Simplesmente Lasciva

By ChelsiaFaria

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Scarlett Rose é titulada como " Lasciva" em todos os lugares em que vai. Principalmente na universidade onde... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81

Capítulo 19

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By ChelsiaFaria

Como o Theo não sabia do que eu estava falando, eu deixei o assunto morrer por aí durante um tempo.

Quando chegamos ao apartamento, nós nos despedimos e cada um foi para o seu quarto.

De manhã, eu já estava preparada, mas o Theo não, então eu desci e fiquei no carro com o Spencer, apenas aguardando. A gente estava em silêncio, nem ele e nem eu, tentamos criar qualquer tipo de assunto até...

— Senhorita. - Ele chamou.

— Sim? - Perguntei me inclinado para frente.

— O senhor Theo...ele é um bom garoto.

Eu não entendi muito bem o contexto daquilo.

— Eu sei. - Ele olhou para mim pelo retrovisor.

— Eu sei que sabe, só... senti necessidade de frisar.

Eu recostei no assento e olhei para além da janela.

Eu sabia que ele estava tentando me dizer alguma coisa com aquilo.

— Spencer.

— Senhorita?

— Você tem filhos?

Ele hesitou um pouco.

— Não.

— Uma esposa?

— Não.

Fiquei olhando para o retrovisor por um tempo. O Spencer não aparentava ter mais do que provavelmente trinta anos, ele era alto, moreno e tinha os olhos castanhos. Eu podia afirmar que ele era bonito sim. Era muito profissional conosco, quase nunca conversava, respondia apenas a perguntas que fossem feitas diretamente a ele, caso contrário, embora o seu nome pudesse ser citado ele mesmo assim não opinava. Parecia ser, uma pessoa muito culta, não podia afirmar se ele era tímido ou se só fazia o trabalho dele.

— E você não sente...vontade de ter isso?

— Não entendo. - Ele realmente olhou para o retrovisor em dúvida.

— Algo como uma falta, de uma esposa.

Ele sorriu, pela primeira vez, vi ele sorrindo, e era até fofo.

— Eu acredito...que as pessoas não podem sentir falta de algo que nunca tiveram. - Ele deu de ombros.

Eu olhei para janela mais uma vez e vi o Theo caminhando atrapalhado em direção ao carro.

— É verdade..., mas sabe, você pode nunca ter tido, mas visto, e quem vê meio que sente. Aquilo meio que se transforma em um desejo. — Você nunca viu alguma coisa que nunca teve e desejou ter?

— Tenho tudo que preciso senhorita.

— Um desejo.

— Um desejo? - Ele repetiu. — Talvez...- hesitou um pouco. — Ah, não importa.

— Porquê?

— Seria...um desejo inalcançável.

O Theo chegou até a janela que estava do meu lado e fez sinal para mim sorrindo, logo deu a volta e entrou, o Spencer ligou o carro e agente partiu.

— Um desejo inalcançável - Sussurrei para mim mesma olhando para o Theo que estava tendo uma conversa quase que monótona com o Spencer.

Quando chegamos, o percurso foi o mesmo, subir ao vigésimo quarto, ligar o computador e começar o trabalho, na hora do almoço, descer e almoçar com a Anais, o Colen, a Ivy e o Ethan que felizmente voltaram a aparecer. Aparentemente a Anais já havia encontrado uma solução para as divergências entre ela e o Ethan.

— O Theo insiste em não descer para almoçar conosco por causa daquilo? - A Anais perguntou preocupada.

— Provavelmente. - Respondi.

— Daquilo oque? - O Colen perguntou confuso.

A Anais olhou para mim em dúvida.

— Nada que mereça a sua atenção. - Respondi por ela. Eu não tinha qualquer problema em dizer que a gente transou, mas eu não sabia se a Anais gostaria de ser tão resposta assim, então preferi me conter.

— Você, devia aprender a ser menos inconfidente. - A Ivy falou com a boca cheia.

— Eu estava sendo inconveniente? - Ele perguntou.

— Claro que estava. - O Ethan respondeu por ela.

— Eu só fiz uma pergunta.

— Que você não tem noção se é intima ou não. - A Ivy terminou.

— Ah...- deu de ombros como se fosse algo que não mereça tanta atenção assim.

Quando terminamos, voltei a sala e o Theo não estava, achei estranho, pois ele dificilmente saia da sala, só para ir almoçar, mas ele decidiu não mais descer para ir comer, e claro, quando estávamos indo embora, haviam vezes em que ele ia até a recepção falar com a Bea, mas ele não estava lá, eu teria visto quando passei por lá.

Optei por não me preocupar e voltei ao trabalho, cinco minutos depois ele voltou, falando no celular e não entrou, ele ficou na porta, mas ela estava entreaberta, logo, eu pude ouvir o que ele estava falando.

— Não mãe...a gente não vai voltar aí...não, só faltam algumas semanas e depois o estágio termina...a Scarlett? Ele está bem...sim...eu dou os seus cumprimentos a ela...não mãe, ela não é minha namorada eu já expliquei para você...

Ele suspirou.

— É... muito complicado...sim, eu vou...Dé os meus cumprimentos ao pai e a Maddy, tchau mãe. - E ele desligou, mas não entrou, continuou lá fora, segundos depois ele entrou.

— Como a sua mãe está?

— Com saudades suas. - Ele forçou um sorriso e andou em direção a mesa dele.

— Eu acho, que isso deve ser uma coisa boa.

— E é....- me olhou pensativo. — Você não acha?

Dei de ombros.

— Eu não sou propriamente o tipo de garota que os familiares normalmente sentem saudades.

Ele franziu o cenho.

— Existe um tipo?

Aquiesci.

— E... qual você supõe?

— Sei lá, garotas regradas...eu realmente não sei muito sobre isso.

— E ainda assim você está afirmando. - Ele riu.

Eu coloquei as mãos para o alto em rendição.

— Eu normalmente sou vista como uma má influência sabe, os pais do Brandon não gostam de mim.

Falei e de repente, lembrei que eu já não falava com o Brandon fazia um bom tempo, na verdade eu não falava com ninguém da universidade. Elas deviam estar completamente putas comigo, afinal, eu sequer me despedi delas quando parti, mas tecnicamente não foi culpa minha, todas estavam em aulas quando estávamos saindo. Mas eu não tinha uma desculpa para nem sequer ter ligado durante essas semanas todas.

— O Brandon...-Ele sussurrou pensativo e triste.

— Ah Theo, de novo não.

— O que...

— A gente já está bem afrente para voltar no retrocesso sabe?

Ele suspirou.

— Parece traição.

— O Brandon não é meu namorado. Então não tem como isso ser traição.

— Eu sei, mas...

— Você pensou sobre o que eu falei ontem? -Perguntei mudando completamente de assunto.

Ele me olhou estranho.

— Voyeurismo.

Ele pareceu se lembrar, mas ficou envergonhado.

— Tudo bem, investigue.

— Quando eu...

— Agora. - Falei sem desviar o olhar do dele.

— Voyeurismo ou mixoscopia é uma prática que consiste em um indivíduo obter prazer sexual através da observação de pessoas praticando...- ele hesitou e engoliu em seco.

— Continue.

— Praticando sexo, ou se estiverem nuas. - Ele terminou de ler o que um site qualquer definia como Voyeurismo.

— O que excita estas pessoas voyeurs no caso, é o ato da observação (espionar) e não a atividade sexual com a pessoa observada. Voyeurs não buscam contato sexual com a pessoa sendo observada. - Falei, explicando para ele o contexto. — O voyeurismo normalmente começa na adolescência ou no início da idade adulta. Certo grau de voyeurismo é comum muitas vezes, sobretudo entre crianças e adultos do sexo masculino, mas também está em crescimento entre as mulheres. Muitas vezes, a sociedade considera normais formas leves desse comportamento quando praticadas por adultos com o devido consentimento.

— Então...você acha que os vídeos que eu...- ele hesitou envergonhado me fazendo rir.

— Não, assistir a filmes e números de sexo explícito, sobretudo na internet, não é considerado voyeurismo porque falta o elemento de observação secreta, que é a característica definidora do voyeurismo.

— Ah. Então, tecnicamente ver pessoas tendo...relações?

— Sem elas saberem.

— Isso não é...um pouco ousado?

— Bom. - Desviei o olhar do dele por um tempo. — Isso ainda é um grande tabu, e pode até ser considerado crime, afinal, você vai ver uma pessoa em um momento íntimo e sem ela saber que está sendo observada, é claramente um caso de invasão de privacidade. Embora, existam as pessoas exibicionistas, que são aquelas pessoas que sentem prazer em se exibir nuas ou durante o ato sexual para outras pessoas, os voyeurs no caso. E bom tem o lado prazeroso, o facto de o voyeur ter conhecimento que a pessoa observada não tem noção que está sendo observada torno o ato simplesmente único, porque ela age sem qualquer tipo de inibições.

— Eu consigo entender. - Ele falou. — Mas... por que você está me falando sobre isso?

— Bom, eu meio que tenho essa tendência.

— A Voyeur?

— Também, mas eu estou falando do exibicionismo.

Ele engoliu em seco.

— Você gosta de...

— Eu realmente nunca me exibi para ninguém sabe, é só uma curiosidade que eu quero matar.

— E você quer...que eu...

— Sim.

— Mas...

Nós fomos interrompidos quando o senhor perfeição Aideon entrou na sala com o senhor maravilhoso Mark por trás dele.

Opa, algum tipo de invasão, estou adorando.

— Se...senhor Aideon, senhor Mark, muito boa tarde. - Ele falou se levantando abruptamente corado, parecia até que apanhar ele fazendo alguma coisa proibida.

Eu, calmamente me levantei e os cumprimentei terminando com um sorriso casto e doce.

— Boa tarde senhor Aideon, senhor Mark.

O maravilhoso Mark, maravilhoso como sempre, tentou ao máximo não olhar para mim, já o perfeição Aideon, me olhou sugestivamente e sorriu.

— Muito boa tarde aos dois. - Ele cumprimentou e o maravilhoso Mark fez um pequeno aceno a distância. — Estou vendo que as coisas estão correndo muito bem aqui.

— Sim senhor, a gente tanta sempre dar o nosso melhor, independentemente dos meios. - Falei sem desviar o olhar do dele, e ele riu.

— Ah, mas isso é muito bom, não é Mark? - Ele perguntou sem sequer olhar para ele.

— Sim, senhor. - Ele respondeu ajeitando os óculos.

Aquele movimento sexy.

— É sempre bom quando a empresa tem funcionários dedicados, primando por um bem coletivo.

O Theo sorriu.

— Damos o nosso melhor todos os dias, afinal...estamos...sendo avaliados senhor.

— Claro! - O Aideon falou como se uma luz tivesse acendido no topo da sua cabeça. — O vosso estagio já está terminando. Faltam oque? Duas semanas?

— Três. - O maravilhoso Mark corrigiu.

— Tão rápido, eu acho que isso talvez mereça que a gente festeje.

— Desculpe? - O Theo perguntou.

O que você está tentando fazer Aideon?

— Uma saída. Depois do serviço claro, o Spencer pode levar vocês para casa, para que se troquem, e depois eu dou o endereço do local.

— E estaríamos festejando o que exatamente? - Perguntei fazendo o olhar para mim.

— Ao facto...de vocês serem...muito bons no que fazem. - Ele falou pausadamente.

— Ah. Que bom. – Sorri provocativa.

Ele riu e se virou para o maravilhoso Mark.

— A gente vai festejar hoje, coloca um sorriso nessa cara. - Ele falou sorrindo e bateu no ombro do maravilhoso Mark e saiu dos nossos campos de visão.

O Mark olhou mais uma vez para nós, sorrindo fraco, e seguiu o mesmo caminho que o perfeição Aideon.

— Isso...- O Theo falou antes de puxar a cadeira e sentar. — Foi...estranho.

— Pois foi. - Falei copiando o mesmo movimento. — Muito estranho.

Quatro horas depois, em casa, a gente estava esperando o Spencer chegar, já tínhamos praticamente terminado de nos preparar, eu estava casual, com um vestido preto curto, justo de alças, e peguei uma bolsa preta meio brilhante, eu não tinha noção de onde a gente estava indo, e nem eles deram quaisquer pistas de onde a gente poderia estar indo.

O Theo, bom, normalmente os homens não precisam se preparar tanto para parecerem apresentáveis, e foi o caso dele. Ele vestiu uma simples camiseta com um casaco por cima e uma calça e pronto, já estava parecendo um deus grego.

O Spencer chegou trinta minutos depois e a gente foi ter com ele, como sempre, silencioso, não se preocupou em tentar criar qualquer tipo de assunto, o Theo por vezes, fazia algumas perguntas diretas a ele e ele respondia. O Theo também perguntou aonde nós estávamos indo, mas ele também não falou, se limitou a conduzir e nós só esperamos.

Eu meio que já estava esperando que o local fosse algo parecido com aquele.

A gente estava no Sakura Karaokê bar, eu não tinha nem ideia do porquê de ele ter escolhido um bar karaokê, mas também não ia deixar a dúvida estragar a minha noite. Quando entramos o Theo ficou olhando o local.

— Você já esteve aqui? - Perguntei a ele e ele negou.

— Nunca.

Sem muita dificuldade, a gente encontrou os outros dois deuses gregos, no caso, eles nos encontram, melhor ainda, o senhor maravilhoso Mark nos encontrou.

Eu ainda não estava acostumada a ver o senhor maravilhoso Mark vestido de maneira casual, ele ficava tão fodidamente comestível, era simplesmente insano.

— Muito boa noite Theodore. - Ele cumprimentou o Theo com um aperto de mão e logo veio para mim.

— Boa noite, senhorita Ros...

Eu me apressei encostar nele como se estivesse dando um abraço sussurrando no ouvido dele.

— É Scarlett senhor, afinal...foi o que você me chamou quando estava gozando. Lembra? - Perguntei me afastando dele e sorrindo doce para ele que não respondeu.

Oh, a minha noite estava apenas começando.

Ele rapidamente nos levou aonde se encontrava o senhor perfeição Aideon, eles ocuparam duas mesas, uma em que ele e o Aideon estavam sentados e a outra provavelmente era para que o Theo e eu nos acomodássemos.

— Ah, os meus convidados. - O senhor perfeição Aideon, como diz o adjetivo, era uma autêntica perfeição, de terno ou casual, ele usava uma camisa branca enrolada até aos cotovelos e tinha dois botões abertos, deixando a vista uma minúscula parte do peito maravilhoso dele, usava uma calça fina, eu acreditava que se ele ainda passou em casa, tinha trocado apenas a camisa.

Ele deu um leve aperto de mão ao Theo e a mim deu um mais apertado.

Eu acho que eu podia entender o motivo de ele estar fazendo aquilo.

Quando nos sentamos, notei que tinha uma bolsa feminina no assento perto do senhor perfeição Aideon, e logo quando o senhor Mark chamou a atendente, uma morena quase que esculpida veio desfilando até a nossa mesa.

— Boa noite. - Ela saudou dando um fraco sorriso e se acomodou do lado do Aideon.

Eu só acenei em cumprimento.

— Oi. - O Theo respondeu fraco ajeitando os óculos que escondiam aquelas beldades azuis.

— Me desculpem, acredito que não avisei, mas essa é a Stacy, ela surgiu na última da hora.

A moça sorriu fraco e olhou para ele em dúvida.

— Você me convidou.

Ele tomou um drink e desviou o olhar do dela.

— Querida, só fale quando alguém pedir.

Opa.

A moça desviou o olhar envergonhada e deu um fraco sorriso na nossa direção. Eu não estava minimamente interessada no brinquedinho do Aideon, então, desviei a minha atenção da mesa e fiquei reparando o bar.

Ele não era imenso, mas estava muito bem dividido fazendo assim parecer que era muito espaçoso. O balcão era em formato de L, começando de uma ponta e terminando em outra, era revestido por luzes néon que devam uma estrutura bem diferente e única. As mesas ficavam do outro lado, deixando um espaço no meio que era provavelmente para as pessoas dançarem. Tinha um palco destacado no fundo da sala, era fácil de notar que aquilo era o palco porque o microfone estava lá, bem como o chão naquela parte do bar, era diferente. Eu não sabia se era sempre, mas naquela noite em especial o bar estava agitado, cheio.

Voltei a minha atenção a mesa, o Mark estava como sempre, tentando me evitar com o olhar, o Theo estava fazendo o mesmo que eu a segundos atrás, estava reparando o bar. Já o Aideon, bom, eu não sabia explicar o que ele estava fazendo. Era algo como tentar engolir a cara da moça do lado dele, eu não podia dizer que aquilo foi um beijo, aquilo não parecia um beijo, não sabia, mas acreditava que o objetivo era fazer daquilo algo sexy, mas não estava parecendo em nada. Olhar a cena me fez rir, desesperadamente, e o Theo voltou a atenção mesa, olhando para mim preocupado.

— Desculpe eu só...acho que me engasguei. - Respondi à pergunta silenciosa dele.

— Você estava rindo Scarlett. - Ele sussurrou como se fosse uma coisa errada.

Eu me limitei a olhar para a cara maravilhosa dele e peguei concentração, toquei o rosto dele e sorri quando recuperei a minha postura.

— Então Scarlett...- o senhor perfeição Aideon chamou o meu nome em alto e bom som e eu olhei para ele. — Você tem namorado?

— Aideon, eu acho que essa pergunta é muito íntima para você fazer, você é chefe dela. - O senhor maravilhoso Mark falou, sensato como sempre.

— Ah? - Ele recostou no assento. — Mas assuntos profissionais a parte, não estamos aqui como chefe e funcionária. Somos apenas...grandes amigos saindo para comemorar. E mais, é uma pergunta como todas as outras, não acha?

O senhor maravilhoso Mark não respondeu.

— Você tem uma namorada Theodore?

O Theo, pela primeira vez, não corou.

— Não senhor. - E nem hesitou.

— Viu só? - Ele falou olhando para o Mark.

— Stacy, você tem namorado?

— Não senhor Aideon.

Garota obediente.

— Mark, você tem namorada?

O senhor maravilhoso Mark ajeitou os óculos e virou o olhar, demostrando a total falta de interesse em falar.

— Ah qual é? Se você não responder vai parecer que está escondendo alguma coisa Mark. - Ele se inclinou apoiando braços na mesa.

— Você sabe que eu não tenho namorada Aideon. - Respondeu sério.

— Aideon, você tem namorada? - Ele fez a pergunta a si mesmo na terceira pessoa. — Não, eu não tenho.

Ele olhou para mim intensamente.

— E agora é a sua vez, querida. Você tem namorado?

— Não, não tenho.

— Porquê?

Dei de ombros.

— Não estou procurando algo fixo no momento.

— Ah, diria, que é uma aventureira?

— Sim. Adoro aproveitar os prazeres da vida entende senhor?

— E de que maneira você... supostamente faz isso?

Eu podia dizer que o senhor perfeição Aideon estava me testando, porque ele estava nem ligando o facto de ter mais pessoas ao redor para ele estar fazendo todas aquelas perguntas.

— Eu não sou muito boa com palavras senhor. - Falei desviando o meu olhar do dele, para o Theo.

— Está se tornando tímida logo agora? - Ele falou desafiante e provocativo. — Se fosse para isso não acha que seria bem fácil para você ter mostrado timidez na primeira pergunta?

Ele estava claramente me testando, como eu pensei, franzi o cenho.

— Eu estou parecendo tímida? - Olhei profundamente nos olhos do Theo e ele negou. Me virei para o senhor Aideon novamente. — Viu só, eu não estou.

Ele semicerrou os olhos e eu continuei.

— Eu disse que não sou boa com palavras e o senhor concluiu logo que estava sendo tímida, pela hesitação, mas em algum momento cogitou o conteúdo da frase?

Ele não respondeu.

— Eu não digo como faço as coisas, eu simplesmente faço as coisas. - Desviei o meu olhar do dele e toquei o meu copo. — Eu honestamente...- levei o copo aos meus lábios, mas hesitei antes de o inclinar para dentro. — Podia simplesmente mostrar para o senhor, mas talvez...isso já não seja necessário.

— Porquê não seria necessário? - Perguntou provocativo. — Só estou querendo matar a minha curiosidade.

Ele não estava nem um pouquinho interessado se as pessoas ao redor notaram que estava interessado demais no assunto. Eu podia acreditar que o maravilhoso Mark já tinha se apercebido da história toda.

Eu olhei para o Theo.

— Você sabe a diferença entre curiosidade e sede?

Senti o olhar do maravilhoso Mark em mim e aquilo só me aguçou mais. O Theo me olhou sem entender, mas pareceu pensativo.

— Curiosidade pode ser, o desejo indiscreto de saber...agora, sede...

— Sede...- falei depois de tomar um gole...— No sentido que estou dizendo, consiste em um desejo intenso. - Olhei para o Aideon. — Vontade... ambição... interesse... apetite... fome... avidez... anseio.

— Eu acho que não estamos chegando a lado nenhum. - Ele falou recostando no assento.

— A sua curiosidade pode muito bem ser confundida com sede, partindo do pressuposto que os conceitos se assemelham.

Ele riu debochado.

— E eu teria sede de quê?

Eu me fiz de desentendida.

— Se o senhor não sabe...quem sou eu para saber?

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