava me dizendo que alguma boa não estava acontecendo. Quando chegamos até a ala feminina eu achei ainda mais estranho ter um monte de garotos lá, a medida em que eu me aproximava do meu quarto, mais pessoas eu via por perto. E para melhorar ainda mais, vi rosas espalhadas pelo chão.

Deus, por favor não.

Quando finalmente chegamos até ao corredor que dava ao meu quarto, as pessoas que estavam tapando ao caminho saíram da frente e eu vi...o provável responsável por aquilo tudo. Eu conscientemente parei os meus movimentos e as garotas pararam por trás de mim.

— Você não pode simplesmente parar Scar. - A Nillan murmurou.

— Você ficou louca se acha que eu vou dar mais algum passo. - Murmurei de volta e em seguida senti um empurrão forte nas costas me fazendo avançar um passo, eu me voltei para elas e olhei feio, elas só deram de ombros e sumiram.

Eu, sem ter onde fugir, andei em direção a ele que estava demasiado bem vestido para uma quarta feira. Bom pelo menos agora as pessoas teriam algo para comentar que não fosse o Theo.

Eu parei de frente ao Brandon e ele, que estava respirando fundo, dobrou uma perna na altura do joelho.

— Brandon.... - Eu comecei, mas ele levantou um dedo me calando.

— Por favor, me dê a oportunidade de falar Scarlett. - Ele pediu e eu, claramente não falei mais nada.

Ele respirou fundo mais uma vez e começou.

— Eu sei...- ele hesitou. — Eu sei perfeitamente que não sou seu namorado. E sei, perfeitamente em que condições você aceitou ficar comigo como amiga e algo mais...- Ele mordeu o lábio de nervoso. — E sei também, que eu não devia ter feito quilo com você...E, Deus, eu peço imensas desculpas por tudo, eu não queria fazer você me odiar.

— Eu não odeio você.

— Sim, mas, eu só...não consigo me livrar disso entende? São sentimentos que eu não pedi para ter por você, coisas das quais eu não consigo fugir. E eu agi mal, mas porra eu fiquei com ciúmes, você ficou dois meses com ele, sem eu ter noção de porra nenhuma que estava acontecendo lá, e você nem mesmo teve o interesse em falar comigo durante esse tempo todo. E quando voltou...- eu vi uma certa tristeza no seu olhar. — Você saiu logo com ele, sem se preocupar comigo de novo. - Ele desviou o olhar do meu por um momento. — Isso me deixou doido, e eu só, queria fazê-lo pagar por isso, só que...as minhas atitudes foram imprudentes e agora estou lidando com as consequências...- ele olhou para mim triste. — Eu não quis magoar você Scar, eu só não consigo me livrar dessa merda, eu tento e tento e tento, eu conheço você desde que entrei aqui e você...você é tão perfeita, e porra, como é suposto eu me livrar disso? Se eu nem quero. - Ele limpou uma lágrima no canto o olho. — Eu sei que posso estar sendo extremo agora, mas eu te imploro, por favor não tire de mim o pouco que eu tenho de você, você é muito especial para mim. Por favor.

Quando ele terminou, o corredor ficou em silêncio. Eu suspirei, dando dois passos em direção a ele, dei a minha mão a ele o ajudando a se manter em pé, mudei as nossas posições, fazendo ele ficar de costas para as pessoas que nos rodeavam e eu fiquei de frente a ele, olhando de soslaio para as minhas amigas e de volta para ele.

Sem dizer nada, eu selei os meus lábios com os dele e uma salva de palmas de ouviu logo depois. Quando o beijo cessou, eu olhei para ele e limpei uma lágrima que estava escapando.

— Se a sua mãe te visse chorando por mim, ela me odiaria ainda mais. - Falei o fazendo rir.

— Scar...- Ele começou.

— Às vezes...você consegue ser um grande imbecil e idiota. - Falei rindo. — E eu digo isso a você. - Ele não respondeu. — Mas eu não terminaria uma amizade tão boa e preciosa, por causa disso Brandon, você só precisa ter noção dos limites. E olha, você não precisa se preocupar. - Falei terminando com abraço apertado a ele e as pessoas voltaram a aplaudir. Senti ele me abraçando apertado de volta.

— Obrigado. – Falou com a voz rouca.

Enquanto olhava para as pessoas ao nosso redor, me prendi em um olhar intenso que estava sendo dirigido a mim. Ele estava apoiado na parede, com os braços cruzados, uma perna direita e outra encurvada tocando a parede também. Estava todo vestido de preto e o cabelo humedecido. Ele olhou para mim mais uma vez, erguendo uma sobrancelha e com uma expressão indescritível, ele partiu.

Porra mil vezes.

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