Reaprendendo a Caminhar

By SabrinaCastro335

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Bárbara é tirada da prisão por uma pessoa que a surpreende muito. A mesma passa ajudar para que mulher possa... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capítulo 40

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By SabrinaCastro335

Todos estavam distraídos, Bárbara e Eduardo então aproveitaram para adiantar um pouco a lua de mel, não queriam passar a noite fora, estavam cansados e queriam descansar, mas não abririam mão de poderem ser um do outro. A única pessoa que avisariam era Fany, pra ela não ficar assustada.

— Filha. — Bárbara puxou a pequena para perto — Papai e eu vamos dar uma volta, a gente volta logo, fica com as suas irmãs, tá bom?

— Tá, mamãe. — abraçou ela e depois o pai.

— Vai lá, amor. — sorriu e Fany foi até Luna, então Eduardo e Bárbara saíram descalços mesmo pela grama, entraram no carro e saíram da festa.

— Onde o papai e a mamãe foram? — Luna colocou Fany no colo.

— Eu não sei, eles foram passear e disse que voltam logo. — encostou na irmã.

— Ah, sim.

— Amor, sua mãe disse que eles iriam adiantar a lua de mel, porque de noite queria descansar. — Lulu acariciou o cabelo de Fany.

— Verdade...

— Luna, eu quero mimir um pouquinho.

— Vou deitar com você um pouco. — levantou com a irmãzinha.

— Vem, Lulu. — Fany chamou.

— Vou indo, amor. — levantou da mesa.

As duas entraram com a garotinha e subiram para o quarto de Luna, lá sentaram Fany na cama e tiraram os sapatinhos, as meias, soltaram o cabelinho dela e trocaram o vestido por outro mais leve. A menina correu deitar no meio da cama com a chupeta na boca, Lulu sentou nos pés dela e começou a massagear com paciência.

— Quando eu for mãe, quero ter uma filha igual você. — Lulu sorriu para a menina.

— Verdade?

— Anhan. — assentiu — Educada, boazinha, calma. Como você.

— Eu quero leite.

— Faz pra ela, amor. — Luna pediu para Lulu.

— Faço, se eu não errar. — deu risada.

...

Eduardo estacionou o carro e Bárbara sorriu carinhosa, os dois abriram as portas e desceram. O primeiro lugar onde ela bateu os olhos foi a casa da árvore.

— Achei que a gente fosse pra lagoa.

— E vamos, mais tarde ou amanhã. — segurou a mão dela — Vamos subir, tem uma coisa pra você lá em cima.

— O que?

— Vem que você vai ver. — subiu na frente.

— Tá bom. — deu risada e subiu atrás.

— Só subi na frente pra te ajudar aqui no final. — pegou nos braços dela e a puxou pra cima — Seja bem-vinda a melhor lua de mel da sua vida. — abriu a porta da casa e Bárbara ficou parada olhando cada pedacinho. Por mais que não fosse uma casa grande, era o suficiente para caber tudo que Eduardo quisesse pôr para Bárbara ficar confortável. No chão tinha um tapete peludo e dois puffs encostados na parede, uma mesa pequena com algumas coisas e um sofá cama encostado àbaixo da janelinha, havia alguns móveis pequenos, coisas que já estavam ali quando Luna ainda ia passar o tempo e que Eduardo teve que arrumar, as luzes eram o suficiente para clarear e deixar um ar romântico, era tão aconchegante.

— Quem arrumou?

— Eu, assim que acordei vim pra cá. Você... não gostou?

— Eu adorei, tô apaixonada. Você é muito romântico e bobinho. — entrou olhando cada detalhe — Obrigada por fazer de hoje um dos melhores dias da minha vida. — pegou a mão dele.

— Esse brilhinho nos seus olhos. — fechou a porta — É o que me faz querer ser melhor todo dia.

— Eu também tento ser melhor todo dia, não sei se consigo, amor. Mas eu tento... — abraçou ele — Você é o melhor. — beijou-o.

— Você tava tão nervosa de ontem pra hoje... — sentou sobre o tapete encostado no puff e ela foi para meio das pernas dele — Fiquei com um pouco de medo de você desistir. — soltou o cabelo da recém-esposa e acariciou o couro cabeludo dela.

— Eu não teria porquê fazer isso. — deu risada relaxando — Ai, isso tá tão bom, não sirvo pra usar elástico no cabelo, aperta até minha alma.

— Eu sei. — também riu seguindo com o carinho — A gente é muito meloso.

— Coitado de quem aguenta.

— Mas também, quase nunca pegam nossas discussões, a gente discute todo dia. — beijou o nariz dela — Só nunca vêem.

— Haja paciência pra conviver com uma pessoa durante tanto tempo, é complicado... — deitou no peito dele.

— Pois é, tem que ter muita paciência. — deixou o corpo relaxar e Bárbara ergueu a cabeça para poder ver ele, os dois fitaram os olhos do outro, em silêncio.

— Você tá tão cheiroso. — ergueu a mão para o cabelo dele e acariciou — Tão quentinho, meu corpo tá todo gelado.

— Eu te esquento. — agarrou mais o corpo dela.

— Me dá um beijo. — pediu e ele abaixou a cabeça para beijá-la sendo retribuído — Hum, levanta, amor. — saiu das pernas dele.

— É incrível como você não sossega. Incrível, Bárbara. — levantou e ela o puxou perto da mesa.

— Deixa eu ver. — puxou a cadeira — Senta. — apontou.

— Pra que?

— Senta, eu tô mandando. — voltou a apontar e franziu a testa, Eduardo balançou a cabeça mordendo os lábios e cruzou as pernas — Não, não, não! Tira essa perna daí! — empurrou a perna dele que respirou fundo — Isso, bonitinho. — sorriu maliciosa — Agora você vai tirar isso. — puxou a gravata e começou a abrir a camisa dele.

— Tá me deixando curioso. — afastou o cabelo dela e Bárbara lhe deu um selinho.

— Você vai ver. Deixa eu só... — tirou o vestido e Eduardo ficou vidrado na lingerie dela.

— Você tá uma tremenda gostosa.

— Sempre estive, sempre fui. — riu e ele também.

— Quero abraçar você e te apertar. — se levantou e abraçou-a por trás.

— Não... fica sentado, amor... — segurou nos braços dele, na tentativa de soltar, mas ele não deixou — Edu...

— Não vou te largar, minha vida.

— Vai, vai, porque eu quero fazer uma coisa pra você. —se virou — Senta e eu vou te dar uma coisinha bem relaxante. — empurrou ele lentamente pra cadeira e Eduardo voltou a sentar, rendido a esposa.

— Quero só ver.

Bárbara sorriu e abriu o vinho que estava na mesa, servindo uma taça, desabotoou o sutiã e parou de frente com ele, mirando-o diretamente no olho.

— Quer um pouco de vinho, amor?

— Quero. Obrigado.

— Ok. — se aproximou com a taça na mão e esticou para ele, quando Eduardo ia pegar, ela deixou que o sutiã caísse e despejou o vinho por seus seios e barriga — É só beber. — se aproximou — Do meu corpo.

— Bárbara... — balançou a cabeça e mordeu os lábios — Vem aqui... — segurou na cintura dela e puxou-a de encontro.

Eduardo começou a beijar e passar a língua pelo corpo da esposa, chupando o vinho, Bárbara sorriu passando as mãos no cabelo dele e suspirando com prazer. Quando ele lhe agarrou o seio, ela gemeu sentando no colo do homem e abrindo a calça do mesmo.

— Você tá muito abusada, sabia? — segurou o queixo dela com carinho para não machucar.

— É claro que eu sei. E você gosta. — conseguiu abrir e puxou o membro dele pra fora estimulando o mesmo.

Conforme se beijavam, Bárbara aumentava a velocidade da mão e em alguns momentos ela gemia para atiçar mais ele. Eduardo estava louco de prazer pela esposa, encostando a cabeça nela e mordendo seus ombros algumas vezes.

— Para, para, para! — ele pediu — Bárbara, eu vou gozar, mulher! Para.

— Não vou parar, esse é o meu objetivo. — passou a gemer no ouvido dele — Não quero que você se segure.

Eduardo terminou por chegar no limite e atingiu inclusive pouco dos seios dela que sorriu maliciosa saindo do colo dele. Bárbara se afastou devagar e observou ele tirar a calça de vez e se levantar indo na direção dela que só parou, quando caiu sentada no sofá.

— Você me provoca e depois foge. — segurou nas pernas dela e puxou-a para frente — Que péssimo, meu amor.

— Eu não estou fugindo. — riu — Apenas quero que você se sinta necessitado de mim.

— Ah, mas eu me sinto assim todo dia. — a beijou enquanto puxava a calcinha dela para baixo e em seguida se abaixou para tirar a mesma.

Bárbara tremeu de vergonha, sim, os anos passaram e  toda vez que Eduardo iria lhe fazer um oral, já ele adorava o jeito é graça e vermelho que ela ficava. Não demorou para abrir as pernas dela e se meter no meio, subiu beijando as coxas da esposa até sua intimidade, começou a acariciar com os dedos espalhando toda a lubrificação natural dela por toda parte. Ela ergueu os braços para o alto e fechou os olhos.

— Edu... — ofegou e gemeu o nome dele com a voz falhando. Ele sorriu e aproximou a boca para finalmente passar a beijar e chupar aquela região.

Após longos minutos e sem pressa de parar, Eduardo se levantou e encostou a testa na de Bárbara, beijando ela e sendo retribuído, durante aquele momento de carinho, ele se posicionou na entrada dela e começou a forçar pra entrar devagar, a loira segurou nas costas dele cravando as unhas conforme sentia prazer e encostou a cabeça na dele. Quando por fim estava completamente dentro dela, Eduardo começou a se movimentar lentamente para ir aumentando aos poucos. Estavam sozinhos, no meio do nada, de um jeito romântico e sem pressa pra acabar.

— Toda vez que estamos juntos, você me torna a mulher mais satisfeita do mundo. — gemeu prendendo as pernas na cintura dele, apertando-o fundo em si.

— Comigo não é diferente. — fez questão de segurar no rosto dela para se afundar no pescoço da mesma e beijar e chupar sem a mínima dó.

— Vai me deixar marcada.

— Essa é a intenção. — voltou a encará-la, a mesma sorriu com malícia.

— Mais rápido! — pediu e ele aumentou a velocidade — Isso, Edu! Aii! — empurrou o corpo dele com as mãos sorrindo.

Aos poucos foram inventando para que ela tomasse o comando, Bárbara estava cheia de prazer acumulado, portanto sentava no marido sem dó algumas fazendo ele enlouquecer e gemer apertando o corpo dela. Eduardo agarrou o cabelo dela sem machucar e puxou para baixo.

Inverteram as posições novamente, ficando os dois largados no chão e ela se bruços. Não poderiam dizer que era a melhor transa, mas como todas as outras, era inesquecível e sempre seria.

....

Horas mais tarde, já havia anoitecido. Fany estava com Luna na cama, a pequena estava sentada e a mais velha deitada.

— Eu quero a mamãe e o papai.

— Daqui a pouco eles chegam, tá bom? Eles precisam de um momento sozinhos, só deles. — pegou na mãozinha dela — Eles passam bastante tempo com a gente, não passam?

— Anhan...

— Então, meu amor, eles precisam de um tempo só os dois, pra se amarem.

— Eu atrapalho a mamãe e o papai?

— Não! Nunca! Não pensa nisso, você não atrapalha eles, não atrapalha ninguém.

— Eu preciso largar dos pés deles.

— Fany... — alisou o rosto dela — Papai e mamãe adoram ter você por perto, mas você não pode ficar 24h por dia colada neles, não é? — observou o olhar triste da pequena — Se fosse assim, como eu teria você pra mim? A Aurora teria você? Como?

— É, verdade. — sorriu.

— Minha coisinha gostosa. — abraçou-a e beijou.

Fany caminhou até a janela e viu o carro dos pais estacionando. A pequena sorriu e saiu correndo do quarto, Luna desceu devagar atrás da irmã mais nova e observou-a abrir a porta e correr no jardim em direção a eles. Eduardo e Bárbara saíram do carro e caminharam de mãos dadas quando viram a pequena menina correndo, de pijama e pantufa.

— Mamãe! Papai! — gritou e os dois se abaixaram, a menina então os agarrou em um abraçou gostoso — Que saudade.

— Desculpa a demora, meu amor. — Bárbara beijou o ombrinho dela.

— Não tem problema, mamãe. A Luna disse que você e o papai às vezes precisam ter um tempo pra se amarem, sozinhos.

— Ela falou? — Eduardo olhou a porta onde estava a jovem de braços cruzados e se levantou com a filha no colo.

— Falou, aí eu entendi. Mas dá saudade.

Os três chegaram perto da porta e Luna sorriu de lado demonstrando carinho. Bárbara alisou o rosto dela com calma e em seguida beijou sua testa.

— Deu tudo certo?

— Sim, a Fany dormiu um pouco, acordou, mamou. Tudo bonitinho. — sentou no braço do sofá — Agora tá elétrica.

— Por pouco tempo, vai dormir assim que deitar, ouviu? — Bárbara alisou as costas da criança que assentiu.

— Bom, então o jeito é voltar pra cama. Sozinha. Abandonada. — Luna saiu do sofá e caminhou até a escada.

— Luna, você é dramática! — Fany deu risada e jovem se virou para ela.

— Aprendi com você.

— Tá, eu durmo com você. — a pequena desceu do colo do pai.

— É desse tipo de negócio que eu gosto, dormir com o meu bichinho de estimação. — esticou a mão para ela. Faby beijou os pais e foi até a irmã que subiu com ela.

— Esse carinho da Luna com a Fany é tão lindo, me sinto bem, calma. — Bárbara encarou o marido.

— Eu também. — beijou a lateral da cabeça dela — É melhor a gente dormir também, você precisa descansar. — acariciou seu cabelo.

— Você também precisa.

Os dois então subiram para o quarto, se trocaram e então deitaram. Bárbara se encolheu no peito de Eduardo alisando o mesmo e em seguida ergueu a cabeça para vê-lo, o homem a encarou de volta e sorriu demonstrando cansaço.

— Você é meu marido, Edu...

— E você minha esposa.

— Tem certeza de que não cometeu um erro? E se você se arrepender?

— Eu não vou.

— Como pode ser tão certo disso?

— É que eu preciso de você, erro seria deixar você escapar de mim de novo.

Bárbara sorriu e voltou a se agarrar nele, pedindo carinho e proteção. Eduardo ajeitou o edredom no corpo da mulher e virou-se de frente para poder dormir abraçado com a mesma.

...

Dois anos depois...

Fany sentou na cama bocejando e observou que a mãe andava em seu quarto tentando não fazer barulho e falhando, pois a garotinha acordou com os passos dela do mesmo jeito. A menina desceu da cama e caminhou até Bárbara que não a viu ali atrás e seguiu mexendo no guarda-roupa da caçula.

— Mamãe? — chamou e a loira se apoiou na porta ao assustar com a filha parada de pijama branco e o cabelo todo bagunçado.

— Misericórdia, Estefânia. — colocou a mão no peito.

— Você tá bem, mamãe?

— Tô, agora eu tô. — soltou a respiração presa — Eu te acordei, desculpa. — largou as roupas — Vem, volta dormir. — pegou nas mãos dela e levou-a para a cama de novo.

— Não tá na hora de ir pra escola?

— Ainda não, amor. — sorriu e colocou-a deitada na cama, cobriu e alisou seu rosto — Você tem bastante tempo pra dormir ainda.

— Deita comigo.

— Deito, filha. — se deitou com ela ao seu lado e alisou seu rosto e cabelo — Cê tá tão grandinha, mamãe tem saudade de quando você ainda tava na minha barriga. — sorriu e Fany também.

— Eu era chata, mamãe?

— Não, você nunca foi chata, sempre foi calma. Uma bebê tão linda. — bocejou.

— Mamãe, eu quero ver foto de você grávida de mim e vídeo.

— Agora?

— Sim, mamãe.

— Deixa eu... — pegou a babá eletrônica e ligou o som — Vida, traz o notebook no quarto da Fany. — pediu.

— Eu já levo. — ele respondeu.

— Vem com a mamãe. — puxou a filha, se encostou na cabeceira e colocou a menina entre as pernas fazendo ela deitar em seu corpo.

— Aqui. — Eduardo entrou e foi até elas — Pra que? — sentou na cama.

— A Fany quer ver fotos e vídeos da gravidez.

— Agora, baixinha? — encarou a filha deitando ao lado das duas enquanto ligava o notebook.

— Anhan. — assentiu e os adultos sorriram.

— Ok. Vamos lá. — Eduardo abriu uma pasta de fotos — Aqui você tinha quatro meses na barriga da mamãe, quando começou a querer aparecer. — mostrou.

— Eu era desse tamanhinho, papai? — fez um gesto com a mão.

— Você já foi do tamanho de um grão de feijão. — Bárbara beijou a cabeça da filha e Eduardo passou mais uma foto — Aqui a mamãe já tava de seis meses, olha o barrigão da mamãe. Era gostoso sentir você querendo se mexer, me chutando devagarinho. — cheirou a filha — Aiii, que saudade da minha gostosa pequenininha! — apertou ela.

— Aii, mamãe. — riu — Mas eu tô aqui ainda, só que maior. — olhou a mãe.

— Você é a gatinha da mamãe. — beijou a pequena várias vezes.

Viram mais fotos e vídeos até Fany dormir, Eduardo ajeitou a pequena na cama e então o casal saiu de lá, indo dormir também.

....

No dia segunda...

— Eu acho o cúmulo aquelas meninas da publicidade que namoram, onde já se viu, mulher com mulher? — o homem comentou na recepção com a secretária que mal deu ouvidos — Você não acha também?

— O que, Carlos?

— Que é errado duas mulheres e namorarem, assim como dois homens e essas coisas aí?

— Essas coisas são pessoas normais que apenas amam.

Bárbara ia entrando na empresa super bem vestida com um macacão preto flair e decotado na frente, ao lado dela estava Eduardo e no meio Fany caminhando com uma mochilinha nas costas.

— Aquela tal de Luna e Lucrécia deveriam ser demitidas por isso. — seguia comentando sem perceber os patrões atrás — Que nojeira!

— Demitidas porque namoram? Essa é boa, Carlos. Você devia caçar o que fazer. — a mulher comentou também sem perceber os patrões — Você é homofóbico e você que é nojento, não sabe nem quem são elas.

O casal escutou e Fany também, a garotinha ferveu de raiva ao ver aquele homem falando de sua irmã e foi logo batendo os pés até ele.

— Eii!!! O que você tá falando da minha irmã? Ela não é nojenta! — empurrou o homem.

— Ih, quem é você, garotinha? Não tem nem tamanho pra discutir!

— Tenho tamanho suficiente pra fazer você perder a chance de ter filhos!

— A sua irmã e a namoradinha dela são um desserviço pra nossa sociedade, baixinha! — se abaixou perto dela e puxou sua orelha.

— Não fala assim dela e não toca em mim! — cerrou os olhos. Eduardo sentiu o nervosismo subir ao ver aquele cara que eram recém contatado sendo preconceituoso com sua filha mais velha e puxando a orelha de sua princesinha.

— Vai brincar por aí, vai, sua pestinha. Aqui não é lugar pra criança.

— Não devia fazer isso. Ela é bem agitada. — a mulher percebeu a presença dos patrões e os viu chegando perto.

— Encosta na minha filha de novo e eu corto os seus dedos fora! — Eduardo rangeu os dentes e o homem se virou desfazendo o sorriso debochado.

— Senhor, senhora, eu não sabia que a menina era filha de vocês.

— Independente se fosse ou não, não se trata uma criança assim. Você está demitido e com a ficha muito queimada, porque eu vou espalhar pra todas as empresas o quão podre você é. — Bárbara puxou Fany para perto e a ergueu no colo — Você nunca mais pense em se meter com as minhas filhas!

— Você é igual uma maçã podre e tem que ficar sozinho com todo esse ódio que você tem. Minha irmã fica com quem ela quiser e aposto que pega mais mulher que você!

— Podia dormir sem essa, Carlos. — a jovem secretária riu.

— Por que não disse que elas eram filhas dos donos?

— Um bom funcionário conhece a história da empresa que trabalha, antes mesmo de entrar nela. A Luna não é só filha deles, não, ela é a única e verdadeira dona de tudo isso tendo como herdeiros a irmãzinha e os futuros filhos!

— O que?

— É isso mesmo. — Eduardo concordou — Nós somos apenas os presidentes, mas a dona é a nossa Luna. Está demitido e espero que engasgue com todo esse seu preconceito desnecessário, você sim é um desserviço pra sociedade. — se aproximou — Quero você longe dessa empresa e da minha família. Pega as suas coisas e saia daqui agora!

— Mamãe? Papai? Achei que vocês não viriam, que iriam com a Fany pegar o aparelho auditivo dela. — Luna veio andando do outro lado, calçando um salto, com uma calça social e uma camisa de botões branca, ela tinha um corpo lindo e bem marcado.

— Já pegamos. — Bárbara virou a filha mostrando os aparelhos.

— Ele te chamou de nojenta só porque você namora a Lulu. — Fany apontou.

— Cala a boca, garotinha!

— Repete! — Eduardo segurou na gola dele — Repete!

— Me larga, mamãe! Eu vou dar um chutão no saco dele! — Fany começou a se mexer e Bárbara a segurava, mas a garotinha era bem forte.

— Calma, pai. E você também fica tranquila, meu bebê. — Luna o afastou do homem ajeitando o terno de Eduardo com carinho, logo se virou e encarou o outro a sua frente da cabeça aos pés com desprezo — Assim, meu querido. — fez cara de nojo — Acho que o sujo aqui é você, pode por favor sumir daqui, ou a minha mãe vai soltar a minha irmãzinha e ela não mede força. — mostrou uma marca roxa no braço — Ela fez, então se eu fosse você... — apontou para a calça dele — Protegeria esse seu pintinho de estimação antes que ela faça isso entrar pra dentro.

— Some daqui! — Fany tentava pular do colo da mãe esticando os braços para pegar no homem que realmente pareceu se assustar mais com a criança do que com os adultos — Eu vou te rasgar com as minhas unhas rosinhas!

— Edu, segura a neném aqui. Ela tá muito forte. — chegou perto marido que na hora que ia pegar a menina, a mesma se soltou encarando o homem.

— Hum, já era. — Luna balançou a cabeça em negativa e o homem saiu correndo de Fany que foi atrás até empurrá-lo dentro do elevador, fazendo-o tropeçar e cair de boca.

A porta se fechou e a pequena se virou, ajeitando o vestido que tinha dobrado a barra e pondo a chupeta na boca, voltando para o pai com os braços esticados, toda doce e meiguinha, deitando no ombro dele.

— Ela fez isso em você, senhorita? — a jovem perguntou apontando para o braço de Luna, assustada.

— Na verdade, esse roxo é porque ela caiu em cima de mim enquanto a gente jogava Twister e meu braço virou. — deu risada — Fica tranquila, ela não vai fazer isso com você, gosta de você.

— Quem fala que uma coisinha desse tamanho faz um homem grande correr.

— Por isso eu acho que a gente não precisa de animais de estimação. Temos cão de guarda, um pincher muito lindo. — apontou para a irmã que tinha o olhar inocente — Cadê a minha princesa mais linda desse mundo? — beijou seu rosto — Deixa eu ver seu aparelho, que lindo, meu amor. — sorriu toda boba pela irmã que também deu um sorriso lindo.

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